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4 relembrando
Arquivo: Evangelização Infantil em Petrolina (PE)
Armond / Há 30 anos
FDJ
um discípulo no caminho
da redenção
6 eSCOLA DE APRENDIZES
O trabalho com e
para as pessoas
11
Discípulos de Jesus – Difusão do Espiritismo Religioso.
Diretor Geral da Aliança: Eduardo Miyashiro mediunidade
Jornalista responsável: Rachel Añón – MTB: 31.110 mediunidade nas crianças
13
Colaboraram nesta edição: A.C.Gomes, Aline Garcia Bullara, Claudio Cravcen-
co, Elizabeth Miyashiro, Geraldo Costa e Silva, Maria Filomena Cordeiro Lopes, voluntariado
Marcelino Tristan Vargas, Paulo Avelino, Rosangela de Jesus e Véra Castilhos. grupo fraterno
Foto (capa): livro Curso de Preparação para Evangelizador Infanto-Juvenil - filipe e miguel
Editora Aliança TREVINHO
Redação: rua Francisca Miquelina, 259 - CEP 01316-000 – São Paulo-SP ENVOLVER-SE
Telefone (11) 3105-5894 fax (11) 3107-9704
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DOS APRENDIZEs
Os conceitos emitidos nos textos são de responsabilidade de seus autores. As
colaborações enviadas, mesmo não publicadas, não serão devolvidas. Textos,
fotos, ilustrações e outras colaborações podem ser alterados para serem ade-
Missão da Aliança
quados ao espaço disponível. Eventuais alterações e edição só serão submeti-
dos aos autores se houver manifestação nesse sentido. Efetivar o ideal de Vivência do Espiritismo
Religioso por meio de programas de
trabalho, estudo e fraternidade para o
Bem da Humanidade.
2 • O TREVO • OUTUBRO 2010
DE ALIANÇA
CONCEITOS
Nós, crianças
A
Doutrina Espírita é um marco no processo evolutivo da Humani-
dade. Não se deve entender isso como o surgimento do caminho
“melhor”, “certo”, “verdadeiro”, pois isso seria um tremendo des-
respeito à pluralidade e ao esforço de desenvolvimento das pes-
soas. Ela não é o caminho melhor, certo ou verdadeiro, a não ser para cada
pessoa que a compreende como fortalecimento de seu próprio processo
pessoal de evolução. Porém, não será o caminho adotado pela humanida-
de como um todo, pois cada pessoa é todo um mundo.
Também não podemos pensar que fora desse caminho não há inte-
ligência, ou salvação, ou evolução, nem que haverá atraso, nem que no
“momento certo” cada pessoa irá para esse caminho. A senda evolutiva é
individual.
Mas voltemos à afirmação inicial: Doutrina Espírita como marco no
processo evolutivo da Humanidade. Se a sociedade gerou espaço de re-
flexão suficiente para multiplicar uma concepção de vida que admite
Olhar para as a possibilidade do retorno da Alma às experiências da encarnação, isso
marca um ponto no calendário evolutivo. A partir daí, torna-se possível
crianças e vermos debater, mesmo numa civilização frenética e materialista, em estruturas
mais amplas e populares, fora de círculos fechados ou restritos, a ideia do
a nós mesmos contínuo retorno.
Também demonstra, no calendário da evolução humana da Terra, que
é lembrar que, podemos começar a pensar nas crianças e lembrar nosso próprio regresso
a esta vida. Para cá voltamos despojados das marcas de experiências an-
revestidos da teriores, dotados apenas das capacidades adquiridas para sentir, pensar e
agir. Que são nossa verdadeira essência.
matéria, estamos Agora, podemos nos ver mais nitidamente nas crianças que estão re-
nascendo. Sentir mais forte o dever de melhorar o mundo, depurar as
limitados demais relações pessoais do passado e do presente para um futuro mais feliz.
Olhar para as crianças e vermos a nós mesmos é lembrar que, revestidos
para ver as da matéria, estamos limitados demais para ver as coisas como realmente
são. À medida que crescemos e nos ocupamos das atividades adultas, so-
coisas como mos cada vez mais cercados da ilusão material. Compromissos, trabalho,
status, até mesmo atividades no campo religioso. No fundo, quase tudo é
realmente são. aparência. Apenas a velhice costuma nos devolver, pouco a pouco, o senso
do que é real e do que é transitório.
Lembremos que, quando retornamos a esta vida, iniciamos uma mar-
cha de provas em que uma condição inerente é a ilusão quanto ao que é
real e o que não é.
Mas podemos aspirar ao nível de vida nos mundos superiores, onde a
separação entre o que é material e o que é espiritual não existe. Ligeiras
menções foram feitas por Kardec e podemos ler algumas nas questões 172
a 188 de O Livro dos Espíritos.
Olhemos para as crianças com novo olhar. Enxerguemos a nós mesmos
e trabalhemos inspirados para transformar a Terra em um mundo superior.
Esse o aspecto mais místico do ensinamento do Mestre: “Aquele que não
se fizer como uma criança, não entrará no Reino dos Céus”.
ESPIRITUALIZAÇÃO
criadas e abertas justamente para isso.
Inútil será desejarem melhor situa-
ção no Plano Espiritual, após a morte
física, sem os esforços espiritualizantes
S
em a iniciação espiritual da evangelização, ou da espiritualização em ge- desta encarnação, pois que é justamen-
ral, por qualquer processo efetivo, a vida humana nada mais representa te para isso que encarnaram; inútil se
que um esforço exterior estéril, uma luta inglória, de fugas e rebeldias não construírem, nessa dignificante ta-
constantes contra decepções, contrariedades, desilusões, que se repetem refa, ao menos um modesto alicerce.
interminavelmente e que a torna, por fim, sem valor intrínseco e duradouro, in- Cada um de nós, com sua condu-
capaz de assegurar aos homens progresso ascensional evolutivo. ta, resgata seu passado, constrói o seu
Não há felicidade e esperanças, em uma vida sem ideais marcados, elevados, futuro e edifica a vida que levará ao
com diretrizes certas, no sentido de alvos definidos, com possibilidades de con- depois do desencarne, nos Planos Espi-
quistas de bens estáveis, permanentes, após este mundo movediço, flutuante, rituais. A cada um segundo suas obras,
tumultuoso, muitas vezes desorientador e mortífero. essa é a regra, e nada a alterará, pois
Para que possa atingir seus alvos espirituais, a vida deve ter como objetivos que por ela se cumpre, com todo rigor,
predominantes a fraternidade, a paz e a harmonia. a justiça de Deus.
E isso só pode ser assegurado pela espiritualização, com base no Amor Uni- Segundo escreveu Hilarião de Mon-
versal, em todas as suas formas de manifestação. te Nebo: logo acima do homem -- o
É sempre grande a seara de Jesus, que sombras escuras cobrem à espera que mais evoluído dos seres que vivem na
claridades benévolas as iluminem. Essa é a tarefa maior dos discípulos: levar a Terra -- estão os Espíritos denominados
Luz às trevas. Anjos Guardiães. Na sua posição, o ho-
Os que procuram a fonte da luz verdadeira que verte para a eternidade, de- mem tem um pé no umbral do templo
frontam, agora, com uma oportunidade rara, que não deve ser desprezada: a angélico e outro nas pradarias em que
semeadura luminosa do Evangelho do Divino Mestre. campeiam os animais irracionais. É um
E armem-se todos dos fortes recursos da fé e do ideal maior de servir, para cântaro de barro, dentro do qual existe
lutarem nas batalhas finais deste ciclo expirante, tentando a redenção de seus forte mistura de belezas e ruindades.
semelhantes, ainda imaturos de espiritualidade, pois que para isso é que foram Mas aquele que se fez Discípulo
preparados e compromissados ante Jesus. de Jesus e vive segundo a lei e o dever
Aqueles que as dificuldades e os sofrimentos tornaram desencantados, desi- espirituais, diariamente elimina as ruin-
ludidos ou revoltados, e aqueles que apesar de já haverem despertado para a vida dades, purifica seu cântaro e em breve o
espiritual, entretanto julgam que somente após a morte podem aspirar por vida apresentará repleto somente de luzes.
melhor e mais feliz, devem se convencer de que essa vida mais feliz terá que ser Edgard Armond. (In ‘Aos Aprendizes’,
construída por eles próprios, agora e aqui, lutando pela sua espiritualização au- 1976)
têntica e real, através da Reforma Íntima, nas Escolas de Aprendizes do Evangelho,
DESGAsTE INÚTIL
exteriores os quais passamos a temer,
Há 30 anos...
FDJ
da redenção Paulo Avelino
O
termo redimir é mui- de superação e, enfaticamente, recomendava que ele abraçasse as oportunidades
to utilizado dentro do que se abririam a partir dali.
pensamento exarado Ao final, quando ele já se encontrava fora da sala, os médiuns descreveram
por Edgard Armond uma cena em que viam um austero e faustoso nobre senhor feudal europeu,
por meio das dezenas de livros vestido em primorosa indumentária e, nos dedos rutilantes, anéis preciosos, es-
de sua autoria. Termo já inco- tando ligado ao seu psiquismo centenas de aldeões, vassalos de suas terras, em
mum no restante da literatura misérrimas condições de moradia, com fome e doentes. Anotamos a imagem para
espírita. Isso me leva a enten- que, eventualmente, fosse parte do diálogo para aprofundarmos o entendimento
der que esta é uma experiência do exame espiritual.
muito presente para esse nosso Nesse tempo, corria a célebre campanha contra a fome do Betinho (o soci-
irmão e para todos nós espíritos ólogo Herbert de Souza) e esse companheiro, com toda a sua família, tomou a
que estamos associados aos mo- frente desse trabalho para distribuir de maneira justa e organizada as dezenas de
vimentos surgidos a partir das cestas básicas doadas aos necessitados. A iniciativa saiu da mídia e as doações de
Escolas de Aprendizes do Evan- empresas cessaram, mas os necessitados ficaram. Esse grupo de trabalho já tinha
gelho (EAEs). Redimir-se perante laços de afeto com eles e continuaram engajados na arrecadação e distribuição de
nossas consciências, redimir-se alimentos, sem esquecer o apoio da prece e a luz do esclarecimento evangélico.
perante nossos desmandos e Mais tarde novas circunstâncias familiares o levaram a deixar o emprego e ten-
desafetos, redimir-se perante a tar ter sua própria empresa, que não vingou, obrigando-o a buscar nova carreira
oportunidade e a bondade que profissional. Assim, ele deparou-se com uma inusitada oportunidade de ser gestor
nos acolheu neste planeta. de uma recém-criada área de “responsabilidade social” em renomado hospital
paulistano, tendo sido decisivo para sua contratação os registros do organizado
Circunstâncias dolorosas em
trabalho voluntário que realizava.
torno da morte de seus velhos
Assumido o cargo, mais uma vez ele demonstrou sua competência e idoneida-
pais tinham-no trazido ao Es-
de, promovendo o voluntariado dentro do hospital e levando saúde e assistência
piritismo. Seu ingresso na EAE
aos necessitados. O trabalho foi premiado várias vezes.
era o coroamento de um grande
Agora que o irmão retorna à pátria espiritual, não posso deixar de apontar
esforço, de superação íntima, de
aqui as profundas lições que esses fatos encerram.
revisão de crenças, conceitos, va-
Os irmãos da FDJ no plano espiritual tinham a visão das necessidades evolu-
lores e atitudes. Aluno dedicado
tivas desse companheiro e, constatando sua preparação espiritual pelo processo
e conciso, sempre questionando
de iniciação, proveu situações para que ele escolhesse e utilizasse seus talentos
e comentando com acuidade
e, entre outras conquistas de ordem íntima, pudesse redimir-se perante os neces-
mental e extremada objetivida-
sitados de hoje. Quanto carinho, amor, organização e misericórdia chegam por
de, talvez oriunda de sua função
meio da ação da espiritualidade para atender nossas necessidades individuais e
profissional como diretor finan-
felicitar-nos e, por meio de nós próprios, despertar e amparar no bem os outros
ceiro em empresa multinacional.
irmãos.
Seu perfil nos passava rapida-
Assim ocorre com muitos de nós no seio da FDJ. Ao nos capacitarmos para
mente pela memória naquele dia
semear amor em companhia do Mestre Jesus, os seus prepostos nos direcionam
de exame espiritual para o ter-
as oportunidades redentoras, cabendo a nós a clareza de percepção e a pureza de
ceiro ano da EAE, quando abri-
intenções para identificá-las e assumi-las, cumprindo a lição evangélica: “o amor
mos a porta para ele entrar na
cobre a multidão dos erros”.
sala. A mensagem dos mentores
amigos reconhecia seus esforços Paulo é diretor da FDJ.
O TRABALHO COM
FDJ DE
ESCOLA
A
pós tratarmos da primeira li- cando-as aos outros. O círculo torna-se e com metas que são desconhecidas
nha de trabalho, o autoaper- mais amplo, o certo e o errado tornam- para quem está iniciando.
feiçoamento – a observação se mais claros. A oportunidade do trabalhar é dada
de si mesmo, adotado pelas Podemos fazer mais em grupo do a todos, mas uma pessoa sozinha não
Escolas de Iniciação, prosseguiremos re- que sozinhos. Consideremos que não é tem condições de organizar, por si
latando a segunda linha: trabalho com possível ter um mestre só para si; que mesma, o trabalho que deve servir para
as pessoas pertencentes à escola. Não nas escolas as arestas são aparadas e si. Nem de lhe dar continuidade sem
se trabalha apenas com elas, mas para temos de nos adaptar uns aos outros; os outros.
elas e para os outros. Assim aprende-se e também que ficamos cercados de es- Constatou-se que o trabalho físico
a trabalhar com pessoas e para pessoas. pelhos, que são as pessoas do grupo, realizado conjuntamente, com o grupo,
As pessoas não só frequentam as es- reflexos de como somos. é útil nas escolas. Em algumas há exer-
colas, comunicam-se e estudam juntas É mais fácil trabalhar sozinho. É cícios físicos especiais (ex.: posturas da
nelas, mas também trabalham juntas. O muito mais confortável se o estudante yoga e do faquirismo, danças, etc.).
trabalho pode assumir formas muito di- puder se sentar e falar com o mestre É difícil para as pessoas trabalha-
ferentes, mas sempre deve ser útil à esco- particularmente, sem os outros, sobre- rem juntas (na assistência espiritual,
la. Trabalhando no autoaperfeiçoamento tudo, “esses colegas a quem faço mi- nas atividades da casa, na manuten-
estuda-se e trabalha-se em grupo. nhas restrições”. ção, etc). Isoladamente, podem parti-
Com o passar do tempo, trabalhan- No início, a maior dificuldade é tra- cipar do trabalho; juntas, é mais difícil.
do nas três frentes, fica mais claro ao balhar obedecendo, isto é, sem tomar Criticam-se, interferem uma na manei-
aluno porque são necessárias e porque, iniciativa própria no trabalho, pois essa ra de ser da outra, ou não se aceitam.
sem elas, o trabalho sobre si não pro- linha não depende de nosso empe- Essa relação possibilita conhecer-se e
gride eficazmente em direção a uma nho, mas das disposições do trabalho. conhecer ao outro e, no início desse
meta bem definida. Dizem-nos para fazer isso ou aquilo. processo, é preciso “contrariar a si mes-
Em diversas Escolas de Iniciação, Queremos ser livres e não gostamos mo”. O trabalho com outras pessoas é
participa-se de um trabalho organizado, disso, não queremos fazer aquilo ou um trabalho em grupo, é ação, é práti-
em que cada um deve fazer o que lhe não gostamos das pessoas com quem ca. É simplório pensarmos que, só por
é pedido. Não é exigida nenhuma ini- temos de trabalhar. Mesmo sem saber estarmos na mesma sala ou fazendo o
ciativa especial. A disciplina é essencial: o que teremos de fazer, podemos nos mesmo trabalho, estamos fazendo um
trata-se de aceitar exatamente o que lhe imaginar em condições de trabalho or- trabalho em grupo.
é pedido, sem permitir a intervenção de ganizado, no qual entramos sem saber Na primeira linha de trabalho espe-
ideias pessoais, mesmo que lhe pareçam nada ou muito pouco. São essas algu- ramos obter algo para nós e ela pode
melhores que as orientações dadas. mas das dificuldades do trabalho em ser considerada egoísta (é para si mes-
Devemos não só receber como trans- grupo e nosso esforço começa com a mo). A segunda linha é mesclada, te-
mitir conhecimentos e ideias e praticá- aceitação das coisas, porque podemos mos de considerar as outras pessoas;
las. Não podemos ter tudo para nós não gostar delas ou das suas condições, não é egoísta. A terceira linha, que será
como na primeira linha; temos de con- pensamos que nossa maneira de fazer abordada no próximo artigo, é altruís-
siderar os que estão juntos no trabalho. é melhor, etc. Se levarmos em conta as ta, fazemos pela escola, não para obter
Aprendemos a compreender e explicar. dificuldades pessoais em relação ao tra- algo dela. O sistema deste tipo de esco-
Paulatinamente, percebemos que só po- balho, poderemos compreendê-lo me- la abrange tanto o que é egoísta como
demos compreender certas coisas expli- lhor. Ele é ajustado conforme um plano o que é altruísta.
ESCOLA DE
FDJ
de Servir Sandra Regina Pizarro
A
o atingir o grau de servi- sequência da evangelização do jovem, Escola em nosso processo evolutivo,
dor na Escola de Aprendizes passando pela Pré-Mocidade e também do seu caráter iniciático que nos leva
do Evangelho (EAE), este é pela Mocidade. Apresentar o trabalho ao conhecimento, mas principalmente
o momento mais adequado de expositor e preletor, a atividade de- à ação. É exercitando, é fazendo que
para se oferecer aos alunos a oportuni- senvolvida no atendimento aos assisti- aprendemos a ser cada dia um pou-
dade de servir, de trabalhar no auxílio dos que chegam à Assistência Espiritu- co melhores. Evangelizar é a missão
ao próximo. al (Plantão ou Entrevista). Sem deixar da Aliança, o que constatamos uma
“Mas de que maneira e onde posso de citar a trabalho de Assistência So- vez mais em um dos livros de Edgard
ser mais bem aproveitado e ainda ser cial, desenvolvido de diversas maneiras, Armond (Prática Mediúnica, Editora
um campo para sustentar meu auto- desde aulas de alfabetização, distribui- Aliança), no capítulo Finalidades Ge-
conhecimento?” são questionamentos ção de cestas básicas e sopa aos mo- rais do Espiritismo, quando afirma:
que muitos se fazem. radores de rua, até o voluntariado em “(...) Assim, pois, resumindo e repetin-
Cabe, então, ao dirigente da EAE instituições que abrigam portadores de do, diremos que a finalidade principal
mostrar as diversas opções de trabalho deficiências físicas e dependentes quí- do Espiritismo é a evangelização e o
que a casa oferece. micos. esclarecimento das almas, e que todas
Normalmente nesse as demais modalidades
período da Escola só é
oferecida aos alunos a
Nada mais tocante do que ou aspectos do problema
são secundários ou de-
oportunidade de fazer o
Curso de Médiuns. Faz-se
aquele que fala com paixão correntes”.
E no capítulo seguin-
primeiramente a parte dos
passes para que o servidor
e experiência, apontando os te: “(...) os trabalhos a
que se refere a primeira
possa ser imediatamente
integrado ao trabalho da
benefícios trazidos para o divisão [trabalhos desti-
nados a realizar a finali-
Assistência Espiritual. Cla-
ro que o trabalho nas sa-
crescimento do ser dade principal] são os da
evangelização, enquanto
las de passes é um campo que os da segunda, [tra-
vastíssimo de aprendizado balhos destinados a reali-
para o próprio aluno e uma forma de Como fazer isso? zar as finalidades secundárias] são todos
auxiliar o próximo, dando de si. Uma das maneiras mais produtivas aqueles que se efetuam, normalmente,
Mas é só isso? Não existe outra ati- é por meio de estágios em cada uma nos Centros Espíritas e demais agrupa-
vidade a ser desempenhada pelo ser- dessas atividades. A vivência contribui mentos que praticam a Doutrina.”
vidor? para estimular e tocar o coração. Assim, oferecer ao servidor a opor-
O dirigente de Escola não pode se Sabemos ainda de diversas casas tunidade do esclarecimento e de ser
esquecer de apresentar o trabalho da espíritas que têm pedido para que vo- útil evangelizando o próximo (na Evan-
Evangelização Infantil, informando luntários que atuam nessas áreas vão gelização Infantil, na Pré Mocidade, na
qual o seu verdadeiro objetivo, as vá- até as Escolas falar do trabalho. Nada Mocidade e na própria EAE como ex-
rias atividades de que ele é composto mais tocante do que aquele que fala positor) e evangelizando-se também é
(classes para o Maternal, Jardim, Pri- com paixão e experiência, apontando o trabalho que pode realmente frutifi-
mário, Intermediário, Escola de Pais), os benefícios trazidos para o cresci- car “cem por um”.
ampliando o leque de opções na tarefa mento do ser.
de servir. Os dirigentes de Escola de Apren- Sandra Regina Pizarro –
É importante também mostrar a dizes do Evangelho sabem do papel da CE Vinha de Luz/ Regional SP Centro
Como ensinar
HÁ
religião
às crianças
E
is sugestivo título de um fundo moral, as quais eram entretecidas de julgamos dever ser adotado para a
dos capítulos do livro O motivos tirados da vida cotidiana, isto é, dos instrução das crianças nas verda-
Espiritismo e a Próxima usos e costumes vigentes no seu tempo e no des espíritas, apresentamos alguns
Renovação, de Edgard Ar- seu meio. É indispensável que a professora exemplos a título elucidativo.”
mond. Ele foi escrito em parceria de crianças desça até o plano destas, nive- “Tudo deve ser o mais simples
com Pedro de Camargo (conhecido lando-se com elas, empregando linguagem possível, tendo-se em conta - e
também como Vinícius), com a res- clara, acessível ao entendimento infantil.” isso é importante - que o assunto
salva: “onde a proposta de um en- Sobre Encarnação, nossos irmãos apre- que não possa ser assim simplifi-
sino religioso não-diretivo substitui sentam significativos comentários a respei- cado estará acima da compreensão
a prática do uso de catecismo.” to: “Eis outro assunto importante que deve infantil, não devendo, portanto,
Pinçamos alguns trechos para ser ensinado. Ao invés de dizer às crianças ser apresentado, justamente por-
reflexão. que foi uma cegonha que trouxe o seu ir- que não seria compreendido (...).
“Pensamos que o ensino reli- mãozinho, ensine-se logo, a verdade, ex- Os exemplos apresentados não são
gioso, em seu sentido verdadeiro, plicando que é mais um Espírito que veio rígidos; fica à vontade do instrutor
em sua expressão legítima é uma encarnar na família. Diga-se que encarnar é modificá-los, porquanto só servem
necessidade, constituindo a mais uma coisa semelhante a vestir-se uma roupa para demonstrar o sistema a usar
elevada e útil de todas as discipli- e que morrer é despir a roupa que se vestiu no correr do ensino.”
nas. (...) É preciso que o homem ao nascer. Destarte, a criança terá uma idéia “Ensinar não é transmitir lições:
saiba donde veio e para onde vai; razoável e exata do que seja o nascer e o é despertar e orientar a razão do
que tenha noção da origem do ‘Eu morrer.” discípulo de maneira que ele não só
Real’, que não é produto da con- Os ensinamentos sobre nosso Mestre Je- se enfronhe do assunto então ven-
cepção, pois preexiste e subsiste ao sus mereceram um capítulo inteiro resumido tilado, como se convença de que
corpo; que perceba em si mesmo a na frase: “A ciência que sai da cabeça não está em suas mãos e ao seu alcance
vida verdadeira, e sinta a grandeza, é bastante. Precisamos, sobretudo, conhe- prosseguir nas pesquisas exploran-
a excelência e a sublimidade dessa cer a ciência do coração, que é a ciência do do o inesgotável filão daquele ouro
Vida revelando-se na inteligência, Amor.” de que se compõe a riqueza inalie-
na vontade e no sentimento. (...) Além destes temas tão importantes na nável, a qual, no dizer do Mestre, o
Tal é, em ligeira síntese, a base da formação de uma nova visão da realidade ladrão não rouba, a traça não rói e
religião que deve ser ensinada na que nos rodeia, desde a infância, Armond a morte não arrebata.”
escola, no lar e nos templos.” e Vinícius se estende a mais estes: Fraterni-
“... Jesus se apresentou no ce- dade, pluralidade dos mundos, imortalidade Compilações do capítulo Como
nário terreno como mestre. Foi este da alma, reencarnação, intercomunicação ensinar às Crianças do livro ‘O
o único título que avocou a si, e dos mundos, responsabilidade e Justiça, Espiritismo e a Próxima Renova-
nenhum outro. Ele ensinava a seus concluindo: ção’, de Edgard Armond – Editora
discípulos pelo método natural em- “Explicadas às razões que justificam e Aliança
pregando, por vezes, parábolas de recomendam o novo processo de ensino que
M
uitos leitores possivel- tamentais. Lares tumultuados, ambien- Pasteur 4A e Pasteur 4B ajudam na
mente conhecem histórias te escolar hostil, convivência com pes- maior parte dos problemas emocionais
de crianças que, de algum soas desequilibradas emocionalmente, e comportamentais das crianças.
modo, aparentaram estar são fatores comuns para que a criança Os tratamentos espirituais para a in-
passando por um momento de “sensi- apresente descompensações como au- fância são indicados mesmo nos casos
bilidade mediúnica”. É evidente que as sências, irritabilidade, perda de apetite, onde se confirma grande sensibilidade
crianças naturalmente têm uma sen- ansiedade, variações de humor, perda mediúnica na criança. Os tratamen-
sibilidade alta para perceber o mundo de sono, queda de rendimento escolar tos espirituais serão reequilibrantes. E
espiritual, mas devemos sempre atentar e outros. o esclarecimento aos pais ou respon-
a outros motivos que podem causar al- Muitos Espíritos encarnados, no sáveis de que isso é um fato natural
terações no comportamento da criança, momento de viver a sua infância, já co- e também é fator para que a criança
gerando perturbações de toda ordem. meçam a ter seus processos de resgates possa conviver harmoniosamente com
Esses motivos de comportamentos cármicos junto a cobradores espirituais suas faculdades mediúnicas até chegar
diferentes ou estranhos vão desde cau- do passado. Este processo obsessivo, à idade madura e deslanchar de modo
sas orgânicas, absorção das energias de variada graduação de interferência, equilibrado e seguro tais faculdades no
dos ambientes onde ela frequenta e/ também é questão que altera a dinâmi- exercício de auxiliar o próximo.
ou das pessoas com quem convivem, ca do comportamento da criança. Assim como nos passes aos adultos,
perturbações espirituais cuja causa é Os problemas ditos espirituais nas o efeito duradouro de uma melhora se
uma interferência espiritual e, por fim, crianças, em variados graus, têm rela- dá se o individuo muda sua forma de
algum tipo de sensibilidade mediúnica ção com os pais ou responsáveis e a agir e pensar. Na criança, a absorção
mesmo. Antes de tudo, o Evangeliza- criança se torna apenas veículo para al- das noções morais cristãs passadas pelos
dor deve entender esses fatores que gum chamamento aos adultos que são Evangelizadores Infantis e, fundamen-
causam desequilíbrios na criança, para seus tutores para os valores do Espírito. talmente, pelos pais ou responsáveis,
não pensar, num primeiro impulso, que Uma vez atendido este chamamento é o que, em essência, dá sustentação
a criança está tendo dificuldades com por parte dos adultos, a criança recu- e equilíbrio à criança, e que devem se
sua mediunidade. pera o equilíbrio e a harmonia. fazer acompanhar do hábito da prece
Distúrbios orgânicos podem gerar E, finalmente, há de fato Espíritos diária e do Evangelho no Lar.
uma série de desequilíbrios nas crian- que, para cumprirem seus compro- Em outras palavras, o trabalho a re-
ças que mudam o comportamento e missos na Terra, Deus lhes favorece o alizar é a evangelização dos seres, indi-
humor. Através de tratamento medica- instrumento da mediunidade. Nesta vidualmente e em família.
mentoso, devidamente supervisionado hipótese, a criança de fato sente des- Para isso, temos apoio nos progra-
por médico, os quadros de melhora da confortos ao lidar com tal habilidade, o mas de Evangelização Infantil, Escola
criança acontecem. que pode de algum modo lhe trazer di- de Pais, Pré-Mocidade, Mocidade e Es-
Outro fator de distúrbios muito re- ficuldades em viver harmoniosamente. cola de Aprendizes, que são fundamen-
corrente é a criança absorver as vibra- Para qualquer um dos quadros cita- tais para sustentar as criaturas, desde a
ções e energias nos ambientes difíceis dos o tratamento espiritual na sala de infância, em seu caminhar espiritual.
ou situações limites de seu cotidiano, e passes para a infância é o fundamental
Geraldo é do G.E. Razin – SP Centro
passar a apresentar mudanças compor- para a melhora da criança. Os passes
Participar
para melhor
compartilhar
“
Confraternizar Para Melhor Servir” Os módulos serão os mesmos em todos os locais e todos participa-
tornou-se o lema do nosso trabalho rão de todos os módulos:
em Aliança. E é o tema da próxima 1 - Reforma Intima
Reunião Geral da Aliança, que acon- 2 - Humanização da Casa Espírita
tecerá pela primeira vez de forma descentra- 3 - FDJ Fraternidade dos Discípulos de Jesus
lizada, em quatro cidades do estado de São 4 - Conceitos de Aliança
Paulo. Nós, que vivemos na cidade de São Paulo, compartilharemos as ex-
Por isso, é importante a participação de periências acumuladas das RGAs que ocorreram na capital paulista com
todos nós que estamos envolvidos no mo- os novos anfitriões, que preparam desde o começo do ano, com todo
vimento da Aliança Espírita Evangélica para carinho e dedicação, o nosso encontro anual. Além disso, poderemos
colhermos os bons frutos deste novo mo- viajar e aprender a ser acolhido pelos companheiros das regionais que
mento. compartilham conosco o ideal de Aliança.
Quatro regionais sediarão o encontro Por outro lado, em cada um dos polos, nossos confrades terão a
que ocorrerá entre os dias 6 e 7 de marços oportunidade de trabalhar diretamente na organização do encontro
de 2011. Cada uma delas receberá os com- anual da AEE e receber os caravaneiros.
panheiros das regionais conforme o roteiro O mais importante é que, com certeza, todos colheremos muitos
abaixo: benefícios com esse novo formato.
Assim, os sentimentos de União e de Confraternização estarão vivos
Sedes
e em sintonia com as vivências já existentes entre todos nós há muito
ABC - recebe as regionais Litoral Centro, tempo.
Litoral Sul, SP-Sul, Extremo Sul, Pernambu- Vejam em qual polo a sua Regional está e participe!
co-Alagoas, Bahia-Ceará e Argentina O prazo de inscrição será o mesmo em todos os pólos: de 1 a 30 de
Campinas - recebe as regionais Arara- novembro de 2010.
quara, Piracicaba, Sorocaba, SP-Norte e SP- Cada pólo terá um valor de inscrição e informações especificas,
Oeste repassadas no ato da inscrição.
Ribeirão Preto - recebe as regionais Todas as informações estarão disponíveis no site da Aliança:
Centro-Oeste e Minas Gerais
www.alianca.org.br
Vale do Paraíba Centro e Sul - recebem
as regionais SP-Centro e SP-Leste Contamos com você!
Escola a Distância
CARTA DO LEITOR
Mogi-Guaçu, 15 de junho de 2010 me dizendo que eu já estou no final das aulas, me deu um aperto no coração
Queridos irmãos em Cristo, que nem sei explicar direito. Sinto vocês tão perto de mim pela correspondência,
que fico triste só em pensar que um dia elas não vão mais chegar me trazendo
Espero que estejam todos bem com
toda essa luz.
a graças de Deus.
Como eu adoro estudar e aprender com vocês, eu gostaria de ser uma eterna
É com muito carinho que escrevo,
aluna da Escola de Aprendizes. Mas sei também que estou sendo egoísta em
para compartilhar os meus sentimentos
pensar assim e tenho certeza e a confiança que estou caminhando para me tornar
a respeito da EAED (Escola de Aprendi-
apta a levar tudo o que eu aprendi e aprendo aos que estiverem à minha volta. Sei
zes do Evangelho a Distância).
que Jesus tem um lindo caminho para mim onde possa trabalhar com os necessi-
Sabe, eu adoro quando chega em
tados, e estarei apoiada por vocês e amparada pela espiritualidade.
casa o envelope de vocês, pois sei que
Sei que isso não é um final e, sim, um lindo começo. Um começo de con-
cada envelope me traz lições novas.
fiança, de disciplina, de amor e humildade. Sei que tendo isso, tenho a base que
Desde que comecei a estudar, a mi-
preciso para caminhar com Jesus e estar sempre perto de vocês.
nha ansiedade para esperar a chegada
Um grande abraço a todos, um beijo no coração de cada um e que vocês
do estudo pelo correio é igual ou ain-
tenham sempre essa força divina.
da maior a cada mês. Porém este mês
quando abri o envelope e li sua carta Rosângela de Jesus mora na cidade de Mogi-Guaçu (interior de SP)