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Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática

Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

SÍNTESE DE UM FILTRO INVERSO - VECTOR FITTING VERSUS


LEVENBERG-MARQUARDT

Eubis Pereira Machado∗, Damásio Fernandes Júnior†, Washington Luiz Araújo Neves†

Colegiado de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Vale do São Francisco
Av. Antônio Carlos Magalhães, 510, Santo Antônio, Juazeiro-BA, Brasil

Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande
Av. Aprı́gio Veloso, 882, Bairro Universitário, Campina Grande-PB, Brasil

Emails: eubis.machado@univasf.edu.br, damasio@dee.ufcg.edu.br, waneves@dee.ufcg.edu.br

Abstract— This work presents the inverse filters identification for amplitude and phase capacitive voltage
transformers correction. The identification occurs through the synthesis of rational functions using a strategy for
startup Levenberg-Marquardt method which, because it is Newton type method, requires good initial conditions
to ensure an appropriate solution on the parameters to be identified. With regard to vector fitting, one of the
most successful methods for systems identification based on rational functions, the Levenberg-Marquardt method,
when initialized by Levy algorithm in conjunction with a pre-conditioning technique, provides best results.

Keywords— Inverse filters, Levenberg-Marquardt, vector fitting.

Resumo— Este trabalho apresenta a identificação de filtros inversos destinados à correção de amplitude e
fase de transformadores de potencial capacitivos. A identificação ocorre através da sı́ntese de funções racionais
utilizando-se uma estratégia de inicialização do método de Levenberg-Marquardt que, por se tratar de um método
tipo Newton, requer boas condições iniciais para assegurar uma solução apropriada nos parâmetros a serem
identificados. Relativamente ao vector fitting, um dos métodos mais bem sucedidos na identificação de sistemas
com base em funções racionais, o método de Levenberg-Marquardt, quando inicializado pelo algoritmo de Levy
em conjunto com uma estratégia de pré-condicionamento, fornece melhores resultados.

Palavras-chave— Filtros inversos, Levenberg-Marquardt, vector fitting.

1 Introdução fia podem não retratar com fidelidade a tensão do


sistema, haja visto que os sinais de tensão podem
Os transformadores de potencial capacitivos estar corrompidos pelo erro de relação de trans-
(TPC) são transdutores de tensão instalados nos formação dos TPC, bem como pelo atraso de fase
sistemas elétricos de potência (SEP) com o pro- e atenuação do ganho proporcionados pelos filtros
pósito de reduzir o nı́vel de tensão a valores ade- anti-aliasing. Logo, a fim de eliminar essas distor-
quados aos instrumentos de medição, proteção e ções, a identificação do filtro inverso deve levar em
controle de modo que haja uma relação fixa en- consideração a resposta do TPC e do anti-aliasing.
tre os valores instantâneos dos sinais de tensão de O vector fitting proposto por Gustavsen and
saı́da e de entrada, com diferenças de fase despre- Semlyen (1999) é reportado na literatura como um
zı́veis entre as mesmas. Não obstante, os TPC método de referência na identificação de sistemas
não apresentam uma largura de banda bem defi- com base em funções racionais. Não obstante, no
nida o que pode afetar o desempenho da proteção presente trabalho, verifica-se que o método pode
de distância (Machado et al., 2014) e dos algorit- falhar durante a identificação de filtros inversos
mos que utilizam os sinais de tensão para detectar, que se destinam a corrigir a distorção de ampli-
classificar, e analisar a grande variedade de pertur- tude e fase de TPC. Como alternativa ao vec-
bações a que os sistemas elétricos são submetidos tor fitting, implementa-se uma versão do método
(Carvalho and Carneiro Jr., 2006). de Levenberg-Marquardt (LM) que, apesar de ser
Em Machado et al. (2014) foi desenvolvida mais lento, apresenta, em geral, uma melhor pre-
uma metodologia para correção dos transitórios cisão (Knockaert et al., 2009). Por outro lado, por
de baixa frequência de TPC a partir da filtragem ser um método do tipo Newton, faz-se necessário
digital da tensão secundária. Uma das dificulda- uma boa estimativa inicial para assegurar uma so-
des para implementação da técnica está associ- lução apropriada nos parâmetros a serem identifi-
ada à obtenção de filtros inversos de baixa ordem cados. Nesse sentido, apresenta-se uma versão do
para descrever os dados de resposta em frequên- algoritmo de Levy (1959) que, em conjunto com
cia de referência, sobretudo, quando o processo de uma estratégia de pré-condicionamento, fornece as
identificação leva em consideração a resposta em estimativas iniciais que serão utilizadas como pa-
frequência dos filtros anti-aliasing presentes nos râmetros de entrada do método de LM. A estabili-
IED (Intelligent Electronic Device). A presença dade para estudos do domı́nio do tempo é forçada
dos filtros anti-aliasing tem por objetivo evitar a por meio da restrição de polos, cabendo ao algo-
sobreposição de espectros durante a amostragem ritmo de LM o refinamento das estimativas iniciais
dos sinais. Não obstante, os dados de oscilogra- sob condições de restrição de desigualdade.

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2 Identificação de Sistemas a Partir da Analisando a Equação (8), observa-se que o mé-


Sı́ntese de Funções Racionais todo de Newton apresenta a inconveniência do cál-
culo das segundas derivadas do vetor de resı́duos.
A partir dos dados de resposta em frequência de Além disso, o método apresenta convergência lo-
um sistema fı́sico, é possı́vel obter um modelo ma- cal e, portanto, para garantir que o processo itera-
temático baseado no ajuste de funções racionais no tivo convirja para um ponto estacionário da fun-
domı́nio s, para sistemas contı́nuos e no domı́nio ção objetivo, é necessário que a estimativa inicial
z −1 para sistemas discretos. Ainda que o modelo x(k) |k=0 esteja próxima da solução (Rao, 2009).
matemático não forneça a função de transferência Com intuito de eliminar o cálculo das segun-
do sistema fı́sico em estudo, ele deve fornecer com das derivadas da função objetivo para computar
precisão suas caracterı́sticas dinâmicas. A princı́- a matriz Hessiana, Karl Friedrich Gauss (1777-
pio, a função de transferência de um sistema pode 1855) sugeriu que a parte das segundas derivadas
ser modelada por uma função racional do tipo: da função objetivo fosse ignorada. Assim, a dire-
a0 + a1 γv + . . . + an γvn ção de busca p(k) passa a ser a solução da equação:
H(γv , x) = , (1)
1 + b1 γv + . . . + bm γvm h i
J(x(k) )T J(x(k) ) p(k) = −∇F (x(k) ) . (10)
sendo γv = jωv para identificação na frequência
analógica e γv = z −1 = e−jΩv para identificação O método iterativo com essa direção de busca é
na frequência discreta, em que 1 ≤ v ≤ npt e x = conhecido como método de Gauss-Newton. Este
[xa xb ]T o vetor de parâmetros a ser determinado: método supera a inconveniência do cálculo das de-
xa = [a0 a1 ··· an ]
T
(2) rivadas de segunda ordem dos resı́duos, contudo,
T assim como o método de Newton, apresenta carac-
xb = [b1 b2 ··· bm ] . (3) terı́sticas de convergência local e pode não conver-
De modo geral, o vetor x pode ser obtido por meio gir em problemas com grandes resı́duos.
da técnica dos quadrados mı́nimos não lineares, Levenberg (1944) e mais tarde Marquardt
cuja função objetivo pode ser expressa por: (1963) sugeriram a Equação (11) como modifi-
cação do método de Gauss-Newton para torná-
npt npt
1X 2 1X 2 lo global e superar problemas de convergência
F (x) = (hv − H(γv ; x)) = (Rv (x)) ,
2 v=1 2 v=1 (Dennis and Schnabel, 1996; Rao, 2009).
(4) h i
sendo hv o v-ésimo ponto da resposta em frequên- J(x(k) )T J(x(k) ) + µ(k) I p(k) = −∇F (x(k) ) .
cia de referência. Por ser não linear em x, a mini- (11)
mização da função objetivo é realizada por meio de Em (11), I ∈ ℜ(n+m−1)×(n+m−1) é a matriz iden-
métodos numéricos (Dennis and Schnabel, 1996). tidade e µ(k) ≥ 0 é um parâmetro definido na
Usando o método de Newton para minimizar k -ésima iteração o qual proporciona os seguintes
F (x), o vetor x na k -ésima iteração vale: efeitos:
x(k+1) = x(k) + p(k) . (5) 1. Para todo µ(k) > 0, a matriz Hessiana de
Sendo p(k) a direção de busca que satisfaz: F (x) é positivo definida, o que assegura que
p(k) está na direção descendente de F (x);
∇2 F (x(k) )p(k) = −∇F (x(k) ) . (6)
2. Para grandes valores de µ(k) , p(k) =
O gradiente e a Hessiana de F (x) são dados, res- (k)
− ∇Fµ(x
(k)
)
é um pequeno passo na direção de
pectivamente, por (Dennis and Schnabel, 1996):
busca definida pelo gradiente, aproximando-
∇F (x(k) ) = J(x(k) )T R(x(k) ) (7) se do método do máximo declive descendente
npt
X ou método do gradiente;
∇2 F (x(k) ) = J(x(k) )T J(x(k) ) + Rv (x(k) )Rv′′ (x(k) ) .
3. Se µ(k) é muito pequeno, então o método
v=1
(8) iguala-se ao método de Gauss-Newton que é
bom quando a iteração atual está próxima da
Nessas equações, R(x(k) ) ∈ ℜnpt×1 é o vetor de re- solução ótima x∗ .
sı́duos, ao passo que J(x(k) ) ∈ ℜnpt×(n+m−1) é de-
finido como jacobiano e contém as derivadas parci- O problema dos quadrados mı́nimos não line-
ais de primeira ordem da função residual Rv (x(k) ), ares geralmente é mal condicionado se a faixa de
isto é: frequência é larga ou quando as funções de trans-
 ∂R1 (x(k) ) ferências requerem um número elevado de polos.
∂R1 (x(k) )

∂x1 ··· ∂xn+m−1 Visando superar essas inconveniências, estratégias
J(x(k) ) = 
 .. .. ..  como utilização de polinômios ortogonais (Rolain
. . .
 .

(k) (k)
 et al., 1994) e funções base ortonormais (Ninness
∂Rnpt (x ) ∂Rnpt (x )
∂x1 . . . ∂xn+m−1 and Gustafsson, 1997; Ades and da Silveira, 2002)
(9) têm sido investigadas. Neste último caso, a função

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racional é expressa por uma combinação linear de σ(s) e p(s) diferem apenas quanto ao polinômio do
funções que são numericamente estáveis: numerador, apresentando o mesmo denominador
n
X conhecido. Ainda no primeiro estágio do ajuste
H(γ, x) = λv Gv (γ) . (12) impõem-se (Gustavsen and Semlyen, 1999):
v=0
σ(s)H(s) ≈ p(s)
Em (12), o escalar λv ∈ ℜ enquanto Gv (γ) m
! m
corresponde a um conjunto de funções racio- X c̃i
+ 1 H(s) ≈
X c̄i
+ d¯ + sh
¯.
nais que formam uma base ortonormal. As ba- i=1
s − p̃i i=1
s − p̃ i
ses comummente utilizadas são as de Laguerre (16)
(Wulhynek, 2002; Campello et al., 2007), de
Kautz (da Rosa, 2005), as ortonormais genera- Rearranjando (16) e substituindo-se s = jωv para
lizadas (Ninness and Gustafsson, 1997; de Vries todos os npt pontos de H(s), obtém-se um sis-
and Van den Hof, 1998) e as bases formadas por tema sobredeterminado de equações lineares nas
conjunto geradores otimizados (Ades and da Sil- variáveis c̃i , c̄i , d¯ e h,
¯ isto é, um problema dos qua-
veira, 2002; Wulhynek, 2002). Sem dúvida, uma drados mı́nimos lineares. Com os resı́duos com-
das motivações para o uso de base de funções or- putados, a fase seguinte do algoritmo é definida
tonormais é que a solução do problema sempre é pela obtenção dos zeros aproximados z̃i de σ(s),
alcançada por meio do incremento do número de os quais correspondem aos autovalores do sistema
funções base. Por outro lado, essa metodologia (Gustavsen, 2006):
de identificação enfrenta alguns problemas: a se-
leção dos polos que definem a base das funções e A − bc̃T , (17)
o número elevado de funções base para represen-
em que A e b são, respectivamente, a matriz dos
tação dos sistemas. De modo geral, quanto mais
coeficientes e o vetor independente dos quadra-
próximo o polo estiver da dinâmica dominante do
dos mı́nimos lineares definido em (16). Analisando
sistema, menor será a quantidade de funções base
esta equação na forma de divisão,
para aproximar o sistema com uma dada precisão
(Campello et al., 2007). Apesar do ajuste sempre p(s)
Qm+1
(s − zi )
ser possı́vel por meio do incremento do número ¯
= h Qi=1
m ≈ H(s) . (18)
σ(s) i=1 (s − z̃i )
funções base, o modelo resultante é de ordem ele-
vada podendo inviabilizar a sı́ntese de filtros digi- Portanto, os zeros de σ(s) fornecem os polos ajus-
tais para os fins de processamento em tempo real. tados da função racional H(s). Contudo, para
Gustavsen and Semlyen (1999) desenvolveram um ajuste mais preciso pode ser necessário rea-
um método de ajuste a partir de expansões em locar os polos de H(s) realizando mais iterações.
frações parciais que culminou numa melhoria do Conforme Hendrickx and Dhaene (2006), o pro-
condicionamento numérico da matriz da aproxi- cesso iterativo de realocação dos polos de H(s) é
mação linear dos quadrados mı́nimos não lineares. essencialmente uma reformulação do SK iteration
No vector fitting, a função racional com γ = s é usando frações parciais. Na segunda etapa do al-
escrita na forma: goritmo, tendo obtido os polos aproximados da
X m
ci
Qm+1
(s − zi ) função H(s) na primeira etapa, procura-se os seus
H(s) = ∼ + d + hs = h Qi=1 m . demais parâmetros ci , d e h a partir da imposição:
i=1
s − pi i=1 (s − pi )
m
(13) X ci
Os resı́duos ci , os polos pi e os zeros zi podem ser H(s) ≈ + d + hs . (19)
i=1
s − pi
reais ou pares complexos conjugados, enquanto d
e h são reais. Embora essa equação seja não li- Observa-se que a Equação (19) é linear nos pa-
near nos polos, o vector fitting resolve o problema râmetros ci , d e h. Assim, com os polos pi es-
da determinação dos resı́duos e polos sequencial- timados na primeira fase do algoritmo, resolve-se
mente, como um problema linear em dois estágios. outro problema dos quadrados mı́nimos lineares
No primeiro estágio, estimativas iniciais dos polos, para obter os parâmetros de interesse.
p̃i , devem ser fornecidas. Com estes polos, duas Diferentemente do LM, em que a sı́ntese de
funções são construı́das: funções racionais é apenas uma aplicação parti-
m Qm cular, o vector fitting foi concebido especialmente
c̃i i=1 (s − z̃i )
X
σ(s) = + 1 = Qm (14) para tal finalidade. Sem dúvida, além de ter sua
i=1
s − p̃ i i=1 (s − p̄i ) eficiência já validada mediante um grande número
m Qm+1
c̄i (s − zi ) de publicações nas mais diversas áreas de estu-
¯ ¯ ¯
X
p(s) = + d + sh = h Qi=1m , dos, um dos fatores que levaram a popularização
i=1
s − p̃ i i=1 (s − p̄i )
do método é a interface do código fonte que pro-
(15)
porciona flexibilidade durante o ajuste de funções
cujos resı́duos c̃i , c̄i para i = 1, 2, . . . , m e os parâ- racionais contendo dezenas e até centenas de po-
metros d¯ e h
¯ devem ser determinados. Nota-se que los. Contudo, conforme Knockaert et al. (2009),

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o vector fitting ainda não tem sido bem aceito Em que,


na comunidade de identificação de sistemas em
detrimento da convergência do processo iterativo ar (ωv ) = a0 − a2 ωv2 + a4 ωv4 − a6 ωv6 + · · ·
de realocação dos polos, que se trata de um pro- ai (ωv ) = a1 ωv − a3 ωv3 + a5 ωv5 − a7 ωv7 + · · ·
blema ainda não resolvido na literatura. De fato,
br (ωv ) = −b2 ωv2 + b4 ωv4 − b6 ωv6 + b8 ωv8 − · · ·
como a maioria dos métodos iterativos, o vector
fitting pode apresentar problemas de convergên- bi (ωv ) = b1 ωv − b3 ωv3 + b5 ωv5 − b7 ωv7 + · · · .
cia (Lefteriu and Antoulas, 2013), ou mesmo não (23)
apresenta a solução ótima sob a ótica do número
de polos necessários para representar uma deter- A partir de (22), pode-se escrever:
minada resposta em frequência.
ar (ωv ) + jai (ωv ) = hv [1 + br (ωv ) + jbi (ωv )] . (24)

3 Proposta para Inicialização dos Substituindo hv = αv + jβv em (24) é possı́vel


Métodos Tipo Newton definir duas equações com coeficientes reais que
podem ser expressas por:
O método de LM é um dos métodos mais bem su-
cedidos na identificação sistemas. Contudo, por ar (ωv ) − αv br (ωv ) + βv bi (ωv ) = αv
(25)
ser um método do tipo Newton, requer uma boa ai (ωv ) − αv bi (ωv ) − βv br (ωv ) = βv .
estimativa inicial para se ter sucesso no processo
iterativo. Nesta seção é apresentada uma ver- Incorporando (23) em (25), tem-se o seguinte sis-
são do algoritmo de Levy (1959) que, em con- tema linear sobreterminado:
junto com uma técnica de pré-condicionamento,     
s11 s12 xa α
fornece as estimativas iniciais que serão utiliza- =
s21 s22 xb β (26)
das como parâmetros de entrada do método de | {z } | {z } | {z }
LM. Para assegurar que H(γv , x) seja estável no A x b
domı́nio do tempo, as restrições aplicadas aos
cujos elementos da v − ésima linha e j − ésima
coeficientes polinomiais devem obedecer algumas
coluna das submatrizes s11 , s12 , s21 e s22 podem
parametrizações regidas pelo teorema de Khari-
ser expressos conforme (27), ao passo que A ∈
tonov (Minnichelli et al., 1989), o que dificulta
ℜ2v×(n+m−1) , x ∈ ℜ(n+m−1) e b ∈ ℜ2v .
a implementação. Apesar de existirem traba-
lhos devotados para estabilização de sistemas pre-
viamente identificados como instáveis (D’haene 3.2 Pré-Condicionamento da Aproximação
et al., 2006; Balogh and Pintelon, 2008), por sim- A partir da lei de formação da matriz dos coefici-
plicidade, optou-se por solucionar a aproximação entes da aproximação linear dos quadrados mı́ni-
linear dos quadrados mı́nimos não lineares atra- mos não lineares, Equação (27), observa-se que as
vés da fatoração QR sem restrições e introduzir colunas da matriz A possuem diferentes potências
no segundo estágio do ajuste, a ser realizado pelo de ωv , o que torna o sistema mal condicionado.
método de LM, condições de contorno para a ob- Nesse sentido, independentemente do método a
tenção de funções estáveis no domı́nio do tempo. ser utilizado para solucionar o sistema linear, mé-
todo direto ou iterativo, é recomendável utilizar
3.1 Computação das Estimativas Iniciais técnicas de pré-condicionamento a fim de se obter
um sistema equivalente melhor condicionado. No
Considerando, a priori, que H(γv , x) representa que tange aos métodos iterativos, diversas estra-
adequadamente os dados experimentais, o vetor tégias de pré-condicionamento têm sido avaliadas
de resı́duo é aproximadamente nulo, isto é, com a finalidade de melhorar o condicionamento
e, consequentemente, acelerar o processo de con-
a0 + a1 γv + . . . + an γvn vergência da solução (Paz, 2012). Nos métodos
R(x) = hv − ≈ 0 . (20)
1 + b1 γv + . . . + bm γvm de solução direta, o pré-condicionamento é mais
simples e consiste basicamente em equilibrar (es-
Logo, calonar) as linhas ou colunas antes de inicializar a
fatoração do sistema.
a0 + a1 γv + . . . + an γvn
= hv , (21) As colunas da matriz dos coeficientes podem
1 + b1 γv + . . . + bm γvm ser equilibradas a partir da inserção de uma ma-
triz diagonal DC ∈ ℜ(n+m−1)×(n+m−1) , tal que o
para todo 1 ≤ v ≤ npt.
sistema equivalente
Reescrevendo (21) para identificação na
frequência analógica, γv = jωv , tem-se: ADC D−1
C x = b ⇔ Ãx̃ = b (28)
ar (ωv ) + jai (ωv ) seja melhor condicionado. A solução do sistema
= hv . (22)
1 + br (ωv ) + jbi (ωv ) transformado para o espaço original, isto é, sem

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h  π i
s11 = 1 0 − ωv2 0 . . . sen j ωv(j−1)
h 2  π  π i
s12 = βv ωv αv ωv − βv ωv − αv ωv4 . . . sen j
2 3
ωvj βv − cos j ωvj αv
h  π i 2 2 (27)
s21 = 0 ωv 0 − ωv3 . . . − cos j ωv(j−1)
h 2  π  π i
2 3 4
s22 = −αv ωv βv ωv αv ωv − βv ωv . . . − sen j ωvj αv − cos j ωvj βv .
2 2

escalonamento das colunas, pode ser obtida por


meio da equação: 100

80

log10 (k(A))
D−1
60
C x = x̃ . (29) 40

20
Sob a ótica dos quadrados mı́nimos, a solução do 0
20
sistema sobredeterminado escalonado por coluna é 15
15
20
10
invariante para qualquer matriz DC não singular. 5
0
5
10

Ordem do denominador 0
Uma prática comum para melhorar o condici- Ordem do numerador

onamento durante a identificação de sistemas no (a)


domı́nio da frequência é a normalização da faixa
de frequência envolvida no ajuste (Pintelon and 40

Kollár, 2005). Embora seja utilizada na literatura 30

log10 (k(A))
de forma heurı́stica, no presente trabalho tem-se 20

verificado que a normalização da frequência pode 10

ser interpretada como um escalonamento das co- 0


20
lunas de A por meio da matriz: 15
15
20
10
10
5 5
! 0 0
Ordem do denominador
1 1 1 1 1 Ordem do numerador

DC = diag 1 · · · (n−1) 2 ··· m . (b)


ωb ωb ωb ωb ωb
(30)
ωv,max +ωv,min
Em que, ωb = 2 ou ωb = 20

15
median{ω1 , ω2 , . . . , ωv }.
log10 (k(A))

Apesar da frequência discreta ser normali- 10

zada, isto é, −π ≤ Ω ≤ π, a identificação em 5

z −1 também pode apresentar problemas de mal 0


20
condicionamento. Nesse sentido, como uma al- 15
10 15
20
10
ternativa ao método de normalização da frequên- 5
0 0
5
Ordem do denominador Ordem do numerador
cia (Pintelon and Kollár, 2005) e visando me-
(c)
lhorar o condicionamento da aproximação linear
dos quadrados mı́nimos não lineares, tanto em s
quanto em z −1 , utilizou-se uma matriz de pré- Figura 1 – Número de condição do sistema da
aproximação linear dos quadrados mı́nimos não
condicionamento do tipo diagonal cujos elementos
lineares. (a) sem pré-condicionamento. (b) Nor-
são a norma-p da j-ésima coluna de A, isto é, malização da frequência. (c) Normalização das
! p1 colunas com p = 2.
2v
X
DCij = |aij |p , com j = 1, . . . , n + m − 1.
i=1
(31) durante a identificação de um filtro inverso, cu-
Definindo-se κ(A) como o número de condição da jas frequências estão compreendidas entre 10Hz e
aproximação linear dos quadrados mı́nimos não 1kHz. Observa-se que, mesmo para funções racio-
lineares (Equação (26)), a aproximação é compu- nais de segunda ordem, é praticamente impossı́vel
tacionalmente solucionável se: utilizar a aproximação linear dos quadrados mı́-
nimos não lineares sem fazer uso de recurso de
log10 κ(A) ≪ d , (32) pré-condicionamento. Apesar da normalização da
frequência analógica melhorar o condicionamento,
sendo d o número de dı́gitos significativos usados ela pode ser insuficiente para viabilizar o uso da
nos cálculos (Pintelon and Kollár, 2005). A tı́- aproximação linear dos quadrados mı́nimos não li-
tulo de exemplo, apresenta-se na Figura 1 o com- neares. Relativamente aos resultados exibidos na
portamento do número de condição da matriz A Figura 1, observa-se a obtenção de um sistema me-

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lhor condicionado quando se usa a normalização de 138, 230 e 500 kV foram identificados como
das colunas segundo a norma p = 2. sendo de ordem seis, oito e oito, respectivamente.
De modo análogo ao escalonamento das colu- Essas mesmas ordens foram consideras como re-
nas, as linhas também podem ser equilibradas por ferência nos experimentos realizados com o RVF.
meio da inserção de uma matriz DL na Equação Além disso, considerando-se apenas funções racio-
(28), obtendo-se: nais estritamente próprias, os parâmetros d e h do
RVF não entraram no processo de sı́ntese dos fil-
DL ADC D−1 x = DL b ⇔ Ãx̃ = b̃ . (33) tros inversos. A partir da identificação dos filtros,
| {z } C
à percebe-se que o LM exibe os melhores resultados.
Embora as equações sejam matematicamente Contudo, não foi possı́vel realizar um ajuste idea-
equivalentes, pode ser verificado que, sob a ótica lizado para todas as respostas em frequência sob
dos quadrados mı́nimos, a solução do sistema so- investigação. A dificuldade na obtenção de um
bredeterminado escalonado por linha depende da ajuste mais preciso está associada à correção dos
escolha da matriz DL . Conforme Strang (2011), polos instáveis, geralmente associados ao método
ao multiplicar pela esquerda ambos os lados da de computação das estimativas iniciais do LM.
igualdade de um sistema sobreterminado por uma 5
10
matriz não nula, gera-se um problema de quadra- Referência

dos mı́nimos ponderados. Nesse sentido, DL cor- 10


4
LM
RVF

responde a uma matriz de pesos ou ponderação.

Ganho (PU)
3
10

4 Sı́ntese de Filtros Inversos - Vector 2


10
Fitting versus Levenberg-Marquardt
1
10 1
Através de simulações numéricas, esta seção apre- 10 10
2
10
3

Frequência (Hz)
senta algumas comparações entre RVF (Relaxed
(a)
Vector Fitting) o qual consiste de uma versão apri-
400
morada do vector fitting (Gustavsen, 2006) e o 300
Referência
LM
método de LM, que é um dos métodos mais bem 200
RVF

sucedidos na solução do quadrados mı́nimos não


Fase (graus)

100

lineares. Por se tratar de um método tipo New- 0

ton, o LM requer uma boa estimativa inicial para -100

-200
assegurar uma solução plausı́vel. Neste sentido,
-300
nas simulações numéricas apresentadas, o LM foi -400 1 2 3
inicializado por meio de estimativas iniciais cuja 10 10
Frequência (Hz)
10

metodologia de obtenção foi delineada na seção 3. (b)


Os filtros inversos devem processar em tempo
real a resposta oriunda do secundário dos TPC Figura 2 – Identificação do filtro inverso para o
e disponibilizar um sinal de tensão o mais fiel TPC de 138 kV. (a) Ganho. (b) Fase.
possı́vel para os equipamentos de medição e pro-
teção do SEP. Nesse contexto, funções racionais
de ordem elevada não devem ser candidatas ao Na Figura 5 é apresentado o comportamento
protótipo analógico de tais filtros, pois, sob a dinâmico de algumas variáveis de controle do mé-
perspectiva de implementação em hardware, po- todo de LM implementado. Em todas as simula-
dem demandar um elevado processamento para ções numéricas apresentadas, percebeu-se que, a
operações em tempo real e serem mais suscetı́- partir de um determinado número de iterações, o
veis aos erros de quantização. Os dados da res- parâmetro de controle µk aumenta de forma exces-
posta em frequência de três TPC, a saber: 138 siva na tentativa manter a aproximação da matriz
kV (Kojovic et al., 1994), 230 kV (IEEE POWER Hessiana de F (x(k) ) definida positiva. No algo-
SYSTEM RELAYING COMMITTEE, 2004) e ritmo do LM, valores elevados de µk proporcio-
500 kV (Pajuelo et al., 2010) foram convoluı́dos nam um pequeno passo na direção de busca de-
com resposta de um filtro anti-aliasing do tipo finida pelo gradiente, sinalizando que a solução
Butterworth de 3a ordem com frequência de corte ótima pode estar longe da solução atual e, por-
de 180 Hz e utilizados para sı́ntese de filtros inver- tanto, que a rotina computacional deve ser finali-
sos por meio do RVF e do LM. zada. No caso do TPC de 138 kV (Figura 5(a)),
Nas Figuras 2, 3 e 4 apresentam-se a sı́ntese observa-se uma certa instabilidade na função ob-
do ganho e da fase dos filtros inversos associados jetivo e no parâmetro µk . Apesar deste parâmetro
aos TPC de 138, 230 e 500 kV, respectivamente. assumir valores relativamente pequenos, tornando
Uma vez que a rotina computacional que imple- o LM equivalente ao método de Gauss-Newton,
menta o método LM determina de forma auto- pode ser necessário um número elevado de itera-
mática a ordem das funções, os filtros dos TPC ções para obtenção de resultados plausı́veis.

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Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

3 10
10 10
Referência Ñ F(x ) F(xk) m
k k
LM
2 RVF 5
10 10

Ganho (PU)
1
10 0
10

0
10 -5
10

-1
10 1 2 3
-10
10 10 10 10
0 200 400 600 800 1000
Frequência (Hz) k (Iterações)

(a) (a)
400 20
Referência 10
LM Ñ F(x ) F(x ) m
k k k
300 RVF
10
10
Fase (graus)

200

0
100 10

0 -10
10

-100 1 2 3
10 10 10 -20
Frequência (Hz) 10
0 20 40 60 80 100 120 140
k (Iterações)
(b)
(b)
10

Figura 3 – Identificação do filtro inverso para o 10


Ñ F(x ) F(x ) m
k k k
TPC de 230 kV. (a) Ganho. (b) Fase. 10
5

4 0
10 10
Referência
3 LM -5
10 RVF 10

2 -10
Ganho (PU)

10 10

1
10 -15
10
0 50 100 150 200 250 300
k (Iterações)
0
10
(c)
-1
10 1 2 3
10 10 10
Frequência (Hz)
Figura 5 – Comportamento do vetor gradiente
(a) (∇F (xk )), da função objetivo (F (xk )) e do parâ-
400
Referência
metro de controle (µk ) do algoritmo de LM du-
300 LM rante a sı́ntese dos filtros inversos. (a) TPC de
RVF

200
138 kV. (b) TPC de 230 kV. (c) TPC de 500 kV.
Fase (graus)

100

0
Marquardt trata-se de um método do tipo Newton
-100
que, portanto, requer uma boa estimativa inicial
-200 1
10 10
2
10
3 para assegurar uma solução apropriada nos parâ-
Frequência (Hz)
metros a serem identificados.
(b)

Figura 4 – Identificação do filtro inverso para o Referências


TPC de 500 kV. (a) Ganho. (b) Fase.
Ades, R. and da Silveira, M. A. (2002). Problema
H2 /H∞: Soluções Aproximadas por meio de
5 Conclusões Expansões em Bases, Sociedade Brasileira de
Automatica: Controle & Automação 13: 193
Como alternativa ao vector fitting, durante a iden- – 218.
tificação de filtros inversos de baixa ordem que se
destinam a correção das distorções de amplitude Balogh, L. and Pintelon, R. (2008). Stable Appro-
e de fase de transformadores de potencial capa- ximation of Unstable Transfer Function Mo-
citivos, foi apresentada uma versão do algoritmo dels, IEEE Transactions on Instrumentation
de Levy que, em conjunto com uma estratégia and Measurement 57(12): 2720 –2726.
de pré-condicionamento, forneceu as estimativas
iniciais necessárias para um bom desempenho do Campello, R. J. G. B., Oliveira, G. H. C. and
método de Levenberg-Marquardt. Apesar de ser Amaral, W. C. (2007). Identificação e Con-
um dos métodos mais bem sucedidos na área de trole de Processos via Desenvolvimentos em
identificação de sistemas, o método de Levenberg- Séries Ortonormais. Parte A: Identificação,

1304
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

Sociedade Brasileira de Automatica: Con- Lefteriu, S. and Antoulas, A. C. (2013). On


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