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ÍNDICE
Quando um dispositivo de protecção independente for previsto para garantir a protecção dos circuitos internos
de um aparelho de utilização, as suas características devem ser indicadas pelo fabricante do aparelho a
proteger.
[E] 431.1 Os condutores activos devem ser protegidos contra as sobrecargas (veja-se 433) e contra
os curtos-circuitos (veja-se 434) por um ou mais dispositivos de corte automático, devendo a
protecção contra as sobrecargas ser coordenada com a protecção contra os curtos-circuitos, de
acordo com o indicado na secção 435(1).
Os dispositivos de protecção devem ser seleccionados entre os indicados nas secções 432.1 a
432.3.
Nota: Em alguns tipos de instalações (habitações e análogos, estabelecimentos agrícolas ou pecuários, etc.) não
podem ser aplicados fusíveis na protecção de circuitos contra as sobreintensidades excepto na alimentação de
quadros ou de equipamentos de elevada potência e na protecção de equipamentos de sinalização e de
medição (vejam-se as Partes 7 e 8).
(2) - O fusível é composto por todas as partes que formam o conjunto do dispositivo de protecção, nomeadamente, a
base e o elemento de substituição.
A utilização de um dispositivo com um poder de corte inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto
em que estiver instalado deve obedecer às regras indicadas na secção 434.3.1.
Estes dispositivos, que, em regra, têm uma característica de funcionamento de tempo inverso e
que podem ter um poder de corte inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto onde
forem instalados, devem satisfazer às regras indicadas na secção 433.
Quando a protecção contra as sobrecargas for feita por outros meios ou, quando, na
secção 473, se admitir a dispensa da protecção contra as sobrecargas, devem ser utilizados
dispositivos de protecção que interrompam qualquer corrente de curto-circuito de valor não
superior ao da corrente de curto-circuito presumida. Esses dispositivos de protecção, que
devem satisfazer às regras indicadas na secção 434, podem ser:
1) IB ≤ In ≤ I z
2) I2 ≤ 145
, Iz
_________________________
(3) - Isto não impede a utilização de outros dispositivos de protecção desde que as respectivas características
tempo/corrente garantam um nível de protecção equivalente.
(4) - Em certos casos, esta regra não garante uma protecção completa (por exemplo, as sobreintensidades
prolongadas inferiores a I2) e não conduz necessariamente à solução mais económica, pelo que se pressupõe
que o circuito seja concebido de modo a que as sobrecargas de reduzido valor e de longa duração não se
produzam habitualmente.
em que:
Na prática I2 é igual:
Corrente Corrente
Canalização: de serviço admissível
IB IZ 1,45 I z
0 In I I
2
Dispositivo Corrente Corrente convencional
de protecção: estipulada de funcionamento
Para que um dispositivo de protecção garanta a protecção de uma canalização contra as sobrecargas é
necessário verificarem-se as condições seguintes :
a) I B ≤ I n ≤ I z
b) I 2 ≤ 1,45 I z
k2.In ≤ 1,45 Iz
k3 In ≤ Iz
In ≤ Iz / k3
em que :
k3 = k2 / 1,45
- para disjuntores:
- para fusíveis:
k2 = 1,6 para In ≥ 16 A
k2 = 2,1 para In ≤ 4A
- para disjuntores :
y I B ≤ In ≤ Iz
- para fusíveis :
y I B ≤ In
y I 2 ≤ 1,45 I z ou I n ≤ I z / k 3
k3 = 1,10 para In ≥ 16 A
k3 = 1,45 para In ≤ 4A
(Em estudo).
As correntes de curto-circuito presumidas devem ser determinadas, por cálculo ou por medição,
em todos os pontos das instalações julgados necessários.
__________________________
(6) - Na prática, esta medida só é aceitável se as canalizações tiverem as mesmas características eléctricas
(natureza, modo de colocação, comprimento e secção) e não tiverem qualquer derivação ao longo de todo o
seu percurso. No entanto, pode ser conveniente fazer-se uma verificação.
Nota: As correntes de curto-circuito assumem valores diferentes consoante afectem duas fases, três fases ou uma
fase e o neutro, devendo o poder de corte dos dispositivos de protecção ser garantido para cada um desses
valores.
Os valores das correntes de curto-circuito podem ser determinados por um dos meios seguintes:
[E] 434.3.1 O poder de corte não deve ser inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto
em que o dispositivo for instalado, excepto se existir, a montante, um dispositivo com um poder
de corte apropriado. Neste caso, as características dos dois dispositivos devem ser
coordenadas por forma a que a energia que o dispositivo situado a montante deixa passar não
seja superior às energias suportáveis pelo dispositivo situado a jusante e pelas canalizações
protegidas(8).
Nota: Quando não existirem regras sobre a correspondência entre dispositivos de protecção diferentes, devem ser
solicitadas aos fabricantes destes dispositivos as indicações necessárias.
Para os curtos-circuitos de duração não superior a 5 s, o tempo necessário para que uma
corrente de curto-circuito eleve a temperatura dos condutores da temperatura máxima
admissível em serviço normal até ao valor limite pode ser calculado, numa primeira
aproximação, através da fórmula seguinte(9):
_________________________
(8) - Em certos casos especiais, pode ser necessário considerar outras características para os dispositivos situados a
jusante (tais como os esforços electrodinâmicos e a energia do arco), para o que devem ser obtidas as
informações necessárias junto dos fabricantes.
(9) - Para tempos muito curtos (t < 1 s), em que a assimetria é importante, e para os dispositivos de limitação de
corrente, o valor de k²S² deve ser superior ao valor da energia (I²t) que o dispositivo de protecção deixa passar
(indicado pelo fabricante). Estão em estudo outros valores de k para:
- condutores nus;
A corrente estipulada do dispositivo de protecção contra os curtos-circuitos pode ser superior à corrente
admissível nos condutores do circuito.
S
t =k
Icc
em que:
t é o tempo, em segundos;
134 para os condutores de cobre isolados a borracha para uso geral ou a borracha
butílica;
Para os condutores nus, as temperaturas máximas em curto-circuito são definidas tendo em conta as
características mecânicas dos condutores (para evitar, por exemplo, o recozimento do metal) e a natureza dos
isolantes próximos.
Em certos casos especiais, pode ser necessário reduzir as temperaturas máximas tendo em conta as
características mecânicas dos condutores e dos cabos (como, por exemplo, para os cabos auto-suportados).
As características destes dispositivos devem ser coordenadas por forma a que a energia que o
dispositivo de protecção contra os curtos-circuitos deixa passar não seja superior à que o
dispositivo de protecção contra as sobrecargas pode suportar, sem se danificar(12).
Os condutores alimentados por uma rede de impedância tal que a corrente máxima fornecida
não possa ser superior à corrente admissível nos condutores (por exemplo, de certos
transformadores de campainha, de certos transformadores de soldadura e de certos geradores
accionados por motor térmico) são considerados como protegidos contra qualquer
sobreintensidade.
_________________________
(10) - Devem-se ter em conta as condições susceptíveis de se produzirem num curto-circuito que não afecte todos os
condutores (estão em estudo regras pormenorizadas).
(11) - Para certos tipos de disjuntores (nomeadamente, para os que não limitam a corrente), esta regra pode não ser
aplicável em toda a gama das correntes de curto-circuito, sendo a verificação feita de acordo com o indicado na
secção 434.3.
(12) - Esta regra não exclui os tipos de coordenação especificados na Norma EN 60947-4-1.