Você está na página 1de 6

Cálculo Diferencial e Integral

Lista de Exercícios Ds4C3e04

r r r
(01) Verificar o teorema de Stokes no plano onde F( x , y) = 2 y. i + 5x. j e D é a
região plana limitada pela circunferência x 2 + y 2 = 1 .
r r r r
Resposta: ∫
F( t ).T ( t ).dt =
C
[rot (F)].k.dx.dy = 3π .∫∫
D

Solução:
r r r r
Deve-se demonstrar que ∫ C
F( t )T ( t ).dt = ∫∫ D
[rot (F)].k.dx.dy .

Sejam, então, as equações paramétricas da Curva C; isto é:


x = cos( t )
 , com 0 ≤ t ≤ 2π .
 y = sen( t )
r r r
Como a equação vetorial da curva C é dada por R ( x , y) = x. i + y. j , resul-
r r r
ta que: R ( t ) = cos( t ). i + sen( t ). j .
r r r r r r
Se F( x , y) = 2 y. i + 5x. j , então F( t ) = 2 sen( t ). i + 5 cos( t ). j .
r
r dR ( t ) r r
Observe, também, que T ( t ) = = − sen( t ). i + cos( t ). j .
dt
Portanto, tem-se que:
r r r r r r
F( t ).T ( t ) = (2 sen( t ). i + 5 cos( t ). j ).(− sen( t ). i + cos( t ). j) =
= −2 sen 2 ( t ) + 5 cos 2 ( t ) = −2 sen 2 ( t ) + 5(1 − sen 2 ( t )) = 5 − 7 sen 2 ( t ) .
Em tais condições, resulta que:
r r 2π 2π 1

C
F( t )T( t ).dt = ∫
(5 − 7 sen 2 ( t )).dt =
t =0 ∫ t =0
(5 − 7.( ).(1 − cos(2t ))).dt =
2
2π 2π 1 2π 1
= ∫ t =0
5dt + ∫
t =0
(−7).( ).dt +
2 t =0 ∫
(7).( ). cos(2 t ).dt =
2
2π 7 2 π 2 π 7 1
=5 ∫ t =0
dt −
2 t =0 ∫ dt +
t =0 ∫
( ). . cos(2 t ).d (2 t ) =
2 2 12 3
= 2 dt

2π 7 2π 7 2π
=5 ∫ t =0
dt −
2 ∫ t =0
dt +
4 ∫ t =0
cos(2 t ).d (2 t ) =

CDCI/CMCD
Cálculo Diferencial e Integral
Lista de Exercícios Ds4C3e04

= 5. t [ ] 2π
0
7
− . t
2
[ ]
7
4

+

[
sen(2 t ) 0 = 10π − 7 π = 3π .
0 ]
r r
Disto posto, mostre-se que ∫∫
[rot (F( x , y))].k.dx.dy = 3π .
D

Primeiramente, observe que:


r  ∂Q( x , y) ∂P( x , y)  r r r
rot (F( x , y)) =  − .k = (5 − 2).k = 3.k .
 ∂x ∂y 
Portanto, tem-se que:
r r rr
∫∫
D
[rot (F)].k.dx.dy = ∫∫ D
3.k.k.dx.dy = 3 ∫∫
D
dx.dy = 3.(π.12 ) = 3π , pois é

dado que ∫∫
D
dx.dy é numericamente igual à área da região plana D (ou

seja, igual à área de um círculo de raio unitário).


Entretanto, calcule-se 3 ∫∫ D
dx.dy .

Observe, então, que os extremos de integração para a região D1 (corres-


pondente a um quarto da região total D) serão dados por:
0 ≤ x ≤ 1
D1 :  , se x 2 + y 2 = 1 , então y = ± 1 − x 2 . Para D1 toma-
0 ≤ y ≤ 1 − x 2

se a parte y = 1 − x 2 no primeiro quadrante.

Logo: 3 ∫∫ D
dx.dy = 3.4. ∫∫ D1
dx.dy .

Conseqüentemente, vem que:


1 1− x 2
3 ∫∫
D
dx.dy = 3.4. ∫∫
D1
dx.dy = 12. ∫ x =0 ∫ y=0
dydx = I .

Observe que para resolver I seria melhor utilizar coordenadas polares.


Assim, para um quarto do círculo de raio unitário, tem-se que:

CDCI/CMCD
Cálculo Diferencial e Integral
Lista de Exercícios Ds4C3e04

0 ≤ ρ ≤ 1
D1 :  .
0 ≤ θ ≤ π / 2
Utilizando a equação de transformação de Integrais em coordenadas retan-
gulares para coordenadas polares
∂ ( x , y)
∫∫ F(x, y).dxdy = ∫∫ G(ρ, θ). ∂(ρ, θ) .dρdθ ,
R R1

tem-se que:
1
1 1− x 2 π/2 1 π/ 2 ρ2 
I = 12. ∫ x =0 ∫ y =0
dydx = 12. ∫ θ= 0 ∫ ρ =0 ∫
ρ.dρdθ = 12.
θ =0
  .dθ =
 2 0
π/ 2 6π
dθ = 6.[θ]0
12

π/2
= . = = 3π , como não poderia ser diferente.
2 θ =0 2
r r r r
Logo, de fato ∫C
F( t ).T ( t ).dt = ∫∫
D
[rot (F( x , y))].k.dx.dy = 3π , comprovan-

do o teorema de Stokes no plano para o integral de linha em questão.


Observação:
Saliente-se que na equação transformativa
∂ ( x , y)
∫∫ F(x, y).dxdy = ∫∫ G(ρ, θ). ∂(ρ, θ) .dρdθ
R R1

∂ ( x , y)
o termo (tomado em módulo) corresponde ao Jacobiano das coor-
∂ (ρ, θ)
denadas retangulares x e y em relação às coordenadas polares ρ e θ .
Relembre-se, também, que o mesmo é dado por:
∂x ∂x
∂ ( x , y) ∂ρ ∂θ cos(θ) − ρ. sen(θ)
= = = ρ,
∂ (ρ, θ) ∂y ∂y sen(θ) ρ. cos(θ)
∂ρ ∂θ

x = ρ. cos(θ)
uma vez que  .
 y = ρ. sen(θ)

CDCI/CMCD
Cálculo Diferencial e Integral
Lista de Exercícios Ds4C3e04
r r r
(02) Verificar o teorema da Divergência no plano onde F( x , y) = 2 y. i + 5x. j e
D é a região plana limitada pela circunferência x 2 + y 2 = 1 .
r r r
Resposta: ∫
F( t ).N( t ).dt =
C
∫∫
[div(F( x , y))].dx.dy = 0 .
D

Solução:
r r r
Deve-se demonstrar que ∫C
F( t ).N( t ).dt = ∫∫
D
[div(F( x , y))].dx.dy .

Do exercício anterior, tem-se que a equação vetorial da curva C é dada por


r r r
R ( t ) = cos( t ). i + sen( t ). j .
r r r r r
Como T ( t )dt = − sen( t ).dt. i + cos( t ).dt. j = dx. i + dy. j , tem-se, então, ne-
r r r r r
cessariamente, que: N( t )dt = cos( t ).dt. i + sen( t ).dt. j = dy. i − dx. j .
r r r r r r
Se F( x , y) = 2 y. i + 5x. j , então F( t ) = 2 sen( t ). i + 5 cos( t ). j .
Veja, também, que
r r r r r r
F( t ).N( t )dt = (2 sen( t ). i + 5 cos( t ). j).(cos( t ).dt. i + sen( t ).dt. j) =
= 2 sen( t ). cos( t ) + 5 sen( t ). cos( t ) = 7 sen( t ). cos( t ) .
Em tais condições, resulta que:
r r 2π 2π


C
F( t ) N( t ).dt = ∫
7 sen( t ). cos( t ).dt = 7
t =0 ∫ t =0
sen( t ). cos( t ).dt =

1 2π 7 2π 7 2π 2
= 7. .
2 ∫ t =0
2. sen( t ). cos( t ).dt =
2
.∫ t =0
sen(2 t ).dt = .
2 ∫ t =0 2
sen(2 t ).dt =


.[− cos(2 t )]0 = 0 .
7 7


= . sen(2 t ).d (2 t ) =
4 t =0 4
r
Calcule-se, então, ∫∫D
[div(F( x , y))].dx.dy .

Imediatamente, tem-se que:


r rr ∂P( x , y) ∂Q( x , y)
div(F( x , y) = ∇.F( x , y) = + = 0.
∂x ∂y

CDCI/CMCD
Cálculo Diferencial e Integral
Lista de Exercícios Ds4C3e04
r
Logo, ∫∫
D
[div(F( x , y))].dx.dy = 0 , comprovando o teorema da Divergên-

cia para o caso em questão.


Assim, tem-se que:
r r r
∫C
F( t ).N( t ).dt = ∫∫
[div(F( x , y))].dx.dy = 0 .
D

(03) Calcular, aplicando o teorema de Stokes no plano, o integral definido


∫∫
D
( x + z).dx + (z + x ).dy + ( x + y).dz , onde D é a região limitada por

x + y2 + z2 = 0 e x + y + z = 0 .
2

Resposta: ∫∫
D
( x + z).dx + (z + x ).dy + ( x + y).dz = 0 .

r r r
(04) Verificar o teorema de Stokes no plano onde F( x , y) = x 2 . i + y 2 . j e D é a
região plana limitada pela elipse 4 x 2 + 25 y 2 = 100 .
rr r r
Resposta: ∫
F.T.dt =
C
∫∫
[rot (F)].k.dx.dy = 0 .
D

(05) Calcular, aplicando o teorema de Stokes no plano, o integral definido


∫C
x 2 y 3 .dx + dy + z.dz , onde C é a circunferência definida por

x2 + y2 − R 2 = 0 e z = 0 .

− πR 6
Resposta: ∫
C
x 2 y 3 .dx + dy + z.dz =
8
.

(06) Calcular ∫
C
((− x 2 y /(1 + x 2 )).dx + (arctg( x )).dy , onde C é o caminho fe-

chado formado por y = 0, x = 1, y = 1 e x = 0.

CDCI/CMCD
Cálculo Diferencial e Integral
Lista de Exercícios Ds4C3e04

Resposta: ∫
C
((− x 2 y /(1 + x 2 )).dx + (arctg ( x )).dy = 1 .

(07) Calcular ∫C
( xy − y 2 ).dx + x.y 2 .dy , onde C é o caminho fechado simples

formado por y = 0, x = 1 e y = x.
1
Resposta: ∫
C
( xy − y 2 ).dx + x.y 2 .dy =
12
.

(08) Calcular ∫C
((1 / y).dx + (1 / x ).dy , onde C é o caminho fechado simples

formado por y = x, y = 4 e x = 1.
15
Resposta: ∫
C
((1 / y).dx + (1 / x ).dy = 2 ln(4) −
4
.

∫ (e x + y 2 ).dx + ( x + 1 + y 7 ).dy , onde C é o caminho fechado


3
(09) Calcular
C

formado por y = 0, x = 1 y = x.
1
∫ (e x + y 2 ).dx + ( x + 1 + y 7 ).dy =
3
Resposta: .
C
6

(10) Calcular ∫C
(− y 2 + arctg ( x )).dx + (ln( y)).dy , onde C é o caminho fechado

formado por y = x 2 e x = y 2 .
3
Resposta: ∫
C
(− y 2 + arctg( x )).dx + (ln( y)).dy =
10
.

CDCI/CMCD

Você também pode gostar