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em perspectiva judaica
1. Como Paulo foi sendo interpretado
em sua relação com a Lei (Torah):
judeu, fariseu: praticava a Lei de Moisés para
obter méritos tendo em vista a salvação
combateu os cristãos
Conversão radical
Combateu o judaísmo
teria realizado a separação entre judaísmo e
cristianismo
2. Uma separação radical entre Lei e
Graça foi instaurada a partir da
Reforma (1517):
Jesus e os discípulos: oponentes do judaísmo
A Reforma foi à Escritura e ao hebraico, mas
radicalizou a separação entre Antigo e Novo
Testamento
Essa separação radical prevaleceu nos séculos
posteriores
3. A ciência moderna questionou a
verdade da bíblia e da doutrina cristã:
Isto desencadeou uma pesquisa científica,
realizada por cristãos e ateus, a respeito de
Jesus
A pesquisa sobre Jesus: diversas fases, a atual
Jesus e o NT a partir do judaísmo
Os escritos de Paulo são os mais antigos, mas
Paulo como fica se ele combatia o judaísmo?
4. O debate se concentrou na
expressão “obras da Lei”
ʹέργων νόμου : 6 vezes em Gálatas (2,16;
3,2.5.10) e 2 vezes em Romanos (3,20.28)
essa expressão ocupa posição central no
contexto argumentativo
é usada em conotação negativa
Rudolph Bultmann (1884–1976):
adotou uma posição diferente
conotação negativa sobre a Lei e as obras da
Lei era porque ambas levam à autoconfiança
e à justiça própria
Até os esforços para guardar a Lei eram
pecaminosos
Enquanto os estudiosos judeus afirmavam
que Paulo não havia entendido o judaísmo, os
estudiosos cristãos começavam a assegurar
que a Reforma não havia entendido Paulo
E os defensores da hermenêutica da Reforma
acusavam os novos estudiosos de Paulo de
não entender a doutrina da graça e da
justificação.
Krister Stendahl (1921–2008):
a interpretação protestante usa os óculos de
Lutero para interpretar Paulo.
Convertido ou chamado? (protótipos de
convertidos: Paulo, Agostinho e Lutero)
Agostinho contra os pelagianos e Lutero
conta os católicos.
Livro: Paul Among Jews and Gentiles and
Other Essays (1977)
1. Ed Parish Sanders (1937-):
livro: Paul and Palestinian Judaism (1977)
Baseando-se na literatura rabínica afirma que
o judaísmo palestino da época de Jesus não
era uma religião legalista
Era uma religião baseada na graça revelada
nas alianças, praticar as obras da Lei era
manter-se dentro do círculo da aliança-graça
Sobre qual base os gentios podem ser
incluídos no povo de Deus?
Uma pedra no meio do caminho: Hyam
Maccoby (1924-2004)
em 1986 publicou o livro The Mythmaker: Paul
and the Invention of Christianity.
Fundamenta-se na idéia exagerada, que tem
sua origem na Reforma, de que Paulo
ensinava que em Cristo a Lei foi anulada
e que Paulo era um ferrenho opositor do
judaísmo e suas práticas
2. James Dunn (1939-): livro: The theology of
Paul the Apostle (1998).
Paulo ataca a “obras da Lei” não porque elas
expressam algum desejo de alcançar mérito
por parte dos judeus, mas porque entende
que elas fazem distinção entre os judeus e os
gentios.
“obras da Lei”: emblemas que caracterizam o
judaísmo enfatizam uma separação que
Cristo veio abolir
3. Nicholas Thomas Wright (1948-) : há
várias novas perspectivas sobre Paulo
a velha perspectiva (Luterana) é incorreta
Quando lemos Paulo dentro da história
encontramos diversos significados
novos, que estavam lá e que não tínhamos
visto
Paulo vê Israel como representante da
humanidade e Jesus como representante de
Israel. Jesus é o israelita fiel.
Alan F. Segal (1945 – 2011): os escritos de
Paulo têm sido rejeitados por estudiosos do
Judaísmo que o consideram um apóstata
antagonista
a vida de Paulo pode ser mais bem
compreendida ao se considerar seriamente
sua qualidade judaica
a história judaica pode ser grandemente
iluminada pelo exame dos escritos de Paulo
“toda pesquisa é fundamentalmente uma
projeção de nossos próprios dilemas pessoais”
(p.18).