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CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II

Programa:

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS


• - O Patrimônio e seus elementos.
• - Os Grupos do Patrimônio – Ativo Passivo e Situação Líquida.
• - Os componentes (elementos) do patrimônio.
• - Os componentes (elementos) de apuração do resultado.
• - As contas - Plano de contas; Naturezas e Funcionamento.
• - Atos e Fatos Contábeis.
• - Escrituração Contábil – Método, Fórmulas e Livros de escrituração.
• - Operações com mercadorias – Métodos de apuração dos estoques.
• - Balanço Patrimonial.
• - Demonstração do Resultado do Exercício.,
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INTRODUÇÃO
maneira que a contabilidade utiliza para representar a situação patrimonial é a forma
1 – CONTABILIDADE gráfica. Bens, os Direitos e as Obrigações são dispostas em um gráfico em forma de “T”.

Pode aparecer que não, mas cada um de nós é um pouco contador, economista, Balanço Patrimonial
médico... e muitas vezes não percebemos. A contabilidade aparece em praticamente todos
os momentos do nosso cotidiano, seja no supermercado, na farmácia, na padaria e etc; Bens e Direitos Obrigações

tudo o que gira em torno do DINHEIRO afeta nosso instinto contador, até porque, uma
das coisas que ninguém gosta de perder é o dinheiro. Mas como controlá-lo ? É
interessante e ao mesmo tempo complexo afirmar, mas a contabilidade possibilita que o Lado Esquerdo Lado Direito

controle sobre o capital seja feita da melhor forma possível.


No gráfico, como podemos observar, tem dois lados:
• No lado esquerdo, colocamos os BENS e DIREITOS, conhecidos como os
2- PATRIMÔNIO
ELEMENTOS POSITIVOS, que chamamos de ATIVO.
• No lado direito, colocamos as OBRIGAÇÕES e o PL, conhecidos como os
O patrimônio é objeto de estudo da ciência contábil formado por um conjunto de
ELEMENTOS NEGATIVOS, que chamamos de PASSIVO.
Bens, Direitos e Obrigações, mensurável em dinheiro, pertencentes a uma pessoa física
ou jurídica. Sendo avaliado em dois aspectos:
2.2 - Equação Fundamental do Patrimônio
• Aspecto quantitativo, visto como um fundo de valores, ou seja, consiste
em atribuir valores monetários aos elementos patrimonias.
O Balanço Patrimonial é a representação quantitativa do patrimônio de uma
• Aspecto qualitativo, reunindo um conjunto de bens, créditos, débitos, ou
empresa. Sabe-se que o Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma
seja, consiste em qualificar, dar nomes aos elementos patrimoniais.
entidade. Por isso que o balanço é denominado Balanço Patrimonial.
Logo, o patrimônio é um elemento rico em itens que o compõe, absorvendo
praticamente todos os atos, fatos e componentes que são integrados a entidade, onde ele
relata desde a sua constituição ao encerramento de uma entidade.
Já que na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo
(Obrigações), a representação mais comum de seu patrimônio (BP) assume a forma:
2.1. - Representação Gráfica do Patrimônio
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Exemplo
2.2.1 - Configurações do estado patrimonial

Uma balança de dois pratos em que se coloca no prato da esquerda o Ativo e no


prato da direita o Passivo poderá ilustrar o estado patrimonial. Se ambos tiverem valores
iguais o equilíbrio estará conseguido. Mas como normalmente o Ativo e Passivo
apresentam valores diferentes, a balança penderá, fatalmente, para um dos lados. O peso
(valor) que for colocado apenas para a obtenção do equilíbrio é o que se chama de
PL.

2ª SITUAÇÃO: ATIVO = PASSIVO

Os bens e direitos são suficientes apenas para honrar as obrigações. A


SITUAÇÃO LÍQUIDA é NULA ou COMPENSADA. Graficamente:

ATIVO PASSIVO Situação Líquida


Neutra ou Nula.

2.2.2 - Situação Líquida (outra classificação) BENS OBRIGAÇÕES


E
DIREITOS

Em muitos livros de Contabilidade, apenas três situações (chamadas de


Situações Líquidas) são apontadas:
Exemplo:

1ª SITUAÇÃO: ATIVO > PASSIVO

Nesse caso, os bens e direitos – valores positivos – são maiores que as


obrigações, valores negativos, resultando uma SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLA)
também denominada POSITIVA, SUPERAVITÁRIA ou FAVORÁVEL.
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Teríamos insuficiência de bens e direitos para o pagamento das obrigações. A Bens: São coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas. Podem ser: (a)
diferença entre o Passivo e o Ativo é denominada SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA Bens de Uso, são aqueles utilizados para equipar a empresa, para que possa realizar os
(SLP) também denominada NEGATIVA, DEFICITÁRIA ou DESFAVORÁVEL. seus objetivos empresariais, são imóveis, utensílios, máquinas, equipamentos,
O excesso de elementos negativos quando relacionados com os positivos, ferramentas, computadores, veículos, balcão, prateleiras e demais instalações comerciais,
demonstra um PASSIVO A DESCOBERTO. Graficamente: industriais, agrícolas, etc. (b) Bens de Consumo, são os bens adquiridos para serem
consumidos nas atividades da empresa de forma imediata e integral na manutenção de
ATIVO PASSIVO Situação
Líquida sua atividade e do seu funcionamento, são os materiais de consumo no escritório, na
Negativa.
BENS OBRIGAÇÒES manutenção e na limpeza geral; os combustíveis, lubrificantes, impressos e formulários,
E
DIREITOS etc. e por último, (c) Bens de Troca ou de Vendas, são os bens adquiridos ou produzidos
com o objetivo de serem vendidos, isto é, trocados por dinheiro, como por exemplo: as
mercadorias para revenda e os produtos fabricados para serem vendidos. Os Bens podem
ser classificados também em móveis e imóveis, materiais (tangíveis) e imateriais
(intangíveis). Nesse último são classificados as Marcas, Patentes de Invenção do
Goodwill (fundo de comércio), etc.
Direitos: Constituem direitos para a entidade ou empresa, todos os valores que
ela tem a receber de terceiros – principalmente dos clientes. Os direitos, geralmente, vêm
seguidos da expressão a Receber, por exemplo: Duplicatas a Receber, Títulos a Receber,
Aluguéis a Receber, Comissões a Receber. Os valores aplicados em instituições
financeiras – aplicações em bancos – também são direitos que as empresas têm a receber.

3 - ATIVO O Ativo representa as aplicações dos capitais e é composto em dois grandes


grupos, que serão dispostos em ordem decrescente do grau de liquidez como segue:
O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade, expressos em moeda:
Caixa, Bancos (ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imóveis, 3.1 - Ativo Circulante
Veículos, Máquinas e Equipamentos, Estoques de Mercadorias, Tributos a Recuperar e
Clientes – devedores da entidade em virtude de transações de crédito ou vendas a prazo -. Ativo circulante, em contabilidade, é uma referência aos bens e direitos que
podem ser convertidos em dinheiro imediatamente. Os ativos que podem ser
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aquele que irá se cumprir até o exercício social seguinte e é equivalente ao "capital de • Despesas do Exercício Seguinte – ou Despesas Antecipadas, compõe-se neste
giro". subgrupo as aplicações em gastos que tenham realização no curso do exercício social
subseqüente ao da elaboração do Balanço Patrimonial. Ex. (seguros, assinaturas de
• Disponibilidades – neste grupo devem ser registrados os itens patrimoniais que tenham revistas);
liquidez imediata, sem nenhuma restrição, ou seja, a qualquer momento em que a Despesas do Exercício Seguinte
empresa precisar existe disponibilidade instantânea de valor. Prêmios de Seguros a Vencer
- Caixa – numerário em mãos ou em trânsito; Aluguéis a vencer
- Bancos – saldos em conta corrente; Juros Passivos a Apropriar
-Aplicações financeiras de liquidez imediata – são aplicações que podem ser resgatadas
em no máximo uma semana. 3. 2 – Ativo Não Circulante
Disponível
Caixa O Ativo não Circulante em contabilidade, refere-se ao registro dos elementos
Bancos Conta Movimento patrimoniais que se realizarão após o termíno do exercício seguinte e aos bens e direitos
Aplicações de Liquidez Imediata adquiridos em caráter de permanência pela entidade, ou seja, sem a intenção de revenda.
É divido nos seguintes sub-grupos: ativo realizável a longo prazo, investimentos,
• Créditos à Curto Prazo – neste grupo são registrados os direitos que poderão ser imobilizado e intangível.
transformados em dinheiro a curto prazo ex. (duplicatas a receber, adiantamentos a
fornecedores e funcionários); 3.2.1 - Ativo Realizável a Longo Prazo
Créditos
Clientes Deve ser classificado no realizável a longo prazo as contas da mesma natureza
(-) Duplicatas Descontadas daquelas do ativo circulante, que tenham sua realização certa ou provável, após o término
Cheques a Receber do exercício seguinte, ou seja, num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço.
Cheques em Cobrança • Créditos à Longo Prazo, tais como clientes e adiantamentos de fornecedores e
Adiantamento a Terceiros funcionários;
Adiantamento a Funcionários • Créditos com Coligadas e Controladas;
Impostos a Recuperar • Investimentos à Longo Prazo;
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Depósitos Judiciais Máquinas e Equipamentos
Empréstimos Compulsórios da Eletrobrás Aparelhos e Instrumentos
Créditos de Coligadas e Controladas Veículos
Investimentos não Permanentes Imóveis
(-) Depreciações Acumuladas
3.2.2 - Investimentos
3.2.4 - Intangível:
São as participações permanentes em outras sociedades e os bens e direitos que
não se destinem à manutenção das atividades da companhia ou empresa, ou que Compreende as aplicações de recursos em direitos representados por bens
compreende as participações societárias e os imóveis de renda; incorpóreos, ou seja, aqueles cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas
nos direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como:
Investimentos patentes, direitos autorais, marcas, etc.
Participação em Outras Empresas Os intangíveis com vida útil definida deverão ser amortizados. No entanto, todos
(-) Provisão para Desvalorização Investimentos os ativos intangíveis deverão sofrer o teste do impairment, ou seja, anualmente deverá ser
Participação em Sociedade Investimentos feito uma avaliação ao valor de mercado ou valor justo, para ajustar o valor contábil ao
(+ -) Ágio (Deságio) Participações Societárias valor recuperável do intangível. (PADOVEZE, 2009).
Imóveis de Renda
Obras de Arte Intangível
Marcas e Patentes
3.2.3 - Imobilizado Fundos e Comércio
Direitos de Uso
São os bens e direitos, necessários à manutenção das atividades produtoras da (-) Amortizações Acumuladas
empresa ou sociedade, tais como: veículos, móveis e utensílios, máquinas e
equipamentos, terrenos, ferramentas, construções, etc. 4 - PASSIVO
* Observação: Também integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a
bens da natureza empresarial, mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a Passivo representa as origens dos capitais (recursos), que são representadas por
tal finalidade, tal como construção em andamento. direitos dos proprietários da empresa (patrimônio líquido) e direitos de terceiros tanto em
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Obrigações Tributárias
Obrigações – são dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos ICMS a Recolher
perante terceiros ou bens de terceiros que se encontram em posse (uso da entidade). Ex. PIS a Recolher
Duplicatas a pagar, fornecedores, impostos a recolher, contas a pagar, etc. COFINS a Recolher
IPI a Recolher
O passivo é composto em três grandes grupos, como segue: ISS a Recolher
IRRF a Recolher
4.1 - Passivo Circulante CSLL a Recolher
IRPJ a Recolher
Obrigações exigíveis a curto prazo, até o exercício seguinte;
Categoria do Passivo, também denominado Exigível a curto Prazo, contida no 4.2 - Passivo Não Circulante
Balanço das entidades do setor privado e no das entidades públicas regidas pela Lei
6.404/76, cujas contas expressam as obrigações vencíveis no curso do exercício social Obrigações vencíveis a longo prazo, após o exercício seguinte.
subseqüente à data dos balanços, se subdividem em: (Fornecedores; • Financiamentos e Este grupo reúne todas as contas representativas de créditos de terceiros, de
Empréstimos; Impostos a Recolher; Salários a pagar; Despesas a pagar; Provisões de exigibilidade remota, sujeitas a planos de amortização lenta, geralmente originados de
férias e 13º Salário e os encargos. operações de financiamento do suprimento, bem como as operações oriundas de
transações com empresas ligadas, sócios, acionistas e diretores.
PASSIVO
Circulante Passivo Não Circulante
Obrigações com Terceiros Obrigações com Terceiros
Fornecedores Fornecedores
Empréstimos e Financiamentos a Pagar Empréstimos e Financiamentos
Adiantamento de Clientes Obrigações Tributárias
Obrigações Sociais Parcelamento de Tributos
Salários a Pagar
Pró-Labore a Pagar 4.3 - Patrimônio Líquido
INSS a Recolher
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Mas esses capitais nem sempre se originam do ingresso de meios de 5.1 - Receitas
financiamento desembolsados pelos proprietários. Originam-se também dos resultados
obtidos nas operações sociais. É o que ocorre com as Reservas e os Lucros Acumulados. É o recebimento de numerários (dinheiro) pela venda de um produto ou serviço,
Daí dispõe o Artigo 178 da lei 6.404/76, que o Patrimônio Líquido está assim relacionado ou não as atividades fins da sociedade e/ou entidade (empresas), podendo ser
dividido: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros e Prejuízos classificadas em receitas operacionais ou não operacionais e receitas financeiras.
Acumulados.
5.1.1 - Receitas Operacionais
Patrimônio Líquido
Capital Social São aquelas resultantes das operações relacionadas com as atividades fins da
(-) Acionistas com Capital a Integralizar sociedade e/ou entidade como a venda de produtos (de fabricação própria ou de terceiros)
Reservas de Capital e/ou da Prestação de Serviços. Exemplo: A venda de armário de cozinha, a montagem de
Reservas de C. M. do Capital um armário de cozinha, etc.
Reserva de Incentivos Fiscais Receitas: Decorrem da venda de bens ou prestação de serviços caracterizam-se pela
Reservas de Lucros entrada de elementos para o Ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber. As
Reserva Legal receitas são itens que aumentam o PL. As receitas operacionais podem ser:
Reserva Estatutária a) Receita Bruta – Compreende o total das receitas auferidas na venda de produtos ou
Reserva para Contingências serviços prestados;
Reserva de Lucros a Realizar b) Receita Líquida – Compreende o total das receitas auferidas na venda de produtos ou
Prejuízos Acumulados da prestação de serviços, diminuídos as devoluções, abatimentos e os impostos incidentes
(-) Prejuízos Acumulados sobre as mesmas.
Lucro do Exercício Compreendem ainda as receitas operacionais, as receitas financeiras advindas
Lucro do Exercício de operações que resultam no recebimento de um crédito em compensação por um atraso
em recebimento de juros sobre duplicatas quitadas em atraso, descontos recebidos,
5 – CONTAS DE RESULTADO aplicações financeiras, etc.

As contas de Resultado dividem-se em contas de Despesas e Receitas. Aparecem 5.1.2 – Outras Receitas Operacionais
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5.2. - Custo São as despesas que não são computadas nos custos, mas são necessárias à
atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora, e podem ser:
5.2.1 - Custo a) Comerciais – São as despesas relacionadas diretamente com a comercialização de
nossos produtos ou serviços. Exemplo: Anúncios, propagandas, transportes, etc.
É o preço pelo qual se obtém um bem, direito, ou serviço e, podem ser b) Financeiras – São as despesas ou encargos, já deduzidos as receitas, necessários a
classificados em Direto ou Indireto, Fixo ou Variável. realização das atividades fins da sociedade. Exemplo: Tarifas bancárias, juros, multas,
a) Custo Direto – É aquele utilizado na produção ou fabricação de um produto, como por encargos na antecipação de créditos, etc.
exemplo, o papel utilizado na fabricação de embalagens, os pigmentos de cores, as tintas, c) Despesas Gerais e Administrativas – São as despesas não relacionadas à atividade
etc. principal da sociedade, porém são necessárias na formação do resultado. Exemplo:
b) Custo Indireto – É aquele que mesmo utilizado indiretamente na produção, ou seja, Revistas e Periódicos, Despesas com internet, etc.
não participam fisicamente do produto, mas serão incorporados na formação do custo
final do produto, como por exemplo: o transporte de matéria prima, a manutenção dos 5.3.2 – Outras Despesas Operacionais
equipamentos da linha de produção, etc.
c) Custo Fixo – São os gastos que se operam sempre dentro das mesmas medidas. São as despesas não relacionadas com a atividade da sociedade e necessário para
Exemplo: Seguros, aluguéis, etc. que se obtenha uma receita não operacional. Exemplo: Venda de um bem do ativo
d) Custo Variável – São os gastos que se alteram de acordo com o volume de produção. permanente.
Exemplo matéria prima utilizado
5.4 - Encerramentos das Contas de Despesas e Receitas
5.3. - Despesas
Toda empresa levantará um Balanço por ocasião do término do seu exercício
É o encargo necessário para comercializar os bens ou serviços objetos das social no intuito de apurar a sua situação patrimonial, bem como o resultado do período
atividades, bem como para a manutenção da estrutura empresarial independentemente de (lucro ou prejuízo). As contas de resultado, despesas e receitas, serão encerradas e seus
sua freqüência. valores levados, por lançamentos contábeis, para a conta de resultado do exercício, que
Despesas: Decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços, visando direta ou também faz parte das contas de resultado. Por sua vez essa conta levará para o Patrimônio
indiretamente a obtenção de Receitas. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido, o valor do resultado do exercício, ficando consequentemente com saldo zero na
Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de data de encerramento do exercício social. Portanto, na data de encerramento do exercício
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b) O plano deve possibilitar a exclusão de Contas existentes e a inclusão de novas
A cada exercício social a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios, contas, dentro da dinâmica de vida da entidade.
para saber se obteve lucro ou prejuízo. c) A nomenclatura das contas deve indicar com clareza os elementos contábeis que eles
A contabilidade confronta as receitas (vendas) com as despesas. Se a receita for identificam.
maior que a despesa, a empresa obteve lucro, se a receita for menor que a despesa a d) A classificação deve partir dos grupos mais gerais, passando por grupos menores e
empresa teve prejuízo. subgrupos, até chegar às contas.
A apuração do resultado é realizada de forma destacada na Demonstração do e) No Ativo as contas devem obedecer à ordem decrescente do grau de liquidez
Resultado do Exercício. (conversibilidade em dinheiro), enquanto no Passivo as contas devem ser
apresentadas em ordem decrescente dos prazos de exigibilidade (as obrigações que
6 - PLANO DE CONTAS vencem primeiro devem aparecer em primeiro lugar), conforme exigência Lei das
Sociedades Anônimas.
Vimos até o presente momento que as contas são importantíssimas para os Segue abaixo um modelo de plano de contas:
registros contábeis. São elas que o permite a escrituração dos fatos contábeis ocorridos
na empresa. Todo Contabilista ao proceder à escrituração contábil, deve ter em mãos PLANO DE CONTAS

uma relação de todas as contas necessárias ao seu processo contábil. 1 ATIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE


6.1 - O que é então um Plano de Contas? 1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Disponível
1.1.2 Clientes
O Plano de Contas é o elenco de todas as Contas previstas pelo Setor Contábil 1.1.3 Créditos Diversos
1.1.4 Aplicações Financeiras
da empresa, como necessárias aos seus registros contábeis. 1.1.5 Estoques
1.1.6 Adiantamentos
Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas sempre obedecendo aos seus 1.1.7 Despesas Antecipadas
interesses e, principalmente, à legislação pertinente. Atualmente o Plano de Contas deve a) Disponível
obedecer às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações. 1.1.1 Disponível
1.1.1.1 Caixa
Embora cada empresa tenha um Plano de Contas com características próprias, de 1.1.1.2 Depósitos Bancários
1.1.1.3 Numerário em Trânsito
acordo com o objeto social que explora, na realidade, a sua estrutura básica é a mesma, 1.1.1.4 Aplicações de liquidez Imediata

variando apenas na quantidade de contas e em seus títulos. As subcontas podem ser abertas conforme o detalhamento que se quiser, como por exemplo:
1.1.1.1 Caixa
Na elaboração de um Plano de Contas deve-se ter em vista os seguintes
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1.1.1.4 Aplicações de Liquidez Imediata
1.1.1.4.1 Banco A 1.1.4.1 Aplicações com Rendimentos Pós-fixados
1.1.1.4.2 Banco B 1.1.4.1.1 Banco A
1.1.4.1.2 Banco B ou,
b) Clientes 1.1.4.1 Aplicações com Rendimentos Pós-fixados
1.1.2 Clientes* 1.1.4.1.1 Aplicações
1.1.2.1 Duplicatas a Receber 1.1.4.1.2 Rendimentos
1.1.2.2 Duplicatas a Receber - Controladas, Controladoras e Coligadas
1.1.2.7 (-) Duplicatas Descontadas e) Estoques
1.1.2.9 (-) Provisão para Perdas 1.1.5 Estoques
1.1.5.1 Mercadorias (compras)*
1.1.2 Clientes 1.1.5.3 Mercadorias em Trânsito
1.1.2.1 Duplicatas a Receber 1.1.5.4 Mercadorias em Consignação em Poder de Terceiros
1.1.2.1 0001 - Cliente A 1.1.5.5 Material de Acondicionamento
1.1.2.2 0002 - Cliente B 1.1.5.6 Almoxarifado*
1.1.5.9 (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
c) Créditos Diversos
1.1.3 Créditos Diversos 1.1.5.1 Mercadorias
1.1.3.1 Títulos a Receber - Renegociações 1.1.5.1.1 Calçados - loja
1.1.3.2 Títulos a Receber - Outras Transações 1.1.5.1.2 Roupas - Loja
1.1.3.3 Cheques em Cobrança 1.1.5.1.3 Material Esportivo - Loja 1
1.1.3.4 Dividendos a Receber 1.1.5.1.4 Calçados - loja 2
1.1.3.5 Bancos - Contas Vinculadas
1.1.3.6 Impostos a Recuperar * 1.1.5.6.1 Almoxarifado
1.1.3.7 Outros Créditos 1.1.5.6.1.1 Peças de Reposição de Automóveis
1.1.3.8 (-) Provisão para Perdas 1.1.5.6.1.2 Lâmpadas e Material Elétrico
1.1.5.6.1.3 Material de Expediente
1.1.3.6 Impostos a Recuperar*
1.1.3.6.1 ICMS a Recuperar Empresa Industrial
1.1.3.6.2 IPI a Recuperar 1.1.5 Estoques
1.1.3.6.3 Impostos sobre Mercadorias em Trânsito 1.1.5.1 Produtos Acabados
1.1.3.6.4 Imposto de Renda Retido na Fonte (Aplic.Fin.; Serviços, Comissões, Juros, Órgãos Públicos) 1.1.5.2 Mercadorias para Revenda
1.1.3.6.5 Imposto de Renda Pago a maior 1.1.5.3 Produtos em Elaboração
1.1.3.6.6 Saldo Negativo de IRPJ 1.1.5.4 Matérias Primas
1.1.3.6.7 IRPJ Estimativa a Compensar 1.1.5.5 Material de Acondicionamento
1.1.3.6.9 CSLL Retida na Fonte por Órgãos Públicos Federais 1.1.5.6 Almoxarifado de Manutenção
1.1.3.6.10 CSLL paga a maior 1.1.5.7 Outro Materiais de Consumo Industrial
1.1.3.6.11 Saldo Negativo de CSLL 1.1.5.8 Almoxarifado Administrativo
1.1.3.6.12 CSLL Estimativa a Compensar 1.1.5.9 (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
1.1.3.6.14 PIS A DESCONTAR (Lei 10.637/2002)
1.1.3.6.15 PIS A DESCONTAR – Importação (Lei 10.865/2004) f) Adiantamentos
1.1.3.6.16 PIS A DESCONTAR – Estoque Inicial 1.1.6 Adiantamentos
1.1.3.6.17 COFINS A DESCONTAR (Lei 10.833/2003) 1.1.6.1 A Empregados
1.1.3.6.18 COFINS A DESCONTAR – Importação (Lei 10.865/2004) 1.1.6.3 A Fornecedores
1.1.3.6.19 COFINS A DESCONTAR – Estoque Inicial 1.1.6.5 Importações em Andamento
1.1.3.6.20 ICMS a Recuperar – Ativo Permanente (LC 87/96)
g) Despesas Antecipadas
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1.2.2 Investimentos 1.2.2.2 Em Controladas e Coligadas - Custo Corrigido
1.2.3 Imobilizado 1.2.2.2.1 Custo Corrigido
1.2.4 Intangível 1.2.2.2.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO c) Participações por incentivos Fiscais


1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.2.2.4 Participações por Incentivos Fiscais
1.2.1.1 Créditos Diversos 1.2.2.4.1 FINOR
1.2.1.2 Aplicações Financeiras 1.2.2.4.2 FINAM
1.2.1.3 Empréstimos Compulsórios 1.2.2.4.3 AUDIOVISUAL
1.2.1.4 Impostos a Recuperar 1.2.2.4.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes
1.2.1.5 Adiantamentos
1.2.1.6 Despesas Antecipadas d) Imóveis Não Destinados ao Uso
1.2.2.5 Imóveis Não Destinados ao Uso
a) Créditos Diversos 1.2.2.5.1 Destinados a Futura Expansão
1.2.1.1 Créditos Diversos 1.2.2.5.2 Destinados a Aluguel a Administradores Empregados
1.2.1.1.1 Títulos a Receber - Renegociações 1.2.2.5.8 (-) Provisão para Perdas Permanentes
1.2.1.1.2 Títulos a Receber - Outras Transações 1.2.2.5.9 (-) Depreciação Acumulada
1.2.1.1.3 Controladas, Coligadas e Controladora
1.2.1.1.4 Sócios, Administradores e Pessoas Ligadas e) Outros Investimentos
1.2.1.1.5 Bancos - Contas Vinculadas 1.2.2.6 Outros Investimentos Permanentes
1.2.1.1.9 (-) Provisão para Perdas 1.2.2.6.1 Obrigações da Eletrobrás
1.2.2.6.2 Créditos Eletrobrás
b) Aplicações Financeiras 1.2.2.6.3 Empréstimo Compulsório sobre Combustíveis e Veículos
Serão usadas as mesmas contas constantes das aplicações financeiras do ativo circulante. 1.2.2.6.9 (-) Provisão para Perdas Permanentes

c) Empréstimos Compulsórios IMOBILIZADO


1.2.1.3 Empréstimos Compulsórios 1.2.3 Ativo Imobilizado
1.2.1.3.1 Obrigações da Eletrobrás 1.2.3.1 Imóveis
1.2.1.3.2 Créditos Eletrobrás 1.2.3.2 Móveis e Utensílios
1.2.1.3.3 Empréstimo Compulsório sobre Combustíveis e Veículos 1.2.3.3 Veículos
1.2.1.3.9 (-) Provisão para Perdas 1.2.3.4 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
1.2.3.6 Recursos Naturais
d) Impostos a Recuperar, Adiantamentos e Despesas Antecipadas (mesmo detalhamento do Ativo 1.2.3.7 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros
Circulante) 1.2.3.8 Imobilizado em Andamento (construção; importação; consórcio...)
1.2.3.9 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
INVESTIMENTO
1.2.2 Investimentos Permanentes a) Imóveis
1.2.2.1 Em Controladas e Coligadas - Equivalência Patrimonial 1.2.3.1 Imóveis
1.2.2.2 Em Controladas e Coligadas - Custo Corrigido 1.2.3.1.1 Terrenos
1.2.2.3 Outras Participações Societárias 1.2.3.1.2 Construções
1.2.2.4 Participações por Incentivos Fiscais 1.2.3.1.3 Edifícios
1.2.2.5 Imóveis Não Destinados ao Uso 1.2.3.1.4 Instalações Elétricas
1.2.2.9 Outros Investimentos Permanentes 1.2.3.1.5 Instalações Hidráulicas
1.2.3.1.9 Outras Instalações
a) Participações Avaliadas pela Equivalência Patrimonial
1.2.2.1 Em Sociedades Controladas, Coligadas e do Grupo Econômico - Equivalência b) Depreciações, amortizações e exaustões
Patrimonial 1.2.3.9 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
1.2.4.1 Fundo de Comércio 2.1.3.3 Nacionais - de Imobilizado
1.2.4.2 Marcas 2.1.3.4 Estrangeiros - de Imobilizado
1.2.4.3 Patentes
1.2.4.4 Direitos Autorais d) Impostos a Pagar ou a Recolher
1.2.4.5 Licenças 2.1.4 Impostos a Pagar
1.2.4.6 Propriedade Intelectual 2.1.4.1 ICMS a Recolher
1.2.4.7 Nome Comercial 2.1.4.2 IPI a Recolher
1.2.4.8 Imagem 2.1.4.3 Provisão para Imposto de Renda
1.2.4.9 Carteira de Clientes 2.1.4.4 Provisão para Contribuição Social
1.2.4.10 Franquia 2.1.4.5 IRRF a Recolher
1.2.4.11 Direitos de Comercialização 2.1.4.6 Provisão para o IOF
1.2.4.12 Direito de Uso de Software 2.1.4.7 PIS a pagar
1.2.4.13 Direito de Uso de Telefone 2.1.4.8 COFINS a pagar
1.2.4.20 (-) Amortizações Acumuladas 2.1.4.9 ISS a Recolher
2.1.4.10 Outros Impostos
2 PASSIVO 2.1.4.5 IRRF a Recolher
2.1.4.5.1 Salários e Honorários
2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.4.5.2 Remuneração a Autônomos
2.1.4.5.3 Serviços prestados por Pessoas Jurídicas
2.1 Passivo Circulante 2.1.4.5.4 Juros s/ Capital Próprio
2.1.1 Empréstimos e Financiamentos 2.1.4.5.5 Aluguéis
2.1.2 Debêntures 2.1.4.5.9 Outros
2.1.3 Fornecedores
2.1.4 Impostos a Pagar ou Recolher e) Imposto de Renda - Pessoa Jurídica
2.1.5 Salários e Contribuições Previdenciárias 2.1.4.3 Provisão para Imposto de Renda
2.1.6 Obrigações Diversas 2.1.4.3.1 Provisionado
2.1.7 Dividendos/Lucros e Participações 2.1.4.3.2 A Pagar
2.1.9 Outras Provisões
f) Salários e Contribuições Previdenciárias
a) Empréstimos e Financiamentos 2.1.5 Salários e Contribuições Previdenciárias
2.1.1 Empréstimos e Financiamentos 2.1.5.1 Ordenados e Salários a Pagar
2.1.1.1 Empréstimos Nacionais 2.1.5.2 Honorários da Administração a Pagar
2.1.1.2 Empréstimos Estrangeiros 2.1.5.3 INSS a Recolher
2.1.1.3 Financiamentos Nacionais 2.1.5.4 FGTS a Recolher
2.1.1.4 Financiamentos Estrangeiros 2.1.5.5 Gratificações a Pagar
2.1.1.5 Títulos a pagar 2.1.5.8 Provisão p/ Férias e Encargos
2.1.1.6 Arrendamentos a Pagar 2.1.5.9 Provisão p/ 13º Salário e Encargos
2.1.1.7 Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (ACC)
2.1.1.8 Empréstimos para Controladas, Coligadas e Controladora g) Obrigações Diversas
2.1.1.9 Juros e Encargos Apropriados a Pagar 2.1.6 Obrigações Diversas
2.1.6.1 Adiantamentos de Clientes
2.1.1.1 Empréstimos Nacionais 2.1.6.2 Contas Correntes
2.1.1.1.1 Pós-fixados 2.1.6.3 Água
2.1.1.1.2 Pré-fixados 2.1.6.4 Luz
2.1.1.1.9 (-) Encargos Pré-fixados a Apropriar 2.1.6.5 Telefone
2.1.6.6 Seguros
b) Debêntures 2.1.6.9 Contas a Pagar
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
i) Outras provisões 3.2.1.3 Ações Preferenciais - Capital Nacional
2.1.8 Outras Provisões 3.2.1.4 Ações Preferenciais - Capital Estrangeiro
2.1.8.2 Provisão para Riscos Fiscais
2.1.8.3 Provisão para Contingências, etc. b.2) Ágio na Emissão de Ações
3.2.2 Ágio na Emissão de Ações
2.2 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 3.2.2.1 Ágio na Emissão de Ações

2.2 Passivo Não-Circulante c) Ajustes de Avaliação Patrimonial


2.2.1 Passivo Exigível a Longo Prazo 3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.2.1.1 Empréstimos e Financiamentos 3.3.1 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Ativos
2.2.1.2 Debêntures 3.3.2 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Passivos
2.2.1.3 Fornecedores
2.2.1.4 Impostos a Pagar ou Recolher c.1) Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.2.1.5 Salários e Contribuições Previdenciárias 3.3.1 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Ativos
2.2.1.6 Obrigações Diversas 3.3.1.1 Imóveis
2.2.1.7 Dividendos e Participações 3.3.1.9 Máquinas
2.2.1.9 Outras Provisões
2.2.2 Resultado de Exercícios Futuros c.2) Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.2.2.1 Receitas de Exercícios Futuros 3.3.2 Ajustes de Avaliação Patrimonial de Passivos
2.2.2.2 (-) Custos e Despesas Vinculadas às Receitas de Exercícios Futuros
d) Reservas de Lucros
3. PATRIMÔNIO LIQUIDO 3.4 Reservas de Lucros
3.4.1 Reserva Legal
3.1 Capital Social 3.4.2 Reservas Estatutárias
3.2 Reservas de Capital 3.4.3 Reserva para Contingências
3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial 3.4.4 Reserva para Incentivos Fiscais*
3.4 Reservas de Lucros 3.4.5 Reservas de Lucros a Realizar
3.5 (-) Ações/Quotas em Tesouraria 3.4.6 Reservas Especiais*
3.9 Lucro do Exercício ou Prejuízos Acumulados 3.4.9 (-) Ações/Quotas em Tesouraria

a) CAPITAL SOCIAL d.1) Reserva Legal


3.1 Capital Social 3.4.1 Reserva Legal
3.1.1 Capital Social Subscrito 3.4.1.1 Reserva Legal
3.1.2 (-) Capital Social a Integralizar
d.2) Reservas Estatutárias
a.1) Capital Social Subscrito 3.4.2 Reservas Estatutárias
3.1.1 Capital Social Subscrito 3.4.2.1 Artigo "X" do Estatuto
3.1.1.1 Ações Ordinárias - Capital Nacional 3.4.2.2 Artigo "Y" do Estatuto
3.1.1.2 Ações Ordinárias - Capital Estrangeiro
3.1.1.3 Ações Preferenciais - Capital Nacional d.3) Reservas para Contingências
3.1.1.4 Ações Preferenciais - Capital Estrangeiro 3.4.3 Reservas para Contingências
Nas sociedades limitadas as "Ações" são substituídas por "Quotas" 3.4.3.1 Relativas ao Lucro do Ano "X"
3.4.3.2 Relativas ao Lucro do Ano "Y"
a.2) Capital Social a Integralizar
Conta redutora do capital subscrito, que produzirá, como saldo, o capital integralizado. d.4) Reserva de Incentivos Fiscais
3.4.4 Reserva de Incentivos Fiscais
b) RESERVAS DE CAPITAL 3.4.4.1 Doações ou Subvenções
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
4.1.2.01.001 ( - ) Devoluções de Vendas
e) Ações/Quotas em Tesouraria
3.5 (-) Ações/Quotas em Tesouraria Função: Registrar as devoluções de produtos ou mercadorias vendidas pela empresa.
3.5.1 (-) Por Resgate Debita-se pelo recebimento das Notas Fiscais de devolução emitidas pelos clientes e
3.5.2 (-) Por Amortização Credita-se apenas pela transferência para apuração do resultado.
3.5.3 (-) Por Reembolso Natureza: Devedora
3.5.4 (-) Por Negociação 4.1.2.01.001 ( - ) Descontos a Abatimentos Concedidos
f) LUCRO DO EXERCÍCIO ou Prejuízos Acumulados Função: Registrar os descontos concedidos incondicionalmente concedidos na venda de
3.9 Lucro do Exercício ou Prejuízos Acumulados produtos ou mercadorias. Os abatimentos concedidos ao cliente que, logo após ter
3.9.1 LUCRO DO EXERCÍCIO recebido a mercadoria ou produto, queira devolvê-lo por estar em desacordo com as
3.9.2 (-) Prejuízos Acumulados especificações do pedido, ou seja, o abatimento que é concedido apenas para evitar a
3.9.2.1 (-) De Exercícios Anteriores devolução da mercadoria, também será registrado nessa conta.
3.9.2.2 (-) Do Exercício em Curso Debita-se na concessão do desconto na NF e Credita-se pela transferência para ARE.
4.1.2.02 Tributos e Contribuições sobre Vendas
4. RESULTADO
4.1 Receitas Operacionais 4.1.2.02.001 ICMS s/Vendas
4.1.1 Receita Bruta de Vendas 4.1.2.02.002 IPI s/Vendas
4.1.1.01 Receita com Vendas no País 4.1.2.02.003 PIS s/Vendas
4.1.1.01.001 Vendas de Produtos 4.1.2.02.004 COFINS s/Vendas
Função: Registrar as vendas de produtos de fabricação própria. São registradas todas as Função: Registrar os impostos incidentes sobre as vendas.
vendas de produtos – à vista e a prazo. O valor registrado é o faturamento bruto,
Debita-se, no caso do ICMS e do II, pelos valores destacados nas Notas Fiscais de
incluindo os impostos e abatimentos.
Vendas emitidas no mês, e no caso do PIS (1,65% ou 0,65%) e do COFINS (3%) o
Debita-se pela transferência para a ARE no final do período e credita-se pelas Notas valor dessas alíquotas aplicadas sobre o faturamento do mês. Credita-se pela
Fiscais de Vendas dos produtos. transferência para a conta ARE, quando do encerramento do período.
Natureza: Credora Natureza: Devedora
4.1.1.01.002 Revenda de Mercadorias 4.2 Custo das Vendas
Função: Registrar as vendas de mercadorias. São registradas todas as vendas de 4.2.1 Custo dos Produtos Vendidos
mercadorias – à vista e a prazo. O valor registrado é o faturamento bruto, incluindo os
impostos e abatimentos. 4.2.1.01 CPV
Debita-se pela transferência para a ARE no final do período e credita-se pelas Notas 4.2.1.01.001 CPV
Fiscais de Vendas de Mercadorias.
Natureza: Credora Função: Registrar o custo dos produtos vendidos. Os valores debitados nessa conta
4.1.1.01.003 Vendas de Serviços devem aqueles apurados pela contabilidade de custos, ou seja, apenas os custos dos
produtos já vendidos deverão ser registrados nessa conta.
4.1.1.01.004 ICMS retido s/faturamento Debita-se pelo valor das baixas dos produtos vendidos, a contrapartida é a conta de
Função: Registrar o ICMS que foi cobrado por ST do adquirente do produto que consta estoque de produtos acabados e Credita-se pela transferência do Saldo para a ARE.
na NF de venda. Natureza: Devedora
Credita-se pelo ICMS retido constante nas NF de saídas, tendo como contrapartida à 4.2.2 Custo das Mercadorias Vendidas
conta ICMS retido a pagar, e Credita-se por eventuais devoluções do cliente e no 4.2.2.01 CMV
encerramento do período base.
Natureza: Devedora 4.2.2.01.001 CMV
4.1.1.02 Receitas com Vendas para o Exterior Função: Registrar o custo de aquisição das mercadorias que já foram vendidas no
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
4.3 Despesas Operacionais 4.3.1.02.023 Bens de Pequeno Valor
4.3.1 Despesas Administrativas 4.3.1.02.024 Pedágios
4.3.1.01 Despesas Trabalhistas 4.3.1.02.025 Jornais, Revistas e Periódicos
4.3.1.01.001 Pró-Labore 4.3.1.02.026 Estadas
4.3.1.01.002 Salários 4.3.1.02.027 Confraternizações
4.3.1.01.003 4.3.1.02.028 Brindes
4.3.1.01.004 Férias 4.3.1.02.029 Seguros
4.3.1.01.005 13º Salário 4.3.1.02.030 Sindicato Patronal e Associações de Classe
4.3.1.01.006 Aviso prévio e indenizações trabalhistas 4.3.1.02.031 Despesas Bancárias
4.3.1.01.007 INSS 4.3.2 Despesas Financeiras Líquidas
4.3.1.01.008 FGTS 4.3.2.01 Despesas Financeiras
4.3.1.01.009 ... 4.3.2.01.001 Variação Monetária Passiva
4.3.1.02 Despesas Gerais 4.3.2.01.002 Variação Cambial Passiva
4.3.1.02.001 Aluguéis passivos 4.3.2.01.003 Juros Passivos
4.3.1.02.002 Água e esgoto 4.3.2.01.004 Descontos Concedidos
4.3.1.02.003 Energia Elétrica 4.3.2.02 Receitas Financeiras
4.3.1.02.004 Telefone, fax, internet 4.3.2.02.001 Variação Monetária Ativa
4.3.1.02.005 Consumo de material de escritório 4.3.2.02.002 Variação Cambial Ativa
4.3.1.02.006 Condução 4.3.2.02.003 Ganhos com Aplicações Financeiras
4.3.1.02.007 Correios e Malote 4.3.2.02.004 Juros Ativos
4.3.1.02.008 Material de Limpeza 4.3.2.02.005 Descontos Obtidos
4.3.1.02.009 Viagens 4.3.3 Despesas Tributárias
4.3.1.02.010 Manutenção e conservação 4.3.3.01 Impostos Taxas e Contribuições
4.3.1.02.011 Depreciação e Amortizações 4.3.3.01.001 IOF
4.3.1.02.012 Fretes e Carretos 4.3.3.01.001 PIS Receitas Operacionais Diversas
4.3.1.02.013 Assistência Médica 4.3.3.01.002 IPTU
4.3.1.02.014 Combustíveis e Lubrificantes 4.3.3.01.003 IPVA
4.3.1.02.015 Leasing 4.3.3.01.004 IRF – Exclusivo na Fonte
4.3.1.02.016 Serviços de Terceiros – PF 4.3.3.01.005 Alvará
4.3.1.02.017 Serviços de Terceiros – PJ 4.3.3.01.006 ...
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
4.3.4.01.004 Férias 4.3.4.02.029 Seguros
4.3.4.01.005 13º Salário 4.3.4.02.030 Créditos Vencidos e Não Liquidados *
4.3.4.01.006 Aviso prévio e indenizações trabalhistas * A Conta “Créditos Vencidos e não Liquidados” está em conformidade com o que
dispõe a Lei nº. 9.430/96, que tornou indedutível, a partir de 01/01/97, a antiga
4.3.4.01.007 INSS “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”, tanto para fins de Imposto de Renda
4.3.4.01.008 FGTS quanto da Contribuição indedutível, classificada no subgrupo “Despesas com Vendas”.
4.3.4.02.031 Propaganda e Publicidades
4.3.4.01.009 Comissões Sobre Vendas
4.3.4.02.032 Provisão para Devedores Duvidosos
4.3.4.02 Despesas Gerais
4.3.5 Outras Receitas Operacionais / Outras Despesas Operacionais
4.3.4.02.001 Aluguéis passivos
4.3.5.01 Resultado de Equivalência Patrimonial
4.3.4.02.002 Água e esgoto
4.3.5.01.001 ...
4.3.4.02.003 Energia Elétrica
4.3.5.02 Lucros ou Dividendos Recebidos
4.3.4.02.004 Telefone, fax, internet
4.3.5.03 Rendimentos de Outros Investimentos
4.3.4.02.005 Consumo de material de escritório
4.3.5.04 Amortização de Ágio ou Deságio de Investimentos
4.3.4.02.006 Condução
4.4.1.01 Alienação de Bens Permanentes
4.3.4.02.007 Correios e Malote
4.4.1.01.001 Alienação de Investimentos
4.3.4.02.008 Material de Limpeza
4.4.1.01.002 Alienação de Imobilizado
4.3.4.02.009 Viagens
4.4.1.02 ( - ) Custo na Alienação de Bens Permanentes
4.3.4.02.010 Manutenção e conservação
4.4.1.02.001 ( - ) Custo na Alienação de Investimentos
4.3.4.02.011 Depreciações e Amortizações
4.4.1.02.002 ( - ) Custo na Alienação de Imobilizado
4.3.4.02.012 Fretes e Carretos
4.3.4.02.013 Assistência Médica 5 Custos de Produção

4.3.4.02.014 Combustíveis e Lubrificantes 5.1 Custo Direto

4.3.4.02.015 Leasing 5.1.1 Custos Diretos de Produção

4.3.4.02.016 Serviços de Terceiro – PF Função: Registrar os gastos com material e mão de obra que foram consumidos
diretamente no produto fabricado. Os valores debitados nesse grupo são apenas aqueles
4.3.4.02.017 Serviços de Terceiros – PJ identificáveis com o produto Fabricado.
4.3.4.02.018 Dispêndios com Alimentação Debita-se pelo consumo desses fatores de produção e Credita-se pela sua Transferência
para o estoque de produtos acabados – cada produto receberá, a débito nas contas de
4.3.4.02.019 Feiras/Congressos/Simpósios/Cursos estoque – a sua parcela de custo.
4.3.4.02.020 Telefone Natureza: Devedora.
5.1.1.01 Mão-de-Obra Direta
4.3.4.02.021 PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador
5.1.1.01.001 Salários e Ordenados
4.3.4.02.022 Vale Transporte
5.1.1.01.002 Pró-Labore
4.3.4.02.023 Bens de Pequeno Valor
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
5.1.1.01.008 Indenizações e Aviso Prévio
5.1.1.01.009 Assistência Médica e Social 7. - ESCRITURAÇÃO
5.1.1.01.010 ...
5.1.1.02 Material Direto
A escrituração contábil, nada mais é do que o registro dos fatos contábeis ou
5.1.1.02.001 Matéria Prima Consumida
administrativos, conforme as normas de Contabilidade.
5.1.1.02.002 Material de Embalagem Consumido
A escrituração é feita em livros, fichas ou formulários, através de sistemas
5.1.1.02.003 Consumo de Material Auxiliar de Produção
Função: Registrar os materiais consumidos diretamente na fabricação dos produtos. Os
manuais, mecânicos ou eletrônicos.
materiais diretos são baixados nos estoques pelo sistema de inventário permanente ou Hoje em dia, quase todo o sistema de escrituração contábil é executado através
periódico.
Debita-se pelo valor total das saídas de estoque pelas requisições para consumo na de computadores, com programas específicos, obedecendo as técnicas contábeis,
área de produção, em contrapartida das contas de estoques de MP, M. Embalagens e
Mat. Aux. de Produção e Credita-se pela sua transferência para a conta de Estoque de legislação fiscal e comercial. Nas empresas que possuem sistema integrado, as
Produtos Acabados para Venda (após a Contabilização dos custos – no final do
período). informações são inseridas (exportadas) no sistema contábil sem passar pela contabilidade.
Natureza: Devedoras
5.1.1.03 Outros Custos Diretos
7.1. - Razonetes
5.1.1.03.001 Energia Elétrica
5.1.1.03.002 Serviços de Terceiros
5.1.1.03.003 ...... Uma simplificação da representação gráfica da conta, muito utilizada para
Função: Registrar os gastos que foram segregados das despesas por terem sido simplificar as ilustrações, explicações e resoluções de problemas, que também
consumidos na fábrica e não na Administração. Note que são gastos na fábrica e não no
produto. Os gastos diretamente no produto são custos diretos (tratados no grupo 41). utilizaremos em nosso trabalho é a denominada Conta em T ou Razonete. Sua forma
Debita-se, pelo consumo desses fatores dentro da fábrica – pelo regime de gráfica é seguinte:
competência, sempre – e Credita-se pela sua transferência para os Estoques dos
Produtos em que foram consumidos. ( ) Débito Crédito
Natureza: Devedora
6 Apuração do Resultado do Exercício
6.1. Apuração do Resultado do Exercício
6.1.1 A.R.E.
6.1.1.01 A.R.E.
6.1.1.01.001 A.R.E. Em contabilidade, os termos débito e crédito são convenções contábeis. Não
Função: Registrar os lançamentos de encerramento das receitas e despesas (todas do significam algo favorável ou desfavorável. Os leigos em contabilidade costumam
grupo 3), para apurar o resultado do período contábil – lucro ou prejuízo. É uma conta
de transferência. associar esses termos – débito e crédito – a valores a receber ou a pagar e até a
Debita-se, pelo saldo de todas as despesas para e Credita-se pelo saldo de todas as
significados de coisas boas e ruins no patrimônio da empresa.
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se acontecer o contrário, a conta terá um
Qualquer Conta do Ativo
saldo credor.

Débito Crédito
Título da Conta
Título da Conta
Débito Crédito Débito Crédito
$ Aumentos $ Diminuições

Lado Lado Lado Lado b) Contas do Passivo e Patrimônio Líquido

As contas do Passivo aparecem sempre no lado direito do Balanço, por isso


7.1.2. - Lançamentos a débito e a crédito das contas ocorre, com elas, o inverso do que acontece com o Ativo. Com efeito, os aumentos e as
diminuições do Passivo (obrigações) devem ser registrados da seguinte forma:
Como já foi visto, as operações provocam aumentos e diminuições do Ativo, do
Passivo e do Patrimônio Líquido. Qualquer Conta do Passivo

As contas possuem dois lados – esquerdo e direito – assim, os aumentos podem


Débito Crédito
ser registrados de um lado e as diminuições de outro. A natureza da conta é que irá
determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuições, como
$ Diminuições $ Aumentos
pode ser visto a seguir:

a) Contas do Ativo
O PL também fica do lado direito do Balanço, e o critério é o mesmo do Passivo.
Os elementos do Ativo ficam do lado esquerdo do Balanço. Por isso, todas as O funcionamento do sistema de débito e crédito será idêntico ao do Passivo, ou seja:
contas do Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no Qualquer Conta do Patrimônio Líquido
lado esquerdo.
Deve-se observar que uma empresa possui ou não possui bens e direitos. Não Débito Crédito

existem bens negativos e tampouco direitos negativos; portanto as contas do Ativo


possuem saldo devedor ou nulo. Para que uma conta do Ativo (Bens e Direitos) tenha $ Diminuições $ Aumentos
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
O Patrimônio Líquido poderá ser negativo (saldo devedor); quando isso ocorrer,
ele permanecerá do lado direito do Balanço, juntamente com o Passivo, subtraindo do seu e) Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito
total.
Com efeito, qualquer aumento no Patrimônio Líquido será regido por Crédito, e Em suma, considerando o mecanismo acima, podemos concluir que:
qualquer diminuição, por débito.

Efetua-se um Lançamento a
c) Contas de Receitas:
CONTAS
Débito Crédito
As contas das Receitas aparecem sempre no lado direito dos Razonetes, que
estarão representados Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Com efeito, os De Para Para
aumentos e as diminuições das Receitas devem ser registrados da seguinte forma:
Ativo Aumentar Diminuir
Contas de Receitas

Passivo Diminuir Aumentar


Débito Crédito

Patrimônio Líquido Diminuir Aumentar

$ Diminuições $ Aumentos
DRE

Receitas Diminuir Aumentar

d) Contas de Custos e Despesas:


Custos e Despesas Aumentar Diminuir

As contas de Custos e Despesas aparecem sempre no lado esquerdo dos


Razonetes, que estarão representados no Demonstrativo de Resultados do Exercício
(DRE). Com efeito, os aumentos e as diminuições dos Custos e Despesas devem ser
registrados da seguinte forma:

Contas de Custos e Despesas


CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
CRÉDITO 8 - LIVROS OBRIGATÓRIOS

Sabemos que a empresa é responsável por escriturar uma quantidade


considerável de livros, que podem ser divididos em três classes distintas:
ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO Livros Sociais: (cabíveis às Sociedades Anônimas), registram as operações acionárias e
as deliberações das assembléias-gerais, como também do Conselho de Administração, da
Diretoria e do Conselho Fiscal (Ex.: Livro de Registro de Ações Nominativas, Registro
de Transferência de Ações Nominativas, Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e
Diminuição Aumento Aumento Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas, Atas das Assembléias-Gerais,
do Valor do Valor Presença dos Acionistas, Atas de Reuniões do Conselho de Administração, Atas das
Reuniões da Diretoria, Atas e Pareceres do Conselho Fiscal);
Livros Comerciais ou Contábeis: Registram os fatos mensuráveis em dinheiro, que
Origem de Recursos Origem de Origem de envolvem o patrimônio da empresa (Ex.: Livro Diário);
Recursos Recursos Livros Fiscais: Registram as operações que interessam aos olhos do Fisco, para a
devida apuração dos tributos (Ex.: LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real).

8.1. - Livro Diário


DÉBITO

Livro no qual são registradas todas as operações contabilizáveis de uma


empresa, em ordem cronológica e com a observância de certas formalidades quanto à sua
apresentação e registro, devido ao fato de ser o único livro obrigatório para as empresas,
ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO segundo a legislação, portanto, é importantíssimo do ponto de vista legal e fiscal.

a) Formalidades do Livro Diário

Aumento Diminuição Diminuição


Formalidades extrínsecas (externas)
do Valor do Valor do Valor
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
• Registrado na repartição competente do registro do comércio: Junta Comercial ou conciliações e análises contábeis com maior facilidade que o diário, é dele que se extrai o
Cartórios de Registro de Títulos de Documentos; balancete de verificação, que é a base para o levantamento e montagem das
• Estar rubricado, em todas as páginas por funcionários da Junta Comercial ou demonstrações financeiras. (não é obrigatório pela Legislação Comercial, mas é
Cartórios, com competência para este fim. obrigatório pela Legislação Fiscal).

Formalidades intrínsecas (internas) 9 – RELATÓRIOS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

• Os registros devem ser sem rasuras, borrões ou emendas; 9.1 - Balancete de Verificação
• Não pode conter registro nas entrelinhas e nas margens;
• Deve obedecer a rigorosa ordem cronológica; Como já foi estudado no tópico sobre Razonetes, quando se tratou do método

• A escrituração deve obedecer a um método uniforme de registro (plano de das partidas dobradas, foi visto que, em decorrência do seu uso, o valor total dos saldos

contas); devedores deve ser igual ao valor total dos saldos credores das contas.
É costume procurar verificar essa igualdade periodicamente, relacionando todas

b) Registro das Operações no Diário (Lançamento) as contas em um demonstrativo chamado Balancete de Verificação do Razão, Balancete
de Verificação ou simplesmente Balancete como pode ser visto no exemplo abaixo:

O registro de uma operação do Livro Diário denomina-se “Partida de Diário”, os


elementos necessários de uma Partida de Diário (Elementos essenciais de um Comercial ABC Ltda.

lançamento) são os seguintes: Balancete de Verificação em 31/07/20x1.


CONTAS SALDOS
1. Local e Data de registro; Devedores Credores
2. Conta debitada ou Contas Debitadas; Caixa 6.000 –
3. Conta creditada ou Contas creditadas; Contas a Receber 63.000 –
4. Histórico da operação, com a menção das características principais dos documentos Estoques 78.000 –
comprobatórios da operação. Terrenos 31.000 –
Móveis e Utensílios 50.000 –
8.2 - Livro Razão Fornecedores – 58.000
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
Este é um exemplo de balancete que evidencia apenas a posição do saldo Conteúdo e Estrutura:
existente de cada conta, ao final do período. Existem outros tipos de balancetes que
demonstram, além do saldo final, o saldo inicial e a movimentação precedente – de seis e A demonstração de resultado compreenderá:
de oito colunas.
a) As receitas e os ganhos do período, independentemente do seu recebimento;
9.2 - Estática Patrimonial: O Balanço b) Os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a
esses ganhos e receitas;
Um dos princípios fundamentais da Contabilidade é o Princípio da Entidade. A c) As receitas decorrentes da exploração das atividades fins;
contabilidade deve tratar a pessoa jurídica da empresa como distinta das pessoas físicas d) Os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e
e/ou jurídicas de seus proprietários. O objetivo da Contabilidade é medir o desempenho os cancelamentos;
da entidade, muito embora o que for útil para a empresa usualmente seja útil para os e) Os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados;
proprietários. f) O resultado bruto do período;
O Balanço Patrimonial é uma importante demonstração contábil, por meio do g) Os ganhos e perdas operacionais;
qual se pode apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira da empresa em um h) As despesas com vendas, administrativas, resultado financeiro e outras
determinado momento. O Balanço Patrimonial evidencia claramente o Ativo, o Passivo e despesas e ou receitas operacionais;
o Patrimônio Líquido da entidade. i) O resultado operacional antes das participações e dos impostos;
O Balanço Patrimonial demonstra os bens e os direitos (do lado do Ativo), as j) As provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;
Obrigações e o Patrimônio Líquido (do lado do Passivo). l) As participações no resultado;
m) O resultado líquido do período.
9.3 - Demonstração do Resultado do Exercício

Conceito: É a Demonstração Contábil destinada a evidenciar a composição do resultado


formado num determinado período da Entidade. A Demonstração do Resultado,
observado o Princípio da Competência, evidenciará a formação dos vários níveis de
resultados mediante o confronto entre as Receitas, e os correspondentes Custos e
Despesas.
CONTABILIDADE II CONTABILIDADE II
MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício destina-se a evidenciar a formação do
RECEITA OPERACIONAL BRUTA resultado do exercício, mediante confronto das receitas, custos e despesas incorridos no
Vendas de Mercadorias/Produtos/Receitas de Serviços exercício.
(-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS Na Demonstração do Resultado do Exercício não transitam despesas e receitas de
Devolução de Vendas exercício anteriores. Esses valores se integram ao patrimônio da empresa por meio da
Descontos Incondicionais Concedidos Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. (A ser vista posteriormente).
Impostos sobre Vendas
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
9.4. - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
(-) CUSTOS OPERACIONAIS
Custo dos Produtos Vendidos
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração contábil
Custo das Mercadorias Vendidas
destinada a evidenciar, o lucro do período, sua distribuição e a movimentação ocorrida no
Custo dos Serviços Vendidos
saldo da conta de Lucros e Prejuízos Acumulados.
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
A referida demonstração é obrigatória conforme o artigo n. 186 da Lei 6404/76 e
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
também prevista pela legislação do imposto de renda (art. 274 do RIR).
DESPESAS COMERCIAIS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
9.5. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO
(-) DESPESAS FINANCEIRAS
A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração contábil
(+) RECEITAS FINANCEIRAS
destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que
(+-) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS
integram o patrimônio líquido da Entidade.
(-) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
A referida demonstração não é obrigatória pela Lei 6404/76, mas sua publicação
(+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
é exigida pela CVM para as companhias abertas, conforme instrução 59/86.
(=) RESULTADO ANTES DA CSLL
(-) Provisão para Contribuição Social – CSLL
9.6. - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ
(-) Provisão para Imposto de Renda – IRPJ
CONTABILIDADE II
Em função da alteração da Lei 6404/76 pela Lei 11638/2007, esta passou a não
ser mais obrigatória, sendo, portanto, facultativa a sua elaboração e divulgação.

9.7. - Demonstração do Fluxo de Caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é a demonstração que evidencia as


modificações ocorridas nas disponibilidades da entidade. Pode ser elaborada por dois
métodos, o método direto e o método indireto.
Trata-se de uma demonstração obrigatória para as empresas de capital aberto, e
para as de capital fechado com Patrimônio Liquido igual ou superior a R$ 2.000.000,00
(Dois Milhões) na data do balanço.

9.8. – Demonstração do Valor Adicionado

A demonstração do valor adicionado tem a função de identificar e divulgar o


valor da riqueza gerada por uma entidade e como essa riqueza foi distribuída entre os
diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração.
Trata-se de uma demonstração obrigatória para as empresas de capital aberto,
incluída pela Lei 11.638/2007.

9.9. - Notas explicativas

As notas explicativas vêm auxiliar no desafio da contabilidade em evidenciar e


divulgar as informações que atendam as necessidades dos usuários das demonstrações
contábeis.
É obrigatória a sua elaboração e divulgação conforme determina o parágrafo 4
do art. 176 da Lei 6404/76, pois as demonstrações são comentadas pelas notas

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