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Introdução

Capitulo I - História da fotografia

Capitulo II - A busca de uma linguagem pessoal

Capitulo III - Luz: elemento fundamental da fotografia


3.1 - A coloração
3.2 - A Intensidade
3.3 - Assunto
3.3.1 - Escolha do assunto

Capitulo IV - Câmeras
4.1 - Câmara escura: o princípio de tudo
4.2 - Tipos de câmeras
4.2 - Câmeras Automáticas
4.3 - Câmeras duploreflex
4.4 - Câmeras manuais (reflex) / SLR (filme) e DSLR (digital)
4.5 - DSLR-Like
4.6 - Médio formato
4.7 - Grande formato
4.8 - Visor
4.9 - Foco
4.9.1 - Autofocus (AF)

Capitulo V - Fundamentos da Técnica


5.1 - Sensibilidade
5.2 - Tipos de Sensibilidade
5.2.1 - Sensibilidade lenta: (de 25 a 125 ISO)
5.2.2 - Sensibilidade Média: (de 200 a 400 ISO)
5.2.3 - Sensibilidade alta (de 800 a 3200 ISO)
5.3 - Diafragma e Profundidade de Campo
5.3.1 - Controlar a profundidade de campo
5.4 - Obturador, Velocidades e Movimento
5.5 – Velocidade
5.5.1 - Velocidades altas ou rápidas (1/250s a 1/8000s)
5.5.2 - Velocidades lentas ou baixas (30s a 1/30s)

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Capitulo VI - Fotometria
6.1 - Combinações Gêmeas
6.2 - Como medir a intensidade da Luz
6.3 - Fotômetro Programável (Program) ou (P)
6.4 - Prioridade de Aberturas (AV ou A)
6.5 - Prioridade de Obturador (TV ou S)

Capitulo VII - Objetivas


7.2 - Tipos de Objetivas
7.3 - Distância focal e ângulo de visão das objetivas

Capitulo VIII
8.1 - Composição e Enquadramento
8.2 - A regra dos terços

Capitulo IX - Utilizando FLASH


9.1 – Definição
9.1.1 – Sincronismo de velocidade e diafragma.
9.1.1 – O Flash Eletrônico com TTL
9.2. – Dicas úteis utilizando flashes.

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Introdução

A fotografia não é, de fato, uma simples reprodução da cena


presenciada pelo fotógrafo no instante do clic. Há tempos ela é
entendida como um testemunho, um depoimento silencioso que, assim
como a pintura, a escultura ou outras linguagens, carrega a marca de seu
autor.

Assim como é possível


identificar um artista plástico
pelo estilo se suas pinceladas
sobre a tela, pelas cores que
usa, pelo perfil das peças ou
material empregado no
trabalho artístico, também é
possível que um observador
atento identifique a autoria de
uma foto, considerando
algumas características da
imagem que se apresenta diante de seus olhos: a temática, a luz, o
ponto.

Fotografia é comunicação e não existe comunicação sem conteúdo. Daí


a necessidade de o fotógrafo estar “antenado” com as coisas do mundo,
investir em sua cultura geral e atualização profissional. Essa formação
geral é decisiva para a construção de uma linguagem pessoal.

A fotografia é uma linguagem universal. Uma imagem pode transmitir


emoções e sentimentos impossíveis de serem expressos com palavras.
Quando aprendemos a fotografar, e entendemos a linguagem da
fotografia, passamos a ver a natureza e as pessoas de uma forma
diferente, e nossa percepção cotidiana do mundo se torna mais aguçada
e sensível.

Muitas vezes uma foto pode desencadear acontecimentos importantes


ou mesmo contribuir para a solução de questões polêmicas. A imagem
ao lado, de uma menina nua, correndo e chorando atingida por
“napalm”, após um bombardeio americano durante a guerra do Vietnã,
fez com que toda a opinião pública mundial e americana pressionasse
os governos pelo final do conflito.

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Capitulo I

História da fotografia
Desde os tempos antigos o Homem manifestou inusitado interesse em
registrar, de maneira duradoura, os fatos marcantes de sua existência.
Através da pintura, ilustrou nas paredes das cavernas sua maneira de
viver, o ambiente e suas grandes aventuras. Mais tarde, ergueu
monumentos imponentes, com riquezas de inscrições, como as
pirâmides e as esfinges, que transmitiram através dos séculos a memória
do Egito. Durante o Renascimento, a pintura e a escultura ganharam
notável expressão através de gênios como Michelângelo, Leonardo da
Vinci e Rembrandt.

Apesar do valor incalculável, do ponto de vista científico e cultural, de


todas essas obras, sua divulgação era relativamente pequena, pois não
havia métodos que permitissem reproduzi-las e apresentá-las em
comunidades distantes. A invenção da imprensa e o aperfeiçoamento
da arte de gravar tornaram possível a multiplicação de imagens e
marcaram a primeira etapa de uma nova era: a da comunicação de
massa.

Por muitos séculos as reproduções de fatos, pessoas ou coisas eram


sempre feitas à mão. Somente no início do século XIX, os franceses
Niepce e Daguerre descobriram o processo de fixar imagens em uma
superfície sensível à luz, a base de betume da Judéia primeiramente,
depois a base de prata. Mas esse método só gerava um exemplar. Mais
tarde, empregaram-se placas de vidro emulsionadas com prata, o que
proporcionou o aparecimento dos negativos, possibilitando assim a
reprodução positiva em série.

Em 1867, o físico francês Louis Ducos anunciou outra novidade: a


fotografia colorida. Treze anos mais tarde o norte-americano George
Eastman, começou realmente a popularizar a fotografia com a venda de
câmeras fotográficas de baixo custo, carregadas com os primeiros
filmes de rolos.

A história moderna da fotografia, todos sabemos, é e ainda esta sendo


marcada pelo advento da tecnologia digital, que oferece a imediata
visualização das imagens capturadas, dispensando processos de
revelação.

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Capitulo II

A busca de uma linguagem pessoal


Em seu trabalho, o fotógrafo se vê o tempo todo diante de alternativas
múltiplas e precisa decidir com rapidez onde vai focar suas lentes, como
empregará os conhecimentos técnicos, com que olhar vai fixar seu
objeto. O resultado dessas decisões e escolhas (a fotografia impressa
em algum suporte) reflete a personalidade do fotógrafo e,
inevitavelmente, a forma como ele vê e pensa o mundo à sua volta.

Cada fotógrafo interpreta as coisas do mundo de acordo com a sua


formação, mais ainda com a sua história de vida e as circunstâncias que
o construíram como um indivíduo único.

Talvez você já faça fotos bem bonitas com sua câmera e esteja
acostumado a sair por aí com a máquina em punho para registrar seus
temas prediletos; talvez nunca tenha pensado na importância da
fotografia... Não se preocupe! Cada um tem seu tempo para descobrir!
Sem dúvida, é muito importante que você faça uma reflexão sobre a
arte de fotografar, que descubra a sua própria maneira de olhar as
coisas do mundo, que cultive seus ídolos da fotografia e pense, afinal,
por que quer ser um fotógrafo. Mas também tenha em mente que a
técnica fotográfica vai ocupar um belo espaço na sua formação
profissional.

Neste curso, você irá conhecer a técnica, sobre câmeras, objetivas,


flashes, filmes, saber algumas regras de composição e iluminação, como
os equipamentos funcionam... Enfim, vai aprender a fotografar.

A fotografia é um processo físico-químico ou digital que qualquer


pessoa pode entender sem muitas dificuldades. O importante é praticar
bastante até que esse ato mecânico se torne ágil, deixando sua mente
livre para a captura dos “momentos mágicos” que surgirão à sua frente.

Fique bem atento às informações, aos detalhes, às dicas e ilustrações


desta apostila. Elas conduzirão você ao mundo técnico e criativo da
fotografia.

Capitulo III

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Luz: elemento fundamental da fotografia
Enquanto houver luz, o fotógrafo tem condições de trabalhar, pois seu
ofício – sua aventura – é uma redescoberta do mundo em termos de
luz.

A palavra fotografia, cunhada em 1839, por sir John F. W. Herschel,


deriva de dois vocábulos gregos (foto+grafia ) que, compostos,
significam “escrita com luz”.

Dentro do conceito etimológico, fotografia significa escrita com a luz


ou escrever com a luz. Ou seja, a habilidade do fotógrafo em manejar a
luz é crucial para o bom resultado de uma foto. Isso é tão sério que
mudando a forma de iluminar um assunto, ele pode ser totalmente
alterado.

Entender e dominar a luz é um dos maiores desafios de um fotógrafo


iniciante. Até mesmo fotógrafos profissionais às vezes “apanham” da
luz em certas condições críticas. Em fotografia a luz é essência. E
quando falamos de luz estamos também falando de sombra, formas,
relevos, tons, cores e tudo o que o diálogo entre elas nos proporciona.

Agora vamos falar um pouco sobre os melhores horários para


fotografar com luz natural. Seguindo estas dicas você conseguirá
produzir boas imagens, com definição e impacto visual.

3.1 - A coloração
Nas primeiras horas da manhã e à
tarde, a luz natural tem algumas
características que são muito
interessantes para a fotografia. Nesta
parte do dia a luz tem uma coloração
amarelo-avermelhada, chamada em
fotografia de “cor quente”. As
imagens produzidas nestes horários
ganham poética suave, muito
agradável para retratos e também para paisagens.

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3.2 - A Intensidade
A intensidade da luz logo pela manhã e a tarde é mais fraca. É o que se
chama em fotografia de “luz suave”. Este tipo de iluminação suave
produz imagens com boa definição e detalhes definidos, sem exagerar
no contraste. Ao contrário, no decorrer do dia os contrastes e saturação
de cores ficam acentuados, intensificando as sombras.

3.3 - Assunto
Tecnicamente, o assunto é o que reflete a luz, ou seja , a luz incide
sobre o assunto e é por ele
refletida com maior ou menor
intensidade. Essa luz refletida
passa através da lente da
câmera e grava as imagens. É
fundamental ver como o
assunto reflete a luz e
procurar obter melhores
resultados dessa iluminação.
Estude cuidadosamente os vários efeitos produzidos pela reflexão da
luz; mude a posição do assunto e das fontes de luz, assim como do seu
ponto de vista, até conseguir o efeito desejado.

3.3.1 - Escolha do assunto


Usando sua criatividade e tomando cuidados com a luz e sombras, você
pode fazer as mais diferentes fotos, nos mais variados ângulos. Procure
fotografar cada assunto de diversos ângulos e com maneiras diferentes
de iluminação. Os resultados podem ser surpreendentes.

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Capitulo IV

Câmeras
4.1 - Câmara escura: o princípio de tudo
Trata-se do seguinte fenômeno: a luz refletida por um objeto projeta
fielmente sua imagem no interior de uma câmera escura se existir
apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos. Baseados neste
princípio, os artistas da época simplificaram o trabalho de copiar
objetos e cenas. Entravam dentro da própria câmera e lá gravavam
sobre uma tela a imagem refletida que entrava pelo orifício da caixa.

Foi aperfeiçoada pelo famoso pintor florentino Leonardo Da Vinci.


Não é difícil imaginar os passos seguintes desta evolução: uma lente
colocada no orifício melhorou a transmissão da luz, um espelho foi
colocado atrás desta lente para rebater a imagem para fora da caixa
facilitando assim o enquadramento do assunto. O artista já podia
trabalhar do lado de fora da caixa, tracejando a imagem projetada sobre
um visor de vidro fosco, protegido por um pano escuro.

4.2 - Tipos de câmeras


Sendo assim a precursora das câmeras
fotográficas atuais foi à câmara escura,
usada pelos pintores e desenhistas do
século XIX.

Se observarmos uma câmera


fotográfica, notaremos que su a estrutura básica é a mesma da câmara
escura. Claro que ocorreram inúmeras melhorias no sistema de captura
de imagens pela câmera fotográfica.
Por décadas, o filme fotográfico foi à principal forma de registrar as
imagens. Atualmente, é mais comum encontrar no mercado as câmeras
digitais, que não usam filme

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fotográfico e produzem as imagens através de sensores eletrônicos
(CCD ou CMOS) que transformam a luz em impulsos elétricos e as
gravam em formato digital. Praticamente todo o mercado da fotografia
rendeu-se a essa nova tecnologia, porém existem fotógrafos que ainda
preferem usar as câmeras convencionais, devido a uma suposta
superioridade da qualidade de imagem capturada pelos filmes positivos
(cromos) em relação ao CCD. Porém, o inegável e acelerado
desenvolvimento da tecnologia digital torna esta questão bastante
discutível. Imagens capturadas em câmeras digitais profissionais
atingem, velozmente, qualidade cada vez melhor. Além disso, o
desenvolvimento de softwares de tratamento de imagens colaboram
ainda mais para a fotografia digital equiparar-se aos mais profissionais
dos filmes fotográficos.

4.2 - Câmeras Automáticas


Elas têm este nome porque dispõem de
fotocélulas para regulagem automática da
abertura do diafragma, da velocidade do
obturador ou ambos, além do foco.

Elas possuem versatilidade, embora tenham limitações que impeçam


sua utilização sob determinadas condições de luz. Em geral tem flash
com sensor que determina quando deve ser acionado e lente com pelo
menos 3 passos de foco (1.20m, 3m e infinito).

Normalmente são câmeras automáticas que têm o visor separado da


objetiva da câmera. Este visor é usado para o enquadramento.

Assim, o ângulo abrangido pelo visor não é o mesmo que o da lente


que faz a foto. A esta diferença dá-se o nome de paralax. É preciso,
portanto, deixar margem de segurança acima e abaixo do assunto para
evitar cortes. Algumas câmeras já possuem a chamada correção de
paralax e isto consta do folheto que acompanha a câmera. Em outros
modelos, essa correção é marcada por linhas brancas, formando
margens no visor. O assunto, nesse caso, deve ser enquadrado dentro
do espaço limitado por essas linhas.

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4.3 - Câmeras duploreflex
Em virtude de seu formato e tamanho, as máquinas reflex de duas
objetivas dão a impressão de ser mais complicadas do que de fato são.

As duas objetivas não precisam ter a mesma qualidade óptica, por que a
lente situada na parte superior não desempenha qualquer papel na
exposição do filme, não interferindo, assim na qualidade da imagem
final. A única exigência é que sua distância focal seja identificada à da
lente que registra a imagem. Como as duas lentes ficam próximas uma
da outra, o erro de paralaxe (diferença entre o que se vê pelo visor e o
que a lente capta para o filme) é mínimo. Algumas trazem um indicador
para a correção desse problema.

4.4 - Câmera manual (reflex) / SLR (filme) e DSLR (digital)


Dispõe de regulagens independentes para abertura do diafragma,
velocidade do obturador e focalização do assunto. Sua principal
característica é o fato de poder trocar de objetivas (pode-se usar desde
grande angulares até super-teles). São as máquinas dos fotógrafos
profissionais. O termo reflex indica que a imagem vista no visor e a
mesma que irá impressionar o filme.

4.5 - DSLR-Like
Esta câmera é visualmente semelhante com as do tipo
reflex. A lém disso, possui todos os controles manuais
(velocidade do obturador, abertura do diafragma, foco,
etc, porém com limitações) com a diferença que nas
DSLR-L não se pode a trocar a objetiva.

4.6 - Médio formato


Elas usam filmes de formato 120 ou 220 (6x6, 6x7cm)
e são muito usadas por fotógrafos profissionais de
estúdio. Como o tamanho da imagem produzida no
original (negativo ou slide) é maior, a qualidade do
produto final é melhor, visto que temos que ampliar
menos o original. É o equipamento ideal para fotos
publicitárias, grandes ampliações e trabalhos que exigem alta definição e
qualidade de imagem. O mercado começa a lançar os primeiros
modelos digitais de câmeras deste formato, ainda a preços bastante
altos.

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4.7 -Grande formato
Estas usam filmes em folhas, no tamanho 12x18cm, por
exemplo. São equipamentos pesados, usados
basicamente em estúdios para trabalhos de altíssima
resolução e qualidade, como campanhas publicitárias,
imagens para outdoors, etc.

4.8 - Visor
Dispositivo óptico usado para enquadrar as cenas ou os objetos a serem
fotografados, ou seja, é por onde se olha na hora de tirar uma foto.
Através do visor, é possível compor a imagem antes do clic.

Existem dois tipos: o direto, usado nas câmeras amadoras; e o da reflex,


que permite ao fotógrafo enxergar pelo visor exatamente o que será
fotografado e visto na tela ou impresso futuramente.

4.9 - Foco
Dispositivo de foco: anel sobre a objetiva que pode ser girado para a
direita e para a esquerda até que se obtenha uma imagem nítida no visor
e, conseqüentemente, no filme. Acionando por motores e sensores
ópticos, esse dispositivo pode ser automático, conhecido como auto
focus.

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4.9.1 - Autofocus (AF): apesar de agilizar as fotos mais tradicionais,
este mecanismo pode limitar o trabalho do fotógrafo, pois impõe que o
foco das fotos seja feito sempre onde o sensor, ou sensores
determinarem. Para fugir a essa padronização, as fábricas acabaram
criando um outro mecanismo que anula esse recurso. O AF Lock é
uma espécie de trava do auto focus. Ele é utilizado quando se deseja
deslocar o assunto do centro, mas mantê-lo em foco. Em algumas
câmeras também existem “navegadores” de sensor, que permitem ao
fotógrafo deslocar o ponto de foco sobre a área de interesse.

- Foco manual (MF): O foco é de inteira responsabilidade do fotógrafo,


que girando o anel de focalização situado na objetiva decide onde quer
a imagem nítida. É o preferido de profissionais experientes que tem o
olhar treinado e não querem correr os riscos e limitações do auto-focus.

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Capitulo V

Fundamentos da Técnica
A técnica fotográfica se baseia em três princípios fundamentais:

- Sensibilidade do filme (ISO);


- Quantidade de Luz (Diafragma);
- Tempo da Luz (Obturador).

Inicialmente vamos conhecê-los e depois aprenderemos como


combiná-los, isto é, como iremos fotometrar nossas cenas para que a
exposição seja a mais correta possível.

5.1 - Sensibilidade
A escolha de um filme deve levar em conta o tipo de fotografia que se
deseja fazer e a sensibilidade que o filme (ou digital) apresenta. Os
códigos de sensibilidade são determinados pelos números ISO, sendo
extremamente importantes, pois servem para informar o fotômetro, a
fim de que este forneça o tempo de exposição e o diafragma adequados
para expor o filme.

5.2 - Tipos de Sensibilidade:


Como já vimos, a sensibilidade é medida em ISO. Quanto menor o
ISO (ex: 25), menor a sensibilidade à luz, quanto maior o ISO (ex:
3200), mais sensível será o filme.

Existe uma relação matemática fixa entre as sensibilidades dos filmes,


que chamamos de Passo ou Ponto. Um filme de ISO 100 tem o dobro
da sensibilidade de um filme de ISO 50, mas a metade da sensibilidade
de um filme de ISO 200, e assim por diante.

Podemos separar os ISOs em 3 grandes grupos de sensibilidade:

5.2.1 - Sensibilidade lenta: (de 25 a 125 ISO):


São filmes de baixa sensibilidade, necessitando grande quantidade de
luz para serem sensibilizados. Os grãos de prata (pixels na digital) são
pequenos, finos e uniformes, produzindo imagens de alto contraste e
excelente definição. São indicados para fotos com grande definição nos
detalhes, fotos técnicas e científicas, reproduções...
Permitem grandes ampliações com excelente qualidade. São mais

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utilizados nas fotografias de objetos estáticos, como produtos, natureza
morta e paisagens. Também largamente usado para retratos externos ou
em estúdios. Tem ótima resolução, cores vivas e grande poder de
registro de detalhes.

5.2.2 - Sensibilidade Média: (de 200 a 400 ISO):


São filmes que necessitam de uma boa quantidade de luz para serem
sensibilizados. Os grãos de prata são relativamente finos, garantindo
boa qualidade de imagem e contraste médio. São filmes para uso geral,
retratos, paisagens, natureza, estúdio e fotojornalismo.

De granulação ainda razoável, são versáteis e servem para todos os


tipos de fotografias realizadas em condições normais de luminosidade.
Também indicados para a fotografia social com flashes.

5.2.3 - Sensibilidade alta (de 800 a 3200 ISO):


São filmes de alta até altíssima sensibilidade, necessitando de pouca luz
para serem gravados. Os grãos de prata são grandes e irregulares,
produzindo fotos "granuladas", de médio a baixo contraste. Útil para
situações de iluminação precária, fotos noturnas, de shows, espetáculos
de teatro e esporte “in-door”; ou quando se necessita de altas
velocidades de obturador.

A resolução é menor, trazendo o efeito conhecido como granulação,


podendo produzir resultados interessantes, principalmente em
fotografias artísticas. São a melhor opção para fotografar ambientes
sub-iluminados: uma simples luz de vela é suficiente para a sua
exposição.

5.3 - Diafragma e Profundidade de Campo:


É a estrutura que controla a quantidade de luz que passa através da
lente. É formado por uma série concêntrica de lâminas situadas no
interior da lente, que se abrem e fecham, permitindo a passagem de
uma quantidade maior ou menor de luz. Portanto, a primeira função do
diafragma é controlar a quantidade de luz que atingirá o filme. A
quantidade de luz que passa pelo diafragma é medida através dos
chamados “números f”, o que se costuma chamar também de “abertura
da lente”, cuja função se assemelha a da nossa pupila, dilatando-se ou
contraindo-se, de acordo com a luz do ambiente. Mais adiante você

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aprenderá como calcular corretamente esta quantidade para produzir
uma boa fotografia.

Existe uma seqüência fixa de números f, ou aberturas, comuns a


maioria das lentes, mas dependendo dos recusros de cada uma, como
pode ser visto na figura abaixo:

 quanto menor o número f (2.8, 4, 5.6), maior a abertura do


diafragma e maior a quantidade de luz que passa pela lente;
 quanto maior o número f (22, 16, 11), menor a abertura e
menor a quantidade de luz que sensibiliza o filme.

Existe uma relação proporcional entre as aberturas: f8 deixa passar a


metade da luz de f5.6 (um ponto abaixo) e o dobro da luz de f11 (um
ponto acima), e assim por diante.

Usa-se normalmente o termo “ponto” para cada número f, ou seja,


pode-se dizer abrir ou fechar um “ponto” quanto se muda de uma
abertura para outra. Este termo pode ser usado também para as
velocidades do obturador da câmera.

5.3.1 - Controlar a profundidade de campo


A profundidade de campo pode ser definida como a área de uma
imagem que está em foco. Em uma foto de uma fila de pessoas, umas
atrás das outras, quanto maior a profundidade de campo, maior número
de pessoas na fila estarão em foco.

Da mesma forma, em uma foto de uma paisagem, em que temos um


primeiro, segundo e terceiro planos, a profundidade de campo irá
definir quais destes planos estarão nítidos na imagem.

A profundidade de campo é diretamente afetada pela abertura da lente:


quanto maior a abertura (menor f, ex: 2,8), menor a profundidade de

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campo; quanto menor a abertura (maior f, ex: 22), maior a
profundidade de campo.

As imagens abaixo ilustram o efeito da abertura do diafragma na


profundidade de campo de uma imagem:

Abertura 2.8 Abertura 5.6 Abertura 22

5.4 - Obturador, Velocidades e Movimento


O obturador é a estrutura responsável pelo
controle do tempo em que a luz irá incidir
sobre a plataforma sensível. Enquanto o
obturador está fechado, a luz não incide
sobre o filme. Quando ele se abre, a luz
impressiona o filme e produz a imagem.
Quanto mais tempo o obturador estiver
aberto, mais luz incide sobre a película, e
vice-versa.
O obturador se situa na parte de trás do corpo da câmera. Nas câmeras
mais antigas, é formado por duas cortinas de tecido especial, negro e
opaco (1) situadas à frente do filme fotográfico (2), como mostrado no
esquema ao lado. Nas mais modernas o obturador é um conjunto de
lâminas metálicas que correm de cima para baixo, impressionando o
filme no sentido vertical. Estes obturadores são mais rápidos e
permitem uma velocidade de flash maior. Mais rápidos ainda são os
obturadores em forma de íris, presentes nas câmeras eletrônicas que
podem atingir velocidades de até 1/8000 segundos.

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5.5 - Velocidade
A velocidade nada mais é do que o tempo em que o obturador fica
aberto, tendo função semelhante às nossas pálpebras. Ela é medida em
segundos ou frações de segundos e obedece a uma seqüência
determinada, comum a todas as câmeras fotográficas. No controle de
velocidade da câmera você irá encontrar, de maneira geral, os seguintes
valores: Estes números indicam o tempo que o obturador fica aberto.
B 30” – 15” – 8” – 4” – 2” – 1 | 2 | 4 | 8 | 15 | 30 | 60 | 125 | 250 | 500 | 1000 | 2000 | 4000 | 8000

Por exemplo: a velocidade 125 indica que o tempo de exposição será de


1/125 de segundo. A velocidade 2 indica que o tempo de exposição
será de meio segundo e a velocidade 2” será de 2 segundos.

A velocidade deve ser regulada de acordo com a disponibilidade de luz


no ambiente e com o tipo de assunto que se está fotografando. A
regulagem da quantidade de luz está associada à abertura do diafragma
da lente e à sensibilidade do filme, e será discutida mais tarde.

Quando se está trabalhando com a câmera na mão, deve-se escolher


uma velocidade suficientemente rápida para que a imagem produzida
não fique tremida. Considera-se 30 a velocidade de segurança para
disparos sem o uso de tripé. Abaixo dessa velocidade (15, 8, 4, etc) é
necessário o uso de um tripé.

5.5.1 - Velocidades altas ou rápidas (1/250s a 1/8000s)

Usamos velocidades altas para


fotografar em duas situações:
cenas muito iluminadas e
objetos ou pessoas em
movimento. Nesta última
situação, a imagem é congelada
na pequena fração de segundo
em que o obturador está
aberto.

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5.5.2 - Velocidades lentas ou baixas (30s a 1/30s)
Usamos velocidades baixas quando
necessitamos fazer uma exposição
mais longa, em função de pouca
luminosidade.

Com velocidades baixas o


obturador fica aberto por um
espaço de tempo longo. Dessa
forma, o assunto não é
“congelado”, o que permite captar
os movimentos realizados pelo
objeto fotografado, criando imagens fora do convencional.

Para evitar fotos tremidas, a câmera deve ser fixada em um tripé. Na


foto ao lado a velocidade usada foi de 1”, o que permitiu que
capturássemos o movimento das águas da cachoeira durante 1 segundo.

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Capitulo VI

Fotometria
Fotografar manualmente significa combinar sensibilidade, aberturas do
diagrama e os tempos do obturador. Para que esta combinação esteja
adequada às condições de luz do cenário enquadrado pela objetiva, o
fotógrafo utiliza o fotômetro da câmera, um dispositivo composto por
sensores sensíveis a intensidade da luz. A regulagem manual é mais
trabalhosa e exige experiência profissional.

A maioria das câmeras fotográficas traz os fotômetros embutidos,


como parte integrante do corpo da máquina. Sua função é fornecer
uma leitura geral das condições de iluminação do ambiente que está
sendo fotografado. Eles indicam qual a melhor combinação na relação
entre diagrama e velocidade para determinada intensidade de luz.

6.1 - Combinações Gêmeas


É possível efetuar exposições
semelhantes, combinando a
luminosidade com os ajustes do tempo
de exposição. Por exemplo:

cada uma das combinações aqui


ilustradas produz o mesmo resultado
sobre o filme. Pode-se escolher entre
uma maior ou menor profundidade de
campo ou velocidade do obturador, mais
alta ou mais baixa.

6.2 - Como medir a intensidade da Luz


Luz refletida pelo objeto: depois de refletida pelo objeto, a luz se dirige
à câmera e pode ser medida de duas maneiras, a partir da posição da
câmera (com fotômetro embutido) ou junto ao objeto (com fotômetro
manual). No primeiro caso, a medida do fotômetro corresponde à
intensidade geral de luz, incluindo a do fundo. Se, porém uma parte da
cena a ser fotografada for mais importante do que o resto, convém
aproximar-se e efetuar a leitura do fotômetro perto do objeto em
questão.

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6.3 - Fotômetro Programável (Program) ou (P)
Nesta opção, o fotômetro indica qual a melhor abertura e o tempo
correto do obturador, levando em conta apenas as poucas
possibilidades de ajuste que a máquina oferece. Não considerar
qualquer efeito óptico, como movimentos ou profundidade de campo
diferenciada. O trabalho é focalizar e disparar. Se algo estiver errado,
um alarme avisará o fotógrafo. O program é muito usado para fotos de
viagens e cenas do cotidiano.

6.4 - Prioridade de Aberturas (AV ou A)


Nesse modo o fotógrafo escolhe a abertura e o fotômetro indica o
tempo do obturador. A opção de controlar a fotometragem pela
abertura é indicada para fotos que exigem controle de profundidade de
campo. Experimente. Faça esse exercício fotografando rostos, mas
também objetos e outros temas que desejar.

6.5 - Prioridade de Obturador (TV ou S)


Nesse outra modalidade de programação. Basta selecionar o tempo do
obturador e a máquina ajusta o diafragma correspondente. É indicada
para fotos que tenham movimentos. Como de esportes e
fotojornalismo em geral. Nas cenas de ação, regula-se o obturador em
velocidades rápidas para congelar a imagem (com filmes de ISO alto
para aumentar e facilitar essas regulagens) e em velocidades lentas para
conseguir o efeito borrão, que dá a impressão de movimento. Esse
recurso pode criar fotografias curiosas.

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Capitulo VII

7.1 - Objetivas
Pode-se dizer que as objetivas são a parte mais importante da câmera.
Elas determinam a nitidez da imagem, ou seja o grau de legibilidade da
fotografia. São compostas por um grupo de lentes e servem
principalmente para captar e transmitir ao filme os raios de luz
refletidos por qualquer objeto situado em ambiente iluminado.

7.2 - Tipos de Objetivas


As câmeras geralmente são vendidas com uma
objetiva como normal , por ter o ângulo de visão
semelhante ao do olho humano (cerca de 50º). A
distância focal de uma objetiva normal
corresponde à diagonal do filme utilizado, que é
de 50mm para câmeras de filme 35mm.

A distância focal e o ângulo de visão de uma


objetiva estão inti mamente ligados. Quanto
menor for a distância focal de uma objetiva,
maior será seu ângulo de visão. É por isso que as
objetivas de curta distância focal são chamadas
de grande-angulares.

A grande profundidade de campo que essas objetivas proporcionam


facilita fotos em locais onde não se pode recuar o suficiente para
enquadrar todo o conjunto que se deseja fotografar (como na fotografia
de interiores ou de arquitetura). As grande-angulares tornam as linhas
paralelas verticais com descentramento da objetiva que corrigem o
defeito.

As objetivas com distância focal


superior à da objetiva normal têm um
campo de visão reduzido. São
chamadas de teleobjetivas , bas tante
usadas pelos fotojornalistas para
fotografar acontecimentos que não
permitem aproximação suficiente,
como esportes, espetáculos, guerras etc. Essas lentes têm a vantagem de
não fazer convergir as linhas paralelas verticais como as grande-

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angulares, mas por outro lado, têm pouca profundidade de campo e
“achatam” os planos produzindo imagens praticamente sem relevo,
com os elementos aparecendo no mesmo plano. As pequenas “teles”
(até 135mm) são muito usadas para portraits , pois não deformam as
proporções do modelo.

Existem também objetivas com distância focal variável: as lentes zoom.


Uma mesma objetiva zoom pode ter distâncias focais que vão desde
uma grande-angular até uma pequena tele com a Zoom 28-80mm. Pode
também combinar uma pequena tele a uma tele maior, como, por
exemplo, uma 80-200 mm. As lentes zoom são bastante práticas, pois
permitem uma grande rapidez de operação de enquadramento, já que
não é preciso trocá-las a cada nova situação.

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7.3 - Distância focal e ângulo de visão das objetivas

23
Capitulo VIII

8.1 - Composição e Enquadramento


Compor uma fotografia implica o uso harmônico de linhas, formas,
superfícies e tonalidades na imagem, sem a obrigação de representar o
que os objetos são na realidade. A composição pode conferir estilo e
originalidade às fotografias. Essa característica aproxima a fotografia do
desenho e da pintura, com a diferença de que o fotógrafo não tem a
sorte de poder compor gradualmente a imagem final, como acontece
nas artes de um modo geral.

As regras mais rígidas de composição praticamente foram deixadas de


lado com o tempo. Afinal, rigidez pouco tem a ver com criatividade.

Evidentemente, fotógrafos mais experientes dispensam regras, porque


já têm o olhar educado e perspicaz, mas algumas recomendações são
fundamentais para os iniciantes.

Repetimos que o importante é praticar, experimentar. Ao fotógrafo


cabe “explorar” o assunto, não o abandonar antes de sentir que já se
esgotarem todas as possibilidades visuais.

8.2 - A regra dos terços


A preocupação com a técnica e os
elementos físicos da fotografia
são importantes, mas nem
sempre são o bastante para definir
o que se chama de uma “boa
fotografia”. Em muitas ocasiões o
conteúdo da mensagem é mais
importante que as formas e o
esmero técnico. O ideal é a soma
equilibrada desses elementos.

Contar uma estória é uma boa estratégia para atingir um resultado


interessante. Então considere os ingredientes para se contar esta estória:
personagens, cenário, enredo... E descentralize os modelos. Divida o
visor em terços imaginários (jogo da velha), criando guias de orientação,
e pontos de interesse visual. Distribua os elementos nos quadrantes e
busque os pontos para dar peso e importância. O resultado é certo.

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Capítulo IX - Utilizando FLASH

9.1 – Definição
O flash fotográfico pode ser definido como um sol portátil, ou um
"sol de bolso". Isso porque, reproduzindo a luz do dia em seus
disparos, viabiliza fotos antes impossíveis, ou por não existir a luz, ou
onde esta era tênue demais.
Contudo, é preciso não utilizá-lo abusiva ou apelativamente, em
qualquer ocasião. Em shows ou espetáculos artísticos realizados em
teatros, por exemplo, será mais adequado o emprego de filmes
sensíveis.
Talvez a utilização do flash seja a mais complicada operação dentro
de toda a técnica fotográfica. Digamos que o flash é um equipamento
"melindroso", que costuma deixar decepcionados até mesmo fotógrafos
profissionais.
Porém, observados certos cuidados e colocados em prática
conhecimentos técnicos, podemos, certamente, atingir resultados
satisfatórios ou até mesmo de alto nível.
Além dos estúdios, o flash deve ser importante ferramenta do
fotógrafo que trabalha em reportagens de eventos. Não é preciso dizer
que qualidade exige o emprego de equipamento profissional.

9.1.1 – Sincronismo de velocidade e diafragma.


O aproveitamento adequado do flash como fonte luminosa
auxiliar, quando não existe condições ideais de luz para fotografar,
depende de uma sincronização entre o relâmpago e o tempo que o
obturador permanece aberto, isto é, da velocidade. Em todas as
câmeras a velocidade ideal do obturador está assinalada claramente
na escala geral com um traço vermelho, um X ou um ícone em
forma de raio, etc.
Nas câmeras eletrônicas modernas o sincronismo entre o
relâmpago do flash e a velocidade do obturador é obtido com
velocidades bastante altas. Devido a movimentação lateral do
obturador de cortina, velocidades altas (250, por exemplo)
provocam a iluminação de apenas parte do fotograma, já que neste
caso o obturador é mais rápido que o relâmpago. Se o obturador
for do tipo íris, que se movimentam a partir do centro, velocidades
mais altas do obturador também darão bons resultados. O
importante é nunca exceder a velocidade máxima de sincronismo do
equipamento em uso.

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Existem dois pontos de encaixe: em uma tomada no corpo da
máquina para o fio do flash cuja finalidade é estabelecer o
sincronismo, ou diretamente sobre a máquina, no que chamamos
sapata de flash.
Quando utilizamos o flash não mais fazemos a fotometria.
Fixamos o ISO e a velocidade de sincronismo. Fica faltando apenas
a abertura do diafragma, que será encontrada através da seguinte
fórmula:

f= n.º guia (potência do flash)


distância do flash ao modelo

Todo flash tem uma tabela, onde, para varias circunstâncias de


ISO e distâncias, estarão prontos os resultados.

Exemplo:

ISO 1m 2m 3m 4m 5m 6m
50 f8 F5.6 f4 f2,8 f2 f1.8
100 f11 f8 f5.6 f4 f2.8 f2
200 f16 f11 f8 f5.6 f4 f2.8
400 f22 f16 f11 f8 f5.6 f4

Na tabela de exemplo, uma distância de 4m corresponde à


abertura f4, se o filme for ISO 100. Com o mesmo filme, mas a uma
distância de 2m a abertura será f8. Convém lembrar que essas
tabelas variam com o tipo de flash e sua potência, mas o princípio
será sempre o mesmo.

Agora vejamos esta outra tabela:

ISO 1m 2m 3m 4m 5m 6m
50 f8 F5.6 f4 f2,8 f2 f1.8
100 f11 f8 f5.6 f4 f2.8 f2
200 f16 f11 f8 f5.6 f4 f2.8
400 f22 f16 f11 f8 f5.6 f4

Podemos ver que existem duas colunas, cada representada por


um tom de cinza. Trata-se da referência para usarmos o flash no

26
sistema automático, quando um sensor entrará em atividade. Assim,
devemos ajustar no lugar adequado o sensor que queremos utilizar.

Exemplo:
Escolhe-se a coluna em tom cinza escuro, meu flash alcançará
4m e, com filme ISO 200 devo fixar a abertura em f 5.6. Posso
então, fotografar dentro destes 4m, sem me preocupar com
distância, pois o sensor determinará a descarga necessária de luz.
Quanto mais me aproximo do modelo menos potência ele
descarregará. Por outro lado, se me afasto o disparo será mais forte.

Outro exemplo:
Se a escolha for à coluna em tom cinza claro, com ISO 100, devo
fixar f 2.8, e alcançarei até 5m.

9.1.1 – O Flash Eletrônico com TTL


O modo TTL é o usado em câmeras
eletrônicas, sejam em flashes incorporados ou
externos acoplados às “sapatas”. No caso dos
externos, são flashes de alta precisão. Contam com
alta tecnologia eletrônica, oferecem alta precisão na
exposição e muita agilidade operacional.
A sigla TTL vem do inglês e significa Trougth
The Lens, isto é, através da lente. A medição da
luz será realizada através da objetiva,
impressionando sensores que indicarão a luz
necessária para a iluminação das cenas,
determinando a duração e potência do reflexo para
a exposição adequada. Dito em outras palavras, quando o reflexo atinge
a potência necessária para conseguir a exposição adequada, o
microprocessador corta o reflexo.
Os pólos de contato entre objetiva e flash operam em comunicação
integrada onde a abertura do diafragma, a distância focal da lente e o
foco serão detectados pelo flash e determinarão a descarga necessária à
exposição ideal.
São flashes que permitem técnicas de rebatimento através da
movimentação da parte superior, contam com difusores e rebatedores
de luz, compensação de potência, entre outros recursos, permitindo
técnicas e criatividades, tais como: Frontal, rebatimento para o teto,

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lateral, para trás, flash de relevo, de preenchimento, de segunda cortina,
de sincronismo lento, pontual, estroboscópico e etc.
Outra vantagem oferecida pelo sistema de flash TTL, é a
possibilidade de utilização de filtros (estes reduzem a transmissão de
luz) sem a necessidade de cálculo para compensação. Em outros
sistemas seria necessário realizar o cálculo da perda de luz.

9.2. – Dicas úteis utilizando flashes.


O flash não traz para o fotógrafo uma variedade de iluminação. Sua
luz é muito característica, por isso, sempre que possível, evite o flash,
pois ele "matará" qualquer clima de luz que existir na cena. A utilização
de flashes em fotos dinâmicas é recomendado, pois a técnica do flash é
mais rápida que a fotometria em luzes continuas.
Para quem quer entrar no ramo de foto jornalismo ou de eventos, é
recomendado o uso das câmeras eletrônicas, devido à sua tecnologia, e
flashes dedicados com TTL.
Quando se usa esse tipo de flash, o manuseio da câmera fica mais
ágil pois o fotógrafo pode operar a câmera nos modos manual e semi-
automáticos e o flash no modo TTL.
Uma característica do flash é de sempre iluminar o primeiro plano é
os demais ficarem muito escuros. A dica é a de operar a câmera no
modo de prioridade de obturador, abaixando a velocidade de
sincronismo (1/30 ou 1/20) e utilizar filmes de ISO 400 para que o
primeiro plano não "estoure" e os planos de trás apareçam sem que a
velocidade esteja muito baixa evitando o tremido.
O Flash também ajuda evitar o contraluz e eliminar as dominantes
das lâmpadas, pois sua calibragem é de 5500K.
Evite jogar o flash direto a não ser que sua cena seja um plano geral,
a luz rebatida ou difusa é mais suave e detalhista dando um clima de luz
mais natural.
Observe sempre o fundo das fotos: os fundos escuros não dão o
recorte no cabelo das pessoas enquanto que os fundos brilhantes
refletem o flash podendo dar uma mancha de luz prejudicando a
imagem, nesse caso de preferência a enquadramentos mais laterais.
Em eventos e festas que tenha luzes coloridas na pista de dança, para
que o flash não tire esse clima use o efeito de luz mista, coloque a
velocidade bem lenta e se possível o modo Rear que dispara o flash
depois do tempo do obturador.

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E lembre-se sempre: a fotografia pode ser o seu meio de expressão.
Então emocione-se, elabore, pense e clique! E boas fotos!

Contatos:
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