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Andréia Podolano- Psicóloga Clínica (CFP), Especialista em Saúde mental (HPSP), Terapeuta

individual, de casal e família (CEFI), Mestre em Psicologia Clinica (UNISINOS). Coordenadora clínica,
professora e supervisora do CEFI.
Dar à Luz – Bráulio Bessa
É ser grato por um dia, também ter sido cuidado
Dar à luz a uma criança, é iluminar os seus dias É conhecer o amor maior que se pode amar
Dividir suas tristezas, somar suas alegrias É a escola da vida que insiste em ensinar
É ser o próprio calor, naquelas noites mais frias Que pra dar à luz a um filho, não é preciso gerar
Dar à luz é estar perto, é sempre chegar primeiro É entender que o sangue neste caso é
É ter o amor mais puro, mais honesto e indiferente
verdadeiro Duvido o DNA dizer o que a gente sente
▪ https://www.adotarcomamor.com.br/ Amar do primeiro olhar até o olhar derradeiro É gerar alguém na alma e não biologicamente
2019/06/dar-luz-braulio-bessa.html Dar à luz é se estressar, é não conseguir dormir Pois não tem biologia e nem lógica
Para explicar o amor de pai e mãe
É ser quase odiado por dizer, não vai sair
Dar à luz é liberar, mas também é proibir Não se resume em gerar
Dar à luz é ser herói com papel de vilão Quem gera nem sempre cuida,
É saber regrar o sim e nunca poupar o não mas quem ama vai cuidar
Não é traçar o caminho, é mostrar a direção Vai cuidar independente da cor que a pele tem
Dar à luz é ser presente nos momentos mais Da genética, do sangue
cruéis O amor vai mais além
É ensinar que os dedos valem mais do que os O amor tem tanto brilho
anéis Que quem adota um filho
É mostrar que um só lar, vale mais que mil hotéis É adotado também!
Dar às luz é se doar, é caminhar lado a lado
É a missão de cuidar, de amar e ser amado
LEI Nº 12.010 DE 03 DE AGOSTO
DE 2009

Dispõe sobre adoção e altera a Lei nº 8.069, de


13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil)
▪ Permanência da criança em família ampla ou extensa deve
ser priorizada.
▪ Esgotar programas públicos de apoio familiar.
▪ Máximo de 18 meses de permanência em programa de
acolhimento institucional.
▪ Irmãos devem ser adotados pela mesma família, sempre
que possível.
▪ A partir de 12 anos, podem ser consultados sobre o próprio
processo de adoção.
▪ Mães menores de 18 anos, devem ter o consentimento de
responsáveis, para entregarem o filho para adoção.
▪ Após sentença judicial, mesmo que os pais biológicos se
arrependam, a adoção não podem ser revertida.
• Casais que tentaram ter filhos biológicos e não
conseguiram
• Casais em crise
• Casais que perderam um filho biológico- importância
de vivenciar o processo de luto antes da adoção)
• Famílias que têm experiências de adoção em várias
gerações
• Desejos de reparação por danos imaginários (desejar
salvar a criança, adotar como um ato de caridade)
• Medo da solidão
• Pessoas solteiras que desejam ter filhos
▪ Familias adotivas são familias intencionais,
unidas pela convicção, desejo, prática e,
principalmente, amor.
(Walsh, 2016, p. 222)
▪ Ao pensar que a finalidade do estado de adoção
é substituir por completo a família natural, com
exceção do biológico, há negação da diferença
entre parentalidade biológica e adotiva. Rejeição
à diferença (Kirk, D. 1964).
▪ Conexão entre segredo e estigma- o segredo
protege e ao mesmo tempo promove o estigma
(Tefft, 1980).
▪ Mãe biológica também estigmatizada e
falsamente protegida pela negação. Deixar tudo
para trás.
▪ Pais adotivos- segredo como proteção de sua
incapacidade de ter filhos.
▪ Dissemelhança física entre os
membros da familia significa que o
fato da adoção sempre será
publico, aberto a comentários e
interpretações por parte de
estranhos além dos amigos.
▪ A vida escolar também estimulará
questionamentos.
▪ Estados norte americanos mantêm os registros de
adoção lacrados, com exceção do Alabama, Alaska
e Kansas. Inglaterra e Escócia permitem o acesso
quando os adotados se tornam adultos.
▪ Proteção- as certidões de nascimento declaravam:
pai desconhecido, filho natural.
▪ Atual- certidões originais lacradas e nova certidão
concebida com filiação aos pais adotivos,
impedimento entre adotados e famílias biológicas.
▪Libertar do estigma da ilegitimidade
▪ Proteger a criança do estigma, da situação de
adotada e da ilegitimidade.

▪ Proteger a criança e a família adotiva de


futuras investidas por parte dos pais
biológicos.

▪ Garantir aos pais biológicos


confidencialidade, especialmente as mães.
▪ Todo ser humano têm o direito à conhecer seus
parentes biológicos.

▪ O melhor em benefício da criança.

▪ História completa sobre sua saúde.


Vazio existencial.

Sentimento de irrealidade pela falta de


conhecimento de sua origem.

Dificuldade de estabelecer a própria


identidade -perplexidade genealógica.

Necessidade em saber com quem se


parecem.
Quanto menos os
pais adotivos resistem
a discutir a adoção

Mais firme o senso de


self do adotado
▪ Não esquecem e não deixam para trás como pensavam
anteriormente os profissionais.
▪ Efeito negativo contínuo – luto – depressão.
▪ Maternidade é auto evidente, paternidade deve ser
reclamada e provada.
▪ Preocupação persistente com o bem- estar das criança.
▪ Segredo para o atual marido ou companheiro.
▪ Filhos biológicos são de responsabilidade feminina,
portanto a culpa é dela.
▪ 1972- reconhecimento do direito dos pais biológicos
quanto ao futuro dos filhos adotados.
Abertura- significa descrição
de um Continuum (troca de
cartas e fotos que pode ser
permanente)

Evidencias empíricas- a
abertura pode facilitar o
desenvolvimento de um
senso de self integrado e
coerente.
Teoria narrativa e de
construtivismo social

Família de origem
Bowen

Teoria familiar sistêmica


▪ Modo de compreensão do self.

▪ Narrativas como histórias de vida, com


presente, passado e futuro.

▪ Auto narrativas- explicação sobre o


relacionamento entre eventos relevantes ao
longo do tempo. Construída sobre o sentido
que se pode extrair a história da própria vida.
Trabalho
Efeitos Importância da
intergeracional
destrutivos da família de
para abertura
separação. origem.
dos segredos.
Efeito devastador da presença de
segredos.

Adotados sentem deslealdade com


relação a família adotiva.

Construção conjunta da história de vida


do adotado com a colaboração da família
adotiva.
Qualquer estado civil
Maiores de 18 anos. ou condição
socioeconômica.

Avós não podem


Ter no mínimo 16 adotar netos e irmãos
anos a mais que o não podem se adotar.
adotado. Concessão de
guarda ou tutela.
Maiores de 18 anos,
de acordo com código
Crianças e
civil por meio de
adolescentes até 18
sentença constitutiva
anos.
e assistência do
Poder Públicos.
▪ Castigar o filho de forma brutal.

▪ Abandono.

▪ Praticar atos contrários à moral e bons


costumes.

▪ Não cumprimento de determinações


judiciais.
▪ Inscrição no Fórum competente.
▪ Entrevista com profissionais da Vara da Infância e da
Juventude.
▪ Estágio de convivência máximo de 90 dias.
▪ Desistência da adoção pode se dar nesse estágio, por
falta de vínculo.
▪ Tempo da guarda provisória determinada pelo juiz.
▪ Processo gratuito.
▪ Licença maternidade -120 dias
▪ Licença paternidade- 5 dias
▪ Adoção consensual ou pronta- os pais biológicos escolhem e indicam
quem irá adotar. Pode ser aceita ou não pelo juiz.
▪ Adoção à brasileira- sem passar pelo processo legal de adoção, a
criança é registrada como filho biológico. Passível de arrependimento
dos pais biológicos. Ilegal.
▪ Adoção internacional- somente após esgotadas as possibilidades de
colocação em famílias substitutas brasileiras. Nesses casos, o estagio
de convivência deve ocorrer por 30 á 40 dias prorrogável por igual
período.
▪ Adoção tardia ou de crianças maiores- crianças maiores de 2 anos
(toddlers).
▪ Adoção Inter-racial- raça diferente dos pais adotivos. Normalmente pais
brancos que adotam crianças negras, asiáticas ou índias. Os negros são
adotados em menor índice.

▪ Adoção de crianças portadoras de necessidades especiais- problemas


motores, neurológicos, portadoras de HIV, síndromes, sequelas de maus-
tratos. Capacidade dos pais adotantes de se confrontar com a perda da
criança saudável.

▪ Adoção por pessoas solteiras- essencialmente crianças mais velhas ou


grupo de irmãos. Se o adotante morrer quem cuidará? Qual é a rede?
▪ Adoção por homossexuais- em 2011 o Supremo Tribunal Federal equiparou a
união homoafetiva à união estável. Cabe aos pais preparar a criança ou
adolescente para lidar com as diversidades.

▪ Adoção por pessoas mais velhas- 50 anos ou mais. Maior paciência, mais
tempo disponível, maior maturidade, estabilidade financeira.

▪ Adoção de embriões- dois embriões por vez. Os embriões congelados poderão


ser doados. Embriões congelados só podem ser adotados após o nascimento.
Filiação com maior legitimidade.
Estudos indicam que a
Direito de saber sobre sua Construção da identidade
criança sabe
história. real.
inconscientemente.

Dificuldades em revelar
adoção aos filhos está
Ameaça a confiança nos Relacionamento pais e relacionada as dificuldades
pais adotivos. filhos saudável. dos pais com suas próprias
questões. É preciso retomar
o assunto várias vezes.
PENSANDO NA NA INFÂNCIA NA ADOLESCÊNCIA ENCONTRO COM
MATURIDADE, NÃO HÁ PODERIA REALIDADE E
NO INÍCIO DA MATURIDADE CONTRIBUIR PARA A RISCO DE
VIDA ADULTA. EMOCIONAL. DESESTABILIZAÇÃO. DECEPÇÕES E
DESCONSTRUÇÃO
DAS FANTASIAS.
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SER ADOTADO SIGNIFICA


FAZER PARTE,
PARA SEMPRE, DO
MUNDO AFETIVO DO OUTRO.
▪ Hartman, A. Segredos na adoção, in Imber- Black e cols. Os segredos na família e
na terapia familiar. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994. Cap. 5 pg. 94-112.

▪ Levinzon, G. K. Tornando-se pais: adoção em todos os seus passos. São Paulo:


casa do psicólogo.
▪ Walsh, Froma. Processos Normativos da familia: diversidade e complexidade. Porto
Alegre: Artmed, 2016. Cap. 10.
▪ Home | Adoção Passo a Passo (adocaopassoapasso.com.br)

andreiapodolano@cefipoa.com.br

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