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Todo o sistema elétrico de potência é composto basicamente por três blocos chamados
de geração, transmissão e distribuição. No contexto brasileiro, cada parte exerce um papel
crucial para o funcionamento do sistema geral e nenhum opera isolado dos demais. Como o
desenvolvimento deste trabalho será em nível de distribuição, este bloco do SEP será
abordado detalhadamente.
O sistema de distribuição é divido em três subníveis de atuação: sistema de
subtransmissão, sistema de distribuição primária e sistema de distribuição secundária. Deste
modo, aqui serão abordadas as características relativas ao sistema de distribuição, os
principais arranjos utilizados e a modelagem matemáticas dos elementos que o compõe
(KAGAN, OLIVEIRA e ROBBA, 2010).
1. SISTEMA DE SUBTRANSMISSÃO
2. SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO
4. DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA – BT
𝟏
[𝒂] = [𝑼] + . [𝒁𝒂𝒃𝒄 ]. [𝒀𝒂𝒃𝒄 ] (2)
𝟐
[𝒃] = [𝒁𝒂𝒃𝒄 ] (3)
𝟏
[𝒄] = [𝒀𝒂𝒃𝒄 ] + . [𝒀𝒂𝒃𝒄 ]. [𝒁𝒂𝒃𝒄 ]. [𝒀𝒂𝒃𝒄 ] (4)
𝟒
𝟏
[𝒅] = [𝑼] + . [𝒁𝒂𝒃𝒄 ]. [𝒀𝒂𝒃𝒄 ] (5)
𝟐
𝒁𝟎 𝟎 𝟎
[𝒁𝒔𝒆𝒒 ] = [ 𝟎 𝒁+ 𝟎] (6)
𝟎 𝟎 𝒁+
[𝒁𝒂𝒑𝒓𝒐𝒙 ] = [𝑨𝒔 ]. [𝒁𝒔𝒆𝒒 ]. [𝑨𝒔 ]−𝟏 (7)
Neste esquema de ligação, como pode ser visto nos diagramas fasoriais, as correntes e
tensões de linha do secundário ficam adiantadas de 30º das correntes e tensões de linha do
primário. Analisando o circuito equivalente do transformador, pode-se escrever que as tensões
do entre primário e secundário se relacionam da seguinte maneira, como na equação (9):
𝟐 𝟏
𝟎
𝑽𝒂𝒈 𝟑 𝟑 𝑽𝑨𝑩
𝟏 𝟏 𝟎 −𝟏 𝟐 𝟏
𝑽
[ 𝒃𝒈 ] = ( . [−𝟏 𝟏 𝟎 ]) . 𝟎 . [𝑽𝑩𝑪 ]
𝒏𝒕 𝟑 𝟑 𝑽
𝑽𝒄𝒈 𝟎 −𝟏 𝟏 𝑪𝑨
𝟏 𝟐 (9)
( [𝟑 𝟎
𝟑] )
𝒁𝒕𝒂 𝟎 𝟎 𝑰𝒂
−[ 𝟎 𝒁𝒕𝒃 𝟎 ] . [𝑰 𝒃 ]
𝟎 𝟎 𝒁𝒕𝒄 𝑰𝒄
𝑰𝑨 𝟏 𝟏 −𝟏 𝟎 𝑰𝒂 (11)
[𝑰 𝑩 ] = . [ 𝟎 𝟏 −𝟏] . [𝑰𝒃 ]
𝑰𝑪 𝒏𝒕 𝑰𝒄
−𝟏 𝟎 𝟏
Ou reescrevendo na forma condensada, chega-se a equação (12):
onde: 𝑛𝑡 é a relação de espiras do trafo; 𝑉𝐴𝐵 , 𝑉𝐵𝐶 𝑒 𝑉𝐶𝐴 são tensões de linha no lado de alta;
𝑉𝑎𝑏 , 𝑉𝑏𝑐 e 𝑉𝑐𝑎 são tensões de linha no lado de baixa; 𝑉𝑎𝑔 , 𝑉𝑏𝑔 e 𝑉𝑐𝑔 são tensões fase terra no
lado de baixa tensão; 𝑍𝑡𝑎 , 𝑍𝑡𝑏 e 𝑍𝑡𝑐 são as impedâncias dos enrolamentos de cada fase; 𝐼𝐴 , 𝐼𝐵
e 𝐼𝐶 são correntes de linha no lado de alta tensão; 𝐼𝑎 , 𝐼𝑏 e 𝐼𝑐 são as correntes de linha no lado
de baixa tensão. A impedância dos enrolamentos primário e secundário é informada pelo
fabricante na placa do transformador, sendo encontrada através de ensaio de curto circuito
(KERSTING, 2001).
̅
𝑺𝑵𝑭 = 𝑺𝑵𝑭 /𝝋 = 𝑷𝑵𝑭 + 𝒋𝑸𝑵𝑭 (14)
As cargas de impedância constante com a tensão são cargas do tipo resistivas, como
chuveiros, torneiras elétricas, aquecedores com resistência e aparelhos capacitivos. Como a
impedância é constante, tem-se que seu valor é dado conforme equação (15):
𝟐 𝟐
̅ 𝒄𝒐𝒏𝒔 = 𝑽∗𝑵𝑭 = 𝑽𝑵𝑭 /𝝋 = 𝑹 + 𝒋𝑿
𝒁 (15)
̅
𝑺 𝑵𝑭𝑺 𝑵𝑭
Para qualquer valor de tensão aplicada à carga, 𝑉̇𝐹 = 𝑉𝐹 /𝜃, a potência absorvida será
dada pela equação (16):
𝑽̇∗𝑭 𝑽𝟐𝑭 𝑽𝑭 𝟐
̅
𝑺𝑭 = 𝑽̇𝑭 . 𝑰̇∗ = 𝑽̇𝑭 . = =( ) .̅
𝑺𝑵𝑭
̅ ∗𝒄𝒐𝒏𝒔 𝑽𝟐𝑵𝑭
𝒁 𝑽𝑵𝑭 (16)
̅
𝑺𝑵𝑭
Para cargas de impedância constante, observa-se que a potência drenada pela carga
varia quadraticamente com a tensão a ela aplicada.
Para qualquer valor de tensão aplicada à carga, 𝑉̇𝐹 = 𝑉𝐹 /𝜃, a corrente drenada, 𝐼𝐹̇ =
𝐼𝑁𝐹 /𝜃 − 𝜑, será constante e a potência absorvida variará de acordo com a equação (18):
𝑽𝑭
̅𝑭 =
𝑺 ̅
.𝑺 (18)
𝑽𝑵𝑭 𝑵𝑭
Nota-se que a potência absorvida pela carga terá uma variação linear diretamente
proporcional à variação da tensão.
Este tipo de carga apresenta sua potência, ativa e reativa, constantes independentes das
variações ocorridas na tensão. Um exemplo de carga que se encaixa neste modelo são os
motores elétricos de indução. A potência é dada pela equação (19):
̅
𝑺𝑭 = 𝑺𝑵𝑭 /𝝋 = 𝑷𝑵𝑭 + 𝒋𝑸𝑵𝑭 (19)
E a corrente elétrica drenada pelo equipamento quando aplicada uma tensão 𝑉̇𝐹 = 𝑉𝐹
/𝜃 é dada pela equação (20):
̅∗
𝑺 𝑺 /−𝝋 𝑺
𝑰̇𝑭 = 𝑽𝑵𝑭
̇∗
= 𝑽𝑵𝑭 /−𝜽 = 𝑽𝑵𝑭 /𝜽 − 𝝋 (20)
𝑭 𝑭 𝑭