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CAPÍTULO 1 – AULA 7 – NIVEL 3 EAD

REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA

A PIPA QUE EMITIA LUZ


No dia 4 de janeiro de 1934, após encerrar a ministração de Johrei, Meishu-Sama
foi ao jardim. De lá, ele empinou uma grande pipa com um desenho de Daruma 1 Quando
olhei para ela, flutuando alto no céu, tive uma visão maravilhosa: ela estava circundada
por uma luz violeta. Que belo espetáculo! Essa luz resplandescente parecia ter mais de
dois metros de largura e se expandia em todas as direções, cintilando com imenso brilho.
Tomei-me de espanto e chamei todos de dentro da casa para que pudessem ver.
Todos vieram e ficaram encantados.
Pouco depois, Meishu-Sama disse a um dos presentes: “´Por favor, segure isto
para mim um instante. Volto já.” Quando ele passou a linha, a luz que envolvia a pipa
desapareceu. Quando ele retornou e segurou a linha novamente, a luz voltou a brilhar.
Fiquei muito impressionado com aquela cena e não pude deixar de perguntar a
Meishu-Sama seu significado. Ele respondeu: “ Não há nada de estranho nisso. A luz que
saiu do meu corpo passou para a linha através da mão, chegando até à pipa. Como não
tinha mais para onde ir, ela começou a se irradiar. Foi só o que aconteceu.”
Ele explicou tudo com a maior simplicidade, como se aquilo fosse muito natural.
Mas, para nós, tratava-se de algo extraordinário.
A luz estava sempre emanando do corpo de Meishu-Sama mas, geralmente, era
invisível. Naquele dia, porém, por alguma razão de ordem Divina, todos ali presentes
tiveram o privilégio de vê-la.
Um servidor

Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.3, p.28 e 29, 2012, 3ª ed.

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(1). Daruma – um mestre iluminado e grande divulgador do budismo.
CAPÍTULO 1 – AULA 7 – NIVEL 3 EAD

REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA

UMA EVIDÊNCIA DE QUE MEISHU-SAMA É UM SER DIVINO

Em 1953, quando a Igreja Kannon do Japão foi fundada, um membro idoso, que
era um pouco excêntrico, contava-me frequentemente suas experiências pessoais.
Após quinze ou dezesseis anos sem tê-lo visto, encontrei-o por ocasião da palestra
proferida por Meishu-Sama no auditório do Kyoritsu Kodo, em maio de 1950. Ele devia
estar com aproximadamente noventa anos de idade.
Esse senhor realizou estudos para conhecer o sentimento das pessoas através da
voz. Ele contava que seu mestre, Norikiyo Kamo, disse-lhe o seguinte: “ Quando você
encontrar uma pessoa extremamente virtuosa, ou seja, que esteja bem próxima de
Deus, e ouvir sua voz, com certeza, sentirá a doçura do néctar na garganta e um aroma
indescritivelmente a, agradável. Esta será a pessoa que, posicionada entre Deus e os
homens, salvará a humanidade. E você se encontrará com ela.”
Muitos anos depois, pela afinidade espiritual, aquele senhor conheceu Meishu-
Sama e, ao ouvir sua voz, sentiu que esta era violeta e luminosa, experimentando ao
mesmo tempo, um gosto doce na garganta e um perfume inebriante, semelhante ao do
incenso do Templo Todai-Ji. Ele teve a impressão de ter chegado ao paraíso. Enfim, as
sensações que experimentou ao encontrar Meishu-Sama foram ainda maiores que a
predição de seu mestre. Ele ficou surpreso com o acerto de seu orientador e, por isso,
ingressou na fé. A partir de então, seu êxtase era deleitar-se com a voz de Meishu-Sama.
Um servidor

Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.3, p.36 e 37, 2012, 3ª ed.


CAPÍTULO 1 – AULA 7 – NIVEL 3 EAD

REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA

“ÀS ONZE HORAS DA NOITE, CHEGARÃO QUATRO PESSOAS”

O fato a seguir ocorreu logo após o término da Segunda Guerra Mundial, uma
época em que havia escassez de arroz. Certa vez, conseguimos comprar um arroz
especial, fizemos moti 1 e o levamos à Sede.
Bem cedo, três companheiros e eu partimos de Niigata com destino a Atami. Não
havia ainda os trens expressos, de sorte que chegamos ao nosso destino após as onze
horas da noite. Pareceu-nos que seria melhor dormir na estação e prosseguir pela
manhã; contudo, havia muitos desocupados pelas redondezas, e concluímos que ali não
era um lugar bom para pernoitar. Achamos, pois, melhor ir direto para a residência de
Meishu-Sama.
Assim que chegamos, uma das servidoras veio nos receber e agradeceu as caixas
de moti. Fizemos menção de ir embora, dizendo-lhe que retornaríamos na manhã
seguinte. “Por favor, fiquem conosco e durmam aqui”, disse ela. “ Por volta das nove
horas, Meishu-Sama disse: “Às onze horas da noite, chegarão quatro pessoas de Niigata
com moti”, e deu-me instruções para que os convidasse a ficar. Já preparamos o lugar
para vocês dormirem.”
Ficamos tão surpresos com isso que, por um instante, perdemos a fala, pois não
havíamos avisado Meishu-Sama da nossa vinda. Como ele soube? Até hoje não
encontrei uma explicação.
Um chefe de igreja

Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.3, p.36 e 37, 2012, 3ª ed.

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(1). Moti – massa de arroz cozido, feita, tradicionalmente, num pilão de madeira.

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