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Portugal
O maior Dinossáurio
Dentre os dinossáurios, Torvosaurus – "lagarto selvagem", 150 milhões de anos,
aproximadamente – é o maior carnívoro do Jurássico. Com efeito, os maiores carnívoros são
mais recentes. São exemplos o Spinosaurus – "lagarto com espinhos" que data de há cerca de
95 milhões de anos – e o famoso Tyrannosaurus – "lagarto tirano" de há cerca de 66 Ma;
ambos datam do Período Cretácico.
Torvosaurus, descoberto em 1972 no Colorado, Estados Unidos, e descrito por Peter Galton e
James Jensen, em 1979, era o maior dinossáurio carnívoro do Jurássico até então conhecido.
O espécime foi encontrado em 27 de Julho de 2003 por um rapaz holandês, então com 10
anos, Jacob Walen, quando passeava com o pai, experiente colector de fósseis. Este, entregou
o exemplar ao Museu da Lourinhã.
Há 150 milhões de anos, em pleno Jurássico Superior, a região Oeste era rica em água e
vegetação, num clima semi-tropical, onde floresceram os dinossauros e outros animais da
época: peixes primitivos, anfíbios, crocodilos, tartarugas, pterossauros, ictiossauros, etc. Foi
neste período que apareceram os primeiros pássaros, os primeiros pequenos mamíferos e se
deu o apogeu dos dinossauros. Nesta época a configuração geográfica do globo terrestre era
muito diferente, tanto que partilhamos muitas semelhanças, no que respeita a
paleoambientes e géneros comuns de dinossauros, com zonas tão remotas como a formação
Morrisson nos E.U.A. e Tendaguru beds na Tânzania. Durante este período a parte central do
que é hoje Portugal, estava em plena subsidência, isto é, a afundar-se e a ser preenchido por
sedimentos continentais, o que originou uma bacia sedimentar denominada Bacia Lusitânica,
que se estende do Cabo Espichel ao Cabo Mondego com terrenos e rochas mesozóicas. Esse
afundamento favorecia o enterramento natural dos cadáveres, ocorrência essencial na
primeira fase da fossilização, pelo que se tornou numa área rica, por excelência, em
dinossauros e outros animais Jurássicos e Cretácicos. Assim, com uma geologia de
características excepcionais, a Lourinhã é o epicentro desta zona, onde se recolhem restos
esqueléticos e pegadas na mesma área, particularidade que permite aos paleontólogos
estabelecer a relação entre as pegadas e os dinossauros que as produziram. Assim, e
segundo a informação pública do Museu, seguem-se os achados jurássicos mais importantes: