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O ADULTO JOVEM

DISCIPLINA DE PSICOLOGIA JURÍDICA


PROFESSOR ANDRÉ PATELLA
ADULTO JOVEM
— 20-40 anos
— Auge do potencial biológico. Riscos a
integridade física são invisíveis.
— Momento de sonhos, expectativas de um futuro
radiante, quando tudo ainda parece possível.
— Um dia se alcançará a estabilidade e as certezas
da vida.
ADULTO JOVEM
— Aparência de tranqüilidade por estar entre o
tumulto da adolescência e a importante crise da
meia idade.
— Na etapa inicial as escolhas são experimentais
(amorosas e profissionais)=“falsos começos”.
— Momento de poucos atritos com os pais.Busca
da independência emocional e socioeconômica
é diferente da desidealização da fase anterior.
— Risco de permanecerem dependentes (ao sair
não terá mesmo padrão de vida).
VIDA ADULTA:
— Assumir seu lugar na sociedade
— Papéis fundamentais: Profissional, Conjugal e Parental
— Deixar a casa dos pais=processo de emancipação
psicológica.
— Possuidores de um apego seguro terão maior facilidade
nesta transição.
— Transferir seu apego dos pais a um ou mais
companheiros.
— Intimidade x Isolamento
— Intimidade=“Capacidade de fundir sua identidade com a
de outra pessoa, sem recear perder algo de
você”(Erikson, em Evans, 1969)
PROFISSÃO:
— Escolhida ainda na
adolescência e tantas
vezes inscrita no
mundo interno a
partir dos cenários
da infância.
DESEMPREGO:
— Adaptação ao
trabalho permite um
aumento da
autoestima e a
inserção no mundo
adulto.
— Desemprego
relacionado à
alcoolismo,
homicídio, violência
familiar, suicídio,
conflitos conjugais e
doenças mentais.
CASAMENTO:
— Maioria casa até os 30 e se divorcia em 10 anos e boa
parte dos divorciados casa novamente.
— Unidade conjugal propicia intimidade prolongada e
gratifica necessidades interpessoais.
— Impõe sacrifícios e compromissos.
— Quem chega mal na vida adulta = isolamento.
— ESCOLHA CONJUGAL: beleza, inteligência, interesses
comuns, situação financeira, temor a solidão, pressão
externa.
— Motivos internos são complexos.
— Tendemos a recriar em nossas relações de parceria o
padrão que trazemos em nosso modelo interno de
apego.
CARACTERÍSTICAS DE
CASAMENTOS DE SUCESSO:
— Casaram após os 20 e antes dos 30.
— Níveis altos de educação/famílias de classe média.
— Mais religiosos
— Saúde melhor(taxas reduzidas de alcoolismo)
— Níveis elevados de auto-estima
— Baixo “grau de neurose”(hostilidade, impulsividade e
ansiedade)
— Não coabitaram antes do casamento
— Pais apresentaram pouca probabilidade de terem se
divorciado
CARACTERÍSTICAS DE
CASAMENTOS DE SUCESSO:
— “Cada parceiro traz a relação habilidades, recursos e
traços que afetam o sistema de parceria que surge”.
— Qualidades das interações de casais com casamentos
bem sucedidos:
Se gostam e se consideram amigos
Concordam quanto aos papéis
Bons em ler sinais recíprocos/ boa capacidade de
comunicação
Bons em resolver conflitos/criticam menos os parceiros
SEPARAÇÃO:
— Maior dificuldade do ser humano é lidar com a
separação e a perda.Difícil aceitar a
transitoriedade da vida e tudo que a cerca.
— Divórcio= muitas perdas ao mesmo tempo.
— Críticas porque mexe nesse sentimento pouco
tolerado pelas pessoas.
— O que toma a iniciativa é malvisto = ameaça
para outros casamentos inseguros.
— CULPA
— Dúvidas em relação aos filhos
EFEITOS DA SEPARAÇÃO NA VIDA
EMOCIONAL DOS FILHOS:
— Estudo longitudinal de Judith Wallerstein mostrou:
— Regressão no desenvolvimento, fantasias de abandono, dificuldade
para dormir, saudade do pai ausente, agressividade com irmãos(até
5 anos)
— Quadro típico de luto, preocupação e desejo pelo genitor que
partiu, declínio do rendimento escolar (5-8 anos)
— Diminuição rendimento escolar e relacionamento com colegas, ,
raiva, ansiedade, solidão, humilhação, assumir papel assistencial em
relação ao pai mais dependente(8-12 anos)
— Adolescentes: depressão, transtornos de conduta, eventual ideação
suicida, sentimentos de raiva, preocupação de fracassar como os
pais em relacionamentos amorosos.
— Amostra de casais com sérios problemas psicológicos e de conduta
antes, durante e após a separação.
FILHOS E SEPARAÇÃO:
— Dificuldades se devem mais ao conflito parental
que a separação.
— Desajustes maiores nas crianças que presenciaram
ou participaram das brigas por um longo
tempo.Situação caótica que rouba o prazer infantil
de viver.
— Situação não muda se após separados, os filhos
forem usados como instrumentos das brigas.
— Forma de ataque ao ex- cônjuge é sabotar o
convívio com os filhos ou deprecia-lo como pai ou
mãe→crianças desvalorizadas.
— Mais do que explicar porque o casamento não deu
certo, é explicar que eles não tem nenhuma
responsabilidade na decisão
SEPARAÇÃO:
— Esclarecer que o sentimento em uma relação pode
mudar com o tempo, mas isso não acontece com os
filhos.
— Notícia dada firmemente pelo casal evita fantasias de
reconciliação.
— Conflito de lealdade=criança levada a tomar o
partido de um dos pais (raiva e culpa).Precisam do
amor dos dois.Pode levar a Síndrome de Alienação
Parental(termo proposto por Richard Gardner em
1985 para a situação em que um dos dois pais de uma
criança a treina para romper os laços afetivos com o
outro genitor). Lei 12.318 de 26/08/2010 Juiz poderá
advertir, ampliar regime de convivência em favor do
alienado, estipular multa, determinar acompanhamento
psicológico, alterar a guarda, determinar fixação de
domicilio, suspender autoridade parental.
Conflito de Lealdade
— Moça, 18 anos, surto psicótico, tentando matar
a mãe(o demônio incorporado na sua mãe).Pais
separados desde seus 4 anos, conflito de
lealdade provocado pela mãe que usava a filha
para se vingar da desvalia que sentira por ser
trocada por outra mulher.Surto desencadeado
quando tem de prestar depoimento contra o
pai. Disse não ter agüentado a mãe lhe dizendo
por dias o que deveria dizer ao juiz.
Outros problemas na Separação:
— Parentificação: crianças assumem tarefas dos
adultos na família.Filhos confidentes e cuidando
dos irmãos.
— Triangulação:filho ou a filha forma um casal
com um dos pais.
— Criança participar da nova organização
familiar.Decidir onde mora,mas ter 2 casas.
— Visitas do pai que mora fora: regularidade.
— Novos relacionamentos mantidos separados
dos filhos por um tempo.
GUARDA, PENSÃO E VISITA:
— Sociedade industrial : pai operário, mãe cuidando da
prole=instinto materno.
— Guarda dos filhos exclusiva a mãe e o pai com função
restrita de pagar pensão alimentícia.
— Decretada separação, sem que aja acordo, a guarda será
atribuída a quem revelar melhores condições para
exercê-la. Guarda pode ser exclusiva, alternada ou
compartilhada(ambos respondem pelo sustento e
decisões importantes)
— Pensão e visita= instrumento dos ressentimentos do
casal=relação perversa, filho objeto de barganha.
— Valor da pensão=tentativa de obter uma indenização
por se sentir vítima de desprezo. Exigências diminuem
conforme aceitam a própria participação no fim do
casamento.Pensão é definida no momento mais tenso.

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