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indd 5 5/8/2009 15:36:56


editorial
Editora Saber Ltda.
Diretor Mudanças no mapa da globalização
Hélio Fittipaldi

“Um ano depois, o Brasil passa no teste e sai da


crise, maior do que quando entrou. Para especialistas,
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o avanço do País e de outros emergentes é uma das
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi características do mundo pós-crise. A recessão no
Conselho Editorial Brasil foi curta: apenas dois trimestres”, diz Affonso C.
Eutíquio Lopez,
João Antonio Zuffo, Pastore. A crise mudou o mapa da globalização. Mon-
Renato Paiotti Hélio Fittipaldi
tadoras de carros chinesas vêm para o Brasil. Empresas
Redação
Carlos Bazela, de pequeno e médio porte vêm para o nosso país.
Monique Souza,
Thayna Santos Juros têm margem para baixarem mais. A indústria dá sinais contraditórios.
Revisão Técnica A comparação entre os dados de julho e os de junho apresenta casos de
Eutíquio Lopez
Colaboradores queda, alta e estabilidade na produção.
Brendan Whelan, Clovis M. Rodrigues,
Eduardo S. Ramos, Eutíquio Lopez, Ultimamente, estas foram as manchetes na imprensa que nos mostram
Francisco J. Grandinetti, Jim Honda, as facetas do que estamos enfrentando. O fato é que, apesar de tudo, o
José M. Caruso, Manuel Rodriguez,
Marcio A. Marcelino, Newton C. Braga, nosso Brasil está se saindo melhor do que outros países, mas mesmo assim
Renato Paiotti, Wenduo Liu
Designers para alguns setores que estão em baixa, isto aparentemente não quer dizer
Carlos Tartaglioni, nada, pois no momento estão sofrendo e só têm olhos para isso. Quem já
Diego M. Gomes
Produção enfrentou outras crises no passado, aprendeu que cada setor tem um mo-
Diego M. Gomes
mento para entrar e sair dela, nessas ocasiões. Pode ser que o seu é o que
está entrando agora, e não no ano passado quando a maioria começou a
PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339 sentir os efeitos vindos do exterior.
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Capa
Como as manchetes proclamam a mudança no mapa da globalização,
GMC/Divulgação nós precisamos prestar muita atenção para interpretar o mais corretamente
Impressão
São Francisco Gráfica e Editora possível o que está ocorrendo no setor em que atuamos, os riscos e as opor-
Distribuição tunidades que aparecem agora. Será que as indústrias concorrentes estão
Brasil: DINAP
Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800 mudando para o nosso país!? Será que a minha produção é a que tem o
ASSINATURAS melhor custo e qualidade mundial!? É hora de ficarmos muito atentos com as
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fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366 sinalizações do mercado, frequentar feiras aqui e no exterior para podermos
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5333. mercado onde a tecnologia muda muito rapidamente.
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Setembro 2009 I SABER ELETRÔNICA 440 I 

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índice

14 Eletronica Aplicada
12 Soluções Médicas baseadas no C5505
14 Rede Automativa 1394

Tecnologias
16 Controle Eletrônico de Estabilidade Automotiva
17 Controle de Motor DC com Amplicações Automotivas

Sensores
18 O que é uma Rede de Sensores sem Fio?

Projetos
21 Potência de Saída Escalonada em Projetos de
Amplificadores de Áudio
26 Especificação de Baterias para Veículos Elétricos
30 LED RGB com PWM para PIC 16F628A
38 Como selecionar uma “Referência de Tensão”?

30
Circuitos Práticos
43 Amplificadores para Sensores de Pressão
46 Controle de Motores de Passo através da Interface LPT

Instrumentação
54 Monitor de Pressão de Pneu com PIC

Componentes
60 LM25037 – Controlador PWM com Saídas Alternantes
61 ISO1050 – Primeiro Transceptor CAN Isolado
Integrado
62 A4940 – Driver MOSFET de uso Automotivo
63 IR lança o AUIRS2003S: CI de 200 V para Aplicações
Automotivas

54
63 ISL76120 – Multiplexador USB 2.0 de Alta Velocidade
com Grau Automotivo
64 TPS54362-Q1 – Conversor DC/DC de 60 V x 2,2 MHz
para Aplicações Automotivas
64 FAN708x – Gate Drivers da Fairchild melhoram
a Eficiência do Combustível em Aplicações
Automotivas

Editorial 01
Seção do Leitor 04
Acontece
06
ABEE 58
Índice de anunciantes

Instituto Monitor .............................................................. 3 Globtek ............................................................................ 19 Nova Saber - Curso Básico de Eletrônica ..................... 57
Productronica .................................................................... 5 Honeywell ........................................................................... 44 Cyka ............................................................................. 2ª capa
Agilent ................................................................................ 9 Tato ..................................................................................... 53 IR .................................................................................. 3ª capa
Digivoice ............................................................................. 11 Nova Saber - Livro ........................................................... 54 Microchip ..................................................................... 4ª capa

 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

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Eletrônica Aplicada
Conectividade

Rede automotiva
1394
Veja neste padrão adotado
pela Fujitsu (http://us.fujitsu.com/
micro/1394) uma forma para
atender a grande demanda de da-
dos numa rede automotiva para o
entretenimento

Renato Paiotti

O
s automóveis fabricados no Bra-
sil, em sua maioria, têm adota-
do como padrão em seu sistema
de rede os protocolos CAN-Bus
e LIN. Estes dois protocolos atendem
bem a todo o sistema de gerenciamento
e acionamento dos dispositivos de um
automóvel com todas as suas normas de
segurança, e principalmente quando, fu-
turamente, os automóveis migrarem para
o X-by-wire (a troca de partes mecânicas
por eletrônicas).
Porém, um segmento que vem evoluin-
do cada vez mais nos automóveis são os
equipamentos que fazem o entretenimento
dos seus ocupantes. Atualmente os apa-
relhos da área de entretenimento não se
limitam ao aparelho de CD ou a um display
LCD para reprodução de filmes em DVD,
e sim terem um display de LCD para cada
um dos quatro ocupantes do veículo, veja
a figura 1, onde cada pessoa assiste a um
determinado tipo de programa ou filme
em formato Blu-Ray, além de visualizar o
que acontece fora do veículo através das
câmeras externas, incluindo o acesso a
internet, celular, músicas e jogos.
Para atender a esta demanda de bits
por todo o sistema, a Fujitsu desenvolveu
uma série de controladores baseados no
protocolo IEEE 1394, com os mesmos
padrões utilizados pelo FireWire da Ap-
ple, o i.Link da Sony e o Lynx da Texas
Instruments. F1. A rede de entretenimento
dentro de um automóvel.

14 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

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Eletrônica Aplicada
Médica

Soluções Médicas
baseadas no C5505
Newton C. Braga

O
mercado de aplicações médicas Na parte esquerda do diagrama da
A Texas Instruments (www. portáteis está crescendo de figura 1 vemos os três blocos que cor-
ti.com) apresenta uma cadeia de forma muito evidente em nosso respondem aos kits de desenvolvimento
país. Isso significa que as empre- para aplicações médicas. Através de
soluções para o projeto de equi-
sas precisam de recursos para entrarem interfaces com conectores, os usuários
pamentos médicos baseados no rapidamente neste mercado, atingindo os obtêm o máximo de flexibilidade para o
DSP C5505. Estas soluções incluem consumidores que necessitam de dispo- desenvolvimento de seus projetos. Os pro-
sitivos que sejam os menores possíveis, jetos MDK possibilitam alcançar grande
o projeto de um eletrocardiógrafo
consumam menos energia e incluam mais durabilidade para a bateria graças ao seu
(ECG), oxímetro de pulso (PO) e um recursos, tudo isso a um preço baixo. baixo consumo.
estetoscópio digital (DS). A partir Para atender essas necessidades, a Os principais benefícios no uso deste
Texas Instruments lançou um conjunto de kit de desenvolvimento são:
de um módulo de avaliação único
ferramentas de desenvolvimento dirigido • Grande durabilidade para a bateria
é possível adicionar placas-filhas a aplicações médicas com uma cadeia pelo emprego de componentes
para aplicações específicas, possi- completa de projetos e software, incluindo de baixo consumo como o TMS-
eletrocardiógrafos, estetoscópios digitais e 329VC5505 e conversores A/D
bilitando assim o desenvolvimen-
oxímetros de pulso. Cada um dos três kits e D/A, além de outros circuitos
to de projetos diferentes em uma disponíveis (MDKs) é oferecido quando analógicos.
mesma plataforma. se adquire o módulo Front-End (AFE) • Aumento da funcionalidade para
com o projeto específico otimizado para o usuário com a opção de mos-
Neste artigo resumimos a docu-
cada produto final e mais um módulo de trador LCD ou PC, autogravação
mentação da Texas, que pode ser avaliação com o DSP TMS320VC5505. e autorreprodução, transferência
acessada no site da empresa Com informações sobre o hardware de dados por porta USB 2.0 de
e, incluindo esquemas, códigos- fonte, e alta velocidade e outras opções de
algoritmos específicos para aplicações conectividade.
médicas além de documentação técnica,
cada MDK possibilita uma redução do Os aplicativos e suas
tempo de desenvolvimento da ordem de características
6 a 8 meses. Ademais, cada MDK fornece
uma grande plataforma de avaliação Destaques da solução para o
para ajudar o desenvolvedor a poder sistema ECG:
focar diferenciações do produto tais • Saída ECG de 12 terminais, usando
como o desenvolvimento de algoritmos entrada de 10 eletrodos;
e a melhoria de recursos. Possibilita • Largura de faixa de 0,05 Hz a 150
também a redução das barreiras que Hz;
os desenvolvedores novatos encontram • Detecção de terminais desconec-
quando desejam entrar na indústria tados;
médica rapidamente. Na figura 1 temos • Display ECG para forma de onda
a estrutura do módulo de avaliação com em tempo real;
as placas de aplicações específicas. • Proteção por desfibrilador;

12 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

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tecnologias

Controle Eletrônico de
estabilidade automotiva
Renato Paiotti

E
ste diagrama de blocos apresenta ADUC7019 ADUC7129
uma solução da Analog Devices para ADUC7020 ADUC812
ADUC7021 ADUC814
um sistema de controle eletrônico de ADUC7022 ADUC816
estabilidade para automóveis. ADUC7024 ADUC824
O sistema possui como centro de ADUC7025 ADUC831
ADUC7026 ADUC832
controle um microcontrolador que recebe ADUC7027 ADUC834
as informações externas e internas do veí- ADUC7028 ADUC836
ADUC7032-8L ADUC841
culo, analisando e executando as devidas ADUC7033 ADUC842
providências para deixá-lo o mais estável ADUC7034 ADUC843
ADUC7036 ADUC845
possível e seus ocupantes com mais con- ADUC7060 ADUC847
forto, amenizando os solavancos. ADUC7061 ADUC848
Neste esquema é possível ver que o ADUC7128

microcontrolador recebe como informações


a velocidade do veículo, a força G sofrida
pelo movimento lateral (curvas), movimento
(frente e ré) e vertical (lombadas e obstá-
SPEED
culos), ângulo que o volante se encontra, o INPUT
ângulo que o veículo se encontra (ladeiras),
como também o ângulo de enclinação na
aceleração. Com todas estas informações
é possível ajustar a velocidade do veículo,
YAW SENSE STEERING
a suspenão ou até mesmo frear o veículo ANGLE INPUT
SYSTEM
para ajuste de posição. MICROCONTROLLER
Tanto os sensores de força G como os ROLL SENSE CAN BUS
sensores de ângulo devem ser corretamente
aplicados, levando em conta a massa e
ponto de equilíbrio do automóvel.
LONGITUDINAL
VERTICAL
AND LATERAL
G-FORCE
G-FORCE
SENSOR
SENSORS

ADXL322
ADXL325
ADXL327
ADXL335
ADXL345
ADXL346
ADXRS610 ADXL320
ADXRS613 ADXL321
ADXRS614 ADXL103
ADXRS622 ADXL203
ADXL213

16 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

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tecnologias

Controle de motor DC
com aplicações automotivas

A
presentamos aqui uma solução desenvolvida pela Mi-
crochip para controle de motor DC, destinada a diversas Renato Paiotti
aplicações automobilísticas, tais como direção elétrica,
elétro-hidraulica, bombas de água, óleo e combustível,
trio elétrico, aerofólio inteligente, retrovisores e limpador de para-
brisa. Além dos esquemas de representação, mostramos também
os componentes sugeridos para esta aplicação.
TC4420/1/2/3/4/5/6/7/8/9/A,
MCP2515, MCP2551X, MCP201 TC1410/1/2/3, TC4451/2, TC4467/8/9

CAN / LIN BUS


TRANSCEIVER 8/16-bit PIC
MICROCONTROLLER MOSFET driver MOSFET MOTOR
LDO 16-bit dsPIC DSC

FEEDBACK
TEMPERATURE SENSOR

COMPARATOR

PIC12, PIC16, PIC18, PIC24,


MCP1700/1/2 dsPIC30, dsPIC33
Motor Control Graphical
User Interface
A Microchip
disponibiliza
em seu site uma
interface onde é
possível simular
e configurar o
MCP6541/2/3/4/6/7/8/9

motor baseado em diversos tipos de


TC1027, TC1037/8/9,

motores e parâmetros externos, tais


como sentido de rotação, pressão,
velocidade e temperatura.
TC6501/2/3/4, MCP9700/1/A,
MCP9800/1/2/3/5, TC72/4/5/7

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Sensores

O que é uma Rede de


Sensores Sem Fio?

Uma rede de sensores sem fio

A
(WSN) é uma rede sem fio que con-
s redes de sensores sem fios da
siste de dispositivos autônomos
National Instruments oferecem
distribuídos espacialmente, que confiabilidade, nós de medição
utilizam sensores para monitorar de baixa potência que operam
por até três anos com 4 pilhas AA e po-
condições físicas ou ambientais.
dem ser utilizados por um longo prazo,
Estes dispositivos autônomos, ou operando remotamente. O protocolo
nós, são usados com roteadores e NI WSN, baseado nas tecnologias IEEE
um gateway para criar um típico 802.15.4 e ZigBee, fornece um padrão de
comunicação de baixa potência que ofe-
sistema WSN. Os nós de medição rece capacidades de roteamento de malha
distribuídos comunicam-se (sem para aumentar a distância e a confiabili-
fios) com um gateway central, dade da rede. O protocolo sem fio que
você seleciona para sua rede depende dos
o qual fornece uma conexão ao requisitos de sua aplicação. Para aprender
mundo cabeado onde você pode mais sobre outras tecnologias sem fios
medir, processar, analisar e apre- para sua aplicação, veja o artigo “Selecting
the Right Wireless Technology”.
sentar seus dados coletados.
Para aumentar a distância Aplicações WSN
A monitoração integrada abrange vá-
e a confiabilidade de uma rede
rias áreas de aplicação, incluindo aquelas
de sensores sem fio, você pode em que limitações de potência ou infra-
utilizar roteadores para um link estrutura fazem uma solução cabeada
adicional de comunicação entre apresentar um custo alto, desafiador, ou
quase impossível. Você pode posicionar
os nós finais e o gateway redes de sensores sem fios junto com
sistemas cabeados para criar um sistema
de medição e controle completo, cabeado
e sem fio.
Um sistema WSN é ideal para uma
aplicação como monitoração ambiental,
cujos requisitos exigem aquisição de
dados por longos prazos para realizar
medições de características da água,
do solo ou do clima. Para utilidades F1. Áreas de Aplicação
de WSN.

18 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

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F2. Arquitetura de uma Rede de
Sensores sem Fios comum

como rede elétrica, iluminação pública Padrões de Potência


e distribuição de água, sensores sem fios e Rede
oferecem um método de baixo custo para Um nó de medição WSN contém
coletar dados sobre a saúde do sistema, vários componentes incluindo o rádio,
reduzir o consumo de energia e melhorar a bateria, o microcontrolador, o circuito
o gerenciamento de recursos. analógico, e a interface com o sensor. Em
No monitoramento de saúde de estru- sistemas energizados por bateria, você
turas, você pode utilizar sensores sem fios deve checar constantemente a condição
para monitorar efetivamente rodovias, das mesmas e substituí-las quando ne-
pontes e túneis. Você também pode im- cessário, pois maiores taxas de dados e
plantar esses sistemas para monitorar con- uma utilização mais frequente do rádio
tinuamente edifícios comerciais, hospitais, consome mais energia. Atualmente, ba-
aeroportos, fábricas, usinas de energia e terias e tecnologias de gestão de energia
instalações de produção. Veja a figura 1. evoluem continuamente devido à extensa
pesquisa.
Arquitetura de um Em aplicações WSN é comum a
Sistema WSN necessidade de três anos de vida das ba-
Em uma arquitetura WSN comum, terias, portanto, muitos destes sistemas
os nós de medição são implantados para hoje são baseados em protocolos ZigBee
adquirir medidas como a de tempera- ou IEEE 802.15.4 devido ao seu baixo
tura, de tensão ou mesmo de oxigênio consumo de energia. O protocolo IEEE
dissolvido. Os nós são parte de uma rede 802.15.4 define as camadas de controle de
sem fios administrada pelo gateway, que acesso médio e físico no modelo de rede,
governa aspectos da rede como autenti- fornecendo comunicação nas bandas 868
cação de cliente e segurança de dados. a 915 MHz e 2,4 GHz ISM, além de taxa
O gateway coleta os dados medidos em de dados de até 250 kb/s.
cada nó e os envia através de uma cone- O ZigBee é projetado para atuar sobre
xão cabeada, tipicamente Ethernet, para as camadas do 802.15.4 para fornecer
uma controladora host. Nesta controla- segurança, confiabilidade através de
dora, um software como a plataforma topologias de rede em malha, e intero-
de programação gráfica NI LabVIEW perabilidade com outros dispositivos e
pode fornecer processamentos e análises padrões. Ele também permite aplicação
avançadas e apresentar seus dados em de objetos definidos pelo usuário, ou
um estilo que atenda suas necessidades. perfis, que fornecem personalização e
Observe a figura 2. flexibilidade com o protocolo.

Setembro 2009 I SABER ELETRÔNICA 440 I 19

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Sensores

Além dos requisitos de vida longa,


você deve considerar o tamanho, o peso,
e a disponibilidade das baterias, bem
como as normas internacionais para
seu embarque. O baixo custo e grande
disponibilidade das baterias alcalinas
e de zinco-carbono fazem delas uma
escolha comum. Técnicas de coleta de
energia também estão se tornando mais
comuns em redes de sensores sem fios.
Com dispositivos que empregam células
solares ou coletam calor de seu ambiente,
você pode reduzir ou mesmo eliminar a
necessidade de fornecimento de energia
através de baterias.

Tendências do Processador
Para prolongar a vida das baterias,
um nó WSN acorda periodicamente F3. Topologias de
rede WSN.
para adquirir e transmitir dados ligan-
do o rádio e depois desligando-o para
conservar energia. O rádio WSN deve uma vez que podem adquirir dados de Vantagem da rede de
transmitir de maneira eficiente um sinal medição, mas você também pode usá-los sensores sem fios da NI
e permitir que o sistema volte a dormir, para transmitir dados medidos ao longo Com a plataforma WSN da National
realizando isso com um mínimo con- de outros nós. A primeira e mais básica Instruments, você pode personalizar e
sumo de potência. Do mesmo modo, o topologia é a estrela (star), na qual cada melhorar uma típica arquitetura WSN para
processador também deve ser capaz de nó mantém uma única via de comunica- criar um completo sistema de medição,
acordar, energizar-se e voltar a dormir ção direta com o gateway. Esta topologia cabeado e sem fios para sua aplicação. A in-
de modo eficiente. é simples, mas restringe a distância total tegração do software da NI fornece a flexi-
As tendências de tecnologias de mi- que sua rede pode alcançar. bilidade para escolher um controlador host
croprocessadores para WSNs incluem Para aumentar a distância que uma baseado em Windows para seu sistema
redução do consumo de energia enquan- rede pode alcançar, você pode imple- WSN, ou um controlador host de tempo
to mantêm ou aumentam a velocidade mentar uma topologia cluster, ou árvore. real como o NI CompactRIO, dando-lhe a
do processador. Tal qual a escolha do Nesta arquitetura mais complexa, cada possibilidade de integrar E/S reconfigurá-
rádio, trade off de consumo de energia nó mantém um único caminho para o veis com suas medições sem fios.
e velocidade de processamento são gateway, mas pode utilizar outros nós Com ambos os controladores host,
preocupações fundamentais na seleção para rotear os dados ao longo desse você pode utilizar o LabVIEW e o software
de um processador para WSNs. Isto faz caminho. Entretanto, esta topologia NI-WSN com integração ao projeto no
com que arquiteturas PowerPC e base- apresenta uma desvantagem: se um nó LabVIEW e programação clique e arraste
adas em ARM sejam uma opção não roteador perder a comunicação, todos os para facilmente configurar seu sistema
indicada para dispositivos alimentados nós que dependem dele perdem sua via WSN, de modo a extrair dados de alta
por baterias. Uma opção mais comum de comunicação com o gateway. qualidade de suas medições, fornecer
de arquitetura inclui o TI MSP430 MCU, A topologia rede de malha remedia análises e apresentar seus dados.
que foi projetado para operação de baixa este problema utilizando vias de comu- Além disso, a integração com Lab-
potência. nicação redundantes para aumentar a VIEW oferece a possibilidade de ampliar
Dependendo do processador específi- confiabilidade do sistema. Em uma rede a conectividade de sua aplicação WSN e o
co, o consumo de energia no sleep mode de malha, os nós mantêm múltiplas nível de dados por todo caminho através
pode variar de 1 a 50 µW, enquanto que vias de comunicação com o gateway, de da internet para o cliente final, como um
operando o consumo pode variar de 8 modo que, se um nó roteador perder a iPhone ou um laptop. Você pode usar esta
a 500 mW. comunicação, a rede automaticamente arquitetura de sistema completa para
redirecionará os dados por um caminho adquirir dados de praticamente qualquer
Topologias de Rede diferente. A topologia de malha, embora lugar com uma rede de sensores sem fios
É possível utilizar várias topologias muito confiável, sofre de um aumento na da NI, processá-los e armazená-los em um
de rede para coordenar o gateway WSN, latência da rede, pois os dados devem servidor, e depois acessar os dados conve-
os nós finais e os nós roteadores. Os nós fazer múltiplos saltos antes de chegarem nientemente e remotamente a partir de um
roteadores são similares aos nós finais, ao gateway. Acompanhe na figura 3. dispositivo inteligente sem fios. E

20 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

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Projetos

Potência de saída Escalonada em


Projetos de Amplificadores
de Áudio
Jim Honda
Wenduo Liu
Manuel Rodriguez
Tradução: Eutiquio Lopez

E
Um simples projeto de ampli- quipamentos de “Home Thea- Portanto, com o uso de uma única
ficador de áudio classe D com a tre”, receptores AV, instrumentos plataforma, os projetistas podem empre-
musicais, dispositivos de entre- gar o mesmo projeto básico para criarem
potência de saída escalonada,
tenimento automotivos e outros múltiplos níveis de potência (até um
usando um circuito básico co- aparelhos portáteis de alta performance total de 500 W) para uma saída estéreo,
mum, é capaz de gerar múltiplos demonstram rapidamente a vantagem simplesmente mudando os MOSFETs de
de usarem amplificadores classe D, visto saída de acordo com as características
níveis de potência até 500 W,
que sua performance de áudio é superior, de tensão necessárias para cada caso. E
permitindo dessa forma que os quando comparada à de outros circuitos assim, unificam um projeto de amplifica-
projetistas unifiquem os projetos de amplificadores. dores de áudio classe D para um determi-
Já no tocante às suas necessidades de nado número de produtos.
de áudio classe D para numerosos
potência, os equipamentos acima citados Visando alcançar a meta proposta, a
produtos são bastante diferentes. Por exemplo, elas International Rectifier desenvolveu uma
podem variar de 50 W ( p/ receptores AV) plataforma de projeto de referência p/
até 500 W para amplificadores profissio- amplificador de potência de áudio classe
nais de alta qualidade com alto-falantes D de dois canais com a potência de saída
de potência. escalonada. Além de possibilitar que um
Desenvolver um amplificador de áu- projetista escalone a etapa de potência
dio classe D de alta performance exclusivo de saída desde 25 W por canal até 250 W
para cada um daqueles equipamentos por canal, a plataforma IRAUDAMP7D
(produtos) consome tempo e pode custar oferece também topologias de pontes de ½
muito caro. Além disso, qualquer atraso onda (stereo) e de onda completa (bridged)
no marketing do produto final poderá selecionáveis.
dificultar seu sucesso comercial. Para isso, ela incorpora o CI IRS2092
Alternativamente, uma plataforma – driver de áudio classe D de alta ten-
simples de projeto que especifique potên- são (integrado) – juntamente com seus
cia de áudio de saída escolonada simplifi- MOSFETs duplos de áudio digital, tais
ca o trabalho do projetista, resultando em como: IRFI4024H-117P, IRFI4019H-117P,
uma montagem mais rápida com poucos IRFI4212H-117P, IRFI4020H-117P em uma
componentes em torno do amplificador. placa de circuito impresso de face simples.
Dessa forma, permite que um fabricante Adicionalmente, a plataforma apresenta
economize tempo no marketing do produ- inclusive um excelente layout de PCI des-
to final e também corte os seus custos. tinado aos circuitos periféricos, usando

Setembro 2009 I SABER ELETRÔNICA 440 I 21

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Projetos

Especificação de Baterias
para Veículos Elétricos
Acompanhe neste artigo um estudo
para o dimensionamento de baterias
para utilização em veículos com tração
elétrica. Francisco J. Grandinetti
José Mario Caruso
Marcio Abud Marcelino

O
principal problema encontra- segundo (GOLDEMBERG; LEBENSZTA- Como na época, nos veículos a com-
do no desenvolvimento nos JN; PELLINI, 2005). Naquele foram bustão era preciso usar a manivela de
veículo de tração elétrica é produzidos 1575 automóveis elétricos arranque, além de manipular um sistema
a bateria, por ser especial e contra apenas 936 carros a gasolina. de marchas, preferia-se usar veículos
possuir custo elevado. Algumas baterias Ainda segundo (PERES, 2000), em 1899, elétricos.
utilizadas em equipamentos eletroele- foi criado pelo engenheiro belga Camille Um fator importante para o surgi-
trônicos também estão sendo fabricadas Jenatzy, um veículo elétrico de nome “Ja- mento dos VEs foi a implementação
para equipamentos que necessitam de mais Contente”, que alcançou a incrível dos bondes elétricos, que substituíram
maior potência. Essas baterias como as velocidade de 100 km/h. Vale mencionar as carroças e os bondes com cavalos.
de níquel cádmio (NiCd), híbridas de que em 1918, na cidade do Rio de Janeiro Outro fator foi o surgimento do sistema
metal níquel (NiMH) e as de íon de lítio foi inaugurada a linha de ônibus elétri- ferroviário elétrico utilizado na Europa.
(Li-ion) têm peso reduzido, porém seu cos, pela antiga Light and Power Co. Ltd. Entretanto, por volta de 1905 os auto-
uso em veículos elétricos, devido ao entre a Praça Mauá e o então existente móveis a gasolina começaram a tomar
custo, muitas vezes é inviável. Palácio Monroe, na outra extremidade a dianteira em termos de popularidade.
Outras alternativas estão sendo es- da Avenida Rio Branco. Jornais da época, A autonomia de cerca de 100 km é mais
tudadas, mas apresentam ainda limi- conforme (PERES, 2000), referiam-se a que o dobro da autonomia de um carro
tações para veículos elétricos. Dentre esta novidade como “confortáveis ônibus elétrico, aproximadamente 50 km. O
elas estão as células de combustível e de tração elétrica, movidos a bateria, com investimento inicial, assim como o custo
os ultracapacitores. Diante das opções rodas de borracha maciça, sem barulho, operacional dos automóveis elétricos,
de mercado, utilizou-se uma bateria de vibração, fumaça e os inconvenientes eram maiores que os movidos à gaso-
chumbo ácido, do tipo tracionária, em da gasolina”. lina. Os números disponíveis apontam
um veículo elétrico tipo Mini Baja. Este Um dos fabricantes de prestígio da como indicativo que, em 1900, os carros
tipo de bateria possui células de baixa época, segundo (GOLDEMBERG; LE- à gasolina custavam entre US$1000 e
tensão, porém com elevada capacidade BENSZTAJN; PELLINI, 2005), afirmou US$2000, enquanto que um carro elétri-
de corrente. Esta característica levou a que “a eletricidade preenche melhor os co valia de US$1250 a US$3500. O custo
se especificar um motor de indução com requisitos de um sistema de tração do operacional de um carro a gasolina era
especificações que permitiram o emprego que as máquinas a vapor, ou mesmo os de U$0.01/milha passando para US$0.02
de um número reduzido de células, com motores a explosão”. Em 1899 a revista a 0.03/milha para um carro elétrico. Em
consequente redução de volume e peso, Scientific American já apresentou que: 1901 foram descobertos no Texas gran-
entretanto, com autonomia compatível “a eletricidade é ideal para veículos, pois des campos de petróleo, fazendo cair os
com as necessidades. ela elimina os dispositivos complicados custos do mesmo.
Por volta do ano de 1900, os veículos associados aos motores movidos a gaso- Entre 1906 e 1910 tornou-se evidente
elétricos (VE) nas cidades americanas lina, vapor e ar comprimido, evitando que o carro elétrico tinha um desempenho
eram mais comuns do que os a gasolina, o ruído, vibração e calor associados”. inferior.

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Projetos

LED RGB com PWM para


PIC 16F628A
Vamos explicar neste artigo como programar um
microcontrolador utilizando a linguagem C para
executar as funções de PWM, mesmo se este não tiver
internamente o hardware necessário. Nosso circuito
demonstrará como controlar um LED RGB de quatro
terminais para gerar até 1.331 cores diferentes!

Eduardo Souza Ramos

O PWM forma de se calcular o Ciclo Ativo dá-se


PWM, que significa Pulse Width Modu- pela fórmula abaixo:
lation, ou Modulação por Largura de Pulso, T1
Ciclo Ativo = x 100
nada mais é que do que alimentar uma carga T
com uma sequência rápida de pulsos para Mas o que significa o Ciclo Ativo do
obter uma potência intermediária. Com PWM? Significa justamente a percentagem
isso podemos obter uma tensão analógica da potência total aplicada à carga.
a partir de um sinal digital. Em termos Variando-se a largura do pulso, e inclusi-
mais técnicos, o PWM é uma onda com ve o intervalo entre dois pulsos consecutivos,
frequência constante (período fixo) e com de modo a termos Ciclos Ativos diferentes,
a largura do pulso variável. Esta largura de podemos controlar a potência média apli-
pulso é também chamada de Ciclo Ativo, cada a uma carga. Assim, quando a largura
ou Duty Cicle, em inglês. Na figura 1 temos do pulso varia de zero até o máximo (valor
a representação de algumas formas de onda do período do pulso), a potência (e conse-
mostrando larguras de pulso diferentes. quentemente a tensão) também varia na
Como podemos observar, na verdade, mesma proporção. Se quisermos, portanto,
a saída continua sendo digital, somente aplicar à carga uma potência equivalente a
podendo assumir os valores 0 (para Vss) e 50% da potência total, basta gerar um pulso
1 (para Vdd). No caso do microcontrolador onde o tempo em que este permaneça no
PIC16F628A, estes valores estão ente 0 V e nível lógico 1 seja exatamente a metade do
5 V. A relação entre o tempo em que temos período total do pulso. A potência média e,
o pulso e a duração de um ciclo completo portanto, a própria tensão média aplicada
nos define o Ciclo Ativo (Duty Cicle). A à carga é neste caso 50%.

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a externamente à placa, e devem ser do tipo
“push button” NA (Normalmente Aberto),
podendo ser de qualquer tipo e tamanho,
uma vez que a inserção das mesmas se dará
por barra de pinos que serão soldadas na
placa de circuito impresso.
Todos os resistores são de ¼ de watt
(0,25 W) com tolerância de 5%. O oscilador
utilizado é um ressonador cerâmico de 8
MHz. O diodo D1 é um diodo de uso geral,
o nosso velho conhecido 1N4148.
O conector X2 é um conector padrão de
alimentação para inserção em placas de
circuito impresso.

O LED RGB
O LED utilizado é um LED RGB de 4
terminais, sendo um o catodo comum e
outros três terminais para controle inde-
pendente para o vermelho, verde e azul,
F1. Formato de conforme ilustrado na figura 3.
ondas PWM. Nessa figura, podemos reparar que o
LED RGB possui quatro terminais assimétri-
Vantagens do PWM • Permite fornecer até 25 mA por cos (tamanhos diferentes). Se colocarmos em
Existem diversas vantagens que devem pino; ordem decrescente (do maior para o menor),
ser observadas pelo projetista, a fim de tirar • Possui canal de PWM interno (por teremos que o terminal mais comprido é o
o máximo proveito delas. hardware) de 10 bits; que deve ser ligado no terra do circuito (0
Na condição onde o pulso estiver no ní- • USART; V). Em seguida, teremos o terminal para o
vel lógico 0 (0 V), nenhuma corrente circula • 2 comparadores analógicos; anodo do verde (em inglês “green”), sendo
pelo dispositivo e, portanto, a sua dissipação • Dois timers de 8 bits; seguido pelo terminal responsável pelo ano-
é nula. Na condição onde o pulso estiver no • Um timer de 16 bits; do do azul (do inglês “blue”) e o último, que
nível lógico 1 (5 V) não existirá nenhuma • Permite operar com uma alimentação é o mais curto e aquele do lado do chanfro
queda de tensão e, consequentemente, a de 2.0 V a 5.0 V. do LED, teremos o terminal do anodo do
dissipação também será nula. É importante salientar que este com- vermelho (“red” em inglês).
Ou seja, na teoria, os controles PWM ponente precisa ser programado (gravado) As principais características deste LED
não dissipam potência alguma, logo, con- para poder desempenhar as funções que podem ser verificadas na Tabela 1.
sistem em soluções ideais para este tipo desejarmos.
de aplicação. Não faz parte deste artigo as etapas A Montagem
indispensáveis para a programação do Na figura 4 demonstramos o layout
O PIC 16F628A microcontrolador por entendermos que o sugerido para a confecção da placa de
Em nossa montagem utilizaremos um leitor já possui as habilidades necessárias circuito impresso.
microcontrolador da família Microchip para desempenhar a gravação do mesmo. É recomendável o uso de um soquete
extremamente popular: o PIC 16F628A. para o microcontrolador, uma vez que po-
Entre outras características, este micro- O Circuito deremos desejar retirá-lo do circuito para
controlador apresenta: Na figura 2 o leitor pode ver o circuito efetuar alterações no software embarcado
• Opera em uma frequência de 37 elétrico do Controlador PWM para LEDs no mesmo.
kHz a 4 MHz (utilizando oscilador RGB. CI1 é o microcontrolador PIC 16F328A. Comece soldando pelos componentes
interno) e até 20 MHz com a utili- Ele realiza todo o controle e sua operação menores para facilitar. É sempre mais
zação de cristais ou ressonadores depende de um programa interno que será complicado tentar posicionar e soldar um
cerâmicos; abordado mais adiante, neste artigo. resistor se já tivermos colocado o soquete
• Possui diversas interrupções; CI2 é um regulador de tensão de 5 VDC do microcontrolador, ou mesmo o regulador
• A memória de programa pode ar- para o CI1. Esta é a alimentação padrão para de voltagem.
mazenar até 2048 “words”; o PIC 16F628A. Os capacitores C1, C2, C3 e C4 Tome cautela, porque alguns compo-
• Possui EEPROM interna de 128 fazem parte do filtro da alimentação. nentes possuem polaridade, o que é o caso
bytes; As chaves CH1, CH2, CH3, CH4, CH5 dos capacitores eletrolíticos, o regulador
• É dotado de 16 pinos de I/O; e CH6 são chaves que serão adicionadas de voltagem, o diodo, o LED e o próprio

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Projetos

F2. O diagrama
esquemático.

T1. Características Opto- F3. O LED RGB de


elétricas do LED RGB. quatro terminais.

microcontrolador. A não observação do Em seguida, passe para os resistores, O Programa


correto posicionamento dos mesmos pode o regulador de voltagem, os capacitores O nosso programa parte de um processo
fazer com que o circuito não funcione a até cerâmicos, os capacitores eletrolíticos, o extremamente simples, que poderá ser uti-
mesmo danificar os componentes de uma soquete para o microcontrolador e, por lizado como base em outras montagens, por
forma irreversível. último os terminais para os botões “push- isso, encorajamos ao leitor que experimente
Então, inicie soldando o diodo, tomando button”. diversas alternativas baseadas no código
cuidado para não ficar muito tempo com o Sempre que possível, acondicione os que explicaremos.
ferro de solda encostado no terminal, pois, seus circuitos em um gabinete plástico para Como visto anteriormente, para termos
assim como qualquer semicondutor, este prevenir riscos de curto-circuito e garantir um sinal em PWM, precisamos de dois ele-
componente é sensível ao calor. uma maior resistência mecânica. mentos fundamentais: pulsos de frequência

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O que precisamos fazer é que, a cada
interrupção do TIMER2, devemos colocar
os pinos que controlam o LED RGB em
nível alto.
O próximo passo é ajustar outro timer,
por exemplo, o TIMER1 para gerar uma
interrupção a cada 1 ms. Desta forma, po-
demos utilizar esta base como referência
de quanto tempo o LED ficará aceso. São
11 opções, indo do 0 (0 ms) ao 10 (10 ms).
Neste caso, basta criar um contador de 0 a
10 que será incrementado a cada interrupção
de TIMER1 e, sempre que este contador se
igualar a um valor pré-estabelecido, o pino
F4. Placa de Circuito Impresso que controla o LED será colocado no nível
– Trilhas e Componentes. lógico “0”.
Se ainda não ficou claro, basta dar uma
olhada no código que está no final desta
matéria, que, com certeza, ficará claro a
simplicidade de implementar um PWM
via software!
O nosso programa foi desenvolvido
utilizando o compilador C da CCS, que pode
ser encontrado em www.ccsinfo.com. Este
é um compilador extremamente popular e
possui diversos recursos.
Vamos começar verificando o fluxogra-
ma geral do programa na figura 6.
Os primeiros passos envolvem a defi-
nição do microcontrolador, fuses, e clock de
operação. Estas definições são fundamentais
para que o compilador saiba exatamente
F5. Sinal quais são os recursos de memória e peri-
PWM. féricos que ele precisa alocar.
Em seguida, temos as definições de
determinada (período fixo) e um Duty Cicle, o seguinte: “Sempre ao iniciarmos um ciclo constantes, variáveis locais, flags de software,
ou seja, necessitamos em primeiro lugar de onda, o sinal é mantido em nível lógico entradas e saídas, assim como a definição e
determinar uma frequência fixa. “1” até que o período do Duty Cicle finalize. configuração dos PORTs de I/O.
Para entender melhor, veja a figura 5. Após este instante, o nível lógico passa a ser Nos próximos blocos entramos na
Nesta figura vemos que o período é dado “0” até o início no próximo ciclo”. rotina principal do programa. Nela, con-
por T2 e o Duty Cicle é dado por T1. Mas, o Deste modo, se ajustarmos um timer figuraremos as funções dos periféricos do
que acontece nos pontos A e B? Vamos iniciar do PIC (digamos o TIMER2) para que seja PIC16F628A. Vale salientar que os pontos
uma pequena análise de nosso sinal. gerada uma interrupção a cada 10 ms, já principais são as configurações dos timers 1
Assim que o sinal começa a ser gerado, teremos uma excelente base de um PWM e 2, assim como a configuração das interrup-
vemos, pelo ponto A que ele está em nível com frequência de 100 Hz. No caso de um ções. Estas configurações serão abordadas
lógico “1” (5 V). O sinal permanecerá neste LED, esta frequência é mais que suficiente mais adiante.
estado até atingir o ponto B, ou seja, durante para manter o efeito de persistência da visão Repare que a execução das configurações
o tempo de T1, que é o período de nosso Duty e não veremos o LED piscar, mas sim aceso iniciais e dos periféricos só é executada uma
Cicle. Assim que o ponto B é alcançado, o constantemente. única vez, durante a inicialização do PIC.
nível lógico passa a ser “0” (0 V). Outras frequências podem (e devem) ser Após a limpeza dos PORTs, entramos em
E quando o sinal volta para o nível lógico experimentadas. Mas lembre-se que, quanto um loop infinito, onde o microcontrolador
“1” (5 V)? Repare que o sinal volta a ter o maior a frequência, menor o período entre executará as funções principais de nosso
nível lógico “1” ao término de T2 e todo o um pulso e outro e, consequentemente, programa.
ciclo se repete indefinidamente. menos tempo teremos para executar outros Neste loop infinito (iniciado na ins-
Ora, uma vez que T2 é o período do códigos durante o intervalo entre uma trução while(true), as funções executadas
pulso e T1 é o Duty Cicle, podemos definir piscada e outra. envolvem:

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Projetos

F7. Fluxograma
para os botões.

• Limpar o contador do Watch Dog • Verificar se o botão está pressio-


Timer nado;
• Testar o contador de período para • Verificar se o botão já estava pressio-
o LED vermelho e compará-lo ao nado no ciclo anterior;
valor especificado para o Duty Cicle • Se o botão já estava pressionado,
do mesmo. Se este valor for igual ou decrementar o contador para o filtro
maior ao especificado, então o pino de debouncing;
que controla este LED recebe o valor • Se o contador do filtro estiver zerado,
lógico “0”, ou seja apaga o LED (atin- marcará um flag indicando que o
giu o ponto B na figura 5). botão já estava pressionado;
• Testar, analogamente ao executado • No caso de ser um botão de incremen-
para o LED vermelho, os LEDs verde to do Duty Cicle de um LED específi-
e azul (seguindo esta ordem). co, a variável responsável (pwm_red,
• Testar se alguma das seis chaves está pwm_green ou pwm_blue) será
pressionada. O fluxo de teste destas incrementada em uma unidade, res-
chaves pode ser visto na figura 7, que peitando-se o valor máximo definido
será detalhado mais à frente. pela constante MAX. No nosso caso,
Após estes passos, o programa retorna esta constante foi definida com o valor
para o passo 1 acima descrito, reiniciando “10” (LED com intensidade de carga
o ciclo. máxima – Duty Cicle de 100%);
O próximo fluxo que iremos analisar é o • Caso seja um botão de decremento
fluxo dos botões, que pode ser visualizado do Duty Cicle, as variáveis pwm_red,
na figura 7. pwm_green ou pwm_blue serão
Este fluxo pode parecer complicado à decrementadas em uma unidade,
primeira vista, mas a sua implementação respeitando-se o valor mínimo defi-
é muito simples. Basicamente as suas nido pela constante MIN. No nosso
F6. Fluxograma funções são: exemplo, esta constante foi definida
geral.

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MER1 também comece a marcar o período
de 1 ms necessário para incrementar os
contadores dos LEDs.
Feito isso, verificamos que com, estas
configurações de TIMER1 e TIMER2 pode-
mos ter os valores 0 ms, 1 ms, 2 ms, 3 ms, 4
ms, 5 ms, 6 ms, 7 ms, 8 ms, 9 ms e 10 ms para
o PWM, representando Duty Cicles de 0%,
10%, 20%, 30%, 40%, 50%, 60%, 70%, 80%,
90% e 100%, respectivamente.

O TIMER1
O TIMER1 é um módulo de 16 bits,
composto por dois registradores de 8 bits
cada (TMR1H e TMR1L). Além da função
de leitura destes registradores, até podemos
alterar os seus valores (possuem função
de escrita). Isto será muito útil quando
quisermos iniciar este timer com um valor
pré-definido e nos permitirá configurar o
timer para que a interrupção ocorra em
F8. Fluxograma para a intervalos pré-determinados por nós.
interrupção do TIMER1. Ele é utilizado como base para o módulo
“Capture e Compare” e pode operar em três
com o valor “0” (LED apagado – Duty modos distintos.
Cicle de 0%); O primeiro modo é o de Temporizador
• Após este passo, o programa segue Síncrono (Synchronous Timer). Neste modo,
seu fluxo normal. o TIMER1 é incrementado em cada ciclo de
Na definição do programa, temos tam- instrução (ciclo de máquina) que é dado
bém que definir as ações que as interrup- pela fórmula fosc / 4, onde fosc é a frequ-
ções para o TIMER1 e para o TIMER2 irão ência do oscilador (interno ou externo) do
executar. O fluxo de execução do TIMER1 PIC16F628A.
pode ser visto na figura 8. Esta interrupção é O segundo modo de operação deste
bem simples. Aliás fica aqui uma “dica”: Os Timer é o de Contador Síncrono (Synchro-
códigos para as interrupções devem ser bem nous Counter). Neste modo, o TIMER1 será
enxutos para evitar que uma interrupção incrementado a cada borda de subida do
ocorra enquanto estivermos dentro de outra sinal aplicado ao pino T1CKI. Com esta
interrupção. Se isto não for bem controlado, o F9. Fluxograma para a configuração, durante o modo SLEEP, este
seu programa poderá apresentar resultados interrupção do TIMER2. Timer não será incrementado, mesmo se o
imprevisíveis. sinal externo estiver presente.
Basicamente, como podemos ver na Esta interrupção é responsável por gerar O terceiro modo é o Contador Assíncrono
figura 8, esta interrupção apenas incrementa a frequência do PWM para os LEDs, e as (Asynchronous Counter). Neste modo, seme-
uma unidade no contador do período de funções que esta executa nada mais é que lhante ao que acontece no contador Síncrono,
cada Duty Cicle. Estas variáveis foram verificar se o PWM ajustado para a cada o TIMER1 será incrementado a cada borda
definidas como contador_red, contador_green LED é diferente de zero. Se esta condição de subida do sinal aplicado ao pino T1CKI.
e contador_blue. Após este incremento, ele for verdadeira, ele irá colocar a saída em A diferença entre os dois contadores está no
carrega o TIMER1 com o valor de 63535. nível lógico “1”, e representa o ponto A que fato de que, neste modo, o TIMER1 continua
Com isto, o TIMER1 irá “estourar” a cada vimos na figura 5. a ser incrementado independentemente
exato 1 ms. É igualmente importante que esta do clock interno do PIC ou se ele estiver
Mais adiante estudaremos mais sobre interrupção zere os contadores de todos durante uma operação de SLEEP. Devido a
o TIMER1. os períodos para os LEDs, para garantir estas características, durante o SLEEP, uma
O último fluxo que analisaremos é o da que as características do ciclo que estiver interrupção pode ser gerada “acordando”
interrupção do TIMER2, ilustrado na figura sendo executado são as mesmas do mesmo o microcontrolador para reiniciar as suas
9. Este é um pouco mais complexo que o do ciclo anterior. funções. Outra característica deste modo, é
da interrupção do TIMER1, mas também é Esta interrupção inclusive carrega o que, uma vez que ele não está sincronizado
muito simples de ser implementado. TIMER1 com o valor 63535 para que o TI- com o clock interno do PIC, ele pode ser

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Projetos

usado como base para implementar um Real será incrementado a cada 0,5 μs • T2_DIV_BY_16 – TIMER2 ativado,
Time Clock (RTC). Operando como Contador e gerará uma interrupção a cada com prescale de 16.
Assíncrono, o TIMER1 não pode ser usado 32.767,5 μs, ou seja, teremos cerca Podemos utilizar para o parâmetro pe-
como base de tempo para as operações de de 32,77 ms entre duas interrupções ríodo qualquer valor inteiro entre 0 e 255, o
Capture e Compare. do TIMER1. que vai determinar quando que o valor do
Para configurarmos o TIMER1, utili- • Se atribuirmos o valor inicial para clock será resetado (reinicializado).
zando o compilador da CCS, precisamos o TIMER1 de 63535, a interrupção Para o parâmetro postscale, podemos
declarar a função setup_timer_1(modo), acontecerá exatamente em 1 ms. utilizar um número, também inteiro, entre 1
onde modo pode ser: e 16 que irá determinar quantos resets serão
• T1_DISABLED – Desabilita o O TIMER2 necessários para gerar uma interrupção
TIMER1; O TIMER2 é um timer de 8 bits que conta Como a nossa idéia é gerar uma interrup-
• T1_INTERNAL – Modo Tempori- com um prescaler, um postscaler e um regis- ção a cada 10 ms para gerar uma frequência
zador Síncrono; trador de período (conhecido como PR2). de PWM de 100 Hz, vamos configurar o
• TI_EXTERNAL – Modo Contador O prescaler é um divisor de frequência TIMER2 de acordo com a função abaixo:
Assíncrono; que vai dividir a frequência do clock interno setup_timer_2(T2_DIV_BY_16,78,16);
• T1_EXTERNAL_SYNC – Modo (fosc / 4) por 1, 4 ou 16. Seguindo estas configurações (prescale
Contador Síncrono. O postscaler é um contador para as de 16, PR2 de 78 e postscale de 16) e utili-
O modo que iremos utilizar em nosso interrupções. Ele conta quanto ciclos com- zando o ressonador de 8 MHz, teremos que
projeto é o Temporizador Síncrono. Por- pletos (de 0 a 255) precisam ser realizados o ciclo de máquina (fosc/4) será de 0,5 μs,
tanto, a sintaxe para configurar o TIMER1 para que uma interrupção seja gerada. Ele o TIMER2 será atualizado (incrementado)
é setup_timer_1(T1_INTERNAL). pode assumir os valores de 1 a 16. a cada 8 μs, o overflow ocorrerá a cada 632
Outra característica do TIMER1 é o O registrador de período PR2 é utiliza- μs e a interrupção acontecerá a cada 10 ms
prescale, que nada mais é que um divisor de do para iniciar um valor pré determinado (aproximadamente).
frequência para o timer. Podemos aplicar para o TIMER2, permitindo uma maior
um prescale no TIMER1 de valor 1, 2, 4 flexibilidade e controle do tempo em que Compilando o programa
ou 8. Isso significa que podemos dividir a interrupção deve acontecer. Para compilar o programa, podemos uti-
o tempo de incremento do TIMER1 por A fonte de clock para este timer é o clock lizar o compilador CCS diretamente através
1, 2, 4 ou 8. Para configurar o prescale do do microcontrolador, ou seja, é fosc / 4. De- da interface IDE, ou pelo próprio MPLAB
TIMER1, também utilizaremos a sintaxe é vido a isto, o TIMER2 é suspenso durante (se possuir o plug-in de conexão, disponível
setup_timer_1(modo). Neste caso, modo uma operação de SLEEP, voltando a operar no site da CCS). Veja mais informações no
pode ser: assim que o controlador “acorda”. site da própria CCS, no link: www.ccsinfo.
• T1_DIV_BY_1 – Prescale de 1 (sem É o TIMER2 que é utilizado como base com, seção de Support/Downloads.
prescale); para a frequência do PWM para os micro- Após a compilação, basta gravar o
• T1_DIV_BY_2 – Prescale de 2 (divide controladores que possuem esta função arquivo HEX gerado no PIC16F628A, uti-
a frequência do TIMER1 por 2); diretamente no hardware. lizando um bom programador para este
• T1_DIV_BY_4 – Prescale de 4 (divide O PIC16F628A já possui um pino es- microcontrolador.
a frequência do TIMER1 por 4); pecífico para o PWM (por hardware), mas Este é um programa muito leve, que
• T1_DIV_BY_8 – Prescale de 8 (divide como precisamos controlar três pinos, e a ocupa apenas 15% do microcontrolador.
a frequência do TIMER1 por 8). idéia de nosso projeto é fazer o PWM por
Em nosso código, não utilizaremos o software, não vamos utilizar o hardware Teste e uso
prescale, ou seja, o modo será T1_DIV_ interno do PIC16F628A. O teste para este circuito é muito sim-
BY_1. Apenas para fins didáticos, vamos ples. Em primeiro lugar, verifique se todos
Então, o código para as configurações do utilizar o TIMER2 também como base da os componentes, principalmente aqueles
TIMER1, em nosso código, deverá ser: frequência de nosso PWM. que possuem polaridade, estão soldados
• setup_timer_1(T1_INTERNAL); Para configurarmos o TIMER2 usando o corretamente.
• setup_timer_1(T1_DIV_BY_1); compilador C da CCS, precisamos empregar Observe também se o microcontrolador
• Podemos ainda definir de outra o seguinte comando setup_timer_2(modo, está inserido no soquete corretamente, pois
forma, um pouco mais resumida, período, postscale), a inversão dele pode provocar a sua queima,
utilizando o caractere “|” (conhe- Para o comando acima, o parâmetro inutilizando-o permanentemente.
cido como “pipe”) para separar os modo: pode ser: Outro ponto importante é verificar
argumentos. O nosso código ficará • T2 _DISABLED – Desabilita o se não há curto-circuito entre as soldas
então da seguinte forma: TIMER2; ou mesmo se há alguma solda “fria” que
• setup_timer_1(T1_INTERNAL | • T2_DIV_BY_1 – TIMER2 ativado, pode provocar o mau funcionamento do
T1_DIV_BY_1); com prescale de 1; circuito.
• Com esta configuração, e utilizando • T2_DIV_BY_4 – TIMER2 ativado, Feito isso, é só plugar uma fonte de
um oscilador de 8 MHz, o TIMER1 com prescale de 4; alimentação, com tensão entre 7 V e 15 V,

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prestando atenção que o polo positivo é o
pino central, pois se o circuito for ligado a
uma fonte com os terminais invertidos, o
regulador de tensão irá se queimar.
Basta agora pressionar os botões para
aumentar ou diminuir a intensidade do
vermelho, verde e/ou azul do LED, verifi-
cando a cor resultante.

Conclusão
Este circuito é muito simples, mas é
muito interessante, pois a partir dele o leitor
poderá realizar outros testes, como as altera-
ções na frequência do PWM, no passo para
o Duty Cicle, no ressonador utilizado para
permitir alterações no código (lembrando
que o PIC16F628A suporta osciladores de até
20 MHz), criação de uma rotina automática
para alternação das cores etc.
Ele pode ser utilizado como base para
iluminação indireta em ambientes, “tuning”
em carros e motos, “case mod” para o seu
computador, alimentação de motores DC,
base de estudo para o PWM, alimentação
de circuitos “Peltier” entre diversas outras.
Enfim, saiba que a sua mente e criatividade
são os limites!
Boa montagem e boa diversão! E

Lista de Materiais
Semicondutores
CI1 – PIC16F628A
CI2 – 78L05 - regulador 5VDC
D1 – Diodo 1N4148
LED1 – LED RGB de 4 terminais

Resistores (1/4W 5%)


R1, R5 a R10 – 10 kΩ
R2 e R3 – 100 Ω
R4 – 100 Ω

Capacitores
C1, C3 – 10 μF (eletrolítico)
C2 , C4 – 100 nF (cerâmico)

Diversos
X1 – Ressonador cerâmico de 8MHz
X2 – Conector de fonte para placa de
circuito impresso
CH1 a CH6 – Chaves do tipo push-
button (NA - normalmente aberta)
Barra de pinos – para as chaves CH1
a CH6
Gabinete para instalação, fios para
ligação, solda, placa de circuito
impresso etc.

Setembro 2009 I SABER ELETRÔNICA 440 I 37

SE440_LedsRGB com PWM.indd 37 1/9/2009 16:52:23


Projetos

Como selecionar uma


“Referência de Tensão”?
Brendan Whelan
Tradução: Eutíquio Lopez

Por que utilizar uma Uma Ref. Tensão é simplesmente um


Referência de Tensão? circuito (ou elemento de circuito) que
O mundo em que vivemos é analó- fornece um potencial conhecido durante
gico, de modo que todos os dispositivos todo o tempo que for requerido pela
eletrônicos devem interagir de alguma aplicação. Isso poderá significar minutos,
forma com este mundo “real”, estejam horas ou anos.
eles em um automóvel, forno de micro- Se um produto requer informações
ondas ou telefone celular. Para fazer isso, tais como a corrente ou tensão da bateria,
a eletrônica deve ser capaz de mapear o consumo de potência, características ou
medidas do mundo real como velocidade, tamanho dos sinais, ou mesmo a identifi-
pressão, comprimento, temperatura, etc, cação de falhas, então o sinal em questão
em uma grandeza mensurável do mundo deverá ser comparado a um padrão.
eletrônico (a tensão). Cada comparador, ADC, DAC, ou
Naturalmente, para medir uma ten- circuito de detecção deve possuir uma
são nós precisamos de um padrão para Ref. Tensão para a realização de seu
compará-la. Esse padrão é uma Referên- trabalho. Na figura 1 vemos a típica
cia de Tensão. A questão que se coloca utilização de uma Ref. Tensão em um
para qualquer projetista de circuitos ADC. Pela comparação dos sinais de
não é apenas a da necessidade da “Ref. interesse com um valor conhecido, qual-
Tensão”, mas antes disso, dele saber de quer um deles poderá ser quantificado
qual delas precisa. com precisão.

F1. Utilização de uma Ref. Tensão para um F2. Características de tempera-


Conversor Analógico – Digital (ADC). tura de uma Ref. Tensão.

38 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

SE440_Referenciat.indd 38 2/9/2009 16:12:19


Circuitos Práticos

Amplificadores para
Sensores de Pressão

Newton C. Braga

N
Os amplificadores empre- as aplicações em que o sensor de ser trabalhada pelo circuito. Outros
gados no interfaceamento de de pressão deve ser ligado a um pontos importantes consistem na mu-
microcontrolador, as característi- dança do nível de referência de 0,5 V para
sensores de pressão têm tradicio-
cas dos amplificadores utilizados a pressão zero, obtendo-se desse modo
nalmente a configuração de am- devem levar em conta diversos fatores. uma escala de 0,5 a 4,5 V para toda a fai-
plificadores de instrumentação. Um deles é justamente a saída que deve se xa de pressões que devem ser medidas.
adaptar à faixa comum de entrada dos con- Também devem ser levadas em conta as
No entanto, para as aplicações
versores A/D, que varia de 0 a 5 V. Como os características de impedâncias de entrada
mais modernas em que o inter- sensores de pressão fornecem saídas na faixa e de saídas destes circuitos.
faceamento ocorre com circuitos de milivolts, é óbvio que os amplificadores Para chegarmos às configurações
utilizados devem ter um ganho elevado. melhoradas, partimos da configuração
digitais, existem configurações
Outra característica a ser observada tradicional de um amplificador de ins-
mais convenientes. Baseados está no fato de que as saídas dos sensores trumentação, exibida na figura 1.
em literatura da Freescale (www. de pressão são diferenciais; assim, devem Este amplificador possui uma entrada
existir recursos para que esta saída seja diferencial, sendo que nas duas etapas
freescale.com), mostramos algu-
convertida para uma de pólo único capaz paralelas de entrada o ganho é baixo para
mas configurações específicas
para sensores de pressão, com
características melhores do que
as tradicionais

F1. Amplificador para instru-


mentação tradicional.

Setembro 2009 I SABER ELETRÔNICA 440 I 43

SE440_amplificadores.indd 43 4/9/2009 14:28:13


Circuitos Práticos

Controle de Motores
de Passo através
da Interface LPT
Neste artigo daremos uma aplicação para a placa Interface LPT
apresentada na edição nº 437, de junho de 2009. Iremos abordar o
conceito de motores de passo, mas não seremos tão detalhistas, pois
o mesmo já foi publicado em outras edições e é possível encontrar
um material mais explicativo em nosso portal. Vamos tratar da im-
plementação dos circuitos e dos programas para acionar e controlar
os motores, como também de suas funcionalidades.
Clovis Magoga Rodrigues
Clovis.magoga@hotmail.com

Motores de passo Voltando à figura 1, podemos notar


Existe uma grande variedades de moto- que um motor possui 6 fios e o outro 5, a
res, diferenciando-se em formatos e capaci- diferença é que no motor de 6 fios temos 2
dades, assim como os motores bipolares e os fios para a alimentação, enquanto no de 5
motores de 6 fios, observe a figura 1. fios apenas 1 serve de alimentação, pois os
Para controlar um motor de passo é outros já estão conectados a ela.
necessário gerar uma lógica de controle, está Se tirarmos os fios de alimentação em
lógica consiste em enviar sinais (pulsos elé- qualquer um dos tipos de motores, sobram
tricos) para cada uma das bobinas de forma 4 fios, e é sobre esses 4 fios que iremos
sequenciada e sincronizada, colocando assim chaveá-los com a lógica eletrônica para a
o motor em movimento. É preciso saber o geração de pulsos.
tempo certo, ou a sincronia em que os sinais Referente ao tipo de chaveamento em-
ou pulsos elétricos serão enviados para as pregado no motor, ele pode ser classificado
bobinas do motor. Pode parecer complicado, como Full-Step (Passo normal) ou Half-Step
mas o procedimento é simples. (Meio passo). No motor Full-Step é gerada
Para desenvolver uma placa que con- uma sequência equivalente a 4 pulsos de
trole um motor de passo é bem fácil, e os uma única vez, já no Half-Step os 4 pulsos
componentes utilizados são bem simples também são enviados mas com um intervalo
e facilmente encontrados. Existe também de tempo entre eles.
a possibilidade de usar CIs dedicados, Vale lembrar também que podemos
tais como o L297/298 e o SAA1027, entre ter vários sinais de controle num circuito
outros. driver de motor de passo, o qual varia de

46 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

SE440_Controle_motores_v2.indd 46 2/9/2009 16:25:12


Instrumentação

Monitor de pressão
de pneu com PIC
Em seu Application Note AN238, a Microchip
(www.microchip.com) descreve um sistema sem
fio para monitoramento de pressão de pneu ou Tire
Pressure Monitoring System (TPM), usando um PIC.
Neste artigo, resumimos o conteúdo do application
note que pode ser baixado na íntegra a partir do site
da empresa

Newton C. Braga

A
idéia básica do projeto é colocar para cada pneu em uso e a última para o lidade receber o sinal que leva o S/TX
dentro do próprio pneu um estepe. Cada uma recebe um número de ao estado de sleep e o ativa novamente
sensor ligado a um controlador identificação de modo a permitir que o quando necessário, tirando-o do estado
que emite, sem fio (via chip circuito a identifique. de baixo consumo.
RFID), um sinal para um sensor próximo, Montados no veículo, os cinco senso-
conforme mostra a figura 1. res com as unidades transmissoras moni- O Módulo Receptor
Visto que podem ser usados outros toram a pressão de cada pneu enviando Este módulo tem por função receber
tipos de sensores, o projeto descrito serve a informação via RF para um receptor. os sinais dos transmissor/sensores. Ele
de reference design para a elaboração de O dispositivo sugerido pela Microchip é também pode ser usado com finalidades
aplicações que tenham por dificuldade a baseado no rfPIC12F675 e o dispositivo adicionais, reduzindo assim o custo do
utilização de fios. sensor é o Sesonor SP13 (www.sensonor. sistema. Uma finalidade interessante seria
O sistema é composto por um dispo- com). Cada unidade é ainda equipada o seu emprego como chave para desarmar
sitivo sensor/transmissor, um receptor de com um receptor LF que tem por fina- o alarme ou ligar o veículo.
RF, um dispositivo de comando de baixa
frequência, uma unidade de controle e o
próprio pneu.

Sensor e Transmissor (S/TX)


Em um veículo comum devem ser
usadas cinco unidades S/TX, sendo uma

F1. Um sensor no pneu emite sinal F2. Circuito de trans-


para um sensor próximo. missão (RF).

54 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

SE440_monitorpressao.indd 54 2/9/2009 16:15:01


Seja associado da ABEE-SP
Não há taxa de inscrição. A contribuição anual é
de apenas R$ 60,00 para Associado Individual e
Informativo ABEE-SP Nº56 - Setembro/09 www.abee-sp.com R$ 30,00 para Associado Aspirante. Você terá
inúmeros benefícios diretos como descontos
especiais na aquisição de normas, livros, assi-

Mensagem do
natura de revistas e jornais, participação em
cursos e palestras, adesão ao plano de saúde,
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Presidente
entre outros. Preencha a ficha de inscrição dis-
ponível no site www.abee-sp.com e envie pelo
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Livros na ABEE-SP
pelo e-mail abeesp@abee-sp.com
Engº Eletricista João Oliva
obs.: preço de capa mais despesas de envio.
Presidente da ABEE-SP
CREA-SP 0600914179 Alice no país do
Contact Center
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N
128 páginas
o dia 12 de setembro será come- destinos da ABEE-SP, sei que não é fácil esta
morado o aniversário de fundação prática do associativismo, são horas e horas
da ABEE-SP, marco histórico dos de serviços sociais, porém extremamente
anos 50. Em 1956, foi eleito seu gratificante e de autorrealização, nossos mais Metrologia Aplicada
Autor: Walfredo Schmidt
primeiro presidente - o Engenheiro Eletri- sinceros agradecimentos em nome de todos Preço: R$ 40,00
cista José Aflalo Filho. Vamos comemorar os associados da ABEE-SP. 128 páginas
e reafirmar os ideais dos fundadores, pela É desejo de todos nós, Diretores e Con-
união e fortalecimento de toda a categoria selheiros, fazer chegar a todos os profissio-
profissional em defesa dos legítimos inte- nais registrados no CREA-SP, o importante
resses da Engenharia Elétrica, resgataremos papel associativo que desempenhamos,
fatos e importantes conquistas destes somos mais de 50 mil engenheiros de todas Instalações Elétricas
profissionais. as modalidades da engenharia elétrica. Espe- de Baixa Tensão
Quero render minhas homenagens aos ramos por você! ABNT NBR 5410
Preço: R$ 100,00
15 sempre presidentes. Dedicação com des- “A ABEE é a energia
209 páginas
prendimento profissional e privando a família da engenharia”
do seu aconchego, para levar à frente os Venha somar conosco.

Evento
Neste ano, de 2 a 5 de dezembro, acon- “Pensar o Brasil no contexto Estado da Arte das Profissões e a
tecerá em Manaus, no Studio 5 do Centro mundial: Inovação, Desenvolvimento Visão dos Partidos Políticos sobre
de Convenções, a 66ª Semana Oficial da Sustentável e Ética”, esta é temática o Projeto de Nação para o Médio e
Engenharia, da Arquitetura e da Agrono- principal do evento, aliada a 8 painéis Longo Prazos.
mia (SOEAA). O objetivo deste evento é para os dias 3 e 4 de dezembro: Habi- A expectativa é que a SOEAA
praomover debates, cursos e conferências tação e Desenvolvimento Urbano, receba em torno de 3.500 participan-
relacionadas ao exercício das atividades O B r asil no Contexto Mundial , tes - entre profissionais e estudantes
profissionais que fazem parte do Sistema Matriz Energética, Mudanças Climá- de todo país. Para maiores informa-
CONFEA/CREA, na busca do conheci- ticas, Desenvolvimento da Amazônia, ções acesse: http://www.soeaa.
mento e desenvolvimento tecnológicos. Valorização Profissional, Inovação e com.br/src/home.php

58 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

ABEE.indd 58 2/9/2009 16:16:22


abee-sp
Taxi elétrico começará a
ser testado em Londres
Um carro elétrico sem motorista, do mundo em volume de passageiros já no
que vai transportar passageiros entre o ano que vem. Os passageiros que subirem Gestão 2007/2010
terminal 5 do aeroporto de Heathrow, a bordo em uma das três estações no Filiada à ABEE Nacional
Presidente: Engº Reynaldo Barros
em Londres, e um dos estacionamentos, aeroporto irão selecionar seu destino em
foi exibido no Museu da Ciência da capital uma tela, dentro do veículo. DIRETORIA
Presidente: Eng. João Batista Serroni de Oliva
britânica. O mesmo veículo está sendo A ideia é diminuir o tráfego. O tempo Vice-presidente: Eng. Victor M. A. S. Vasconcelos
avaliado por pesquisadores da USP, em São da viagem entre o terminal e o estaciona- 1º Secretário: Eng. Celso Naves Lemos
2º Secretário: Eng. Nelson Gabriel de Camargo
Carlos, para uso no Brasil. mento será de cerca de quatro minutos. 1º Tesoureiro: Eng. Odécio B. de Louredo Filho
O carro é movido a bateria, gasta pouca O sistema também diminuirá as 2º Tesoureiro: Eng. José Antonio Bueno
Diretor Social: Eng. Kleber Rezende Castilho
energia e pode transportar até quatro emissões de carbono, sendo 70% mais efi- Diretor s/ pasta: Eng. Aramis Araúz Guerra
passageiros e sua bagagem de cada vez, ciente do que os automóveis convencionais
CONSELHO CONSULTIVO
a uma velocidade de até 40 km por hora, em termos de uso de energia e 50% mais Engenheiros: José Roberto Cardoso, Luiz Carlos
em uma rota exclusiva. Dezoito dos “táxis eficiente do que os ônibus tradicionais. Alcântara, Hilton Moreno, Álvaro Martins,
Roberto Bartolomeu Berkes e Alexandre César
sem motorista” - batizados de ULTra e que O novo sistema de transporte, orçado Rodrigues da Silva
se enquadram em uma categoria chamada em 25 milhões de libras (cerca de R$ 76
CONSELHO FISCAL
Sistema de Trânsito Pessoal Rápido (PRT, milhões), será testado no terminal 5 do Engenheiros: João Chaebo Gadum Neto, Márcio
na sigla em inglês) - entrarão em operação Heathrow antes que seu uso seja estendido Antonio Figueiredo e Edson Martinho
no terceiro aeroporto mais movimentado para o resto do aeroporto. CONSELHEIROS SUPLENTES
Engenheiros: Demétrio Cardoso Lobo,
Alexandre Ferraz Naumoff, José Aquiles Baesso

O Sol iluminará
Grimoni, Tiago Soares da Fonseca e Bernardo
Levino dos Santos

CONSELHEIROS DE HONRA EX-PRESIDENTES

noites no Rio Engenheiros: Duílio Moreira Leite, Arnaldo


Augusto Salomon Tassinari, Arnaldo Pereira
da Silva, Antônio Soares Pereto e Aramis
Araúz Guerra
O Rio terá iluminação pública gerada ecologicamente correta por ter recarga CONSELHEIROS NO CREASP DA ABEE-SP
por energia solar. A Rioluz já faz testes para natural (a luz do sol) e exigir o mínimo Engenheiros: Paulo Eduardo Queirós Mattoso
Barreto, José Luiz Pegorin, Raul Teixeira
empregar o modelo, 70% mais econômico de manutenção e infraestrutura.Basta um Penteado Filho e Carlos Costa Neto
que o convencional, em novos pontos de poste com célula fotovoltaica e bateria”,
Publicação da Associação Brasileira de
luz na cidade. A novidade será implan- acrescentou Muniz. Engenheiros Eletricistas - Seção São Paulo
tada primeiramente nas comunidades do Nova tecnologia em parque - O novo Rua Dr. Tirso Martins, 100 - cj.116 - V. Mariana
CEP 04120-050 - São Paulo - Fone: (11) 5539-8048
Alemão, onde vivem 85.655 pessoas em sistema é composto de painel solar que ali- www.abee-sp.com / abeesp@abee-sp.com
17 favelas. menta a bateria responsável pela geração de
A Secretaria Municipal do Meio Ambi- energia para os LEDs de alto brilho. As lâm-
ente e Cidade sugere a instalação de lâm- padas se apagam quando o dia amanhece. Colabore com a ABEE-SP via ART
padas LEDs, que consomem 10% menos No Rio de Janeiro, 412 mil pontos de Os profissionais de qualquer área tecno-
lógica, associados à ABEE-SP ou não, que
energia para gerar o mesmo resultado que luz estão sob a responsabilidade da Rioluz.
utilizam a “Anotação de Responsabilidade
uma lâmpada incandescente. A maioria deles é composta por lâmpadas Técnica - ART" devem preencher o código
“Se tudo der certo vamos levar, gra- de vapor de sódio (257.719) e de vapor de 056 ou 56 do formulário. Com essa ação,
dativamente, a nova iluminação às praças, mercúrio (110.462). o responsável tem o direito de destinar
10% do valor à entidade de classe de sua
condomínios e outros pontos que uti- A placa fotovoltaica, cujo custo é esti- preferência. Quando estes campos não são
lizam a energia fornecida pela prefeitura”, mado em R$ 90 mil, deve reduzir a zero o preenchidos, a contribuição deixa de ser
garantiu o secretário municipal de Meio gasto com energia em seu centro admin- feita. ART em papel: preencha 056 no campo
Ambiente, Carlos Alberto Vieira Muniz. istrativo. O Rio terá iluminação pública 21. ART eletrônica via internet (www.creasp.
org.br): preencha 56 no campo 31.
Explica que esse tipo de iluminação é gerada por energia solar.

Apoio Institucional:

Setembro 2009 I SABER ELETRÔNICA 440 I 59

ABEE.indd 59 2/9/2009 16:16:42


Componentes

A4940 – Driver MOSFET de Uso Automotivo

A Allegro Microsystems (www. para cada MOSFET. Uma bomba de carga Cada MOSFET é controlado de modo
allegromicro.com) apresentou re- é disponibilizada para operação com baixa independente, e o tempo morto entre
centemente o A4940, um driver de tensão. A faixa de tensões de alimentação a comutação dos dois é configurado
ponte completa para MOSFET de uso vai de 5,5 V a 50 V. através de um resistor externo. Um
automotivo. O componente é fornecido O A4940 é especialmente projetado para circuito de diagnóstico indica condições
em invólucro de 24 pinos TSSOP com trabalhar no controle de motores com esco- de sobretemperatura e subtensão. Na
PAD térmico exposto.. vas e outras cargas altamente indutivas. Um figura 1 temos o diagrama de blocos
O novo componente possui saídas capacitor bootstrap é utilizado para fornecer do componente.
de alta corrente para excitar MOSFETs tensões mais altas para o driver, mesmo com
do tipo N, com controle independente tensões baixas de alimentação.

F1. Diagrama de blocos do A4940.

62 I SABER ELETRÔNICA 440 I Setembro 2009

SE440_Componentes.indd 62 1/9/2009 16:45:29


SE439_acontece.indd 11 5/8/2009 15:37:56
SE439_EnsinoRF.indd 35 5/8/2009 12:20:13

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