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ENGENHARIA ELÉTRICA

BRUNNA LUIZA DE OLIVEIRA SOUZA


FILEMON DE SOUZA FERREIRA
GABRIEL YURI DUQUINA DOLABELA
LEANDRO PEREIRA FOMSECA
NATANAEL DE OLIVEIRA GONÇALVES
ROGÉRIO MACHADO DE ARRUDA

TÊMPERA
Relatório de aula prática

Belo Horizonte
2017
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - .................................................................................................................................................... 03
Figura 2 – .................................................................................................................................................. .04
Figura 3 – ................................................................................................................................................... 04
Figura 4 – Peça de aço plana (47,5 x 50 x 9,2) mm ................................................................................... 05
Figura 5 – Forno tipo mufla ......................................................................................................................... 06
Figura 6 – Luva de proteção ....................................................................................................................... 06
Figura 7 – Balde metálico ............................................................................................................................ 06
Figura 8 – Pinça metálica ............................................................................................................................ 07
Figura 9 – Durômetro .................................................................................................................................. 07
Figura 10 – .................................................................................................................................................. 07
Figura 11 – .................................................................................................................................................. 08
Figura 12 – .................................................................................................................................................. 09
Figura 13 –. ................................................................................................................................................. 09
Figura 14 –. ................................................................................................................................................. 10
Figura 15 – .................................................................................................................................................. 10
Figura 16 –.. ................................................................................................................................................ 12
Figura 19 –. ................................................................................................................................................. 12
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
2 OBJETIVO ............................................................................................................................. 6
3 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................................... 6
4 RESUMO................................................................................................................................ 8
5 RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................................... 9
6 CRÍTICAS E OBSERVAÇÕES ........................................................................................... 9
7 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS ........................................................................................... 10
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1. INTRODUÇÃO

TEMPERABILIDADE
A temperabilidade é a capacidade de um aço para formar martensita na têmpera. Seu conceito também
pode ser entendido como a capacidade de endurecer um aço através de um resfriamento partindo da
austenita. Assim, a temperabilidade determina se um objeto pode ser feito de forma mais enrijecida, ou
se é resistente ao endurecimento. Este termo é usado apenas para se referir a objetos de metal,
incluindo aço e ligas metálicas, e não é aplicada aos plásticos ou outros materiais. Quanto maior a fração
volumétrica de martensita presente no aço, maior a dureza e, quanto mais carbono, sua temperabilidade
também será maior.
Para que a têmpera seja realizada, devemos aquecer o material desejado até a temperatura de
austenitização dele, deixando por um determinado tempo para que isso se homogeneizar. Desse modo, a
estrutura do aço será cúbica de face centrada que contém o menor volume. Após a fonte de calor ser
removida, a peça deve ser resfriada rapidamente ou lentamente, dependendo da microestrutura alvo que
se quer atingir, e, para isso, existem vários meios em que o material pode ser resfriado. O meio em que
conseguiremos um maior resfriamento será a salmoura sendo agitada constantemente durante o
procedimento.
Quanto mais rápida for a taxa de resfriamento, maiores as chances de formar a martensita
(solução sólida de 2 % de carbono em ferro, presente no aço temperado; quando o resfriamento é lento,
se decompõe em ferro e carbureto de ferro), que é o objetivo da têmpera. Caso ela não seja
suficientemente rápida, irá formar um material diferente e não tão duro. A formação de martensita
também dependerá da distância com as bordas externas do material, pois quanto mais espesso, maiores
são as chances de o material resfriar mais lentamente no núcleo do que na periferia, fazendo assim que
o núcleo seja menos duro e mais dúctil.
Para que não tenhamos tantos problemas ao temperar um aço, uma peça com geometria complexa, é
comum a adição de elementos de liga que irão facilitar a temperabilidade, como o boro, manganês,
cromo e molibdênio. A adição de ligas deve ser cuidadosamente realizada para evitar a alteração das
propriedades do aço, de modo a afetar a sua capacidade de ser endurecido.
Um dos procedimentos para se determinar a temperabilidade consiste na análise das superfícies de
fratura de corpos de prova cilíndricos e entalhados. A diferença entre a superfície de fratura da região
central, não temperada (mais macia e, por isso, com fratura dúctil), e a região periférica, temperada (mais
dura e, por isso, com fratura frágil), é em geral facilmente perceptível, mesmo a olho nu.
ENSAIO JOMINY
O ensaio Jominy, em metalurgia, é uma técnica para avaliar a temperabilidade de um aço, ou seja, a
capacidade de se obter martensita por tratamento térmico de têmpera. Consiste num dispositivo onde se
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coloca um corpo de prova cilíndrico, austenitizado, sobre um jato de água, até seu total resfriamento. Em
seguida é feita a medida de dureza ao longo de todo o seu eixo axial.
O procedimento do ensaio é descrito na norma ASTM A255, na qual a peça com 1” de diâmetro e 4” de
comprimento é colocada num forno a 900ºC até chegar no ponto de austenitização. Após é feito um
resfriamento, colocando o corpo de prova num dispositivo, conforme ilustrado na imagem acima, onde
recebe um jato de água em uma das pontas. “Então, após o resfriamento ser completo, é feita uma
medição de dureza, feita em Rockwell C (HRC) a partir de um corte transversal à peça em intervalos de
1/16”. Após, as medições são anotadas e formam um gráfico com o perfil de dureza da peça.
Nesse procedimento de resfriamento, o corpo de prova receberá o jato de água em somente uma
das pontas, que será mais rapidamente resfriada, logo ela será temperada e, a outra ponta, que resfriou
ao ar será a normalizada. Abaixo, é apresentado um gráfico com uma taxa de resfriamento concebida
pelo ensaio Jominy e um diagrama TTT do mesmo.
Ao fazer o teste de dureza, conseguimos os valores representados no gráfico abaixo.
Nota-se que a maior dureza registrada foi na ponta resfriada com água, então, quanto maior é a
velocidade de resfriamento, maior é a dureza. Isto está diretamente relacionado aos produtos resultantes
do resfriamento: martensita, perlita fina e perlita grossa.
A presença de elementos de liga no aço pode retardar o início das transformações difusivas. Este fato
pode ser visto como um deslocamento para a direita das curvas em C dos diagramas TTT. Isto é refletido
no ensaio Jominy como uma distância maior endurecida, a partir da extremidade resfriada. Esta é a
profundidade de endurecimento ou endurecibilidade ou ainda temperabilidade.
Aços de elevada endurecibilidade possibilitam a obtenção de martensita, de elevada dureza, em
componentes de grandes dimensões, tais como matrizes. Aços de baixa temperabilidade ficam restritos a
confecção de chaves de fenda, engrenagens de pequenas dimensões e outros componentes similares.
Ensaio dos aços 1020, 1045 e 4140
Para a realização do ensaio, foram utilizados os corpos de prova normalizados, conforme ASTM
A255, dos aços 1020, 1045 e 4140. A austenitização dos aços foi feita conforme tabela abaixo:
Temperatura Tempo de Austenitização
Aço 1020 925ºC 30-35min
Aço 1045 845ºC 30-35min
Aço 4140 845ºC 30-35min
Para evitar a descarbonetação e a oxidação excessiva foi utilizada uma luva de grafite que
envolveu a peça durante o aquecimento no forno e, para evitar o contato com a luva, foi utilizada uma
camada de cerâmica.
Após a austenitização completa da peça, ela foi levada para o resfriamento com água a
temperatura ambiente de 26ºC, em um aparelho semelhante ao demonstrado na primeira imagem, com
laterais fechadas para evitar o contato direto com correntes de ar e um possível resfriamento indesejado.
A duração do resfriamento foi de 11 minutos com o jato de água e, posteriormente o corpo foi totalmente
submergido em água para o completo resfriamento até a temperatura ambiente. Após o tratamento
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térmico foi realizada a limpeza por lixamento dos corpos de prova, retirando-se a carepa grosseira
formada nos tratamentos térmicos de austenitização e têmpera.
Para as medidas de dureza ao longo das amostras, as medidas foram realizadas de acordo com a Norma
ASTM A255. Para a fixação e estabilização do corpo de prova foi desenvolvido um dispositivo de fixação
durante as medidas de dureza a 90° do identador. As distâncias entre as identações, segundo a Norma
ASTM A-255, são múltiplos de 1/16” (1/16 polegada) a partir da extremidade em contato com a água
durante a têmpera, conforme segue: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 22, 24, 28,
32. As durezas foram medidas na escala Rockwell, com identador com ponta de diamante.
Medidas de dureza do aço 1020
Medidas de dureza do aço 1045
Medidas de dureza do aço 4140
Após realizar as medidas de dureza, foi possível montar o seguinte gráfico de temperabilidade
Jominy, relacionando a dureza com a distância.
Aços que obtiveram posições Jominy com HRC abaixo de 20 (que a Norma ASTM A255 exclui) tiveram o
trecho abaixo de 20HRC marcado em linha pontilhada. Isto ocorreu no SAE 1020 a partir da posição
3/16” e no SAE 1045 apenas na última posição Jominy.
O aço SAE 4140 apresentou maiores medidas de dureza, na ordem de 57 HRC até a distância J6, e os
menores valores de dureza (40- 48 HRC) estão no final da amostra (J32). Portanto, a diferença de dureza
entre as extremidades da amostra (distâncias Jominy J1-J32) está na faixa de 10 HRC. A
temperabilidade do aço SAE 4140 (maiores valores de dureza com a distância Jominy) está relacionada
com o teor de Carbono (0,4%) e à presença de elementos de liga desses aços, que promovem um
deslocamento do “cotovelo” das transformações Austenita –> Ferrita/ Perlita para tempos mais longos no
seu diagrama TTT. Assim, as transformações Austenita –> Martensita (e Bainita) são garantidas, mesmo
para os menores valores de velocidades de resfriamento.
O aço SAE 1045 apresenta a máxima dureza (57 HRC) na sua extremidade (J1), bem próximo aos
valores observados para o aço e SAE 4140, mas há um decréscimo da dureza com o aumento da
distância Jominy. A curva Jominy desse aço apresenta uma inclinação que corresponde à formação de
50% de Martensita próximo ao ponto J(2-3), diminuindo sua dureza a partir desse ponto para alcançar
valores da ordem de 20 HRC, na forma de um patamar inferior dos valores de dureza (J16-J32). O valor
máximo de dureza está associado ao seu teor de Carbono (0,45%), na mesma faixa do teor do aço 4140
(0,39-0,42%). Essa dureza é associada à dureza da Martensita, que depende apenas do teor de C. A
ausência de elementos de liga nesse aço desloca o “cotovelo” da transformação Austenita –> Ferrita /
Perlita para a esquerda no seu diagrama de TTT, diminuindo, portanto, a sua temperabilidade.
O aço SAE 1020 apresenta baixo valor de dureza (40 HRC) na sua extremidade (J1) caindo rapidamente
para o valor da ordem de 27 HRC (J2). A partir desta distância os valores na escala de dureza HRC caem
para valores abaixo de HRC 20. Essa baixíssima temperabilidade desse aço se explica pelo baixo teor de
C (0,2%) e ausência de elementos de liga. Mesmo para velocidade de resfriamento muito elevada
(extremidade J1) não é possível a obtenção de uma quantidade significativa de Martensita. Isso se
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explica pelo deslocamento do “cotovelo” da transformação Austenita –> Ferrita / Perlita para a esquerda
no diagrama TTT desse aço devido ao baixo teor de C e ausência de elementos de liga, não permitindo
que ocorra uma quantidade significativa de transformação da Austenita em Martensita

2 OBJETIVO

 Executar e entender o processo de análise de dureza.

 Entender os fatores que afetam a tempera do aço.

 Verificar qual o impacto da tempera em diferentes tipos de aço.

3 MATERIAIS UTILIZADOS

 Peça de aço plana (47,5 x 50 x 9,2) mm.


Figura 4: Peça de aço plana

 Forno tipo mufla.


Figura 5: Forno tipo mufla.
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 Luva de proteção para altas temperaturas.


Figura 6: Luva de proteção.

 Balde metálico com capacidade de pelo menos 1 L.


Figura 7: Balde metálico.

 Pinça metálica.
Figura 8: Pinça metálica.
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 Durômetro (escala Rockwell).


Figura 9: Durômetro.

4 RESUMO

Para realização da atividade prática foi seguido alguns pré-requisitos de segurança:


Utilização de jaleco, luvas de proteção, calça e sapatos fechados.

Abaixo o passo a passo da atividade:

 Pegou-se uma chapa de aço carbono 1020 (47,5 x 50 x 9,2) e levou-a para medir a dureza em
um durômetro (escala Rockwell), com ponta de diamante... (Fig....).
 Zerou-se a escala do durômetro girando o carretel de regulagem do fuso, colocando o SET da
escala abaixo do ponteiro grande.
 Liberou-se a carga adicional de penetração e aguardaram-se aproximadamente 10 segundos.
 Removeu-se a carga adicional de penetração e aguardaram-se aproximadamente 5 segundos
(alavanca).
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 O procedimento descrito acima foi realizado três vezes.


 Após retirou-se a média dos resultados coletados e anotado para comparação ao final do
experimento.
 Com o auxílio de uma pinça metálica e uma luva de proteção, Introduziu-se a peça de aço
carbono 1020 em um forno tipo mufla (Fig...) à 850°C por 20 min. Obs.: O forno foi aberto três
vezes nesse intervalo tempo.
 Após retirou-se a peça do forno com auxílio de uma pinça maior, e levou a mesma até um balde
metálico com água. Introduziu-se a peça no mesmo ate esfriar. Obs.: A peça soltou da pinça ao
coloca-la no primeiro balde metálico.
 Introduziu-se a peça em outro balde metálico para que a peça esfriasse completamente, e após a
retirada da peça levou-a para realizar novas medições.
 Mediu-se novamente a dureza, seguindo o procedimento de medida da dureza do Durômetro.
 Realizou-se o procedimento por três vezes, e anotado para realizar comparações e tirar
conclusões finais.

5 RESULTADOS OBTIDOS

6 CRÍTICAS E OBSERVAÇÕES

Com esta aula prática, ampliamos muito o nosso conhecimento, relacionando a teoria aprendida em sala
de aula com a prática no laboratório de química. O tempo para esta aula pratica foi bem calculado, tendo
tempo hábil para concluir o experimento.
O laboratório conta com uma ótima estrutura, muito bem organizado e limpo, com materiais completos,
onde todos os alunos puderam participar das tarefas.
O professor usou de uma boa didática, onde podemos concluir a prática no tempo predeterminado.
Houve uma boa participação de todos os envolvidos, tendo assim uma boa absorção do tema
apresentado.
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7 CONCLUSÃO

Após todo o trabalho feito concluímos que, os resultados obtidos foram satisfatórios, levando em
consideração que, foi o primeiro contato do grupo com essa experiência em específico.
Com esta aula prática, foi agregado ao conhecimento prático como ocorre na prática à nucleação de um
cristal de sulfato de cobre.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

Publicado em 01 de June de 2016 por Luis Guilherme Seidel


CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

TEMPERABILIDADE DOS AÇOS 1020, 1045 E 4140

Luis Guilherme Seidel

Lajeado, maio de 2016

http://www.webartigos.com/artigos/temperabilidade-dos-acos-1020-1045-e-4140/143091
12/05/2017.

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