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PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
DOCENTE: DANIEL CHAVES
Elton Sousa
Lucas Veloso
Macapá – AP
Janeiro de 2018
A migração e sua importância sociocultural
Migração é um tema que atualmente está em alta dentro dos debates nas
universidades, inúmeros pontos de vista são postos em pautas, enquanto futuros
professores devemos buscar meios de levar esse tema a ser tratado de maneira
mais ampla visando dar acesso a toda a sociedade, isso com o intuito de ajudar
no combate de inúmeros preconceitos que são ligados a figura dos imigrantes.
Nesse sentido usando os conteúdos ministrados durante a disciplina de
contemporânea I, em especial alguns temas como revolução estadunidense e
belle époque que apresentam afinidade com tema migração como veremos mais
a frente, além disso abordaremos outros textos, como por exemplo sobre ensino
de história e migração, como maneira de justificar a importância desse projeto
de aplicação e sobre como ele será executado.
Dentro dos textos trabalhados na disciplina, gostaria de dar atenção a alguns
que podem ser relidos e interpretados sobre a ótica da migração, falemos
primeiro sobre o texto intitulado Escravidão e liberdade: o paradoxo americano
de autoria de Edmund s. Morgan texto por meio do qual o autor questiona como
é possível que se exija uma liberdade, pois uma guerra foi realizada pela mesma
no mesmo tempo em que se permitiu que continuasse existindo pessoas que
não podiam usufruir dessa liberdade, nesse caso é uma relação de contrariedade
especifica aos negros escravizados, sem bem pensarmos esses negros são
filhos de imigrantes, seus antepassados vieram da África para serem explorados
em trabalho forçado, sendo obrigados a se adaptar a cultura alheia isso
explicaria a luta pela liberdade abraçando apenas um povo. Entretanto essa não
é a única ótica que o texto nos proporciona, afinal, a própria luta pela liberdade
do povo estadunidense é fruto da luta de “migrantes” ingleses que resolveram
que ali iriam residir, acabaram por criar laços e decidiram que queriam sua
independência, o direito a ter sua cultura, suas próprias leis e seus territórios.
Vemos aí como a migração pode tanto excluir um grupo tornando-o segregado,
quanto pode resultar em alinhamentos que geram novas ordens sociais.
Segundo texto e tema que gostaria de tratar diz respeito à belle époque, primeiro
citamos a resenha intitulada de a belle époque amazônica Selma Suely Lopes
Machado, através dessa resenha conhecemos um pouco mais sobre o livro da
autora Ana Maria Daou, no qual ela levanta a hipótese e comercialização da
borracha produzida na região norte se constituiu de marcos políticos,
econômicos e sociocultural relevantes para essa região do Brasil, as cidades de
Belém e Manaus configuram espaços onde tais mudanças se instalaram de
modo irrefutável
“Assim sendo, a partir dos anos 80 do século XIX essas capitais experimentaram
um fluente processo de urbanização, com profundas modificações em seus
traços arquitetônicos, paisagísticos, comportamentais e artísticos pautados nos
moldes europeus, em especial, no ethos parisiense, dado o grande intercâmbio
proporcionado pela navegação a vapor e a comercialização da borracha.
Posteriormente, também com os Estados Unidos na América do Norte,
ampliaram-se os raios de influência cultural e comercial entre o Brasil, a região
norte e, principalmente Belém e Manaus.” (MACHADO,2011, pág 116)