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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Curso de Direito

EUNICE DE SOUZA DA ROSA

A constitucionalidade ou inconstitucionalidade da Judicialização do Acesso à Saúde

Nova Friburgo
2010
EUNICE DE SOUZA DA ROSA

A constitucionalidade ou inconstitucionalidade da Judicialização do Acesso à Saúde

Artigo Científico Jurídico apresentado como


exigência final da disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso à Universidade Estácio de
Sá – Curso de Direito.

Orientador: Prof. Marcus Vinicius V. Rodrigues

Nova Friburgo
2010
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4

2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................5

2.1 DIREITO À SAÚDE: CONCEITO E HISTÓRICO............................................................6

2.2 EFETIVIDADE E EFICÁCIA DO DIREITO À SAÚDE................................................. 10


2.3 SEPARAÇÃO DE PODERES............................................................................................12

2.4 COMPETÊNCIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS.................15

2.5 RESERVA DO POSSÍVEL.............................................................................................18

2.4 SITUAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL – SUS..................................................................20

2.6 TEORIA DA MÁXIMA EFETIVIDADE..........................................................................22


2.7 TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL..........................................................................23
2.8 TEORIA DO MÍNIMO EXISTENCIAL ...........................................................................24
2.9 CONSEQUÊNCIAS E LIMITES DA INTERVENÇÃO JUDICIAL................................25

3. CONCLUSÃO.....................................................................................................................28

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................30
RESUMO

O presente artigo trata da questão de o Poder Judiciário garantir a efetivação do Direito à


Saúde, principalmente quanto ao fornecimento de medicamentos. Aborda os Direitos
Fundamentais, bem como o Direito à Saúde, intrinsecamente ligado ao Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana, relacionando tais direitos à ineficácia do Poder Executivo na
implementação de políticas públicas sobre saúde, passando pelos conceitos de Micro Justiça
X Macro Justiça, Reserva do Possível, Separação de Poderes, sendo discutida a problemática
da eficácia e efetividade do direito à saúde aos hipossuficientes. Além disso, serão
consideradas as conseqüências dessa intervenção e suas limitações segundo a decisão do
Supremo Tribunal Federal.

Palavras-chave: 1. Direitos Fundamentais. 2. Direito à Saúde. 3. Efetividade. 4. Intervenção.


5. Poder Judiciário. 6. Limitações.
1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objeto a análise da possibilidade de o Poder Judiciário


garantir a efetivação do Direito à Saúde, especialmente quanto ao fornecimento de
medicamentos.
É corriqueiro nas lides forenses o impasse entre a necessidade de se fazer respeitar os
direitos constitucionais da coletividade e, ao mesmo tempo, de se assegurar independência ao
Poder Executivo em relação ao Poder Judiciário - tal como exorta a Carta da República ao
homenagear a separação de poderes.
Nesse passo, relevante é a análise da constitucionalidade da intervenção do Poder
Judiciário na implementação de políticas públicas, trazendo a dificuldade prática verificada
nos Tribunais, bem como a divergência jurisprudencial encontrada, levando-se em
consideração o embaraço do Julgador em decidir um pedido de fornecimento de
medicamento, pois, ao mesmo tempo que não seria de sua competência implantar políticas
públicas, deve fazer cumprir um direito assegurado na CRFB de 1988, notadamente nos
artigos 196, 197 e 198.
Para uma melhor compreensão, mister se faz abordar os direitos fundamentais
dispostos na Constituição da República, mais especificamente o Direito à Saúde que se
encontra umbilicalmente ligado ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.
Não se pode deixar de relacionar tais direitos à ineficácia do Poder Executivo na
implementação de políticas públicas sobre saúde e, em outro giro, à efetivação promovida
pelo Judiciário através da intervenção para o atendimento aos hipossuficientes.
Em um desdobramento necessário, o direito à saúde será analisado à luz de conceitos
sobre a Reserva do Possível, competência para implementação de políticas públicas,
Separação dos Poderes, Micro Justiça x Macro Justiça, SUS e Assistência Farmacêutica.
Por fim, a discussão acerca da intervenção judicial, esclarecendo as Teorias da
Máxima Efetividade e do Mínimo Existencial, sendo ainda consideradas as conseqüências
dessa intervenção e suas limitações segundo a decisão do Supremo Tribunal Federal.
Para a abordagem dos assuntos acima citados, serão utilizados como fonte de
pesquisa: doutrina, jurisprudência e artigos periódicos, uma vez que o tema encontra-se em
franco debate em nossos tribunais.

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