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O que é a PAC?
É a política que deve implementar um sistema de subsídios à agricultura e produção, bem como
medidas a ter em conta no processo produtivo e tratamento de produtos agrícolas. É comum a
todos os estados membros (cada país da UE segue os seus princípios), com o objetivo de
melhorar a qualidade da produção agrícola. Assim incentiva o desenvolvimento económico, bem
como o melhoramento da qualidade de vida na Europa.
Os seus principais objetivos são ; assegurar um nível de vida digno aos agricultores europeus,
garantir um aproveitamento alimentar estável e seguro, e disponibilizar bens alimentares a
preços acessíveis. Para tal, decide-se a criação de um grande mercado único europeu, dentro do
qual os bens – preferencialmente europeus - circulam livremente. Acresce ainda um
financiamento comunitário, em função dos preços de mercado, a FEOGA (Fundo Europeu de
Orientação e Garantia Agrícola)
Após (e durante) a Segunda Guerra Mundial, os países da CEE enfrentavam grandes fragilidades
no setor agrícola que tinham de ser ultrapassadas. A preocupação em reabilitar a qualidade de
vida europeia passava pela criação da PAC.
A Evolução da PAC
Entrou em vigor em 1962, com três pilares fundamentais : mercado único, preferência por
produtos europeus, solidadariedade financeira. Surtiu efeitos positivos como o aumento da
produtividade (modernização do setor e introdução de fertilizantes artificiais) gerando um
aumento do rendimento.
Porém, reduziu a superfície de mão de obra.
Em 1984, a medida de restrição à produção permitiu a implementação das quotas leiteiras para
regulamentar a produção do leite.
Quatro anos depois, a PAC implementou medidas de restrição à produção através de prémios
como forma de restringir os excedentes.
Em 1992, a PAC teve a sua 1ª Grande reforma com medidas de controlo à oferta e à procura
com medidas na redução de preços da produção agrícola, e ajudas diretas para para compensar
os produtores pelas perdas de rendimentos.
Esta PAC teve algumas medidas de reforço em 1999 com a politica de desenvolvimento rural,
com primazia para a multifuncionalidade, sustentabilidade e competitividade e, enfoque no
ambiente na garantia da qualidade/segurança dos alimentos.
Em 2008/09 teve lugar a revisão da reforma da PAC da 2003, foram necessárias respostas aos
novos desafios ambientais, o sector leiteiro foi reestruturado e começou a existir um novo apoio
à inovação. Infelizmente, ainda persistem alguns problemas, como as desigualdades na
atribuição de apoios aos agricultores e financiamento dos pilares da PAC.
Com os problemas ambientais, a PAC sofreu novos ajustes em 2013 para garantir a
sustentabilidade da actividade agrícola, bem como a distribuição justa e simplificada dos
pagamentos diretos aos agricultores, o reforço da competitividade do sector agricola europeu e
no controlo da PAC
O PORQUÊ DE UMA NOVA REFORMA DA PAC EM 2014
Foi necessária uma nova reforma da PAC em 2014 para evoluir a sustentabilidade no
processo produtivo, incluindo a importância da agricultura biológica para atenuar o impacto das
atividades agropecuárias na alteração do clima e dos ecossistemas.
Estes princípios têm as suas vantagens como ; as estratégias estarem de acordo com os
novos padrões de vida, melhoram a sustentabilidade ambiental e económica do sector, mantém
a diversidade do espaço rural e a existência de seguros agrícolas e fundos mútuos. Mas, também
têm as suas desvantagens como por exemplo a penalização pela produção de excedentes e a
própria criação de excedentes que, consequentemente resulta em desperdício alimentar. Por
outro lado, os preços ao produtor diminuem devido à concorrência dos restantes países.
Comparando esta nova reforma com as anteriores, podemos ver que, era dada
importância à agricultura industrial, à quantidade e à produção intensiva. O produtor tinha
prioridade, a pecuária tinha uma produção artificial, medicamentos, antibióticos e pesticidas
eram usadas nos campos. Existia também um maior consumo de produtos alimentares nacionais
e estrangeiros. Os subsídios dependiam da produção.
Algumas justificações para estas ocorrências são a modernização do setor, (sendo que
as maquinarias passaram a ser mais utilizadas em vez da mão-de-obra), a atração pelos outros
sectores e o êxodo rural.
Numa outra opinião, temos a de Nuno Serra, no journal “Público” na qual esclarece que
o maior problema da PAC é a sua incapacidade de reconhecer que a população residente no
espaço rural é importante para conservar o património, em diferentes óticas como a agricultura
e as artes e, assim, deve ter um maior reconhecimento.