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Noções básicas: natureza da luz
• Natureza quântica da luz: a energia luminosa é sempre
emitida ou absorvida em unidades discretas chamadas
fótons. A energia do fóton é dependente da frequência
(Lei de Planck):
Z
E
K
H
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Noções básicas: natureza da luz
• Abordagem por teoria eletromagnética: O sinal de luz
emitido por uma fonte é representado por ondas esféricas.
5
Noções básicas: natureza da luz
6
Exemplo2.1
• A forma geral de uma onda eletromagnética é
• y =Acos(ωt−kz)
• Encontre (a) a amplitude, (b) o comprimento de onda, (c)
a frequência angular e (d) o desloca- mento em um
instante t = 0 e z = 4 μm para uma onda eletromagnética
plana especificada pela equação
y = 12 cos [2π (3t – 1,2z)] em m
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Noções básicas: natureza da luz
• Ondas Planas: domínio da frequência:
Campo Elétrico Campo Magnético
E (r ) E0 exp( jk r ) H (r ) H 0 exp( jk r )
Componentes vetoriais:
E0 E0 x xˆ E0 y yˆ E0 z zˆ H 0 H 0 x xˆ H 0 y yˆ H 0 z zˆ
E ( z ) E0 x xˆ E0 y yˆ exp( jkz )
1
H ( z ) E0 x yˆ E0 y xˆ exp( jkz )
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Noções básicas: natureza da luz
• Ondas Planas:
Sejam:
j x j y
E0 x A0 x e E0 y A0 y e
Escreve-se:
j x j y
E ( z ) A0 x e xˆ A0 y e yˆ exp( jkz )
jt
No domínio do tempo → Ε Re al Ee
e utilizando: k j
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Noções básicas: natureza da luz
• Ondas Planas:
E [ A0 x cos(t z x ) xˆ frequência angular:
2
Comprimento de onda: → [m]
Para meio sem
perdas:
k
Velocidade de fase: → vp [m/s]
1
Velocidade de grupo: → vg [m/s]
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Noções básicas: natureza da luz
• Ondas Planas:
Polarização da onda: orientação do campo elétrico
projetada num plano perpendicular à direção de
propagação:
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Linear Circular
Óptica: leis e definições básicas
• Índice de refração: a velocidade de fase vp da onda
eletromagnética depende do material.
1 Na faixa de frequências ópticas, ε varia com a
vp frequência → vp varia com f.
• O índice de refração N relaciona a velocidade da onda no
vácuo c e vp:
c
N
vp
• Quanto maior N, mais “denso” é o material do ponto de
vista óptico.
=
• Alternativamente,
é a constante de propagação no vácuo
é a constante de propagação no meio de índice de refração 13
Óptica: leis e definições básicas
• Índice de refração:
15
Óptica: leis e definições básicas
• Reflexão e refração:
Raio i = Ângulo de incidência
transmitido
N2
t r = ângulo de reflexão
2
N1
1 t = ângulo de transmissão
(refração)
Raio
Raio i r refletido
incidente
N1 cos(1 ) N 2 cos(2 ) 16
Exemplo 2.2
17
Óptica: leis e definições básicas
• Reflexão e refração:
• Quando N1 > N2 → reflexão interna.
• Quando N1 < N2 → reflexão externa.
N2 N2
sen( c ) c asen
N2
N1 N1
t 90o
N1
Ocorre apenas para reflexão
c r Raio interna.
Raio refletido
incidente 18
Exemplo 2.2
19
Mudança de fase quando para a Reflexão total
t =
t =
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Óptica: leis e definições básicas
• Reflexão e refração: ondas com diferentes comprimentos de
onda λ possuem diferentes índices de refração num mesmo
material → na interface entre materiais são transmitidos com
diferentes ângulo de refração.
• Exemplo: decomposição da luz branca por um prisma de vidro.
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Óptica: leis e definições básicas
• Polarização da luz: raio de luz consiste em várias ondas
com polarizações aleatórias → onda não polarizada.
• Ondas não polarizadas podem ser separadas em
componentes com polarizações ortogonais na interface
entre diferentes materiais.
Referência [1]
22
Óptica: leis e definições básicas
• Material opticamente ativo ou polarizador: permite a
transmissão de determinada polarização e bloqueia as demais. Certos
materiais podem adquirir tal propriedade através da aplicação de campo
elétrico ou magnético.
raio
extraordinário raio ordinário
raio incidente
não-polarizado 23
Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Fibra óptica: guia de onda dielétrico que opera em
frequências ópticas. Normalmente com seção cilíndrica.
• Núcleo, geralmente,vidro composto de sílica de alta pureza (SiO2)
• Casca dielétrica solida ou revestimento, composto também de
vidro, embora, em principio, a casca não seja necessária para que
a luz se propague ao longo do núcleo da fibra, ela serve para
vários propósitos:
• reduz a perda por dispersão resultante das descontinuidades da
superfície dielétrica do núcleo;
• acrescenta resistência mecânica à fibra e protege o núcleo da
absorção de contaminantes superficiais com os quais ele pode
entrar em contato.
• Capa de plástico N 1 > N2
elástico encapsula
2a=d N1 N2 camada de proteção
a fibra, fornecendo
Proteção
mecânica.
núcleo casca Referência [1]
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Propagação da luz na fibra é descrita por um conjunto de
ondas guiadas denominadas de modos. Cada modo é uma
distribuição de campos elétrico e magnético. Somente
determinados número de modos se propagam em um guia.
• A luz se propaga predominantemente pelo núcleo. A casca
diminui as perdas nas superfícies do núcleo, aumenta
proteção contra absorção de impurezas, etc.
• Classificação quanto à variação do índice de refração do
núcleo:
- Fibra índice degrau:
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Fibra óptica e configurações-Tipos de fibra
• Algumas comparações entre monomodo e multimodo:
• Multimodo, raios maiores no núcleo, facilitam a conexão
entre as fibras e a fonte pode ser simplesmente um LED;
• Apresentam dispersão intermodal, cada modo se
propaga numa velocidade diferente gerando distorção
no pulso transmitido.
• Monomodo, geralmente a fonte dever ser um laser (que
possuem maior potência óptica que os LEDs, exigem
circuitos mais complexos, são mais caros e possuem
menor vida útil)
• Tanto as fibras monomodo quanto as fibras multimodo
podem apresentar índice degrau ou índice gradual em seu
núcleo
• Onde Δ (diferença entre os índices núcleo − casca) possui os
−
valores típicos: Δ≈
0.01 < Δ < 0.03 (Mult.) ou 0.02 < Δ < 0.1 (Mono.)
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Raios e modos: Cada modo guiado é um conjunto de
distribuição de campos elétrico e magnético.
• Para uma propagação na direção z, a onda tem um fator de
dependência:
t z
e
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Raios e modos: Óptica geométrica
• Obs.: Fibra índice degrau
N 2 N 1 N 1
N 2 N1 (1 )
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Raios e modos: Óptica geométrica
• Abertura numérica (fibra índice degrau):
Raio refratado
N2 Ângulo crítico entre
Raio núcleo-casca:
N refletido N1
N2
sen(c )
A N1
Raios
incidentes
A
⋅ = ⋅
= ⋅
= sen 90 − = cos
⋅ = ⋅ = ⋅ cos = ⋅ 1 − sen = ⋅ (1 − )
⋅ = = − ≈ 2Δ, ( í Δ)
Geralmente, 0.14 < < 0.5 33
Exemplos 2.4 e 2.5
• Considere uma fibra de sílica multimodo de
núcleo com índice de n1 = 1,480 e casca com
índice n2 = 1,460. Encontre (a) o ângulo critico,
(b) a abertura numérica e (c) o ângulo de
captação.
• Condição:
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Teoria Modal
• Utiliza as equações de Maxwell sujeitas as
condições de contorno cilíndricas na
interface entre núcleo e a casca da fibra;
• Diferentemente dos guias metálicos ocos,
onde somente os modos TE e TM são
encontrados, na fibra existem os modos
híbridos HE ou EH;
– Os quais possuem Ez e Hz, sendo definido
HE se a predominância transversal é do
campo H ou EH em caso contrário;
36
Confinamento parcial dos campos no núcleo
37
Equações de Maxwell e Equação de onda
• Meio dielétrico, linear e isotrópico, que
não possui correntes e cargas livres
38
Equações das Componentes de Campo
39
Equações das Componentes
× =− ⋅
× = ⋅
40
Equações das Componentes
= −
41
Solução Parcial das equações de onda
< , = −
=
> , = −
42
Solução Parcial das equações de onda
• Solução parcial:
– No núcleo ( < )
( )
=
= ( )
– No casca ( > )
( )
=
= ( )
– Condições de contorno
§ Gera Equação Característica
que possibilita determinar o
valor , o qual deve ser:
< ( > 0) e > (w > 0)
§ Possibilita determinar as constantes A, B, C e D. 43
Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Raios e modos: Análise Modal
• Análise modal: resolução das equações de Maxwell observando
condições de contorno entre núcleo e casca.
• Devido as condições de contorno no guia de onda, aparecem
modos híbridos (acoplamento entre TE e TM) denominados HE ou
EH.
• Modos inferiores para fibra índice-degrau:
Referência [1]
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Fibra monomodo - modos propagantes:
• O modo fundamental HE11 representa na verdade dois modos
degenerados independentes. (Modos degenerados: apresentam a
mesma frequência de corte V). Esses modos possuem
polarizações ortogonais.
47
Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Raios e modos: Análise Modal
• Escolhe-se a, N1 e N2 para o limite de corte dos modos:
k 2 V 2,405
2,405
48
Aspectos básicos sobre fibras ópticas
49
Aspectos básicos sobre fibras ópticas-Análise Modal
1 2
≈ ≈
2 2
= − ≈ 2Δ
50
Exemplos 2.8-2.9
51
Exemplos 2.12 e 2.13
52
Aspectos básicos sobre fibras ópticas-Análise Modal
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Raios e modos: Análise Modal
• Quanto mais próximo da frequência de corte de um determinado
modo, mais energia desse modo está confinada na casca. Na
frequência de corte, a maior parte da energia do modo está na
casca e a energia no núcleo é quase nula.
• Para valores de V muito
maior que a frequência de
corte, pode-se estimar a
potência na casca como:
4 4
≈ M =
3 3
ú
=1−
• Alternativamente, tem-se o
gráfico ao lado, Modos 54
Exemplos 2.10 e 2.11
55
Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Fibra Monomodo:
- Dimensão do núcleo: 8 a 12 μm.
- Diferença entre índices ∆: 0,002 a 0,01.
- Parâmetro V é escolhido pouco menor que 2,405.
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Diâmetro do campo modal : na
fibra monomodo, parte da energia
se propaga na casca.
• Aproxima-se a distribuição de
campo como uma curva Gaussiana:
r2
E (r ) E0 exp 2
w0
E0 = campo no raio r = 0
w0 = raio modal, definido em
= 0/
Referência [1]
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Fibra monomodo - modos propagantes:
• Considera-se as constantes de propagação dos modos:
horizontal ( x → kx ) e vertical ( y → ky ). Numa fibra ideal: kx = ky
ao longo de todo o percurso.
• Em fibras reais, imperfeições e assimetrias resultam em
propagação dos modos em diferentes velocidades.
• Birrefrigência da fibra monomodo (Bf): diferença entre os
índices de refração efetivos dos modos:
B f k0 ( N y N x )
k0 = 2π/λ
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Fibra monomodo - modos propagantes:
• Caso a fonte excite ambos modos, um dos dois possuirá atraso de
fase em relação ao outro.
• Quando a diferença de fase é múltipla inteira de 2π → os modos
reproduzem a polarização original da fonte. Essa distância é
chamada de “comprimento de batimento” (beat length) Lp:
2
Lp
Bf
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Obs.: Fibra índice gradual: índice de refração decresce
continuamente ao longo do raio r do núcleo e é constante na
casca.
• Variação comum do índice N(r):
1/ 2
r para 0 ≤ r ≤ a
N1 1 2
N (r ) a
1/ 2
N1 (1 2 ) N1 (1 ) N 2 para r > a
N12 N 22 N1 N 2
2
N 2 N1 N1
2 N1 N1
(mesma definição da fibra índice degrau)
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Obs.: Fibra índice gradual:
• A abertura numérica é aproximada por:
N (r ) 2 N 2 NA(0) 1 (r / ) 2 para r ≤ a
2
NA(r ) para r > a
0
2 2
NA(0) N1 N 2
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
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Aspectos básicos sobre fibras ópticas
• Obs.: Fibra índice gradual:
• O número de modos M na fibra índice gradual é aproximado
por:
2
V
M
2 2
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Exemplo 2.15
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Referências
• REFERÊNCIAS:
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