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O carnaval nas primeiras décadas do século XX

Augusto Malta. Grupo de homens fantasiados para o carnaval, As Marrequinhas, 1913. Rio de Janeiro, RJ /
Acervo IMS

Com uma seleção de fotografias produzidas nas primeiras décadas do século XX, a Brasiliana Fotográfica
convida seus leitores para uma viagem rumo aos carnavais de antigamente. São registros dos festejos
carnavalescos feitos por A. Filgueiras, Aliwu, Augusto Malta (1864 – 1957), Guilherme Santos(1871 –
1966) e por fotógrafos ainda não identificados. O carnaval brasileiro é o maior e mais conhecido do mundo.
Comemorado em todo o país nas ruas e nos clubes, nos blocos carnavalescos e nos desfiles de escolas de
samba, com diversos ritmos musicais, é a festa mais popular do Brasil.
Augusto Malta. Desfile do corso durante do carnaval, 1914. Rio de Janeiro, RJ / Acervo IMS

Apesar de ter origem incerta, acredita-se que o carnaval tenha surgido ainda na Antiguidade, por volta do ano
520 a. C., na Grécia. Era uma festa realizada em torno do deus Dionísio em celebração à chegada da primavera
e da fertilidade. Nos primeiros anos da era cristã, a comemoração tornou-se popular na Roma Antiga.

No Brasil, teve início, em torno do século XVII, quando os portugueses introduziram o entrudo, jogo típico
da região de Açores e de Cabo Verde: era uma brincadeira em que as pessoas jogavam, uma nas outras, água,
ovos e farinha.

Inspirados nos costumes da França, os primeiros bailes mascarados realizados no Brasil – de que se tem notícia
até hoje – aconteceram no Rio de Janeiro, em 1835, no Café Neuville, localizado no largo do Paço, e no Hotel
D´Italia, na então rua Espírito Santo, perto da Praça Tiradentes ( Jornal do Commercio, de 27 de fevereiro de
1835, na segunda coluna; e de 5 de junho de 1835, na terceira coluna). Nesses bailes, dançavam-se ritmos não
brasileiros como a valsa e a polca. Em 23 de fevereiro de 1846, foi promovido pela cantora lírica Clara
Delmastro o primeiro baile mascarado em um teatro ( Jornal do Commercio, de 23 de fevereiro de 1846, na
primeira coluna). Aconteceu no Theatro de São Januário, que ficava na rua do Cotovelo, no Castelo, onde
localiza-se, atualmente, o Palácio da Justiça.

As sociedades carnavalescas, formadas pelas elites, surgiram por volta de 1855, assim como os ranchos e os
cordões, estes formados pelas camadas sociais mais populares. Os corsos tornaram-se muito populares no
início do século XX: neles as pessoas desfilavam fantasiadas em carros decorados. A festa foi crescendo e,
com a ajuda das marchinhas carnavalescas, tornando-se cada vez mais popular e animada.

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