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Mário relaciona a superação das dificuldades técnicas pelo artista, na Música, com o
desenvolvimento pianístico brasileiro através da expansão dos pianos dentro da burguesia
durante o Império. Destaca a importação de professores de piano para São Paulo, dentre
eles Chiaffarelli, que iniciou uma febre pelo instrumento chamada pelo autor de “pianolatria”.
Segundo Mário, o piano teve rápida decadência em terras paulistanas justamente por não
ter quase nenhuma função social, mas esse movimento de importação, mais do que apenas
a pianolatria, trouxe para o Brasil uma vasta literatura musical, pois editoras se instalaram
na região a fim de suprir a demanda dos pianistas que surgiam. Nesse quadro foi possível o
desenvolvimento pedagógico e a formação musical de compositores ,dentre eles, Francisco
Mignone, Camargo Guarnieri, Artur Pereira e Frutuoso Viana, por exemplo.
Mário nos dá um exemplo, dizendo que seria impossível que um compositor com a
genialidade de Bach ou Palestrina se estabelecesse na Colônia, porque os músicos daqui
nunca conseguiriam executar essa música, e nem havia capelas com a acústica necessária.
Dessa forma, conclui que a ténica do coletivo é predeterminante no desenvolvimento do
indivíduo musical. Longe então de idealizar a técnica dos primeiros compositores da
Colônia, o autor chama suas técnicas de medíocres, e aponta a facilidade de encontrar isso
nas próprias partituras de padre José Maurício, por exemplo.