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Qua ndo um ponto fra co é de scobe rto e m qua lque r um dos te cidos, ime dia ta mente são
toma das providê ncia s pa ra o fortale cime nto de sta posição coloca da e m pe rigo. Uma
solicita ção inte nsa de re sistência muscula r conduz, p. e x., a uma re a bsorçã o da s re se rva s
de glicogênio. Na s fa se s de re cuperação o organismo nã o re a ge simple sme nte com o
re sta bele cime nto do de pósito a os se us a ntigos níve is, ma s supe rcompe nsa , isto é, e le
a ume nta o e fe tivo do de pósito. A condição prévia pa ra que ta l a conteça é a ultra passa ge m
de um limia r crítico de e stímulo. Ne sta forma de re açã o do organismo ba se ia -se , e m
princípio, todo o tre ina me nto físico. (...) O organismo e sforça -se pa ra conse guir com um
mínimo de ga stos um máximo de e ficiência .
Ba se a dos sobre tudo na s pe squisa s de me e rson (1973) a cre dita -se que pode m se r
distinguidos dive rsa s e ta pa s de a da ptação como re aç ão a o tre ina me nto. A prime ira
re pre se nta a a tiva ção da produçã o de e ne rgia na s cé lula s, a se gunda a s ínte se de á cidos
nucle icos, a te rce ira a formaç ão a diciona l de prote ína s (hipe rtrofia ).
Em princípio não se te m condiçõe s de utiliza r volunta ria me nte por comple to a s sua s
pote ncia lida de s re a lmente e xiste nte s se m que ha ja uma situa ção e spe cia l. (...) Some nte
indivíduos be m tre ina dos e e m ple na forma têm condiçõe s de mobiliza r sua s
pote ncia lida de s a té o níve l de a proxima da me nte 90%. Contudo ta mbé m a inda
pe rma ne ce m porta nto ce rca de 10% da ca pa cida de tota lde de se mpenho que some nte
se rá e xplora do e m situa çõe s e spe cia is ou pe la a ção de droga s (doping).
Alé m disso o e fe ito de tre ina me nto de pe nde de fa tore s e ndóge nos e e xóge nos. Os
e ndóge nos são sobre tudo de na ture za ge nética . Os e studos a inda s ão pre limina re s pa ra
que se possa re sponde r à que stão de a té que ponto a possibilida de de tre ina me nto e o
de se mpenho de sportivo fica m limita dos pe lo ge nótipo.
Expe riência s ( klis soura s - 1972) concluíra m-se , com toda pre ca uç ão, que e vide nte mente o
tre ina me nto físico nã o me lhora a ca pa cida de física de de se mpenho a lém da quele limite pré
-e sta be le cido pe lo ge nótipo. Ta mbé m a prá tica de sportiva a prese nta -se de a cordo com o
e xposto. Portanto, é pra tica me nte impossíve l tra nsformar um corredor de fundo e m um
ve locista , e vice -ve rsa . Ta mbé m ne ste ca so a e xplica ção ma is pla usíve l re sidiria no
ge nótipo.
Foi qua lifica do o tre ina me nto como uma re petição siste mática de te nsõe s muscula re s pré-
de finida s supra limina re s com re fle xos de a da ptaçã o morfológicos e funciona is, cuja
fina lida de se ja o a ume nto da pe rformance .
A e xpre ssã o "e sta r tre ina do" ca ra cte riza -se pe lo e sta do de ca pa cida de a ume nta da de
de se mpenho e m por uma disponibilida de ma ior do e sforço e m conse qüência do
tre ina me nto.
Um e stímulo a cima do limia r provoca uma de spola riza ção da s me mbra nas ce lula re s
combina da com os proce ssos me ta bólicos a nte riormente de scritos.
A ve locida de da onda de a tiva ção que pa ssa pe la fibra importa e m 10-15 m/se g. no
músculo e sque lético do home m. uma te mpe ra tura muscula r ma is e le va da a ume nta
ve locida de . se um e stímulo a tinge o músculo no pe ríodo de la tê ncia , e le não de se nca de ará
uma re aç ão e m virtude de uma ine xcita bilida de mome ntâne a . o te mpo e m que não pode
se r provoca da qua lque r contração por via s ne rvosa s, é cha ma do de pe ríodo re fra tário.
qua ndo vária s onda s de contração e volue m simulta ne a me nte sobre o músculo, ha ve rá um
a ume nto da contraçã o (supe rposiçã o) e m virtude do e fe ito de soma ção. uma gra da ção na
se qüência dos e stímulos não pe rmitirá ma is a o músculo che ga r a o re la xa mento, de finitivo.
e ste e sta do é cha ma do de "téta no". ne le é obtida a ma ior força muscula r. A contraçã o
muscula r e sque lética no home m é do tipo do téta no pe rfe ito.
Dura nte o re pouso físico e xiste ge ralme nte um e sta do de contraç ão discre to e m
conse qüência de de sca rgas a ssíncronas de impulsos. Este e sta do de tônus muscula r é
ma ntido a tivo pe la s fibra s-ga ma , que provoca m uma contraç ão da s fibra s intra fúsica s. A
ine rva ç ão-gama proce ssa -se de te rmina nteme nte a travé s do siste ma e xtra pira mida l
(formaç ão re ticula r). As de sca rgas da s te rmina çõe s ne rvosa s se nsoria is dos fusos
muscula re s a tiva m os motoneurônios a lfa a través dos ne rvos a fe re nte s. Como re sulta do
de ste me ca nismo a muscula tura fica e xtra ordina ria me nte pre pa rada pa ra uma re sposta
rápida dos impulsos motore s (a ume nto do tônus muscula r no "e sta do pre -
de se nca de ante ").
De a cordo com a s e xposiçõe s a nte riore s a forç a muscula r pode se r re gula da da se guinte
ma ne ira :
1. a través do núme ro de unida de motora s solicita da s;
3. e ssa a ce tilcolina a tua sobre á re a loca liz a da da me mbra na da fibra muscula r, a brindo
nume rosos ca na is a ce tilcolina -de pe nde nte s de ntro de molécula s protéica s na me mbra na
da fibra muscula r.
4. a a be rtura dos ca na is de a ce tilcolina pe rmite que gra nde qua ntidade de íons sódio flua
pa ra de ntro da me mbra na da fibra muscula r no ponto do te rmina l ne ura l. isso de se nca de ia
um pote ncia l de aç ão na fibra muscula r.
7. os íons c álcio provoca m gra nde s força s a trativa s e ntre os fila me ntos de a ctina e de
miosina , fa ze ndo com que e le s de slize m e ntre si, o que constitui o proce sso contrátil.
8. a pós fra ção de se gundo, os íons cálcio são bombea dos de volta pa ra o re tículo
sa rcopla smático, onde pe rma ne ce m a rmaze na dos a té que novo pote ncia lde a ção
muscula r che gue ; e ssa re moç ão dos íons cálcio da vizinha nça da s miofibrila s põe fim à
contraçã o. (guyton - 68-69 )
De signaç ão ge nérica pa ra força de um músculo. Ente nde-se , se ndo ta nto a força e stá tica
e mpre ga da por solicita ção voluntária máxima de um músculo, como a de se nvolvida durante
uma te nsão muscula r voluntária , máxima , dinâmica .
força dinâmica :
A força que um músculo ou um grupo muscula r pode m de se nvolve r volunta ria me nte
durante a e volução de um de te rmina do movime nto.
Um músculo se contra i de forma muito rápida qua ndo se m ca rga . Qua ndo sã o a plica da s
ca rga s, a ve locida de de contraç ão torna -se progre ssiva me nte me nor, conforme e ssa ca rga
a ume nta . Qua ndo a ca rga a ume nta a té a tingir a força máxima que o músculo pode e xe rce r,
a ve locida de da contraçã o pa ssa a se r ze ro e não ocorre contra ção, a pe sa r da a tiva çã o da
fibra muscula r.
Essa ve locida de de cre sce nte conforme a ca rga é ca usa da pe lo fa to de que uma ca rga
imposta a um músculo e m contraç ão se opõe s à força contrátil produzida pe la contração
muscula r. Por conse guinte , a forç a e fe tiva que fica disponíve l pa ra produzir a ve locida de de
e ncurtame nto fica proporciona lmente re duzida .
Só se pode obte r a e ficiência máxima qua ndo o músculo se contra icom ve locida de
mode ra da . Ca so o músculo se contra ia muito le nta me nte , ou se m qua lque r e ncurtame nto,
é produzida gra nde qua ntidade de ca lor de ma nutençã o durante a contraç ão, e mbora
pouco ou ne nhum tra ba lho e ste ja se ndo e xe cuta do, o que diminui a e ficiê ncia . Por outro
la do, se a contraçã o for muito rá pida , gra nde proporção da e ne rgia se rá usa da pa ra ve nce r
o a trito visc oso no próprio músculo, e isso, igua lme nte , re duz a e ficiência . Usua lme nte , a
e ficiência máxima é de se nvolvida qua ndo a ve locida de da contração é de ce rca de 30% da
máxima .
A inte nsida de de contração cre sce de a cordo com a diste nçã o progre ssiva a té um limite
máximo, pa ra e m se guida de ca ir nova me nte . a ve locida de da contra ção de diste nsã o,
re spe ctiva me nte , nã o te m qua lque r re la ção com a inte nsida de da força muscula r. Se gundo
huxle y (1962) os pa râ me tros de te nsão e ncontra m-se no se u má ximo no mome nto e m que
o comprimento muscula r inicia l durante o e tímulo se situa 20% a cima do comprimento
inicia l de re pouso. O va lor de te nsão a tiva de cre sce line a rme nte a té o comprimento da fibra ,
ma is ou me nos, se ndo 0 (ze ro) durante o e ncurtame nto muscula r máximo. Se rá 0 (ze ro)
ta mbé m, qua ndo o músculo for prolonga do e m ma is do dobro de se u comprimento de
re pouso (hule x, 1962). De ta lhes sobre a s ca usa s de ste comporta me nto a inda não foram
tota lme nte e scla re cida s.
Contraç ão isométrica ve rsus isotônica : a contraç ão muscula r é dita isométrica qua ndo o
músculo não se e ncurta durante a contração, e isotônica qua ndo e ncurta, com a te nsã o
muscula r pe rma ne ce ndo consta nte .
O músculo tre ina do por isome tria é ma is forte qua ndo me dido isome trica me nte , e nquanto o
músculo tre ina do pe los métodos dinâmicos é ma is forte qua ndo a va lia do durante a s
a tivida de s de re sistê ncia que torna m ne ce ss ária a re a liza ção de um movime nto.
Essa e spe cificida de da re sposta a o tre ina me nto de re sistência é compree nsíve l, pois o
a primora me nto da força e stá re la ciona do a uma mistura de a da ptaç õe s que ocorre m ta nto
na fibra muscula r propria me nte dita qua nto na organiza ção ne ura l e na e xcita bilida de pa ra
um de te rmina do pa drã o de movime nto voluntário. Outrossim, o e sforço muscula r máximo
de pe nde nã o a pe nas de ce rtos fa tore s loca is, como tipo de fibra muscula r e corte
tra nsve rsa l do músculo, ma s ta mbém de fa tore s ne ura is que de te rmina m o re cruta me nto
e fe tivo e a sincroniza çã o do a ciona me nto (dispa ro) da s unida de s motora s a propria das.
Pa ra a primora r um de se mpenho físico e spe cífico a través do tre ina me nto de re sistência , os
músculos de ve m se r tre ina dos e m movime ntos tão se me lha ntes qua nto possíve l a o
movime nto ou à ha bilida de re a lque se pre te nde a primora r. Essa coordena çã o pode se r
conse guida com um tre ina me nto de re sistência suple me ntar que utiliza um e quipa mento
de sportivo modifica do se m modifica r a me cânica do de se mpenho e m pa rticula r.
Sa be -se re la tiva me nte pouco a ce rca dos be ne fícios e dos possíve is riscos do tre ina me nto
de força nos pré-a dole sce nte s. Le va ndo-se e m conta que o siste ma e sque lético se
e ncontra no e stágio de formaç ão pa ra e sse grupo e tário, é óbvia a pre ocupa ção de uma
sobre ca rga muscula r e xce ssiva pode r induzir le sõe s (fra tura s e pifisária s, ruptura s dos
discos inte rve rte bra is, a lte raçõe s ósse a s na re gião lombossa cra ) na s cria nça s e m
cre scime nto. Ainda ma is, como o pe rfil hormona l de uma cria nça a inda se e ncontra e m
de se nvolvime nto, e spe cia lme nte no que conce rne a o hormônio te stoste rona re sponsáve l
pe la sínte se te cidua l, pode r-se -ia que stiona r se o tre ina me nto de re sistência se ria ca pa z de
induzir a primora me ntos significa tivos da força e m cria nça s.
A e vidência disponíve l indica que os progra ma s de tre ina me nto com re sistência
de vida me nte supe rvisiona dos e que utiliza m a s contraç õe s muscula re s concêntrica s com
a lta s re petiçõe s e uma re sistência re la tiva me nte ba ixa pode m a primora r de fa to a força
muscula r de cria nça s, se m qua isque r e fe itos a dve rsos sobre os ossos, os músculos ou os
te cidos conjuntivos. Ma is do que isso, e sse s ga nhos de forç a s ão prime ira me nte o
re sulta do de a prendiza do e incre me nto da a tivida de muscula r do que um a ume nto do
ta ma nho do músculo.
As ca ra cte rística s de distribuiçã o dos tipos de fibra s são de te rmina da s e sse ncia lme nte pe lo
código ge né tico; a principa l direç ão pa ra a composiçã o da s fibra s de um músculo é
e sta be le cida prova ve lme nte a nte s do na scime nto ou no início da vida . e ntre ta nto, pa rece
que a lguma tra nsformaç ão no tipo de fibra s muscula re s é possíve l com a s moda lida des
crônica s e e spe cífica da s a tivida de s física s.
A inte rrupç ão do fluxo sa ngüíne o por músculo e m contração le va à fa diga muscula r qua se
comple ta e m pouco ma is de 1 min, de vido à pe rda do suprime nto de nutrie nte s, e m
e spe cia l de oxigênio.
Todos os músculos do corpo e stão continua mente se ndo re mode la dos pa ra se a da ptare m
à função que de ve m de se mpenha r. Se us diâme tros sã o modifica dos, be m como se us
comprimentos e força s, e a té me smo os tipos de fibra s que os compõe m são a lte ra dos,
pe lo me nos e m gra u mode ra do. e sse proce sso de re mode laç ão é, muita s ve ze s, ba sta nte
rápido, ocorre ndo de ntro de pouca s se ma na s. Na ve rda de , e xpe rimentos mostrara m que ,
a té na s condiçõe s norma is, a s prote ína s contráte is dos músculos pode m se r inte ira mente
re nova da s e m a pe nas dua s se ma na s.
Um ma ior níve l de fa cilita ç ão ne ura lé re sponsáve l prova ve lme nte pe lo a ume nto de força
rápido e significa tivo obse rva do no início do tre ina me nto, que não e stá a ssocia do
ne ce ssa ria me nte com um a ume nto no ta ma nho e na á re a e m corte tra nsve rsa l do músculo.
As a da ptaçõe s ne ura is obse rva da s com o tre ina me nto de re sistê ncia pode m re sulta r de :
Dura nte a e xcita çã o de uma compe tição inte nsa , ou sob a influê ncia de droga s
de sinibidora s ou de suge stão hipnótica , pode -se conse guir um de se mpenho supe rmá ximo,
pois a inibiç ão é gra nde me nte re duzida e ocorre um re cruta me nto ide a l dos motoneurônios.
Os le va nta me ntos máximos de ve m se r e vita dos nos e stágios inicia is de um progra ma de
tre ina me nto com pe sos. A re sistê ncia e xce ssiva contribui pouco pa ra o de se nvolvime nto da
força e a ume nta muito a s proba bilida de s de le sã o muscula r ou a rticula r.
A utiliza ção de uma re sistê ncia ma is le ve (e , conse qüe nte mente , de ma is re petiçõe s) é
prude nte a o inicia r um progra ma de tre ina me nto com pe sos. A e xpe riência mostrou que
inicia lme nte os nova tos de ve m te nta r comple ta r de 12 a 15 re petiç õe s. Esse e sque ma nã o
impõe uma sobre ca rga e xce ssiva a o siste ma musculoe sque lético durante a fa se inicia l do
progra ma . Um pe so ma ior de ve se r usa do se a s 12 re petiçõe s pa rece m por de ma is fáce is.
O pe so e sta rá se ndo e xce ssivo se o e xe cuta nte não pude r re a liza r 12 re petiçõe s. Esse é
um proce sso do gêne ro de te nta tiva s e fa lha s, pode ndo prolonga r-se por vária s se ssõe s,
a té e scolhe r um pe sos inicia l a de qua do. Após uma ou dua s se ma na s de tre ina me nto,
qua ndo os músculos se a da ptara m e os movime ntos corretos foram a prendidos, o núme ro
de re petiçõe s pode se r re duzido pa ra se is ou oito. Toda ve z que e sse novo núme ro a lvo de
re petiçõe s for a lca nç a do, a cre sce nta -se ma is pe so. Esse progra ma re pre se nta um
tre ina me nto com re sistência progre ssiva : à me dida que os músculos fica m ma is fortes, o
pe so é a justa do e te nta -se uma ca rga ma is pe sa da . Em ge ral, a se qüência dos e xe rcícios
de ve prosse guir dos grupos muscula re s ma iores pa ra os me nore s, a fim de pre ve nir a
inca pa cida de de re a liza r e xe rcícios com os gra nde músculos e m virtude da fa diga
pre ma tura do grupo me nor ne ce ssá rio pa ra a re a lizaç ão do movime nto.
As va ria çõe s de ERP pa ra tre ina me nto com pe sos foram e studa das a fim de de te rmina r o
núme ro ide a l de sé rie s e re petiç õe s, a ssim como a fre qüência e a inte nsida de re la tiva do
tre ina me nto ne ce ssária s pa ra a primora r a força muscula r. Em ge ral, os a cha dos pode m se r
a ssim re sumidos:
- a re a liza ção de um e xe rcício e ntre 3-rm e 12-rm constitui o núme ro ma is e ficie nte de
re petiçõe s pa ra a ume nta r a força muscula r.
- o tre ina me nto ERP uma ve z por se ma na com 1-rm pa ra uma s érie a ume nta muito a forç a
a pós uma se ma na de tre ina me nto e continua a ume nta ndo e ssa força a ca da se ma na da í
e m dia nte a té pe lo me nos se is se ma na s.
- ne nhuma se qüência e spe cífica de tre ina me nto e rp com pe rce ntua is dife re nte s de 10-rm é
ma is e fe tiva pa ra o a primora me nto da força , de sde que se re a lize uma s érie de 10-rm e m
ca da se ssão de tre ina me nto.
- re a liza r uma série de um e xe rcício é me nos e ficie nte pa ra o a ume nto da força que re a liza r
dua s ou trê s série s, e e xiste a lguma indica ç ão de que três sé rie s s ão ma is válida s do que
dua s série s.
- o núme ro ide a l de dia s de tre ina me nto por se ma na com a utiliza çã o de e rp é
de sconhe cido. Aume ntos significa tivos n força ocorre ram com a pe nas um dia de
tre ina me nto por se ma na pa ra inicia nte s.
- qua ndo o tre ina me nto e rp inclui uma a mpla va rie da de de e xe rcícios dife re nte s, tre ina r
qua tro ou cinco dia s por se ma na pode se r me nos útil que tre ina r dois ou três ve ze s por
se ma na . o tre ina me nto diário do me smo grupo muscula r pode impe dir a boa re cuperação
e ntre a s se ssõe s de tre ina me nto. Isso pode ria re tarda r ta lve z o progre sso na a da ptação
ne uromuscula r e no de se nvolvime nto da forç a .
HIPERTROFIA E HIPERPLAS IA
Se m qua lque r dúvida , a ge nética proporciona o a rca bouço de re ferência dire tivo que
modula o e fe ito de ca da um dos outros fa tore s sobre o re sulta do fina l do a ume nto da
ma ssa muscula r e da força . A a tivida de muscula r contribui muito pouco pa ra o cre scime nto
dos te cidos se m uma nutriçã o a propria da ca pa z de proporciona r os blocos e sse ncia is pa ra
e ssa construç ão. Outrossim, hormônios e pa drõe s e spe cíficos de ine rva ção do siste ma
ne rvoso sã o crucia is pa ra mode la r a re sposta a propria da a o tre ina me nto. Entre ta nto, se m
uma sobre ca rga de te nsão, ca da um dos outros fa tore s é re la tiva me nte ine fica z no se ntido
de produzir a re sposta de se ja da a o tre ina me nto.
Qua ndo ocorre a ume nto da ma ssa tota l de um músculo, o proce sso é cha ma do de
hipe rtrofia muscula r.
O proce sso de hipe rtrofia e stá re la ciona do dire ta me nte à s ínte se de componente s ce lula re s,
pa rticula rme nte dos fila me ntos protéicos que constitue m os e le me ntos contráte is. Esse cre s
cime nto pode e nvolve r a le são re a le re petida da s fibra s muscula re s (e spe cia lme nte com
a s contraçõe s e xc êntrica s) se guida por uma supe rcompe nsaçã o da sínte se proté ica ,
re sulta ndo e m um e fe ito a na bólico globa l. As miofibrila s da célula sofre m e spe ssa me nto e
se u núme ro a ume nta , com outros sa rcôme ros se ndo forma dos pe la sínte se protéica
a ce le ra das e corresponde nte s re duç õe s no fra ciona me nto protéico. Aume ntos significa tivos
sã o obse rva dos ta mbé m na s re se rva s loca is de a tp, cp e glicogê nio.
Sa be -se com se guranç a a pe nas que de ve se r ultra passa do um limia r crítico de te nsão pa ra
provoca r um e stímulo de hipe rtrofia . Ba se a dos nos conhe cime ntos a tua is sobre funçõe s e
e strutura s da célula conside ra mos sa tisfa tória s a s se guinte s hipóte se s: ca da influê ncia
e xóge na inte nsiva supra -limia r sobre o organismo, provoca a li uma re ação. Ela se compõe
de um re forç o da re giã o a lca nça da pe lo e stímulo, me dia nte a qua l uma solicita çã o
futura me nte re nova da e ncontra rá o loca l e m que stã o me lhor pre pa rado, isto é, tornou-se
ma is pa ssíve l de e sforços. Ca da hipe rtrofia ba se ia -se e m um a ume nto da sínte se de ácido
nucle ico e da s ínte se de proteína s. De ve , porta nto, de posita r-se e m proporç õe s re força da s,
o rna nos "ribossomos", com o fim e spe cífico de re produção de proteína s. Isto fa z pre ve r
nova me nte um re forço da a tivida de do a pa re lho ge nético. Por conse guinte , o e stímulo
de ve rá a tua r prime ira me nte sobre os ge ns de dna , pa ra daí provoca r a sínte se a ume nta da
de RNA. Este e stímulo pode rá se r e sta be le cido a través de uma re a bsorç ão de
fosfocre atina e ATP de inte nsida de fre qüe nte mente a cima da média . Sa be -se e m re la ção a
um de riva do c íclic o de a tp o ciclofosfa to, p. e x., que a tiva a s e strutura s ce lula re s ge nética s
(skula tschojow, 1969)
Virtua lme nte , toda a hipe rtrofia muscula r re sulta do a ume nto de núme ro dos fila me ntos de
a ctina e de miosina , ca usa ndo a ume nto do volume da fibra muscula r, o que é cha ma do,
simple sme nte hipe rtrofia fibrila r. Isso ocorre ge ralme nte como re sposta à contraç ão
muscula r com forç a máxima ou qua se máxima .
Ocorre hipe rtrofia e m gra u muito ma ior, qua ndo o músculo é, a o me smo te mpo, e stira do
durante o proce sso contrátil. Ape na s pouca s contraçõe s de sse tipo, a ca da dia , são
suficie nte s pa ra ca usa r hipe rtrofia qua se máxima de ntro de se is a de z se ma na s.
O modo como a s contraçõe s inte nsa s produze m hipe rtrofia a inda não é conhe cido. Sa be -
se , e ntre ta nto, que a inte nsida de na s ínte se da s prote ína s contráte is muscula re s é muito
ma ior durante o de se nvolvime nto da hipe rtrofia do que a inte nsida de de sua de gra daç ão,
le va ndo progre ssiva me nte a núme ro ma ior de fila me ntos ta nto de a ctina como de miosina
na s miofibrila s. Por sua ve z, a s miofibrila s se divide m de ntro de ca da fibra muscula r pa ra
forma re m nova s miofibrila s. Assim, é principa lme nte por me io de sse gra nde a ume nto de
miofibrila s a diciona is que ocorre a hipe rtrofia da s fibra s muscula re s.
Junto com o a ume nto do núme ro cre sce nte de miofibrila s, os siste ma s e nzimá ticos
produtore s de e ne rgia ta mbé m a ume nta m. Isso é e spe cia lme nte ve rda de iro pa ra a s
e nzima s glicolítica s, que pe rmite m forne cime nto rápido de e ne rgia durante a s contraçõe s
fortes de curta duração. Qua ndo um músculo pe rma ne ce ina tivo por longo pe ríodo, a
inte nsida de da de gra daçã o da s prote ína s contráte is, be m como a re duç ão do núme ro de
miofibrila s a ume nta de forma ma is rápida do que a de sua re nova ção. Como re sulta do,
ocorre a a trofia muscula r.
De a cordo com a s e xpe riência s de Roux, uma hipe rtrofia do músculo e sque lético pode se
da r por um a ume nto no se u comprimento e na sua e spe ssura . Aforma comum de
hipe rtrofia é o a ume nto e xclusivo da e spe ssura ; um a ume nto no comprimento sobre vé m
some nte de pois que os pontos de inse rç ão dos te ndõe s forem a fa sta dos um do outro
a travé s de proce ssos pa toló gicos ou e xpe rimenta is. (2) Outro tipo de hipe rtrofia ocorre
qua ndo os músculos sã o e stira dos a té comprimento a cima do norma l. Isso fa z com que
se ja m a cre sce nta dos novos sa rcôme ros à s e xtre mida de s da s fibra s muscula re s, onde e la s
se pre nde m a os te ndõe s. Na ve rda de , novos sa rcôme ros pode m se a diciona dos tão
ra pidame nte qua nto vários a ca da minuto, de monstra ndo a ra pidez de sse tipo de hipe rtrofia .
De modo inve rso, qua ndo um músculo pe rma ne ce continua mente e ncurtado a té me nos
que se u comprimento norma l, os sa rcôme ros na s e xtre mida de s do músculo de sa pa re ce m
com ve locida de qua se igua l. É por me io de sse proce sso que os músculos s ão
continua mente re mode la dos pa ra ma nte r o comprimento a propria do às contraç õe s
muscula re s a de qua da s.
A hipe rtrofia condiciona da pe lo tre ina me nto de força de se mpenha o pa pe lma is importante
e m re la ção a o a ume nto da força e stática . De a cordo com os cálculos de Ika i e Fukuna ga
(1970) um tre ino de forç a e stática e xe cuta do durante um te mpo suficie nte me nte longo,
a ume nta conside ra ve lme nte a força muscula r máxima /cm2 de se cção tra nsve rsa l muscula r.
Ta mbém por se cção tra nsve rsa l muscula r, a prese nta -se um a ume nto da s prote ína s
contrá te is e m re la ção a um de créscimo da s prote ína s sa rco-pla smática s.
Pa rticula rme nte inte re ssa ntes sã o a tua lme nte a s modifica çõe s bioquímica s. O tre ina me nto
de força a ume nta pre ponde ra nteme nte o te or de fosfocre atina numa ordem de gra nde za de
20 a té 75% ( Ya mpolska ya , 1952 e ntre outros). Simulta ne a me nte e le va -se o te or de ATP
(Ja kovle v, 1958) e a a tivida de da s e nzima s corresponde nte s, pa rticula rme nte a
"cre a tinofosforila se ". Esta s modifica çõe s bioquímica s possibilita m uma a lta libe ra ção de
e ne rgia a curto pra zo.
Alé m disso a conce ntraçã o DNAe RNAde um músculo hipe rtrofia do é ma ior do que a de
um músculo norma l (Ha mosch e cola b. 1967). Os microssomos isola dos de um músculo
hipe rtrofia do ta mbém a cusa m uma conce ntração- rna ma ior e pode m sinte tiza r prote ína in
vitro ma is ra pidame nte do que a que le s de músculos não tre ina dos (Ha mosch, 1967)
Re sulta dos de e studos fa ze m supor que - inde pe nde nte de me ca nismos ne urofisiológicos -
um a ume nto de força muscula r não pre cisa se surgir ne ce ssa ria me nte a ssocia da a um
a ume nto do volume muscula r; uma e spe ssura ma ior dos e le me ntos contrá te is de ntro de
uma c élula , be m como uma modifica ção dos núme ros re la tivos de a ctina pa ra a miosina
pode se r re sponsáve l por isso.
Os pe squisa dore s re la ta ra m que o tre ina me nto com sobre ca rga do músculo e sque lético e m
vá ria s e spécie s a nima is a ca rre ta o surgime nto de a lguma s nova s fibra s muscula re s a pa rtir
de célula s sa té lite s (a s c élula s loca liz a da s e ntre a ca ma da ba sa l e a me mbra na pla smá tica ),
ou a través de um proce sso de divis ão longitudina l. Ainda e stá se ndo de ba tido se isso
ocorre ta mbém nos se re s huma nos, porém já e xiste a lguma e vidência e m a poio de sua
ocorrência . Por e xe mplo, os da dos de a utópsia de home ns jove ns e sa dios que morre ra m
a cide nta lme nte indica m que a s conta ge ns re a is de fibra s muscula re s da pe rna ma ior e
ma is forte (pe rna oposta à mão domina nte ) continha 10% ma is fibra s muscula re s que a
pe rna me nor.
Re itsma (1965) comprovou fina lme nte a e xistê ncia de uma hipe rpla sia le gítima no qua dro
microscópico. Se durante um tre ina me nto de força o limite e xiste nte tive r sido ultra passa do
no de se nvolvime nto da hipe rtrofia de ca da fibra muscula r (...) e fe tuar-se -ã o modifica çõe s
do te cido se me lha ntes a uma infla ma çã o, um de sdobra me nto de uma fibra muscula r e a
pa rtir de sta fibra a forma ção de dua s nova s fibra s muscula re s com e strutura ba sta nte
e mbrionária e de a lto índice de ácido ribonucle ico. Uma prolife raç ão ca pila r simultâ ne a
supriu o a ba ste cime nto sa ngüíne o. (2) Me smo se a hipe rpla sia vie r a se r re produzida e m
outros e studos huma nos (e me smo que a re sposta ve nha a se r um a juste positivo), a ma ior
contribuiç ão pa ra a dime nsão muscula r de vida a o tre ina me nto com sobre ca rga s é fe ita pe lo
a ume nto da s fibra s muscula re s individua is já e xiste nte s.
1- A a tivida de física com suste ntaç ão do pe so é e sse ncia l pa ra o de se nvolvime nto norma l e
a ma nutenç ão de um e sque le to sa dio. As a tivida de s que foca liza m o a ume nto da força
muscula r ta mbém pode m se r be néfica s, pa rticula rme nte pa ra os ossos que não pa rticipa m
da suste ntaçã o do pe so.
2- As mulhe re s se de ntária s pode m a ume nta r lige ira me nte a ma ssa ósse a torna ndo-se
a tiva s, porém o be ne fício primário da ma ior a tivida de pode re sidir e m e vita r a pe rda
a diciona l de osso que ocorre com a ina tivida de .
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