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Bateria (instrumento musical)

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Nota: Para outros significados de Bateria, veja Bateria.

A bateria

1 Prato de condução | 2 surdo | 3 Tom-tom


4 Bumbo | 5 Caixa | 6 Chimbau

Outros componentes

Prato de ataque | Prato chinês |


Pandeirola | Bloco sonoro | Campana

A bateria é um conjunto de tambores (de diversos tamanhos e timbres) e de pratos colocados de


forma conveniente com a intenção de serem percutidos por um único percussionista,
denominado baterista, geralmente, com o auxílio de um par de baquetas, vassourinhas ou bilros,
embora, em alguns casos, certos executantes possam também usar as próprias mãos nuas para
percutir o instrumento em questão.

Índice

 1História
 2Constituição
o 2.1Prato
o 2.2Materiais de construção
 3Bateria eletrônica
 4Postura do músico
 5Ver também
 6Referências
 7Ligações externas

História[editar | editar código-fonte]


O conjunto de instrumentos é geralmente usado nos estilos musicais jazz, hip-hop, rock, pop entre
outros, tendo sido componente essencial da música contemporânea [1] desde a década de 1920 até
ao surgimento da percussão eletrônica, quando se deu o aparecimento das primeiras baterias
eletrônicas.

Baterista de uma banda de dança de 1935.

No começo dos anos 1900, bandas e orquestras tinham de dois a três percussionistas cada.[2] Um
tocava o bombo, outro tocava a caixa e o outro tocava os blocos de madeira que fazia os efeitos
sonoros. O desenvolvimento do pedal possibilitou que uma mesma pessoa executasse todas estas
funções.
O primeiro pedal prático foi inventado em 1910.[3] William F. Ludwig, que criou o primeiro modelo de
madeira e logo depois, com o aumento da procura, passou a desenvolver junto com seu cunhado,
Robert Danly, o modelo do pedal em aço que foi vendido para milhares de bateristas e serviu de
base para criação dos modelos mais avançados que temos hoje.
Outra invenção aparentemente simples que possibilitou o surgimento da bateria foi a estante para
caixa, que antes os bateristas usavam cadeiras para apóia-las ou penduravam nos ombros com uso
de correias.
Uma vez que pedais e suportes para caixas práticos se tornaram disponíveis, um único baterista
poderia executar o trabalho antes feito por três. A peça mais nova que fez parte do kit básico da
bateria foi o hi-hat que apareceu na década de 1940. É uma peça que utiliza dois pratos de choque,
acionados com o pé. No jazz, ela tinha a função de marcar o contratempo nas pulsações rítmicas,
motivo pelo qual, em alguns lugares, esta peça também é denominada de contratempo . E assim foi
nascendo a bateria – ou trap set, como foi chamada inicialmente.
Na década de 1980 alguns fabricantes, tais como Simmons, Yamaha, Roland entre outros, criaram
baterias eletrônicas que, além de sons pré-gravados, podiam também funcionar como samplers,
gravando sons que depois são executados sempre que o instrumento é percutido.
Hoje,apenas por em evolução constante, a bateria um instrumento raro, recebe cada vez mais
atenção de fábricas e engenheiros, que pesquisam junto aos bateristas para desenvolver o melhor
modelo de cascos, baquetas, ferragens e pratos, usados para bater. As inúmeras fábricas crescem
a cada dia no mundo e no Brasil. Entre as marcas que fizeram história no Brasil incluem-se
a Pingüim e a Gope (anos 60 e 70) e a Odery que hoje é considerada uma das melhores baterias
no mundo, tendo seu início como uma Handmade (feita a mão). Com o surgimento de novas
tecnologias e a importação de ferragens e acessórios, novas fábricas na década de 1980 começam
a fabricar somente os cascos em cedro, marfim e bapeva utilizando-se de ferragens americanas
como a Luthier, RMV e Fischer. Incluem-se várias firmas de acessórios como a Ziltannam e
a Octagon (pratos), C.Ibanez e a Liverpool (baquetas), Evans, RMV, a Remo e Luen (peles
sintéticas), Rock Bag (cases e bags).
Mundialmente, marcas como DW, Tama, Pearl, Ludwig, Sonor, Yamaha, Premier, dentre outras,
são líderes na fabricação das melhores baterias e ferragens. Para citar os melhores pratos feitos à
mão ou por meio de máquinas, e diferentes ligas, podemos enumerar
a Zildjian, Sabian, Paiste e Meinl.

Constituição[editar | editar código-fonte]

Um kit completo equipado com microfones para apresentações ao vivo.

Seu peso varia de 40 a 70 kg. Não existe um padrão exato sobre como deve ser montado o
conjunto dos elementos de uma bateria,[4] sendo que, o estilo musical é por muitos indicado como
uma das maiores influências perante o baterista no que respeita à disposição dos elementos, sendo
que, a preferência pessoal do músico ou as suas condições financeiras ou logísticas;

 Um surdo (designado também timbalão de chão).


 Um bombo (onde se usa um pedal para o percutir).
 Uma tarola (ou caixa).
 Um ou mais timbalões (que normalmente ficam por cima do bombo [vide imagem]).
Prato[editar | editar código-fonte]

 Um par de pratos de choque ( chimbau no Brasil, ou hi-hat, em inglês), acionados por meio de
um pedal;
 Um prato de condução (também conhecido pela designação em inglês ride ou swish),
apoiado num suporte geralmente em forma de tripé;
 Um ou mais pratos de ataque (os três tipos mais usados, com a designação em
inglês: crash, splash e china), apoiados em suportes idênticos aos do prato de condução,
colocados ao lado dos outros elementos.
A adição de tom-tons, vários pratos, pandeirolas, gongos, blocos de
madeira, canecas, almofadas (pads) eletrônicas devidamente ligadas a samplers, ou qualquer outro
acessório de percussão (ou não) podem também fazer parte de algumas baterias, de forma a serem
produzidos diversos sons que se encontrem mais de acordo com o gosto pessoal dos músicos.
Alguns bateristas, tais como Neil Peart, Mike Portnoy ou Terry Bozzio, elaboraram conjuntos de
bateria fora do normal, utilizando-se de diversos elementos, tais
como rototós, bidões, gongos ou tom-tons afinados em correspondência com notas musicais,
possibilitando ao baterista, para além da execução rítmica, contribuir melodicamente para a música.
A década de 1980 foi prolífica no surgimento destes conjuntos fora do normal, apreciados pelos
amantes da bateria, um pouco por todo o mundo.
Materiais de construção[editar | editar código-fonte]
De uma forma geral, os tambores das baterias são construídas em madeiras seleccionadas,
podendo também encontrar-se elementos construídos à base de plásticos, metais e/ou outras ligas.
Diversos fabricantes têm efetuado diversas experiências de forma a obter os melhores sons a partir
da madeira, tendo concluído que o mogno, a bétula e o plátanoproduzem as madeiras mais aceitas
para a construção destes instrumentos. Já em relação às tarolas (caixas), as ligas metálicas
baseadas em aço, latão ou cobresão as preferências dos modelos de entrada de gama, embora os
modelos fabricados em madeira de bétula e plátano tenham melhor aceitação nos modelos de topo
de gama.
No Brasil, apesar de um certo atraso em relação aos produtos americanos e europeus, desde a
década de 1960 há indícios da fabricação de baterias pré-montáveis. Originalmente usava-se o
Cedro como material para a produção de cascos e casualmente o Pau-marfim. Hoje a indústria
brasileira já inova neste conceito utilizando madeiras certificadas como a Bapeva que é uma
madeira com o dobro de densidade do Maple americano (o mais utilizado para a produção de
cascos de bateria), ou seja, mais dura e mais resistente.

Bateria eletrônica[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Bateria eletrônica

Uma bateria eletrônica.

Uma bateria eletrônica é geralmente formada por um conjunto de pads montados sobre
um rack numa disposição similar à de uma bateria acústica. Os pads são discos com uma superfície
de borracha ou tecido que simulam os tambores de uma bateria. Cada pad possui um ou mais
sensores que geram sinais elétricos quando percutidos. O sinal elétrico é transmitido através de
cabos até um módulo eletrônico, que produz o som associado ao pad em questão.
Diz-se que a primeira bateria eletrônica foi criada por Graeme Edge, baterista da banda The Moody
Blues, com a colaboração do professor Brian Groves da Universidade de Sussex. O dispositivo foi
usado na música 'Procession', do álbum 'Every Good Boy Deserves Favor' de 1971.[5]
A primeira bateria eletrônica comercial foi a Syndrum Pollard, criada pela Pollard Industries em
1976.[6] Ela era formada por um módulo eletrônico e um ou mais tambores. Ela rapidamente
chamou a atenção de muitos bateristas famosos como Carmine Appice e Terry Bozzio. Mas o
Syndrum foi um fracasso financeiro e levou a empresa à ruína em poucos anos.
Postura do músico[editar | editar código-fonte]
O baterista toca no instrumento sentado sobre um banco, de forma a manter a caixa entre as
pernas que deverão ficar por isso ligeiramente abertas. No caso de bateristas destros, o pé
esquerdo assentará sobre o pedal do prato de choques e o direito sobre o do bombo, sendo que,
muitos bateristas canhotos adaptam uma postura simétrica a esta.
Alguns bateristas usam um segundo bombo, ou um pedal duplo, percutido através do pé que
geralmente aciona o prato de choques, sendo necessário o uso de algumas técnicas adicionais, de
forma a conseguir manter a coordenação entre os diferentes ritmos musicais que a música
eventualmente possa exigir.

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Música
 Tarola ou caixa
 Tambor
 Prato
 Baqueta
 Baterista
 Pegada ou grip
 Percussão

Referências
1. ↑ Leandro Dalla B. Santos. «Bateria: Por que não?». Consultado em 17 de janeiro de 2012
2. ↑ Harry Cangany. «A EVOLUÇÃO DOS SETS DE BATERIA». Consultado em 17 de janeiro de 2012
3. ↑ Oscar Balão (2008). «A Bateria» (PDF). Consultado em 17 de janeiro de 2012
4. ↑ Marina Motomura. «Como surgiu a bateria?». Consultado em 17 de janeiro de 2012
5. ↑ Drum Channel Brasil. «Percussão Eletrônica - Parte I». Consultado em 17 de janeiro de 2012
6. ↑ Drum Channel Brasil. «Percussão Eletrônica - Parte II». Consultado em 17 de janeiro de 2012

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