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CAPÍTULO 1 – AULA 6 – NIVEL 3 EAD

REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA


“ VENHA, MESMO QUE SEJA SE ARRASTANDO”
Um ministro
Em maio de 1946, fui a Hakone e passei muito mal não conseguindo mais me
locomover. Nesta ocasião, Meishu-Sama disse: “Deixem-no ficar hospedado no Tori-no-
Ya.”
Os sintomas da doença eram semelhantes aos que se apresentaram
anteriormente, quando os médicos me desenganaram. Como o estado era grave, um
servidor perguntou a Meishu-Sama: “O que o senhor acha que ele tem?, ao que
respondeu: “ Na verdade, ele não tem mais cura. Porém, como está servindo a Deus,
não posso deixá-lo morrer. Se isso acontecer, ficarei em apuros.” Na época, Meishu-
Sama levou em consideração o fato de eu dedicar oferecendo arroz.
No dia seguinte, ordenou que eu fosse receber Johrei com ele. Contudo, eu
estava sofrendo muito, sem condições de ir até sua presença. Pedi, então que o
avisassem que eu estava em um estado que me impedia de atender ao seu chamado.
Meishu-Sama pediu que eu fosse, mesmo que me arrastando. Caso não comparecesse,
ele não ministraria Johrei.
Como percebi que só receberia Johrei se eu fosse até ele, então decidi ir. Andava
dois ou três passos e parava para descansar, andava mais dois ou três passos e parava.
Finalmente, consegui chegar e recebi Johrei. Ao me retirar Meishu-Sama disse: “
Quando estiver se sentindo mal, pode vir a qualquer momento”, e assim retornei aos
meus aposentos.
Naquela mesma noite – já eram mais de duas horas da madrugada -, senti-me
tão mal que pedi à pessoa que estava cuidando de mim que fosse solicitar Johrei a
Meishu-Sama. Ele respondeu: “Traga-o imediamente. “Meishu-Sama estava
caligrafando as letras da Imagem da Luz Divina. Interrompendo imediatamente o que
estava fazendo, ministrou-me Johrei. Ele disse-me: “Você deve estar com vontade de
comer algo doce, não? Aqui tem de tudo, peça o que quiser!” Nunca me esquecerei de
quão delicioso estava o manju1 que ele me ofereceu.
Além disso, enquanto estive acamado, Meishu-Sama separava um pouco de cada
prato que compunha sua refeição e dizia: “Dê isso a ele”. Jamais esquecerei sua
benevolência, tendo gratidão por ele por toda a vida.
Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.2, p.70, 2012, 3ª ed.

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(1) Manju – Doce feito de massa de farinha de trigo, recheado com pasta de feijão doce.
CAPÍTULO 1 – AULA 6 – NIVEL 3 EAD
REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA
“ AJOELHOU-SE AOS PÉS DE MEISHU-SAMA”
Um presidente
O fato a seguir ocorreu por volta de 1949, quando houve um encontro com
Meishu-Sama na Sede Provisória, situada no bairro de Shimizu, em Atami.
Nessas ocasiões, após os encontros, Meishu-Sama sempre ministrava Johrei
individualmente àqueles que lhe faziam solicitação especial. Se não me engano, eram
os dirigentes e chefes de Igreja que faziam esse tipo de solicitação.
Em sua rotina diária, Meishu-Sama permanecia na Sede Provisória até às três
horas da tarde, encontrando-se com várias pessoas. Às vezes, ia até o Solo Sagrado de
Atami e de lá retornava ao Hekiun-So.
Numa dessas ocasiões, Miyako, filha de Meishu-Sama, sentiu-se mal
subitamente e telefonaram imediatamente a Meishu-Sama, que estava em Shimizu.
Como recebemos o comunicado de que ele retornaria imediatamente, MiyoKo, uma
servidora, ficou esperando-o à entrada do Hekiun-So.
Meishu-Sama chegou em seguida, ofegante e bastante apressado. Ao ver
Miyoko, que o esperava à entrada com uma fisionomia saudável, ele disse: “Ah! Você já
melhorou? Que bom!” Meishu-Sama havia confundido o nome da servidora com o da
filha que eram muito parecidos, e pensou que a servidora era quem estava passando
mal.
Neste momento, Miyoko disse-lhe: “Não sou eu. É sua filha, Miyako”. E ele
respondeu aliviado: “ Ah, é a Miyako?” Vendo tal reação, Miyoko, que pensava que
Meishu-Sama havia voltado por causa da filha, constatou que ele retornara correndo
achando que fosse ela, uma simples servidora. Além disso, o caminho de Shimizu até o
Hekiun-So é uma ladeira íngreme, e até nós ficamos ofegantes se a subimos
rapidamente. Ao sentir o amor de Meishu-Sama, que viera correndo para lhe ministrar
Johrei, Miyoko ajoelhou-se aos seus pés, achando não ser merecedora de tamanha
consideração.

Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.2, p.57, 2012, 3ª ed.


CAPÍTULO 1 – AULA 6 – NIVEL 3 EAD
REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA

“NÃO DEVEMOS NOS VANGLORIAR DOS NOSSOS ATOS”

Quando nós, servidores, pensando que havíamos feito algo digno de elogio,
dizíamos: “Meishu-Sama, desta vez, conseguimos fazer tal coisa”, ele respondia: “Foi
Deus quem fez” – o que nos deixava desapontados.
Entretanto, quando, preocupados, pensávamos: “Cometemos uma falha. Como
devemos agir?”, e resolvíamos pedir orientação, recebíamos palavras amorosas: “ Deus
é quem está atuando. Não se preocupem!” Assim, ao nos vangloriarmos de nossos atos,
Meishu-Sama logo reprimia nossa atitude e, quando estávamos desanimados, ao invés
de chamar nossa atenção, orientava-nos de modo a não deixar que nos sentíssemos
inúteis.
Um chefe de Igreja

Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.5, p.113, 2012, 3ª ed.


CAPÍTULO 1 – AULA 6 – NIVEL 3 EAD
REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA

“ A BENGALA IMPREGNADA DE LUZ”


Por volta de 1936, Meishu-Sama visitou uma mina na cidade de Guero, Província
de Guifu, que estava sob a direção de alguns discípulos seus. Durante a escalada da
montanha, ele usou uma bengala que foi deixada posteriormente no escritório da mina.
Nesse escritório, morava um senhor idoso, que, há muito tempo, caminhava com
dificuldade por causa do reumatismo. Ele viu a bengala que estava encostada na parede,
perto da porta de entrada, e apanhou-a. Não se sabe se ele tinha conhecimento de que
a bengala havia sido usada por Meishu-Sama; o fato é que ela lhe servia
adequadamente. Ao utilizá-la, verificou que estava andando com muito mais facilidade
do que antes. Admirou-se com o fato, mas não deu muita importância. Ele continuou a
usar a bengala sempre que saía. Algum tempo depois, para sua alegria, verificou que
estava curado do seu antigo reumatismo.
Essa bengala, que esteve nas mãos de Meishu-Sama por cerca de três horas, foi
capaz de proporcionar tamanha bênção porque ficou impregnada de luz.
Alguns anos antes desse episódio, Meishu-Sama fora fotografado com a mão
encostada a um braseiro. Na fotografia, o formato de sua mão podia ser visto
nitidamente através do objeto, embora este não fosse transparente. Esse fato revelou
que a mão de Meishu-Sama irradiava luz intensa e constantemente.
Um servidor
Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.3, p.30, 2012, 3ª ed.
CAPÍTULO 1 – AULA 6 – NIVEL 3 EAD
REMINISCÊNCIAS SOBRE MEISHU-SAMA

“ VOCÊ NÃO PEDIU PERDÃO”


Certo dia, um dos discípulos de Meishu-Sama, um homem de cerca de quarenta
anos de idade, procurou-o e pediu desculpas por algo que havia feito. Meishu-Sama
ouviu-o calmamente e disse: “Esta não é a primeira vez que você procede dessa
maneira, não é?”
O homem, todavia, respondeu que aquela era a primeira vez. Imediatamente,
Meishu-Sama retrucou: “ No dia tal, do mês tal do ano passado, você fez tal coisa em tal
lugar embora soubesse que estava agindo mal.” E continuou: “ Você é ministro. Ainda
que tenha sido algo de pouca relevância, você deveria ter pedido perdão naquela
ocasião. Por esse motivo, você está com maiores problemas hoje.
Fiquei surpreso ao ouvir tudo isso e, depois, perguntei a Meishu-Sama como ele
poderia ter conhecimento de tudo com tanta precisão.
Meishu-Sama respondeu: “Se eu desejar saber a respeito de determinada
pessoa, posso descobrir tudo sobre ela, mesmo as coisas mais simples. Mas só o faço
quando há necessidade, caso contrário, deixo de lado, pois é trabalhoso.” E
acrescentou:” Sei tudo a seu respeito também.”
Assustado, exclamei: “ Oh, não! Não quero saber nada a meu respeito, muito
obrigado!” É por este motivo que nunca tive coragem de mentir para Meishu-Sama.
Só alguém com poderes Divinos poderia saber tanto! Senti-me ainda mais
atraído por ele.
Um chefe de Igreja

Em Reminiscências sobre Meishu-Sama, v.3, p.59, 2012, 3ª ed.

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