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Universidade de Brasília – UnB

Instituto de Artes - IDA

Departamento de Musica

Disciplina: Fisiologia da Voz

Professora: Irene Bentley

Aluna: Bárbara Albuquerque Pereira

Trabalho sobre Higiene Vocal

Higiene vocal consiste de normas básicas que auxiliam a preservar a


saúde vocal e a prevenir o aparecimento de alterações e doenças. As normas
de higiene vocal devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que
utilizam mais da voz ou que tenham alterações vocais.

Os principais fatores de risco são o fumo, álcool, a poluição, drogas,


alergias, hábitos vocais inadequados, uso de ar condicionado, alimentação
inadequeada, falta de repouso adequado, vestuário incorreto, esportes abusivos,
alterações hormonais e medicamentos.

O fumo quando tragado, a fumaça quente agride todo o sistema


respiratório e principalmente, as pregas vocais, podendo causar irritação,
pigarro, edema, tosse, aumento de secreção e infecções. É considerado um dos
principais fatores que provocam o câncer de laringe e pulmão.

O álcool, principalmente as bebidas destiladas, provocam irritação do


aparelho fonador semelhante ao cigarro, porém com uma ação principal de
imunodepressão, redução nas respostas de defesa do organismo. Em alguns
indivíduos a bebida alcoólica alivia e melhora a voz, isso acontece porque a
bebida anestesia a laringe, então não percebemos quando estamos forcando ou
machucando pois perdemos a sensibilidade, podendo causar grandes danos a
voz, sintomas comuns são ardência, voz rouca e fraca.
O uso de drogas inalatórias ou injetáveis tem ação direta sobre a laringe
e a voz, além dos inúmeros efeitos nocivos como alterações cardiovasculares e
neurológicas. Quando a maconha, é extremamente lesivo, não somente pela
agressão da fumaça, mas pelas toxinas liberadas na queima do papel utilizado
para enrolar a erva. O ato de fumar apertando os dedos e entre os dentes
provoca uma grande elevação da temperatura da fumaça, lesando os tecidos do
trato vocal. As aspirações de cocaína em pó podem causar lesões perfuradas no
septo nasal e ulcerações na mucosa das pregas vocais. Pode também alterar a
percepção e o controle sensorial e, desta forma, reduzir o controle da voz e
induzir o abuso vocal. Cocaína injetável provoca fadiga vocal, gerando
dificuldade de manter uma comunicação adequada e eficiente, particularmente
no uso profissional da voz.

Existem três hábitos vocais inadequados que são bastante comuns,


sendo eles: pigarrear, tossir com força e competir com os sons de fundo.

O ato de pigarrear ou “raspar a garganta”, assim como a tosse seca


constante e sem secreção, são geralmente encontrados em indivíduos
portadores de problemas de voz. Pigarro persistente e muco viscoso são sinais
de hidratação insuficiente, para a qual nada melhor do que fazer uma reposição
natural, ou seja, tomar muita agua. O ato de pigarrear e a tosse podem contribuir
para o aparecimento de alterações nas pregas vocais, através do atrito que
provoca irritação e descamação do tecido. Recomenda-se nesses casos, inspirar
profundamente pelo nariz e deglutir logo a seguir, o que auxilia a secreção da
área vibratória das pregas vocais.

A competição sonora é um habito inadequado em resposta a poluição


auditiva. Deve-se evitar qualquer tipo de competição sonora, seja ela vocal ou
com ruído ambiental. Falar sussurrando também deve ser evitado, pois
geralmente representa um esforço maior que o necessário para a produção
natural da voz, pois o som é produzido apenas por fricção de ar. É aconselhável
que se mantenha a intensidade vocal em um nível moderado em todas as
situações de comunicação.

A postura corporal de cada indivíduo é o resultado das características


anatômicas e fisiológicas adquiridas por herança genética e por pressões
externas do meio ambiente, que alteram progressivamente a forma física através
de contrações musculares e desvios do esqueleto ósseo. A integração corpo-
voz é um dos parâmetros básicos pelos quais podemos avaliar o equilíbrio
emocional de um individuo. Posturas corporais inadequadas geralmente são
associadas a uma emissão vocal deficiente. Devem ser evitados: cabeça
elevada ou inclinada para os lados; tensão de face com a boca travada; pescoço
com músculos saltado e veias turgidas; peito comprimido; ombros erguidos ou
rodados para frente; e, bloqueio da movimentação corporal, principalmente da
cabeça e dos braços. Um corpo com movimentos harmônicos favorece a
movimentação livre da laringe e a produção adequada da voz.

Do momento que se compreende que o ar passa pela laringe e,


consequentemente, pelas pregas vocais, a poluição atmosférica apresenta um
interesse todo especial para os estudos sobre a voz. A principal causa de
poluição atmosférica é a queima de combustíveis.

A poluição pode produzir alterações vocais e laríngeas agudas ou crônicas. As


situações mais extremas, envolvem acidentes com fogo, fumaça e o vazamento
de vapores químicos que podem lesar toda a arvore respiratória, das narinas aos
pulmões. Outra situação seria a utilização da fumaça artística para efeitos
pirotécnicos, eles projetam toxinas químicas no meio ambiente.

Alguns poluentes atingem diretamente nosso organismo através da deposição


por inalação, mas outros agem de forma indireta, pela corrente circulatória. Os
sintomas vocais e laríngeos relacionados a poluição são geralmente rouquidão,
sensação de irritação na garganta, tosse, dificuldade na respiração e irritação
dos tecidos da boca, língua, nariz e toda a arvore respiratória.

A poluição auditiva pode causar também danos vocais. Quando estamos em um


ambiente com muito barulho, numa festa ou restaurante, inconscientemente
entramos em competição sonora. Nessas ocasiões para pessoas que trabalham
em ambientes assim, o adequado seriam fones de ouvido para proteger e em
casos de um ambiente mais descontraído, o melhor a se fazer é limitar a
conversa até que estejam em um ambiente apropriado para isso.

Os indivíduos que apresentam alergias manifestadas nas vias


respiratórias, tais como bronquite, asma, rinite e laringite, são mais propícios a
desenvolverem problemas de voz, numa relação direta com o grau de alergia. A
presença constante de catarro pode levar a uma irritação direta da laringe.

Os agentes que desencadeiam crises alérgicas são os alérgenos. Os principais


alérgenos são poeiras, flores, perfumes, inseticidas, dedetizadores, alguns tipos
de cosméticos, ou ainda alguns alimentos como leite ou enlatados. A
instabilidade emocional também pode auxiliar no disparo de uma crise, pois torna
o organismo mais sensível.

Profissionais da voz alérgicos devem fazer todo o esforço para evitar o contato
com as substancias ou situações que desencadeiam suas crises,
particularmente mofo, umidade, poeira, agasalhos de lã, perfumes fortes,
inseticidas, desinfetantes, desodorantes de ambiente, tinta fresca e animais
domésticos. Um problema adicional refere-se aos medicamentos utilizados no
tratamento de alergia, descongestionantes e anti-histamínicos, que apresentam
um efeito ressecante, prejudicando a produção da voz. Os profissionais da voz
podem apresentar limitação vocal, tanto por causa da alergia, como em função
do tratamento empregado.

O estado nutricional de uma pessoa é um dos fatores mais importantes


em sua sobrevivência e para definição de seu estado de saúde. Qualquer
distúrbio relacionado a alimentação seja comer muito descontrolado ou comer
pouco, podem colocar em risco a voz.

Hábitos alimentares são difíceis de serem mudados, porém de modo geral,


devemos compor nossa alimentação através de um número elevado de
carboidratos (grãos, vegetais, legumes e frutas), baixos níveis de gordura e
muitas fibras. A produção da voz é um processo de alto gasto energético e,
portanto, se você usa a voz profissionalmente ou de forma intensa, deve
consumir proteínas. Cantores líricos chegam a perder um quilo após um
concerto, devido as exigências energéticas do uso da voz.

Alimentos pesados e muito condimentados lentificam a digestão e dificultam a


movimentação livre do musculo do diafragma, essencial para a respiração.
Grande parte da energia do nosso corpo passa a ser utilizada no processo
digestivo e, portanto, a função vocal fica prejudicada. O excesso de condimentos
além disso provoca refluxo gastresofágico, grande inimigo de uma boa voz.
Para as pessoas com predisposição a alterações vocais, sugerimos evitar
chocolate, leite e derivados antes do uso intensivo da voz. Estes alimentos
aumentam a secreção do muco vocal, prejudicando a ressonância, e induzem a
produção de pigarro. Evitar bebidas gasosas pois prejudicam o controle da voz.

Na limpeza do trato vocal são indicados a maçã, que por sua propriedade
adstringente auxilia a limpeza da boca e da laringe, favorecendo uma voz com
melhor ressonância; e os sucos cítricos, principalmente laranja e limão, que
auxiliam a absorção do excesso de secreção. Goles de agua fresca em
temperatura ambiente quando sentir a garganta seca, lubrificação é essencial
para uma boa voz.

A energia necessária para colocar as pregas vocais em vibração e


produzir a fala é muito grande e pode ocorrer fadiga vocal após uso excessivo
ou uso da voz em grande intensidade. Geralmente após uma noite bem dormida,
os sintomas de fadiga vocal desaparecem e, no dia seguinte, a voz retorna as
condições usuais. Caso as alterações persistem após um repouso adequado, é
indicado uma avaliação especializada para verificar a possibilidade de existência
de lesões nas pregas vocais.

Nosso organismo precisa em média de 8 horas de sono por noite para recuperar
as energias. Uma noite mal dormida pode significar uma voz rouca, fraca e com
ar pela manhã. Procurar repousar adequadamente, principalmente se tiver que
usar a voz intensamente no dia seguinte.

É necessário considerar também o repouso vocal. É ideal um período de


descanso ou de uso limitado, com o mesmo número das horas de emprego da
voz. O repouso vocal absoluto passa a ser obrigatório em situações muito
especiais, tais como nas laringites agudas infecciosas, em que a produção da
voz é muito dolorida, nos quadros gripais severos e no pós-operatório das lesões
da laringe.

A resistência vocal básica é provavelmente definida por fatores genéticos,


neurológicos e comportamentais, podendo porem, ser melhorada com
treinamento vocal. O uso consciente e saudável da voz, alternado a períodos de
repouso vocal relativo, é uma excelente estratégia para aumentar a resistência
vocal.
O refluxo gastroesofagico é a passagem do suco gástrico para o esôfago,
que sobre em direção a boca. Esse retorno de liquido estomacal pode atingir a
boca, o nariz até mesmo banhar a laringe e as pregas vocais. Quando o refluxo
atinge a laringe, ele é chamado de refluxo laringofaringeo e, neste caso, o suco
gástrico, altamente irritativo, produz lesões na delicada mucosa das pregas
vocais e das outras estruturas da laringe. Pacientes com refluxo laringofaringeo
podem apresentar rouquidão após as refeições, ao acordar. Os cantores com
refluxos também apresentam dificuldades em aquecer suas vozes. A laringe dos
indivíduos com refluxo é de aparência avermelhada, podendo-se desenvolver
várias lesões, dentre as quais o granuloma é mais frequente.

Além do controle alimentar, algumas medidas práticas podem ser tomadas para
evitar que o refluxo atinja a laringe. Uma pratica útil é a elevação da cabeceira
da cama. Outra é nunca se deitar após comer, esperando o processo de
digestão, pelo ao menos duas horas.

O uso do ar condicionado agride a mucosa das pregas vocais, pois o


resfriamento do ambiente é acompanhado pela redução da umidade do ar, que
provoca consequentemente ressecamento do trato vocal, o que induz a uma
produção da voz com esforço e tensão. Quando o uso do ar condicionado for
inevitável, aconselha-se beber bastante água com temperatura ambiente.

A vibração das pregas vocais para produzir a voz é muito rápida, exigindo
uma mucosa solta e flexível. Para que essa vibração ocorra de modo livre e com
atrito reduzido é essencial que a laringe esteja bem hidratada. A água é um
componente vital para todas as funções de nosso corpo e a produção vocal
também depende dela. O ideal seria que bebêssemos 2 litros de agua por dia,
ou seja, 8 a 10 copos, para garantirmos a reposição das perdas pela urina e pela
transpiração. O sistema de ressonância também precisa de lubrificação para
trabalhar o som básico da laringe.

Os indivíduos que usam suas vozes profissionalmente necessitam ainda mais


da hidratação, pois pertencem aos grupos de alto risco vocal. Aconselha-se que
esses indivíduos antes de uma apresentação ou conferencia, eles devem beber
4 a 6 copos de agua 2 horas antes do uso da voz. O controle da hidratação pode
ser monitorado através da urina, que deve ser pálida, praticamente transparente.
Uma urina escura, amarelada, indica que a laringe não está em boas condições
de uso e de voz.

Pode-se também auxiliar a hidratação da laringe por via direta, aspirando


gotículas de agua pelo nariz. Outro recurso de hidratação direta é o da inalação
de vapor de agua, que pode ser feita através de vários procedimentos como: o
uso de um vaporizador; respirando-se o vapor de agua pelo nariz e pela boca
diretamente de um recipiente com agua quente; ou, simplesmente, respirando-
se o ar umedecido pela agua quente e corrente do chuveiro. Esforço para falar,
pigarro persistente e saliva grossa podem ser sinais de hidratações insuficientes.
É necessário beber agua.

O clima frio e úmido pode afetar o trato respiratório, favorecendo


inflamações e infecções que impedem a livre função vocal. O clima melhor
indicado é frio e seco, desde que o indivíduo mantenha sua hidratação corporal,
ingerindo em média 8 copos de agua por dia. As prevenções contra resfriadas
nem sempre são muito eficazes, mas o mínimo de cuidado deve ser tomado para
evita-los como: descanso, alimentação equilibrada, proteção contra exposição a
mudanças bruscas de temperatura e evitar contato com pessoas gripadas.

O vestuário pode interferir de três modos negativos na produção da voz:


compressão, alergias e posturas.

A compressão da região do pescoço e abdômen são as piores para a voz.


Recomenda-se usar roupas leves e folgadas, que permitem a movimentação
livre do corpo.

Para os alérgicos aconselha-se tecidos de fibras naturais e não os de fibras


sintética. Além disso, os sabões e amaciantes empregados na lavagem das
roupas podem provocar reações alérgicas.

Para uma postura corporal adequada, é aconselhável utilizar sapatos baixos e


de matérias naturais, como o couro. O salto alto provoca uma postura tensa,
prejudicando a emissão vocal.

A pratica de esportes é essencial para o ser humano, além de se manter


saudável, o indivíduo cria uma maior resistência. Alguns esportes favorecem
mais a produção vocal do que outros, como a natação e o caminhar, pois aliviam
o corpo e melhoram a respiração. Tenis, basquete, boxe, peso, vôlei e
musculação centralizam a tensão muscular nas regiões do pescoço, costas,
ombros, tórax e acabam por aumentar também a tensão na laringe, provocando
uma voz mais comprimida e tensa. São aconselhados ioga, exercícios de
estiramento muscular, técnicas de relaxamento e massagem, pois auxiliam no
equilíbrio da musculatura corporal, necessários para uma boa voz.

Nossa voz muda constantemente durante a nossa vida e os hormônios


tem grande influência e participação nessa mudança. Essa mudança de voz,
chamada de muda vocal, ocorre em função do crescimento das estruturas da
laringe e das novas condições hormonais presentes na adolescência. A
instabilidade vocal dura em média de 6 meses, quando então a voz se estabiliza
em uma nova faixa de frequência.

Durante a menopausa, a queda dos hormônios femininos poderá produzir uma


voz mais grave (grossa) nas mulheres, muitas vezes provocando a desagradável
situação de se confundir o sexo do falante pela voz, principalmente no telefone.
Já os homens, na terceira idade, sofrem uma tendência de apresentar um
aumento da frequência da voz, se tornando mais aguda. Acredita-se que apenas
12% da população idosa sofra de envelhecimento vocal, o que é chamado de
presbifonia. Indivíduos em boa forma física ou que tem suas vozes treinadas,
apresentam tendência a manter sua voz jovial e saudável.

Quando as mulheres estão em período te tensão pré-menstrual, a TPM, é


comum ter sinais vocais relacionados ao ciclo menstrual. Manifestam-se de
discreta rouquidão, com voz grossa ou cansaço vocal e perda de potência da
voz, em consequência do edema das pregas vocais provocado pelas alterações
hormonais.

Medicamentos são complexos químicos que podem comprometer


decisivamente sua produção vocal, quando administrados incorretamente. Os
remédios que precisam ser evitados principalmente para quem fazem o uso
profissional da voz:

Os analgésicos que são usados para alivio da dor de modo geral. A Aspirina é
taxativamente contraindicada pela fundação da voz, porque o ácido
acetilsalicílico provoca sangramentos e pode favorecer uma hemorragia nas
pregas vocais, opte por medicamentos que contenham dipirona, como Tilenol e
Novalgina.

Os antibióticos são prescritos em casos infecciosos e devem ser tomados


apenas na quantidade receitada e no número de dias indicado pelo médico. O
uso excessivo e a pratica de repeti-los, podem piorar a infecção e causar uma
série de efeitos colaterais indesejáveis, como reações alérgicas.

Sprays devem ser usados ocasionalmente, nas crises alérgicas, rinites ou gripes
que provocam o bloqueio da via respiratória nasal. O uso prolongado provoca o
“efeito rebote”, que é um edema da mucosa quando a medicação é interrompida,
provocando uma obstrução nasal ainda mais intensa. Deve-se também lembrar
que os descongestionantes ressecam a mucosa do nariz e também da laringe,
dificultando a vibração livre das pregas vocais.

Medicações antitussígenas são altamente irritativas para as pregas vocais e


também causam como efeito secundário negativo, o ressecamento.

Descongestionantes, anti-histamínicos e corticosteroides, empregados nas


alergias e inflamações, provocam uma diminuição das secreções de todo o trato
respiratório, produzindo ressecamento do nariz, da boca e da laringe, além de
reações colaterais indesejáveis como insônia, irritabilidade, irritação gástrica, e
tremor, que pode ser percebido na voz.

Antidiarreicos, também reduzem a produção de secreções e podem provocar


secura na laringe.

Diuréticos referem a redução na saliva, ressecamento na boca e da garganta,


produção de secreções densas e viscosas, e pigarro persistente.

Vitamina C consumida em alta dosagem também pode produzir um efeito


secundário de ressecamento do trato vocal.

Hormônios são medicações que podem causar profundas modificações na


qualidade vocal, tanto por modificações nas estruturas do aparelho fonador
como por alterações no conteúdo dos fluidos do corpo.

Tranquilizantes, calmantes e remédios para dormir sua ação no sistema nervoso


pode afetar de modo evidente o controle da produção de voz.
Os efeitos do medicamento afetam de forma especifica para cada indivíduo, mas
toda precaução é necessária, é preciso tomar o medicamento no período correto
e de forma correta, assim indicada pelo médico. Não se aconselha auto medicar-
se, justamente para evitar efeitos colaterais negativos, muitas vezes causando
um dano maior do que o problema previamente presente.

As soluções caseiras para aliviar dor de garganta ou voz rouca, não


apresentam ação direta sobre a laringe, pois os alimentos e líquidos ingeridos
não passam pela arvore respiratória e sim pelo esôfago, que faz parte do sistema
digestivo.

É importante ressaltar que não existe um estudo controlado e cientifico de


eficácia dessas substancias sobre a voz, embora haja indícios de que o mel seja
lubrificante das caixas de ressonância superiores e que o própolis ofereça ação
anti-inflamatória e lubrificante da boca e da faringe. Muitas dessas substancias
caseiras podem até mesmo irritar a boca e a faringe, dificultando a emissão
vocal. Para o uso delas, é preciso ser crítico e analisar os efeitos produzidos em
sua voz.

Podemos desenvolver hábitos e atitudes positivas para uma boa voz e


fala. Como: manter-se sempre hidratado; evitar álcool destilado, fumo e cafeína;
evitar alimentação pesada e excessiva principalmente antes de dormir; reduzir o
uso da voz em quadros de gripes, resfriados e alergias das vias respiratórias;
não falar mais forte do que o necessário; evitar usa a voz muito grave ou muito
aguda, fora de seu tom habitual; evitar longas ligações telefônicas; evitar
conversas em ambientes ruidosos; evitar falar rapidamente por longo tempo;
evitar falar quando faz exercícios físicos ou levantamento de peso; articular bem
as palavras; aquecer a voz antes de usa-la de forma intensiva; evitar sensações
de esforço vocal como tensão no pescoço, ardor e falta de ar na fala; deixar o
corpo se movimentar livremente acompanhando a fala; usar roupas confortáveis;
permanecer o menor tempo possível em ambientes com muita poluição
atmosférica; evitar mudanças bruscas de temperatura; reduzir permanência em
lugares com ar-condicionado; repouso vocal após uso intensivo da voz e nunca
se auto medique.
A normas de higiene vocal são bem simples a serem seguidas, devendo,
portanto, ser respeitadas, para que se evite a piora ou estabelecimento de
problemas de voz, as chamadas disfonias. Caso observar alterações na voz,
irritabilidade e dor, é necessário procurar um fonoaudiólogo ou um médico
otorrinolaringologista. Problemas com a voz podem colocar sua profissão e até
mesmo sua vida em risco, mas são facilmente tratados e precocemente
identificados.

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