Você está na página 1de 5

ASSUNTOS PARA MATERIAIS

Conceitos básicos:
- Ductilidade
- Tenacidade
- Agentes nucleantes
- Revenido
- Tempera
- Temperabilidade
- Soldabilidade
- Recozimento
- Austenita retida

Mecanismos de aumento de resistência:


- Refino de grão (contribui para o aumento da resistência mecânica e tenacidade
dos aços)
- Solução sólida substitucional
- Solução sólida intersticial
- Encruamento
- Precipitação de uma segunda fase

Velocidades de transformação
- Velocidade crítica de resfriamento ou tempera
- Linha A1
- Curva para eutetóide
- Curva para hipoeutetóide e hipereutetóide
- Quanto menor for a velocidade de formação de perlita, mais grosseira será a
perlita e, consequentemente, menos dura.
- Teor de C desloca a curva para direita e diminui Mi (temperatura inicial de
formação da martensita), pois a adição de carbono em solução sólida dificulta
ainda mais a reação por cisalhamento, necessitando de maior esforço para
aparecer martensita.
- Curva de resfriamento continuo (identificar perlita grosseira e perlita fina)
- A reação de formação da martensita é uma reação por cisalhamento através
de planos cristalográficos. Formando-se com aspecto de agulhas longas e finas
(que ocorre devido a precipitação de carboneto de ferro)
- Velocidades de resfriamento muito altas podem ocasionar consequências
serias, como tensões internas excessivas, empenamento e até mesmo
aparecimento de fissuras nas peças.
- Conforme o local onde o aço é esfriado e conforme o tamanho da peça que é
esfriada, serão suas propriedades mecânicas. Quanto maior for a peça mais
diferentes ainda serão as propriedades.
- Com exceção do cobalto, todos elementos de liga alteram a curva “C”, de um
gráfico TTT, para a direita.
- Os elementos de liga: titânio, nióbio, vanádio, tungstênio e molibdênio tendem
a formar carbonetos.
- Os elementos de liga também causam influência sobre a linha Mi e,
consequentemente, Mf. Podendo inclusive deixar Mf abaixo da temperatura
ambiente o que ocasiona austenita retida na estrutura.
- Quanto maior o tamanho do grão da austenita maior será o tempo para o início
da transformação em perlita, devido ao fato de a transformação começar nos
contornos de grão da austenita. Logo grãos maiores têm mais facilidade de
formar martensita.
- Como em alguns aços o Mf pode ocorrer em temperaturas mais altas
(aproximadamente 100-150°C, em temperatura ambiente podem facilmente
estar presente austenita retida. Elementos que tendem a estabilizar a austenita
também colaboram para a existência de austenita retida. Meios de resfriamento
mais lentos contribuem para uma maior quantidade de austenita retida, do
mesmo modo ocorre com a adição de elementos de liga (com exceção do
cobalto). Quanto mais alta for a temperatura de austenitização, mais austenita
retida. A austenita retida é bastante instável e pode se transformar em martensita
a qualquer momento.
- Temperabilidade: capacidade do aço endurecer. Quanto mais grosseira for a
austenita maior será a capacidade do material endurecer. Quanto mais os
elementos de liga estiverem dissolvidos na austenita maior será a
temperabilidade.
- No método de Grossmann o diâmetro critico é quando no interior da barra pelo
menos 50% da estrutura formada após o resfriamento é martensita. Um diâmetro
maior que esse ocasionará uma estrutura com menos de 50% de martensita em
seu interior.
- Tratamento térmico é o conjunto de operações de aquecimento e resfriamento
a que são submetidos os aços, sob condições controladas de temperatura,
tempo, atmosfera e velocidade de esfriamento, com o objetivo de alterar suas
propriedades ou lhes conferir determinadas características.
- Para haver completa austenitização (dissolução completa do carboneto de ferro
no ferro gama) do aço é ideal que ele seja aquecido acima da temperatura crítica
(728°C). Se a velocidade de aquecimento for muito rápida em sólidos com alto
estado de tensão interna, pode ocorrer empenamento e até mesmo fissuras. É
importante tomar cuidado com o tamanho do grão no momento do aquecimento
pois ele pode tender a crescer, por isso se deve evitar temperaturas muito
acimas da temperatura crítica. É mais prejudicial à estrutura um grão maior do
que o necessário do que a austenita não estar completamente dissolvida.
- Quando é feita a escolha do meio no qual será feito o resfriamento deve-se
primeiro observar quais são as propriedades mecânicas que devem ser obtidas.
Meios aquosos são os mais drásticos para se realizar o resfriamento. Se a
velocidade de resfriamento dor muito rápida pode ocasionar empenamento e
rompimento da peça. Deve-se tomar cuidado também para que não ocorra
reação de oxidação, pois esta resulta na, indesejada, formação da “casca de
óxido”.
- No recozimento total (ou pleno) o aço é aquecido acima da temperatura de
austenitização e é feito um resfriamento lento a fim de se obter perlita grosseira.
Esse tratamento é utilizado em aços de baixo carbono, e não é interessante para
altos teores de carbono. Os constituintes estruturais que resultam do
recozimento pleno são: perlita e ferrita para aços hipoeutetóides e cementita e
perlita para aços hipereutetóides. O recozimento total requer um tempo longo.
- No recozimento isotérmico ou cíclico segue-se os mesmos padrões do
recozimento pleno para o aquecimento. A diferença ocorre no resfriamento que
ocorre de forma mais rápida, sendo resfriado rapidamente até uma temperatura
que ainda está na parte superior do gráfico (acima de 500°C), depois mantida
essa temperatura até a total (ou parcial) transformação em perlita e depois é,
novamente, resfriado rapidamente até a temperatura ambiente. Para grandes
peças esse tratamento não é recomendado visto que o interior da peça não vai
conseguir atingir a velocidade mínima de resfriamento para acompanhar o
tratamento, neste caso é mais recomendado o tratamento pleno.
- No recozimento para o alivio de tensões o aquecimento deve ocorrer até abaixo
da temperatura crítica, entretanto é ideal que ocorra acima de 500°C para ocorrer
um maior número de alivio de tensões.
- Na esferoidização ocorre um aquecimento e depois um resfriamento a fim de
se obter uma forma globular ou esferoidal do carboneto de aço. A esferoidização
busca melhorar a usinabilidade dos aços de alto carbono. O aquecimento e o
resfriamento podem ser alternados entre temperaturas que estão logo acima e
logo abaixo da linha de transformação inferior.
- Na normalização o aquecimento é feito acima da temperatura crítica e então o
resfriamento é feito ao ar. Os constituintes obtidos na normalização são a ferrita
e perlita fina ou a cementita e a perlita fina, eventualmente pode obter-se bainita.
A normalização comumente é utilizada como tratamento prévio de um tratamento
definitivo, pois auxilia na diminuição da chance de empenamento e no
refinamento da estrutura.
- Na têmpera ocorre um aquecimento acima da temperatura crítica e
posteriormente é feito um rápido resfriamento normalmente em meio aquoso,
podendo sem em salmoura e até mesmo no ar. O objetivo da têmpera é a
obtenção da martensita, isto é, máxima dureza (com um estado de tensão interna
considerável). Resultam também da têmpera redução da ductilidade (baixos
valores de alongamento e estricção), da tenacidade e o aparecimento de
apreciáveis tensões internas. Tais inconvenientes são atenuados ou removidos
pelo revenido. Deve-se tomar cuidado com a velocidade de resfriamento para
não aparecerem pontos moles (que sofreram transformação). No aquecimento é
preciso tomar cuidado com a temperatura em que irá se aquecer pois não pode
haver formação de uma estrutura grosseira. Em aços hipereutetóides é
necessário aquecer acima apenas da linha A1, ficando ainda com carbonetos
secundários, entretanto como eles são ainda mais duros que a martensita
quando ocorrer a têmpera eles não serão um problema.
- O revenido normalmente acompanha a têmpera pois elimina vários
inconvenientes produzidos por ela, além de aliviar ou remover tensões internas,
corrige excessiva dureza e fragilidade do material, aumentando sua ductilidade
e resistência ao choque. No revenido ocorre: redistribuição do carbono,
precipitação de carboneto, transformação da austenita em bainita, formação do
carbono metaestável, recristalização e crescimento de grão.
- A fragilidade de revenido é um fenômeno que acontece no revenido devido ao
aquecimento em certas temperaturas, ou quando são resfriados lentamente.
- O coalecimento é um processo para a produção de esferoiditas. É aplicado
principalmente em aços hipereutetóides. Normalmente consiste num
aquecimento prolongado de aços laminados ou normalizados a uma temperatura
logo abaixo de A1. Como resultado se obtém uma dureza baixa. Nesse processo
objetiva-se facilitar certas operações a frio e usinagem de aços com alto teor de
carbono.

Você também pode gostar