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Alienação parental

O tema sobre a alienação parental é de fato algo inovador no próprio


ordenamento jurídico brasileiro, a Lei 12.318/10, que define o que é alienação
parental e quais as sanções que serão adotadas pelo juiz uma vez que
caracterizada a existência dessa alienação.

A alienação parental tem como as crianças e adolescentes envolvidas em


situações de disputa de guarda entre os pais. A alienação parental é sempre
induzida por um dos pais, pelos avós ou qualquer outro familiar que usam a
criança como arma. A criança ela é manipulada para que sem justificativa
venha a odiar o genitor alienado, que antes amava, agora começa a sentir ódio.

A lei traz exemplos de alienação parental, mas, não são apenas nessas
situações que estão previstas no rol que se caracterizam como alienação
parental. Esses casos, além de sua complexidade, são bastante discutidos nas
Varas de Família por suas demandas, por isso, se faz necessário à atuação de
psicólogos e de assistentes sociais capacitados, que irão conversar e observar
os comportamentos da criança ou adolescente, além dos pais, avós ou o outro
responsável para identificar se a situação se caracteriza ou não como essa
violência psicológica.

Esses casos de alienação parental acontecem em maioria, em decorrência do


rompimento da união conjugal, quando começam a discutir a guarda dos filhos.
Infelizmente, com a dissolução da família, os genitores possuem uma relação
de inimizade, e o genitor alienado detentor da guarda do filho, usa o filho para
se vingar afastando o outro da convivência familiar saudável e preservada com
a criança. Por conseguinte, ferindo o princípio da proteção integral e do melhor
interesse da criança e do adolescente dignidade humana.

Tanto a criança como o adolescente passaram a ter assegurados todos os


direitos fundamentais pela Constituição Federal de 1988 e o ECA, que
instituíram o princípio da proteção integral à criança e ao adolescente. Nesse
sentido, o principal objetivo da Lei de Alienação Parental, é proteger
combatendo todos os tipos de violência ou ameaça que atingirem os direitos
fundamentais da criança.
Percebe que a alienação parental nunca vai ser um fato isolado, e sim um
contexto todo que precisa ser comprovado dentro do processo judicial. Sendo
comprovados os atos de alienação parental, o magistrado irá tomar as medidas
necessárias para proteger o interesse da criança.

Afinal, a Lei 12.318/2010 surgiu com o objetivo de resguardar como um sujeito


com seus direitos. A lei separa a criança do conflito da família colocando-a num
lugar de liberdade para ter uma convivência familiar segura e saudável entre os
pais separados.

A própria lei, traz formas de combater e inibir as condutas injustificáveis por


parte do genitor alienante, o juiz pode suspender o poder familiar, como
também aumentar o tempo de convivência do genitor vítima do ato e multa
para o mesmo. Fica evidente que a Lei não tem intenções de reverter à guarda,
essa seria uma medida extrema. A preferencia nesses casos são as guardas
compartilhadas, por serem consideradas a que melhor favorece o
desenvolvimento da criança.

Em considerações finais, a lei de alienação parental se mostrou extremamente


necessária para que tenha uma responsabilização pela pessoa que pratica o
ato da alienação parental ferindo direito fundamental da criança ou do
adolescente e que prejudica o desenvolvimento sadio do próprio filho.

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