TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS

FLUXO
BIDIMENSIONAL

PROF. ELAINE SOUZA

FLUXO BIDIMENSIONAL
INTRODUÇÃO

➡ FLUXO UNIDIMENSIONAL
Fluxo d’água com direção constante
- Areia uniforme → gradiente constante em qualquer ponto
- Exemplo: permeâmetros

➡ FLUXO TRIDIDIMENSIONAL
Fluxo d’água em qualquer direção

- Migração de água para um poço ou cava
- Barragens em vales fechados

TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS PROF. ELAINE SOUZA

FLUXO BIDIMENSIONAL
INTRODUÇÃO
Introdução
➡ FLUXO BIDIMENSIONAL
Fluxo Bidimensional
Fluxo segue caminhos em planos paralelos
Obras lineares
Barragens em vales abertos
Valas, canais
Estudo de redes de fluxo

SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional

GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 3
TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS PROF. ELAINE SOUZA
FLUXO BIDIMENSIONAL
Introdução
INTRODUÇÃO

➡ FLUXO BIDIMENSIONAL
Fluxo Bidimensional
A rede de fluxo é a solução gráfica da Equação
de Laplace, composta de dois grupos de curvas
perpendiculares entre si, formando quadrados
curvilíneos. 2 2
h h
2 2
0
x y

SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional

TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS 4
PROF. ELAINE SOUZA
GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt
FLUXO BIDIMENSIONAL
Redes de fluxo
REDE DE FLUXO

Sistema utilizado no estudo da percolação de

água em solos
Representa o caminho percorrido pela água e a
correspondente dissipação de carga

LINHAS DE LINHAS
FLUXO EQUIPOTENCIAIS

Linhas espaçadas
Regiões que possuem o
igualmente que
mesmo potencial e linhas
determinam canais de
de igual carga total
fluxo de igual vazão

TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional PROF. ELAINE SOUZA
5
GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt
FLUXO BIDIMENSIONAL
Redes de fluxo
REDE DE FLUXO
É conveniente que sejam formados
quadrados
Escolher o número de linhas de fluxo e de
equipotenciais para tal
Definições
Número de canais de fluxo: NF
Número de faixas de perda de potencial: ND
Dimensões de um quadrado genérico
b: largura do canal de fluxo
l: distância entre equipotenciais

Obs.: NF e ND não precisam ser inteiros

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FLUXO BIDIMENSIONAL
Redes de fluxo
REDE DE FLUXO
Linhas equipotenciais são desenhadas com o
mesmo espaçamento
Portanto, tem-se variações de carga sempre iguais
entre equipotenciais (conveniente)
h
Perda de carga por potencial : h
ND
h h
Gradiente : i
l l ND
h h
Vazão por elemento : q k b k
l ND ND
NF
Vazão total : Q k h
ND

TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo BidimensionalPROF. ELAINE SOUZA
FLUXO BIDIMENSIONAL
Rede de fluxo unidimensional
REDE DE FLUXO

➡ FLUXO UNIDIMENSIONAL

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SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional
FLUXO BIDIMENSIONAL
REDE DE FLUXO
Rede de fluxo unidimensional
➡ FLUXO UNIDIMENSIONAL
Pela rede de fluxo
NF = 4; ND = 6
b = l = 2cm
h 6
Perda de carga por potencial : h 1cm
ND 6
h h 1
Gradiente : i 0,5
l l ND 2
h 6
Vazão por elemento : q k b 0,05 2 0,05cm 3 / s / cm
l ND 2 6
NF 4
Vazão total : Q k h 0,05 6 0,2cm 3 / s / cm
ND 6
SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional
TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS
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10 SOUZA
FLUXO BIDIMENSIONAL
REDE DE FLUXO
Rede de fluxo bidimensional
➡ FLUXO BIDIMENSIONAL
Mesmos princípios
Canais de igual vazão
Zonas de igual variação de
potencial
Exemplo: “permeâmetro curvo”
Linhas de fluxo
Linha AC: i = 6/12 = 0,5
Linha BD: i = 6/24 = 0,25
Demais linhas serão círculos
concêntricos

TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS PROF. ELAINE SOUZA

 FLUXO BIDIMENSIONAL
REDE DE FLUXO
Rede de fluxo bidimensional
➡ FLUXO BIDIMENSIONAL
Fato 1: Gradientes variam.
Fato 2: Vazões devem ser
iguais em todos os canais.
Conclusão: velocidades de
percolação menores nos
canais externos (menor
gradiente)
Fato 1: Canais de igual vazão.
Fato 2: velocidade menor.
Conclusão: canais externos
devem ser maiores

TC 035 - MECÂNICA DOS SOLOS PROF. ELAINE SOUZA

FLUXO BIDIMENSIONAL
Rede
REDE DEde fluxo bidimensional
FLUXO
➡ FLUXO BIDIMENSIONAL
Escolha das linhas de fluxo
É útil ter figuras aproximadamente quadradas
Primeiro se escolhe a quantidades de
equipotenciais (no exemplo: 12)
Na linha AC as equipotenciais surgem a cada
1 cm
Portanto, o primeiro canal de fluxo deve
possuir largura de aproximadamente 1 cm h
q k b
A medida que se afasta, a largura dos canais l
deve aumentar
Toma-se a distância média entre equipotenciais
(ver figura)
Esta construção leva a um último canal fracionário
(70% do comprimento que o faria “quadrado”)
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 FLUXO BIDIMENSIONAL
Percolação sob estacas-prancha
REDE DE FLUXO
pranchada)
➡ PERCOLAÇÃO SOB PRANCHADA

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SLIDES PROF. ELAINE SOUZA
03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional
FLUXO BIDIMENSIONAL
REDE DE FLUXO
➡ PERCOLAÇÃO SOB PRANCHADA
! A figura mostra uma rede de fluxo em uma camada de areia,
sendo o nível de água rebaixado em um dos lados por
bombeamento 


Rede de fluxo bidimensional

!   Área inferior disponível para passagem de água é menor
que a área superior por onde a água infiltra
Percolação sob estacas-prancha
(pranchada)

!   Portanto, canais de fluxo devem

ter largura reduzida conforme se
aproximam da passagem por
baixo das estacas-prancha

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FLUXO BIDIMENSIONAL
REDE DE FLUXO
Rede de fluxo bidimensional
➡ PERCOLAÇÃO SOB PRANCHADA
Canais se estreitam
Vazão deve ser constante
Logo, gradiente deve
aumentar h
q k b
Mas Δh é constante l
Logo, a distância entre
equipotenciais deve
diminuir
Examinar equação

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SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional
FLUXO BIDIMENSIONAL
Rede
REDE DEde fluxo bidimensional
FLUXO

A fluxo entre equipotenciais

pode ser analisado de forma
análoga à distância
percorrida por uma esfera em
uma superfície inclinada
Em solos isotrópicos o fluxo segue o
caminho de maior gradiente
Em uma superfície a esfera rolará até
a cota mais baixa pelo caminho mais
íngreme (que é normal às curvas de
nível)
Portanto: linhas de fluxo são normais
às equipotenciais

SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional PROF. ELAINE SOUZA

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 Redes de fluxo
FLUXO BIDIMENSIONAL
Linhas equipotenciais são desenhadas com o
Exemplo
REDE DE FLUXO mesmo espaçamento
Portanto, tem-se variações de carga sempre iguais
➡ EXEMPLO entre equipotenciais (conveniente)
Calcular
- Calcular a vazão
a vazão total
Perda
que
que
de carga por
passa
passa
potencial : h
pelafundação:
h pela fundação
ND
h h
Gradiente : i
l l ND
h h
Vazão por elemento : q k b k
l ND ND
NF
Vazão total : Q k h
ND

SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional

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SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional PROF. ELAINE SOUZA

19
 hExemplo
FLUXO BIDIMENSIONAL
Gradiente : i
Perda de
h Gradiente : i carga por h potencial
h : 1 h
0N
,5D
REDE DE FLUXOl l NExemplo l l N D 2
D
h h 1
Calcular Gradiente
a :
vazão i que passa h 0,5
p
Exemplo
➡ EXEMPLO
Vazão por elemento : q kVazão
- Calcular a vazão total
h
Calcular
que
por
b kelemento
passa a
h
l : l qque
vazão N Dk passa 2 b
l N D N D pela fundação: l ND
Exemploa vazãoNque h
Calcular N
Vazão
Vazão total : qQ kk hhtq Vazão
F F por
passaN elementopela
4 : fundação
q N k 4 4 b
k ht totalq F
:10Qq 10 k3,74h 31,,70 l1,0N
F
0,05 6
q
Calcular a vazão que NNpassa
D pelaN D fundação ND 8 8 D
D
NF 4 N4F
k ht 4
Vazão
q 10 SLIDES
3,7 103 ,0total
/ AULA : 06Qq– Fluxo 03³ //0
1k,35Bidimensional
10 m
hSLIDES s,05
/ m066–
AULA
ND 8 MSc. Douglas
GEOTECNIA II – Prof. N DBittencourt
GEOTECNIA
M. A. II – Prof. MSc.

SLIDES 03 / AULA 06 –
GEOTECNIA II – Prof. MSc

SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional PROF. ELAINE SOUZA

19
Tipos de fluxo
FLUXO BIDIMENSIONAL
TIPOS DE FLUXO
➡Fluxo
FLUXOconfinado
CONFINADO
Quando se tem todas as condições de contorno
conhecidas para o fluxo
Percolação sob barragem de concreto

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo

PROF. ELAINE SOUZA
2
Tipos de fluxo
FLUXO BIDIMENSIONAL
TIPOS DE FLUXO
Fluxo
➡ FLUXOnão-confinado
NÃO-CONFINADO
Quando não se tem todas as condições de
contorno conhecidas para o fluxo
Percolação através de barragem de terra

PROF. ELAINE SOUZA

Traçado de redes de flux
FLUXO BIDIMENSIONAL
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO

Métodos de análise de percolaç

Construção gráfica
Analogia elétrica
Modelagem numérica
Modelos físicos

PROF. ELAINE SOUZA

FLUXO BIDIMENSIONAL
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO
➡ CONSTRUÇÃO GRÁFICA
-  Feita por tentativas a partir da definição de linhas 


limites (contornos) e das regras já comentadas 


- Recomendações:
•  Estudar redes de fluxo previamente construídas 


• Tentar reproduzir sem olhar o desenho original 


• Traçado de nova rede: 3 ou 4 canais na primeira tentativa 


• Observar a rede como um todo 


• Fazer transições suaves 


PROF. ELAINE SOUZA
FLUXO BIDIMENSIONAL
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO
Traçado de redes
➡ CONSTRUÇÃO GRÁFICA
de fluxo
Fluxo confinado

PROF. ELAINE SOUZA

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo
FLUXO BIDIMENSIONAL
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO
➡
Traçado de redes
CONSTRUÇÃO GRÁFICA de fluxo
Fluxo não confinado

PROF. ELAINE SOUZA

 Traçado de redes de fluxo
FLUXO BIDIMENSIONAL
MÉTODOS DE TRAÇADO
elétrica DE REDE DE FLUXO
T➡ra ça d
Analogia
o d e re de s de fluxo
ANALOGIA ELÉTRICA
voltagem = carga hidráulica
Analogia elétrica
condutividade elétrica = permeabilidade
corrente elétrica = vazão

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo

GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 17

PROF. ELAINE SOUZA

FLUXO BIDIMENSIONAL
Traçado de redes de fluxo
Traçado de redes de fluxo
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO
Modelagem numérica
➡ MODELAGEM NUMÉRICA
Modelagem numérica

Traçado de redes de fluxo

Modelagem numérica

Ortigão (2007)

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo

GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 15

Ortigão (2007)

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo

PROF. ELAINE SOUZA
16
FLUXO BIDIMENSIONAL
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO
➡ MODELOS FÍSICOS

PROF. ELAINE SOUZA

 Traçado
FLUXO de redes
BIDIMENSIONAL de fluxo
MÉTODOS DE TRAÇADO DE REDE DE FLUXO
Traçado de redes de fluxo
Modelos Físicos
➡ MODELOS FÍSICOS
Modelos Físicos

Gitirana Jr. (2009)

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo

GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 13

Gitirana Jr. (2009)

PROF. ELAINE SOUZA
SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo
FLUXO BIDIMENSIONAL
REDE DE FLUXO
➡ EXEMPLO
Dada a rede de fluxo obtida para uma barragem de
concreto, pede-se:


- Calcular a vazão total;


- Para os pontos A, B, C e D, determinar:

- Gradiente;


- Carga altimétrica, piezométrica e total;

- Poropressão.
Dado: k = 10-4 m/s

PROF. ELAINE SOUZA

FLUXO BIDIMENSIONAL
Interpretação
REDE DE FLUXO de redes de fluxo
➡ EXEMPLO
Exemplo

SLIDES 04 / AULA 07 – Traçado de redes de fluxo

GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 20

PROF. ELAINE SOUZA

 ND
FLUXO BIDIMENSIONAL
h h
Gradiente : i
REDE DE FLUXO
l l ND
h h
➡Vazão
EXEMPLO
por elemento : q k
l ND
b k
ND
- Calcular a vazão total

NF -5 canais de fluxo: NF
Vazão total : Q k h
Interpretação de redes de fluxo
ND - 14 faixas de perda de potencial: ND
- k = 10-4 m/s
SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional
Exemplo - –hProf.
GEOTECNIA II = 15,4 m
MSc. Douglas M. A. Bittencourt 7

q = 5,5 x 10-4m3/s —> por metro de comprimento da barragem

PROF. ELAINE SOUZA

 mesmo espaçamento
FLUXO Portanto,
BIDIMENSIONAL
tem-se variações de carga sempre iguais
entre
REDE DE equipotenciais (conveniente)
FLUXO
➡Perda
EXEMPLO
de carga por potencial : h
h - Gradiente
ND
h h - Δh = 15,4m
Gradiente : i
Interpretação de redes de fluxo
l l ND - ND = 14
- l = distância entre equipotencias
h h
Vazão porExemplo
elemento : q k b k
perda de carga entre equipotenciais
l ND N D = 15,4 / 14 = 1,1m
gradiente variável: dividir
N por “l"
Vazão total : Q k h F
ND

SLIDES 03 / AULA 06 – Fluxo Bidimensional

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