Este documento discute a Síndrome da Alienação Parental (SAP) e a Lei 12.318/2010 no Brasil. Primeiro, define SAP e diferencia de alienação parental simples. Depois, analisa princípios constitucionais como dignidade humana e melhor interesse da criança. Por fim, examina o conteúdo e aplicação da Lei 12.318/2010, que regulamenta SAP no país.
Este documento discute a Síndrome da Alienação Parental (SAP) e a Lei 12.318/2010 no Brasil. Primeiro, define SAP e diferencia de alienação parental simples. Depois, analisa princípios constitucionais como dignidade humana e melhor interesse da criança. Por fim, examina o conteúdo e aplicação da Lei 12.318/2010, que regulamenta SAP no país.
Este documento discute a Síndrome da Alienação Parental (SAP) e a Lei 12.318/2010 no Brasil. Primeiro, define SAP e diferencia de alienação parental simples. Depois, analisa princípios constitucionais como dignidade humana e melhor interesse da criança. Por fim, examina o conteúdo e aplicação da Lei 12.318/2010, que regulamenta SAP no país.
Paola Ferreira da Silva Longhi Neiva Curso de Ps-Graduao em Metodologias e Gesto para EAD Polo de Porto Velho, RO
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo ...
Palavras-chave:
INTRODUO
1.IDENTIFICAO DA ALIENAO PARENTAL
Madaleno1 dispe que um dos primeiros sintomas da alienao parental
se d quando o menor absorve a campanha do genitor alienante contra o outro e passa, ele prprio, a assumir o papel de atacar o pai alienado, com injurias, depreciaes, agresses, interrupo da convivncia e toda a sorte de desaprovaes em relao ao alienado.
1.1
DIFERENCIAO DA SNDROME DA PARENTAL PARA A ALIENAO PARENTAL
ALIENAO
De acordo com Madaleno2, h diferena entre a sndrome da alienao
parental e apenas a alienao parental, sendo que esta ultima pode ser fruto de uma real situao de abuso, de negligncia, de maus-tratos ou de conflitos familiares, ou seja, a alienao, a eliminao do genitor justificada por suas condutas (como alcoolismo, conduta antissocial, entre outras), no devendo se confundir com os comportamentos normais, como repreender a criana por algo que ela fez, fato que na sndrome da alienao parental exacerbado pelo outro genitor e utilizado como munio para as injurias. Desta forma, a alienao parental uma forma que apenas define o afastamento justificado de um dos genitores da criana, no conceituando um sndrome
por
no
haver
conjunto
de
sintomas
que
aparecem
simultaneamente para uma doena especifica.
A sndrome da alienao parental conforme discorre Silva 3, uma patologia psquica gravssima que acomete a criana cujos vnculos com o pai/me alvo esto gravemente destrudos, pelo genitor ou terceiro interessado que a manipula afetivamente para atender tais motivos escusos.
Assim nos termos de Silva4:
As manobras da sndrome da alienao parental, derivam de um sentimento neurtico de dificuldade de individuao, de ver o filho com um individuo diferente de si, e ocorrem mecanismos para manter uma simbiose sufocante entre pai/me e filho, como a superproteo, dominao, dependncia e opresso sobre a criana.
Portanto para diferenciar a sndrome da alienao parental da alienao
parental, faz-se necessrio verificar as caractersticas dos atos do genitor alienante com a criana, pois na alienao parental (AP) caracterizado pelo ato de induzir a criana a rejeitar o pai/mo alvo (com esquivas, mensagens, difamatrias, at dio ou acusaes de abuso sexual), e na sndrome da alienao parental (SAP) o conjunto de sintomas que a criana pode vir ou no a apresentar, decorrente dos atos da alienao parental.
1.2 FAMLIA
A famlia j composta por pai, me e filho, ao longo dos sculos passou
por constantes mudanas seja na finalidade, na sua origem e na sua composio. Sem qualquer interveno, o Estado passou a dar mais ateno a famlia por ser a sede da formao da pessoa, origem de sua dignidade e personalidade. Nesse contexto, Madaleno5 explica que a consanguinidade passou a ser observada apenas nas famlias gregas e romanas, pois nas sociedades mais primitivas predominava a segurana que o grupo oferecia contra os agentes externos. Devendo assim ser levado em conta o fato de que um maior contato com o grupo familiar se deu a partir do incio da agricultura e da fixao do grupo em uma rea determinada, abandonando o nomadismo, porquanto o grupo sentia e gozava de maior segurana.
De acordo com Garcez6 na Roma antiga, aps o homem dominar a
ordem jurdica e a propriedade privada, vigorava o modelo patriarcal, com a reunio de pessoas sob o poder familiar do ascendente mais velho do sexo masculino, ainda vivo, o pater famlias. A este ascendente se submetiam todos os membros daquele grupo inclusive os bens que cada um possua. O fim do casamento consanguneo se deu pelo aparecimento do gens, na medida que se descobria as vantagens de unies com pessoas de famlias diferentes. Assim, a famlia se tornou uma coletividade dentro de uma casa, seus bens e tudo que necessitasse para o bom funcionamento da entidade no deixando-se subornar pelo Estado. Nesse momento d inicio a valorao da filiao, para fins de sucesso de bens. Com o passar do tempo no h mais a escolha do parceiro vinculandose a propriedade e s questes de ordem econmica, sendo assim ps movimentos feministas foi possvel a participao da mulher nos servios externos ao lar, favorecendo a igualdade e solidariedade entre os membros. A promulgao da Carta Magna de 1988 foi uma dos principais pontos das mudanas na entidade familiar, consumando o fim das desigualdades jurdicas desta entidade, protegendo assim a famlia do Estado. Desta forma, a Constituio Federal em seu artigo 1, III 7, buscou proteger os cidados em primeiro lugar, trazendo expresso como principal fundamento do Estado Democrtico de Direito a dignidade da pessoa humana. Assim, entende SEREJO8: A dignidade , enfim, o respeito que cada um merece do outro, a comear no seio da prpria famlia, onde a educao deve ser voltada para essa conscientizao.
Ainda assim a Constituio Federal de 1988 trouxe previso especifica
famlia, com previso acerca do matrimnio, dando o este direito a todas as pessoas de forma gratuita garantindo a eficcia do principio da isonomia. No pargrafo 4, o legislador discorreu sobre a idia da entidade familiar, fixando entende-se, tambm, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes, que no se d apenas pela unio do homem e da mulher, mas sim pela agregao familiar por imposio biopsicolgica, independente de casamento civil 9. So vrios aspectos importantes que a Constituio Federal trata em seu contedo, um deles a priso civil do devedor de alimentos, sendo hoje um dever de garantir a subsistncia do alimentando, sendo entendido como interesse estatal de proteo da famlia.
1.3 PRINCPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DO
MELHOR INTERESSE DA CRIANA E DO ADOLESCENTE
A doutrina e a jurisprudncia elenca uma srie de princpios
constitucionais como regentes na famlia. A dignidade da pessoa humana elencada pela Constituio Federal como principio fundamental e como um os princpios gerais o principio do melhor interesse da criana e do adolescente. Dias10 nomeia respectivamente os princpios fundamentais e gerais, de gerais e especiais e elenca a dignidade da pessoa humana e o melhor interesse da criana e do adolescente, princpios norteadores das relaes familiares. Desta forma, em tudo que diz respeito s forma de constituio, realizao e extino das entidades familiares ou liberdade s relaes de famlia, em qualquer circunstncia, necessrio respeitar a dignidade e a integridade fsica, moral e mental de seus membros. 9
10
A Constituio Federal de 1988 tutelou em primeiro lugar a proteo dos
cidados, elencando em seu artigo 1, III, o princpio da dignidade da pessoa humana como o principal fundamento do Estado Democrtico de Direito. Serejo11 traz em sua obra a definio do termo dignidade: a dignidade , enfim, o respeito que cada um merece do outro, a comear no seio da prpria famlia, onde a educao deve ser voltada para essa conscientizao.
Nestes termos Madaleno12 afirma que sobreveio a repersonalizao do
Direito Civil, mudando o eixo, do patrimnio pessoa e as relaes familiares passaram a mover-se em razo da dignidade de cada um dos seus membros. O princpio do melhor interesse da criana e do adolescente foi derivado da proteo do menor, que deve sempre ser respeitado e tratado com prioridade pelo Estado, pela sociedade e pela famlia. Um exemplo de atuao deste princpio conforme dispe Lbo 13, no caso da separao dos cnjuges, em que no pode significar a separao dos filhos, devendo ser utilizado o princpio do melhor interesse da criana trazendo esta ao centro da tutela jurdica, prevalecendo sobre os interesses dos pais em conflito. Portanto, demonstra-se que este princpio se aplica tanto nas situaes de conflito, como em uma posio de determinao da guarda, quanto no cotidiano, como na escola na melhor linha de educao. Assim, o menor deixa de ser um objeto para se tornar sujeito merecedor de proteo especial.
2. FUNDAMENTO E ANLISE DA LEI 12.318/2010
2.1 O ANTEPROJETO DA LEI 12.318/2010
11
12
13
2.2 EXAME DO CONTEDO DOS ARTIGOS DE LEI
2.3 PERCIA E LAUDO PSICOLGICO 2.4 FALSAS MEMRIAS
O genitor alienador utiliza-se de vrios recursos, estratgias legais de
excluir o alienado da vida dos filhos. A forma elencada como mais grave, mais devastadora e mais ilcita da alienao parental vem sendo a induo dos filhos a formular falsas acusaes de abuso sexual contra o pai alienado. Sendo que este o mtodo mais lesivo moral e que depreciar para sempre a reputao daquele que recebe a acusao.
3. AS CONSEQUNCIAS PSQUICAS PARA A VTIMA E
SANES PREVISTAS NA LEI 3.1 SAP E O COMPORTAMENTO DA VTIMA 3.2 MEDIDAS JUDICIAIS PARA O SAP 3.3 JURISPRUDNCIAS NOS CASOS DO SAP 4. CONSIDERAES FINAIS 5. REFERNCIA BIBLIOGRFICA