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*Conto RPG*

*Título: A Escolha do Mestre*

*Autor: Leandro Oliveira*

*Enredo: Aventura*

Amanhece em Zǒu Hóuzi, o povoado dos _Macacos que Andam de Pé_, é um dia de sol
radiante com muitos pássaros cantando. Do interior de uma cabana, surge a figura do Mestre
Ancião, com seus cabelos grisalhos e uma barba longa, segurando um cajado em suas mãos. O
mestre olha para o céu e respira profundamente admirando o dia.

Ao dar uma volta pelo povoado, cumprimenta os seus moradores pelas ruas, homens,
mulheres e várias crianças brincando com alguns macacos. Mais a frente, alguns homens estão
reformando uma cabana com a ajuda de alguns gorilas. Ao passar pela frente de outra cabana
sente o cheiro de pão fresco, onde uma senhora reparte alguns pedaços com seus filhos e um
orangotango. Tudo isso faz o mestre ancião pensar em como o dia está perfeito.

Após o seu passeio matinal, chega a uma cabana para fazer o seu desjejum, onde um
chimpanzé está arrumando a mesa com diversos pães e uma vasta diversidade de frutas. Ao
sentar para fazer sua alimentação, faz uma prece, e logo após, saboreia a seu café da manhã.
Quando está para terminar sua refeição, uma lêmure aparece e sobe ao seu ombro, é um
companheiro de longa data. O Mestre Ancião dá um sorriso e lhe entrega um pedaço de pão
que é rapidamente pego pela lêmure.

Mais tarde, o mestre está numa campina, onde faz uma meditação, então ele se levanta e
começa a executar alguns movimentos, socos e chutes são executados com perfeita maestria,
seus golpes dançam com o vento, alguns golpes, são canalizados e se mostram tão fortes que
se houve um barulho como se estivesse cortando o vento. Há vários primatas que param ao
redor do mestre o admirando. Após uma série de movimentos, o mestre respira
profundamente, senta, e realiza uma prece. Então ele olha os primatas que estão ao redor que
o aplaudam.

Algum tempo depois, vai a uma campina, e observa alguns soldados fazendo o seu
treinamento, ao se aproximar da tropa, todos param e encurvam suas cabeças em sinal de
respeito ao Mestre Ancião. Então, o mestre faz um sinal e todos o olham, então ele diz para
continuarem o treinamento. O mestre se aproxima de um determinado soldado, e lhe orienta
com alguns movimentos, tanto de ataque como defesa, fazendo uma pequena demonstração.
É impressionante como os seus golpes são executados e todos ficam admirados.

Mais ao lado, estão os três aspirantes ao título de mestre ancião, onde um dos três será o seu
sucessor. Os aspirantes estão sentados, um de costas para o outro, então uma energia parece
fluir deles, pois estão canalizando os elementos da natureza: água, fogo, ar e terra. Então,
lentamente os três se levantam e começar a executar uma série de movimentos e golpes, seus
movimentos são ágeis, precisos e demonstram ser fortes. Um dos aspirantes começa a
esfregar as mãos rapidamente e as joga para cima, onde uma chama de fogo aparece no ar. O
segundo aspirante pega uma pedra e começa a fazer um movimento circular, então cria um
redemoinho que faz com que a pedra voe para longe. O terceiro aspirante se concentra e
desfere um soco no chão, onde racha a terra arremessando alguns pedregulhos. Depois da
apresentação de cada um, o mestre ancião aplaude de pé os aspirantes, cujo gesto é seguido
por toda a tropa presente.

Algum tempo depois, o mestre ancião está na entrada do templo sagrado, um local da época
dos antigos monges. O mestre adentra no templo, cumprimenta alguns sacerdotes que estão
varrendo o lugar e prossegue até chegar na câmara secreta. Dentro da câmara se encontra o
tesouro mais valioso do povoado, a estatueta do Babuíno de Ouro, um artefato antigo feito de
ouro puro e pedras preciosas que representam os elementos da natureza. O mestre senta em
frente a estatueta e começa a fazer uma meditação profunda, as forças da natureza são
canalizadas naquele ambiente, uma aura de diversas cores passeiam pelo local, então, da
estatueta começa a fluir algumas luzes, como se estivesse em sintonia com o mestre ancião,
como se comunicassem. Neste momento, do lado de fora do templo, primatas de diversos
tipos se aglomeram na entrada do templo. O Mestre Ancião ativa o poder primordial, cujo
poder faz com que se comunique com diversos tipo de primatas, além de poder os controlar.
De repente, tudo cessa, o mestre ancião desperta da sua meditação, se levanta e se retira do
local. Na entrada do templo, os primatas estão o aguardando e abaixam a cabeça quando o
mestre aparece. O mestre apenas sorri e faz um gesto, onde os primatas entendem e se
retiram.

Na manhã seguinte, o mestre ancião convoca os três aspirantes, os cumprimentam e diz que o
seu tempo está acabando, e que com isso, já tem o escolhido para ser o próximo mestre
ancião. Os três aspirantes se entreolham, e aguardam o anúncio do mestre. Então, o mestre
faz a revelação, o escolhido é Sun Kong-Ji, ele será o próximo mestre ancião. Então todos se
cumprimentam, e o mestre ancião dispensa os outros dois aspirantes. Sun Kong-Ji fica com o
mestre, então lhe é dito que ele precisa receber os ensinamentos. Sun Kong-Ji parece não
acreditar. Daquele dia em dia, Sun Kong-Ji irá morar junto com o mestre ancião, pois isso fará
parte do seu aprendizado.
Os outros dois aspirantes, Chan Hong e Kun No ficam por ora desolados, mas Kun No aceita a
decisão diz, que é o destino. Chan Hong parece não concordar, afinal, ele era mais velho, mais
forte e mais hábil do que Sun Kong-Ji. Então, Chan Hong decide se isolar pare refletir o que
houve, já Kun No decide continuar treinando, pois mesmo assim, é um dos soldados da elite.

Sun Kong-Ji recebe do mestre ancião os ensinamentos necessários, inclusive irá ser o portador
do cajado e de tudo o que mestre ancião possui, Sun Kong-Ji aprende a canalizar os elementos
em um nível maior, onde precisa despertar o poder primordial. Após algum tempo de
treinamento, Sun Kong-Ji precisa despertar o poder primordial, então vai até a campina onde o
mestre ancião medita e treina para tentar fazê-lo.

Chan Hong ainda não entende o porquê de não ter sido eleito o mestre ancião, então, movido
pela raiva, vai até o templo sagrado e o invade procurando pela estatueta sagrada, mas não a
encontra, os sacerdotes do templo tentam impedi-lo, mas são feridos.

Chan Hong vai até o mestre ancião, quando o mestre o recebe, Chan Hong o ataca de forma
traiçoeira, o ferindo severamente, eis que surge Sun Kong-Ji, no desespero ambos se
enfrentam, mas Chan Hong aparenta ser mais forte e golpeia fortemente Sun Kong-Ji.
Entretanto o mestre ancião consegue disparar um último golpe em Chan Hong, fazendo com
que ele fuja. Sun Kong-Ji diz que ainda não descobriu o como ativar o poder primordial, mas o
mestre ancião diz que ele irá consegui-lo, pois a verdadeira força já está dentro dele, que está
no seu coração, então o mestre ancião adormece.

Chan Hong ataca fogo em parte do povoado e foge, jurando vingança. Kun No decide ir atrás
dele, mas é dado como desaparecido. Diante de tudo isso, cabe a Sun Kong-Ji, agora como
mestre Kong proteger o povoado e despertar o poder primordial.

Frederick Dalton, conhecido como Dick Dalton, nascido no ano de 1885, 35 anos, na cidade de
Boston. Filho único, seu pai trabalhava no porto, era um controlador de cargas, sua mãe era
professora de literatura.
Desde criança sempre fora incentivado a ler, pois além de sua mãe ser professora, ela sempre
lia histórias para dormir.

Cresceu rodeado por livros que sua mãe ensinava, onde chegou a ler alguns. Ela também
escrevia alguns contos literários infantis, pois tinha uma máquina de escrever em casa.

Com o passar dos anos, Dick comecou a escrever alguns contos também.

Na sua juventude, foi convidado a participar na implantação do jornal da escola. Além de


redigir o jornal, também começou a fazer algumas entrevistas com os alunos, pais e
professores, onde acabou se tornando um jornalista da escola.

Anos mais tarde, conseguiu um emprego num jornal da cidade, era entregador de jornais,
onde acabou conhecendo diversas pessoas e locais por onde fazia suas entregas. Algum tempo
depois, conseguiu ascender ao cargo de jornalista.

Tudo corria bem até que um dia, houve uma reviravolta em sua vida, um acidente envolvendo
a sua mãe, um atropelamento por algum desconhecido. Sua mãe passou semanas
hospitalizada em coma, seu pai tentou descobrir quem era o culpado, mas foi em vão. Dick
usou as suas fontes como jornalista, mas nada de encontrarem o culpado, conseguiu alguma
ajuda com um detetive da cidade, Iam Harper, mas mesmo com a ajuda não obteve êxito.

Dick decidiu fazer uma investigação minuciosa, onde acabou descobrindo, por acaso, um outro
caso. Dick percebeu que poderia, ajudar outras pessoas como jornalista.

Sua mãe saiu do coma, mas teve diversas sequelas neurológicas, precisava de tratamento,
onde mais tarde se tornou paciente do doutor Zenolder.

Infelizmente, sua mulher viera falecer no ano seguinte, foi um dos dias mais tristes em sua
vida. Seu pai, desolado, acabou virando alcoólatra.

Diversas vezes teve que buscar seu pai, bêbado, no estabelecimento do Sr. Carson ou em
outros lugares piores.

No último ano, foi o primeiro natal sem a presença de sua mãe. Após assistirem a missa na
igreja do padre Castle, junto com o seu pai, decidiram que iam fazer a ceia de natal, pois seria
a vontade dela.

Após o ano novo, seu pai lhe enviou uma carta dizendo que precisava resolver algumas coisas,
que iria sair da cidade. Anos se passaram e não se teve notícias dele. Dick tentou por meses
encontrar seu pai, mas não conseguiu.

Então, Dick Dalton, jornalista do Boston Herald, decidiu se profissionalizar como um jornalista
investigativo, onde atualmente trabalha cobrindo diversos casos policiais.

O dia amanhece ensolarado, uma brisa matinal vai de encontro ao barco, após semanas
navegando em uma direção pouco navegável, enfim, ao longe se avista uma pequena ilha. Ao
aproximar essa ilha vai aumentando e, algum tempo depois, percebe-se que é uma imensa
ilha.

Há várias gaivotas sobrevoando a ilha, ao chegarmos cada vez mais próximos, percebemos que
inúmeras linhas de rochas ao seu entorno, como se fosse os braços da ilha, ou as pernas de
uma tarântula.

Nos aproximamos mais um pouco, mas com cautela, nos desviando das rochas. Logo a frente
avistamos um recife longo e de aspecto perigoso. Com o auxílio de uma luneta, conseguimos
ver algumas pessoas no litoral da ilha, parecendo ser bem primitivos ou até mesmo selvagens
perigosos.

Decidimos retornar um pouco e circundar a ilha, no intuito de descobrirmos outra via de


acesso, então, nos afastamos dali, com todo o cuidado para não se aproximar com as rochas
ao redor.

Aos poucos vamos navegando ao redor da ilha, com muita cautela evitando as rochas que são
muitas, após algumas horas percebemos que o recife praticamente circunda a ilha, mas há
algumas falhas, onde se poderia passar por ele sem muitos problemas.

Na parte posterior da ilha, há um grande e alto paredão de rochas, as ondas batem com
violência no paredão. O mar parece que nos empurra contra o paredão, mas com uma certa
dificuldade e contando com a sorte, conseguimos nos afastar dele e continuamos a circular ao
arredor da ilha.

Nas laterais da ilha há muita vegetação, mas não há uma praia onde poderíamos nos
aproximar e atracar, sem contar as ondas que são fortes.

Anoitece quando conseguimos completar uma volta ao redor da mesma, decidimos pernoitar
no mar, um pouco longe das rochas. Pela manhã teremos que escolher alguma das entradas
entre as falhas do Recife ou irmos para o litoral, de encontro aos selvagens.

Após um novo dia, ao darmos uma segunda volta ao redor da ilha, percebemos uma entrada
favorável, então decidimos nos arriscar por ela, as ondas próximas da ilha são fortes e as
rochas parecem ser bem perigosas. Com muita cautela e contando com a sorte, conseguimos
passar pelo recife, então, a força das ondas diminui e conseguimos navegar de forma mais
tranquila.

Ao longe, avistamos o que parece ser a entrada de uma caverna, nos aproximamos e
percebemos que é uma gigantesca caverna e um rio adentra nela, então decidimos entrar na
caverna.

Ao navegar caverna a dentro, percebemos que há algumas aberturas no teto, fazendo que ela
fique bem iluminada. Após um tempo, avistamos uma praia no seu interior e mais a frente
avistamos um grande navio. Todos a princípio, comemoram.
Porém, ao nos aproximarmos da praia, o semblante de todos vai mudando, há um
acampamento ali, contudo, há diversos corpos, ou o que sobraram deles. Muitos já são
esqueletos e estão espalhados por diversos pontos do local.

Olhamos ao redor da praia e não encontramos ninguém vivo ao redor. Vistoriados o


acampamento e ninguém, é um baita acampamento, um esconderijo ideal para o grupo.

Então, resolvemos entrar no navio. No convéns há muitos corpos e esqueletos, vistoriados o


navio e encontramos a sala do capitão pregada com algumas tábuas, decidimos arrancar as
tábuas, então, abrimos a porta. Um cheio fétido e pobre invadia o ar. Então vimos uma
criatura em decomposição sentada na cadeira, era o capitão, ao me aproximar para olhar, ele
segura em meu braço, seus olhos se abrem e ele fala de uma tal maldição, e também que era o
capitão daquele navio, A Morte Negra, e que dali em diante eu seria o novo capitão, então ele
se desfaz numa poça de lodo. Uma névoa negra sobrevoa passando por todos ali e os que
estavam na praia. Todos caem com “a morte negra” contaminando seus corpos, com muitas
chagas, bulbos, feridas inflamadas que estouram e manchas negras. Após esse episódio, alguns
morrem, e aos que sobreviveram, ganharam alguns benefícios.

Daquele dia em diante em me tornei o novo capitão do navio, fiz algumas pequenas
modificações e alcei a minha bandeira de pirata no alto do mastro, e, desde então, navegamos
e pilhamos o máximo que conseguimos, e, a propósito, meu nome é Killer Black.

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