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68-MISTÉRIO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS – Fev/2006

Existe um mundo invisível cheio de freqüências, vibrações e todo tipo de energia que
circunda a tudo e a todos. Ninguém as vê, mas desfrutam de seus benefícios. São as
ondas eletromagnéticas que cortam o espaço tal qual uma enorme teia de aranha. A
partir da descoberta dessas miraculosas - porquanto misteriosas - ondas, surgiram o
raio-x, a abreugrafia, o micro-ondas, o rádio, a televisão, o radar e as telecomunicações
em geral. Sem mencionar o pensamento, que emite ondas similares, porém este ainda
não está decifrado suficientemente para que seja controlado. Por isso, muito ainda está
para ser descoberto neste vasto e misterioso campo eletromagnético. Resta indagar
como o ser humano conseguiu, inicialmente, perceber que havia no ar meios magnéticos
para que fossem inventados tantos equipamentos que viriam a facilitar a sua vida no
Planeta. É certo que pesquisas intensas antecederam tais feitos, mas como surgiu essa
intuição? No começo de tudo, como foi possível “medir” o comprimento das ondas
eletromagnéticas, direcionando-a para um determinado propósito? A Física tradicional,
naturalmente, detém essa técnica, porém a quântica ainda guarda muitos segredos, pois
engatinha nos meios científicos. Um dos precursores da matéria foi o físico alemão
William Conrad Roetgen. Enquanto trabalhava com radiações, ele observou sua mão
projetada numa tela. A partir de um tubo, imaginou estar sendo emitido uma
determinada espécie de onda radioativa com capacidade de atravessar e “ler” o corpo
humano. Como a radiação era invisível, Roetgen a batizou de “raios x”. A partir de
então, os diagnósticos não só ficaram mais claros, como mais certeiros. A evolução veio
com o advento da computação eletrônica, surgindo um novo tipo de radiografia: a
tomografia computadorizada, método este que revolucionou o diagnóstico por imagem,
agora feita de maneira transversal, sem agredir o organismo como acontecia antes.
Pouco tempo depois, aconteceu a mais revolucionária das descobertas: a ressonância
nuclear magnética, modalidade tomográfica com a vantagem de poder dispensar a
radiação ionizante, tornando as imagens tridimensionais e ainda mais confiáveis. Como
se não bastasse, descobriu-se uma nova utilidade para a ressonância: detectar mentira.
Os velhos polígrafos, seguramente começarão a ser abandonados com a divulgação do
feito. Com o “rastreamento” da pessoa em teste, verifica-se que, ao emitir sua
declaração, certas áreas de seu cérebro são acionadas de acordo com as reações
emocionais que se processam através de sinais biológicos mensuráveis. Nesse
momento a ressonância detecta as áreas do cérebro que ficam mais irrigadas quando se
manifestam pensamentos e emoções. Mas, retarda ao fazê-lo. E por que a delonga? É
justamente porque o ato de mentir é racional, planejado. A verdade, ao contrário, é um
processo mais rápido e, por isso, não há armazenamento de sangue prolongado.
Portanto, o grau de acerto é alto e bem superior aos mencionados polígrafos que podem
ser ludibriados porque captam somente os sinais externos da pessoa que mente, como
aceleração de batimentos cardíacos, aumento da pressão sangüínea, do ritmo
respiratório, dentre outros. O problema é que há mentirosos contumazes (os chamados
mitômanos) que acreditam tanto no que estão falando e encaram seu depoimento como
algo puramente verdadeiro, não demonstrando qualquer reação de ordem física. Tais
alterações podem acontecer com aquele que fala a verdade, pois pode ficar nervoso por
estar sendo avaliado por uma máquina, que acaba o “acusando” erroneamente. A
ressonância magnética, enfim, deve ter outras alternativas paralelas. Uma delas seria
detectar a polaridade de um pensamento. Como saber se este é positivo ou negativo?
Pela quantidade de prótons e elétrons? Se assim for, teria o homem capacidade de
“controlar” ou contrabalançar esta carga? Seria aprazível imaginar um especialista
bem-intencionado alterando os pensamentos daquele cuja carga prevalente fosse
negativa? Será que o mundo seria modificado para melhor? Poderia uma máquina, ao
contrário do que os fatalistas pressupõem, ajudar na evolução do ser humano?
Pelo visto, as respostas ainda rondam no espaço eletromagnético, na imensidão do éter...

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