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UNICENTRO NEWTON PAIVA

PEÇAS PENAIS

1 - RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA


2- RESPOSTA PRELIMINAR

3- QUEIXA CRIME

4- PROCURAÇÃO ESPECIAL

Leandro Antônio Silva

RA; 4048078

Direito / Noite

Turma 678
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 4ª Vara Criminal Federal de Belo
Horizonte/MG

Processo: (número)

Francisco José, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG


(número), emitido por (nome da instituição), inscrito no CPF (número),
residente e domiciliado no endereço (rua, numero, CEP, bairro, cidade,
estado) vem, por intermédio de seu advogado que firma a presente
(procuração em anexo), nos autos da Ação Penal ( numero) que lhe move a
Justiça Federal, apresentar seu requerimento de

RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA,

pelos fatos e fundamentos a seguir:

Dos Fatos.

Informa o autor que no dia 12/07/2010, teve seu micro computador


(marca, modelo, ano de fabricação, numero de serie) apreendido durante
investigação acerca de sonegação fiscal do mesmo, realizada pela Policia
Federal, em seu escritório comercial, que fica no endereço no endereço (rua,
numero, CEP, bairro, cidade, estado).

Foram realizadas (02) perícias no bem apreendido, conforme cópias


anexas (fls. nº). Restou verificada a imprestabilidade do bem apreendido, haja
vista ter o expert atestado que não havia qualquer informação ou dado que
interessasse para a investigação em tela.

Cumpre ressaltar que os autos em epigrafe encontram-se em fase de


memoriais escritos, não havendo, ainda, este Juízo apresentado sentença.

Ademais,...

Do Direito.

Conforme dispõe o artigo 118 do CPC as coisas apreendidas somente


poderão serem restituídas, antes do transito em julgado da sentença, se
comprovada a irrelevância do bem como meio probatório para o processo.

Conforme atestado pelos peritos, nas cópias dos laudos juntados,


percebe-se que não há qualquer motivo que justifique a permanência do micro
computador junto à Policia Federal, pelo contrário, pelo que requerer, desde já
a restituição do bem apreendido.

Não pode prevalecer a posse do bem à Policia Federal, por lhe carecer
interesse processual, ao teor do artigo 118 do CPC, bem como restou
demonstrado pelo laudo pericial que o bem não importa ao processo de
investigação de sonegação fiscal movido contra o requerente.

Ademais, cumpre informar, que o bem requerido, de propriedade do


requerente, consoante atesta Nota Fiscal anexada (fls. nº.) é objeto importante
para o trabalho do requerente e em não havendo qualquer finalidade da
manutenção da posse do computador razão não assiste à Policia Federal, a
permanência com o bem. Desta forma, nos termos da lei vigente, requer a
restituição do micro computador.

Dos Pedidos.

Ante ao exposto, o requer:


1) A restituição do Micro computador (marca, modelo, ano de
fabricação, numero de serie, número Nota Fiscal)

Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos no


Direito, especialmente a prova documental.

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

Cidade, dia, mês e ano.

(Nome do Advogado)
(Nº da OAB/MG)
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da __ª Vara Criminal da Comarca
de Sete Lagoas/MG.

Processo nº. (número)

Fábio de Souza e Silva, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG


(número), emitido por (nome da instituição), inscrito no CPF (número),
residente e domiciliado no endereço (rua, numero, CEP, bairro, cidade, estado)
vem, por intermédio de seu advogado que firma o presente (procuração em
anexo), nos autos da presente Ação Penal (numero) que lhe move a Justiça
Federal, com fulcro no artigo 396 do CPP, RESPOSTA PRELIMINAR e dizer
que a instrução criminal demonstrará a improcedência da acusação,
resultando, pois, a ABSOLVIÇÃO do requerente.

DOS FATOS

Conforme consta no inquérito policial, no dia 12 de julho de 2010, após


um jogo de futebol em uma tarde de domingo na “Arena do Jacaré”, o acusado
foi preso e conduzido à Delegacia por ter supostamente desacatado o Sr.
promotor de justiça que ali estava de plantão.
Informa o inquérito, que o denunciado teria se identificado perante à
autoridade policial como sendo o individuo FABIANO DE SOUZA E SILVA,
nome o qual pertence a seu irmão, objetivando com tal conduta livrar-se da
eminente prisão, uma vez que o mesmo tinha conhecimento acerca de
mandado de prisão preventiva em aberto, anteriormente expedido pela Vara de
Tóxicos da Comarca de Sete Lagoas.
Diante disso, o Ministério Público ofereceu denúncia em face do mesmo,
sob a alegação de ter incorrido, supostamente, no crime previsto no art. 307 do
Código Penal, a saber, Falsidade identidade.

DO DIREITO

Não pode a denúncia ofertada pleo MP prosperar, posto não guardar


sintonia com a legislação penal vigente. No caso em tela, a conduta do
acusado não configura o crime previsto no artigo 307do CP em razão do
princípio da ampla defesa, e do princípio da não - culpabilidade que decorre do
direito de não se auto- incriminar. A imputação do acusado ao crime de falsa
identidade configura flagrante violação à Constituição, haja vista que é
assegurado pela Constituição Federal de 1988, no artigo 5º LXIII e §2º o direito
de silêncio.
Consoante dispõe a legislação penal, bem como constitucional,
ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Ademais, o Estado possui meios capazes de esclarecer a identificação
dos acusados, por intermédio da identificação criminal, uma vez que tem pleno
acesso aos arquivos dos órgãos emissores de cédulas de identificação
(Instituto de Identificação da Policia Civil do estado emissor), não se verificando
prejuízo com as declarações prestadas pelo acusado.
Assim, resta clara a ausência de culpabilidade, haja vista se tratar de
fato atípico.
Desse modo, não se pode imputar ao denunciado a prática criminosa
prevista no artigo 307 do Código Penal, já que se trata de hipótese de
autodefesa.
Esse tem sido o entendimento cediço adotado pelos tribunais, pelo que
transcrevo abaixo:

RECURSO ESPECIAL Nº 471.252 - MG (2002/0127049-9)


RELATOR : MINISTRO GILSON DIPP
RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
RECORRIDO : GERALDO MAGELA PALHARES DA COSTA
ADVOGADO : ANDRÉA ABRITTA GARZON TONET -
DEFENSORA PÚBLICA
EMENTA
PENAL. RESP. FALSA IDENTIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO.
AUTODEFESA. RECURSO DESPROVIDO.
I - Não comete o delito previsto no art. 307 do Código Penal o réu
que, diante da autoridade policial, se atribui falsa identidade, em
atitude de autodefesa, porque amparado pela garantia constitucional
de permanecer calado, ex vi do art. 5º, LXIII, da CF/88. Precedentes.
II - Recurso desprovido

HABEAS CORPUS. PENAL. ART. 307 DO CÓDIGO PENAL. CRIME


DE FALSAIDENTIDADE. EXERCÍCIO DE AUTODEFESA. CONDUTA
ATÍPICA.
1. Esta Corte firmou entendimento no sentido de que a conduta
praticada pelo réu, de se atribuir falsa identidade perante autoridade
policial, para ocultar antecedentes criminais, não configura o crime
descrito no art. 307 do Código Penal, tratando-se de hipótese de
autodefesa, consagrada no art. 5.º, inciso LXIII, da Constituição
Federal. (Grifou-se)
2. Ordem concedida para cassar o acórdão impugnado,
restabelecendo a decisão de primeiro grau, que havia rejeitado o
aditamento oferecido pelo Ministério Público. (HC 86686 / MS -
HABEAS CORPUS 2007/0160392-8 Ministra LAURITA VAZ - T5 -
QUINTA TURMA 25/10/2007DJ 19/11/2007 p. 262).

RECURSO ESPECIAL Nº 471.252 - MG (2002/0127049-9)


RELATOR : MINISTRO GILSON DIPP
RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
RECORRIDO : GERALDO MAGELA PALHARES DA COSTA
ADVOGADO : ANDRÉA ABRITTA GARZON TONET - DEFENSORA
PÚBLICA
EMENTA
PENAL. RESP. FALSA IDENTIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO.
AUTODEFESA. RECURSO DESPROVIDO.
I - Não comete o delito previsto no art. 307 do Código Penal o réu
que, diante da autoridade policial, se atribui falsa identidade, em
atitude de autodefesa, porque amparado pela garantia constitucional
de permanecer calado, ex vi do art. 5º, LXIII, da CF/88. Precedentes.
II - Recurso desprovido.
Nesse ínterim, o acusado deve ser absolvido do delito tipificado no art.
307 do CP, como medida de justiça.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer seja a denúncia julgada parcialmente


procedente, absolvendo-se o acusado no tocante ao delito previsto no artigo
307 do CP reconhecendo-se o exercício da autodefesa e condenando-o
apenas pela prática do delito previsto no art.331 do CP.
Requer a aplicação de pena restritiva de direitos, sendo multa ou
prestação de serviços à comunidade, em razão da pena privativa de liberdade
ser inferior a 4 anos.

Requer ainda, a produção de prova testemunhal, indicando a seguir as


testemunhas, informando desde logo que comparecerão independentemente
de intimação.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Cidade, dia, mês e ano.

(Nome do Advogado)
(Nº. da OAB/seccional)
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca
de (cidade/estado)

MARIA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG (número),


emitido por (nome da instituição), inscrito no CPF (número), residente e
domiciliado no endereço (rua, numero, CEP, bairro, cidade, estado) vem, por
intermédio de seu advogado que firma o presente (procuração em anexo), à
presença de V. Exa. oferecer

QUEIXA CRIME, em face de:

CLARA, brasileira, viúva, servidora federal, portadora da Carteira de Identidade


nº. 05, emitido por (nome da instituição), inscrito no CPF (número), residente e
domiciliado no endereço (rua, numero, CEP, bairro, cidade, estado), pelos fatos
e fundamentos que a seguir expostos:

I - Dos Fatos

1. Informa a querelante ter sofrido lesão à sua honra, durante reunião de


condomínio, pela senhora Clara, sindica do prédio, no qual habitam as partes,
no dia 08/04/2010, tendo sido proferido por esta diversos xingamentos à
querelante, tais como “bisbilhoteira” e “biscate”.

2. Na data acima mencionada, por volta das 20 horas, realizou-se reunião


de condomínio, no edifício Lagoa Dourada, com endereço à ( rua, número,
bairro, CEP, cidade e estado), na qual estiveram presentes a querelante e a
querelada, bem como os senhores Hélio, Francisco, Flávio, Roberto,
acompanhados de suas respectivas esposas.

3. Nessa reunião foram discutidas algumas questões de interesse comum,


conforme designado. Ocorre que em dado momento da reunião condominial,
no qual a querelante pediu que a Senhora Clara, ora querelada, apresentasse
a prestação de contas, esta começou a proferir palavras vexatórias, tais como
“bisbilhoteira” e “biscate”, contra a querelante.

4. Insta salientar que a querelante, conforme restará provado no


depoimento das testemunhas ao final arroladas, em momento algum ofendeu a
sindica do edifício, aqui querelada, ou mesmo procedeu de forma
desrespeitosa para com a mesma, não se vislumbrando qualquer motivação
para os xingamentos gratuitos, que friso, atentaram contra a honra da
querelante.

II - Do direito.

Conforme dispõe o artigo 140 do CP é crime ofender a honra de alguém,


pelo que transcrevo abaixo:

“Art. 140. Injuriar alguem, ofendendo-lhe a dignidade ou o


decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.”

5. Com efeito, a Querelada, senhora Clara, praticou o crime de calúnia,


proferindo à Querelante adjetivos desrespeitoso e que lesaram a honra desta
(art. 140 do CP).
Configurado o crime do artigo 140 do Código Penal e com base no
artigo 145 do mesmo diploma legal, REQUER:

III - Dos pedidos:

1) A citação, interrogatório e, ao final, a condenação da querelada nas


sanções penais previstas no dispositivo legal supra mencionado, após oitiva
das testemunhas arroladas em anexo.

2) Sejam intimadas as testemunhas arroladas para deporem sobre os


fatos ora narrados a seguir:

A) Helio, endereço, profissão, contato.


B) Francisco, endereço, profissão, contato.
C) Flávio, endereço, profissão, contato.
D) Roberto, endereço, profissão, contato.

Termos em que,
Pede deferimento.

(Local, data e ano).

(assinatura)
(Nome e do advogado)
(Nº OAB/Seccional)
PROCURAÇÃO

Por este instrumento particular de mandato, Clara, abaixo qualificada, nomeia e


constitui seu bastante procurador (nome do advogado), brasileiro, estado civil,
advogado, inscrito sob o número (nº. OAB/seccional), com escritório no rua,
numero, CEP, bairro, cidade, estado, telefone de contato), outorgando-lhes
todos os poderes contidos na cláusula “ad judicia” e extra judiciais, para que
proceda todos os atos necessários à defesa dos seus direitos e interesses, em
qualquer foro ou instância ou onde se fizer necessário, para transigir, desistir,
firmar compromisso, levantar, receber, dar quitação e substabelecer, mas, em
especial, para apresentar Queixa-Crime em face de Clara, em razão de se
imputar a esta a conduta difamatória, previsto no artigo 13xx do Código Penal o
que pode, em tese, configurar a infração de Difamação, em face de Clara,
brasileira, viúva, servidora federal, portadora da carteira de identidade nº
(número) inscrita no CPF sob o nº (número), no endereço (rua, numero, CEP,
bairro, cidade, estado), por conta das ofensas por ela proferidas na reunião
condominial, realizada no dia 08/04/2010, o que pode, conforme arguido, em
tese, configurar o delito de difamação, previsto no artigo 140 do Código Penal.

Cidade, data, estado.

Outorgado:(nome)
Qualificação Civil: (estado civil)
CPF: (número)
Endereço: (rua, numero, CEP, bairro, cidade, estado)

(Assinatura)
(Nome outorgante)
(CPF)

(Assinatura)
(Nome do outorgado)
(CPF)

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