Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPINAS
2017
ALFREDO HUGO VALENÇA MORILLO
CAMPINAS
2017
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP
Agência(s):
Nº do Proc.:
A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida
acadêmica do aluno.
Com um copo de uma boa cerveja na mão e refletindo sobre frase que coloquei
como epígrafe, me sinto pronto para a difícil tarefa de agradecer.
Agradeço à CAPES e à Funcamp por financiarem minha bolsa de mestrado. Sem
este auxílio seria impossível estar aqui agora (nem com meu copo de cerveja).
Ao meu orientador, Dr. Marco Lúcio Bittencourt. Professor, não tenho palavras que
expressem o quão grato sou. O quanto apreendi é imensurável. Reconheço de bom grado tudo
que fizestes por mim e admiro isso. Desejo ser professor universitário e o tenho como maior
exemplo. Queria dizer que pode contar comigo no que eu poder fazer, pois além de seu aluno,
me considero seu amigo.
Aos professores da Unicamp e UFSC e respectivas instituições. Obrigado por tudo
que me ensinaram, que me influenciaram. Em especial agradeço ao professor Kurka, que foi
fundamental no meu mestrado e aos professores Modesto e Mikowski, que muito me ensinaram
na graduação.
Minha família linda, Ana mãe, Ana irmã, meu pai Alfredo e minhas gêmeas pre-
feridas, Karina e Luiza. Minha mãe gosta de falar que gratidão tem um significado mais forte
que o obrigado. No segundo, a gente agradece na obrigação de devolver o que nos foi feito. No
primeiro é um sentimento mais profundo, sem obrigações.
Estes foram os que mais me apoiaram vir para o mestrado e os que mais me deram
forças para seguir. Houveram momentos de desânimo, nem sempre as coisas saem conforme
planejado. Por este motivo escolhi meu epígrafe, ele fala sobre realizar sonhos juntos. Não se
faz um mestrado sozinho, não se vive sozinho. Caminho para realização de um sonho graças a
minha família. Então pra vocês, meu sentimento é de gratidão profunda, mas ao mesmo tempo,
um sentimento que tenho muito a pagar de volta por todo apoio que recebi. Vou definir como a
soma de grato mais obrigado, pode ser?
Além da família que nascemos, tem a família que escolhemos. Família é família.
Por este motivo não posso deixar de falar do meu irmão Caio. Mano, te amo. Estendo esse
agradecimento a toda sua família, incluindo a Dani, que é foda pra cara*** (ela sabe disso <3).
Agradeço de coração ao GRELO, sempre duro, mas sempre íntimo. Este agradeci-
mento se estende especialmente ao Gil, Luisa, Yuri, Jose e Jean. Maioria de vocês estão comigo
desde o começo, definitivamente eu estaria tendo uma vida mais triste sem vocês comigo em
Campinas. Muito obrigado, de verdade. São todos especiais pra mim e serão considerados meus
amigos não importa a distância que a vida nos coloque.
As duas “baita otárias” mais lindas <3, Mariana e Darla. Sei que tenho em vocês
pessoas que poderei contar sempre, saibam que é recíproco. Vocês tornam meu dia-à-dia feliz.
O que mais sentirei falta desta etapa é do meu convívio diário no lab com vocês. Como será
quando formos trabalhar em lugares separados? Um agradecimento ao chimarrão, acho que foi
culpa dele que nos aproximamos.
Aos meu amigos da UFSC, grupo dos mais descolados. Mayara, Edemar, João e
Bruno, se hoje sou engenheiro, muito tenho que agradecer a vocês. Não consigo ir em SC sem
pensar em visita-los, sinto saudades de todos. Um agradecimento especial ao Bruno, por ter me
influenciado na escolha da Unicamp e ter me acompanhado no primeiro ano de mestrado. Vocês
4 são fo***, os tenho como exemplos, cada um de forma diferente. Se querem saber como, me
perguntem ;p.
Por último, mas tão importante quanto todos os outros, agradeço aos meus amigos
de laboratório. A convivência com pós-graduandos foi a melhor que já tive. Muitos eu não tive
contato fora do lab, mas mesmo assim os considero e respeito. Jon seu lindo, vlw pela parceria
nas matérias, cara gosto pra caramba de ti. Eduardo, muito obrigado por tudo mano. Gui, eterno
mestrando (#zuei), cara, tu es fo**. Betinho e Jorge, vocês são dois exemplos de doutorandos
que quero seguir na minha próxima etapa. Luizão, obrigado por todas as dicas, conversas e
parcerias.
“A dream you dream alone is only a dream. A dream you dream together is reality.”
(John Lennon)
RESUMO
Torsional vibrations in reciprocating compressors are commonly studied because they result
in large torques oscillations which are the major causes of failures. To analyze this problem,
a model was developed to be able of simulating the behavior of double acting reciprocating
compressors with multi-stages driven by synchronous or asynchronous electric motors. The ob-
jective of this work is to model the dynamical loads in the driving system and the torsional
vibration for the transient (start-up) and permanent (operation) regimes, as well the stress dis-
tributions and fatigue of the crankshaft.
CG Centro de Gravidade
d Diâmetro do pistão
g Aceleração da gravidade
t Tempo
kv Rigidez da válvula
m1 Massa da manivela
m2 Massa da biela
m3 Massa do pistão
mv Massa da válvula
r, ~ r Raio da manivela
xB Posição do pistão
xv Posição da válvula
Lcg , ~r* Distância entre olhal maior até centro de gravidade da biela
Vth , Rth , Xth , Zth Tensão, resistÊncia, reatância e impedância equivalente de Thévenin
β Ângulo movido
θ Ângulo do virabrequim/manivela
Ω△
~ Velocidade angular da variável △
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.1.1 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2 Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3 Cinemática e Dinâmica de Máquinas Alternativas . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1 Cinemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.1 Velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1.2 Acelerações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2 Dinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.1 Manivela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.2 Biela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.3 Pistão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4 Ciclo Termodinâmico de Compressor Alternativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1 Comportamento das válvulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5 Acionamento por Motor Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1 Motor Assíncrono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.1.1 Solução Numérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5.2 Motor síncrono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.2.1 Solução Numérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
6 Vibrações Torcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6.1 Equação de estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
6.2 Integral de convolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
6.3 Diagrama de Campbell . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7 Análise de Tensões e Fadiga em Virabrequins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
7.1 Modelo equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
7.1.1 Direção Radial-Vertical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
7.1.2 Direção Radial-Horizontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
7.1.3 Torção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
7.2 Cálculo das tensões máxima e mínima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
7.3 Cálculo dos fatores de concentração de tensões . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
7.4 Cálculo do fator de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
8 Métodos de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.1 Controle Step . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.2 Controle Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
8.3 Controle do Volume Morto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
9 Análise e interpretação dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
9.1 Cinemática e Dinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
9.2 Vibrações Torcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
9.3 Tensões e Fadiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
9.4 Influência do Vazamento nas Válvulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
9.5 Aplicação dos Controles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
9.6 Influência do Volante de Inércia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
10 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
19
1 INTRODUÇÃO
Não se sabe desde quando a humanidade utiliza o gás pressurizado, porém pode-se
dizer que se tornou um recurso presente no dia a dia de todos. Exemplos de utilização deste
recurso estão nos refrigeradores, ar-condicionados, aspiradores de pó, entre outros.
Acredita-se que o primeiro instrumento de compressão de gás tenha sido o Fole,
onde através de uma sanfona se pressurizava o ar e o mesmo era liberado de forma direcionada
por um tubo. Este instrumento era utilizado para aumentar temperatura do forno de forja. A Fig.
1 apresenta foto de um fole de forja.
Figura 2 – Compressor alternativo de duplo efeito e dois estágios (MOREIRA, 1991, p 26).
1 kgf/cm2 ), média pressão (até 10 kgf/cm2 ), alta pressão (até 100 kgf/cm2 ) e muito alta pressão
(acima de 100 kgf/cm2 ).
Ambos os autores classificam de formas diferentes, este trabalho simula compres-
sores que pressurizam gás com intuito de refrigeração, que segundo Bertot (1989) são compres-
sores de baixa pressão e segundo Costa (1978) são máquinas de média pressão. Compressores
alternativos duplo efeito com dois estágios utilizados em refrigeração, segundo Moreira (1991)
operam usualmente em uma compressão de até 12 kgf/cm2 .
A carga da compressão do gás pode idealmente ser descrito por um ciclo termodi-
nâmico isentrópico de gás ideal em quatro etapas: sucção, compressão, descarga e expansão.
Este processo está posteriormente descrito detalhadamente.
Por se tratar de uma carga cíclica agindo sobre uma máquina alternativa se prevê
problemas de vibrações. Wachel e Tison (1993) citam como principais causas de falhas de má-
quinas alternativas estas vibrações, que causam fadigas nos componentes, vazamentos e ruídos.
○
R
Petrobras (Petróleo Brasileiro S.A) utiliza estes compressores alternativos para
comprimir gases de refrigeração de bombas e outros equipamentos, assim como para distribui-
ção de gás natural em seus gasodutos.
Existe um problema de falhas nestes compressores, especialmente no surgimento
de trincas nos virabrequins ou no acoplamento entre máquina de acionamento e compressor
alternativo. Por este motivo, foi firmado uma parceria entre Unicamp (Universidade Estadual
○R
de Campinas) e a Petrobras com intuito de desenvolver um software que permita simular
as vibrações torcionais causadas por diferentes operações destas máquinas. Sendo esta, uma
possível causa dos problemas levantados.
O modelo criado apresentado nesta dissertação foi dividido em quatro etapas, sendo
estas: cinemática, dinâmica, vibrações, tensões e fadiga.
No cinemático calcula-se as posições, velocidades e acelerações dos componentes
da máquina referente a seus movimentos de translações e rotações. Os componentes são: pistão,
biela e manivela (virabrequim).
Através do cálculo do ciclo termodinâmico de trabalho da compressão, tendo o mo-
delo cinemático da máquina e conhecendo o comportamento mecânico do motor elétrico de aci-
onamento é possível, assumindo algumas hipóteses, calcular os torques aplicado na máquina, as
cargas de cada conjunto manivela-biela-pistão e forças aplicadas sobre mancais e acoplamento.
O modelo de vibrações torcionais foi dividido em alguns GDL (Graus de Liber-
dade): Motor elétrico de acionamento, acoplamento, volante de inércia e cada conjunto manivela-
biela-pistão. Conhecendo a rigidez do virabrequim calcula-se as frequências naturais, os modos
de vibrar, as amplitudes angulares de vibrações no virabrequim e os torques causados pelas
vibrações entre cada GDL.
22
1.1 Objetivos
Esta dissertação tem como objetivo geral modelar e simular as vibrações torcionais
no virabrequim de compressores alternativos em diferentes regimes de operações.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
refrigeração alternativos, incluindo efeitos giroscópicos. Foram observadas diferenças nas car-
gas suportadas pelos mancais em comparação com o modelo simplesmente pinado.
Em Metallidis e Natsiavas (2003) foi modelado a operação de motores de combus-
tão. Eles apresentaram um modelo não linear, onde as variáveis do sistema dinâmico dependem
da velocidade. Foi dado enfase na rigidez e no amortecimento do virabrequim, assim como no
torque resistivo. Concluíram que a inércia do virabrequim afeta pouco a rotação da máquina,
porém influência significativamente a flutuação em torno desta rotação.
A flexibilidade da biela e do virabrequim influencia no comportamento cinemático
e dinâmico do sistema virabrequim-biela-pistão (NEVES, 2010). De acordo com esse mesmo
autor, a modelagem com elementos flexíveis permite a obtenção de resultados mais reais em
comparação com o modelo de corpos rígidos.
Os movimentos secundários das partes móveis influencia o comportamento dinâ-
mico e termodinâmico de compressores alternativos (HUANG, 2006). Esse autor apresentou
uma modelagem de compressor alternativo com mancais hidrodinâmicos, incluindo efeitos de
desalinhamento do mancal do pistão e deflexão da biela. Foi observado que a deflexão da biela
influenciou pouco o comportamento do sistema. Já o desalinhamento do mancal do pistão, a
modelagem e a análise computacional da lubrificação do conjunto eixo, biela e pistão em com-
pressores alternativos, influenciaram o comportamento termodinâmico, pois alteram o volume
da câmara de compressão.
Zhang e Yu (2009) considerou a comparação de dois modelos dinâmicos sobre
o comportamento de vibração torcional de um virabrequim de motor de combustão interna.
No primeiro modelo, adotou-se um modelo dinâmico de corpos rígidos; no segundo modelo
o virabrequim era flexível. Os estudos teórico e experimental mostraram que a flexibilidade
do virabrequim possui grande influência no comportamento dinâmico do sistema Pistão-biela-
manivela.
Hu et al. (2003) desenvolveu um modelo dinâmico de um eixo rotativo flexível
suportado por uma estrutura também flexível. A estrutura de suporte e o eixo foram interligados
por molas lineares ou não-lineares. A rotação do eixo, que é um modo de corpo rígido, foi
tratada como um grau de liberdade do sistema. Foi utilizado o método de Craig-Bampton para
representar os graus de liberdade flexíveis entre e o eixo e a estrutura de suporte e o GDL rígido
(rotação do eixo). As equações de movimento foram resolvidas no domínio do tempo pelo
método modificado de Newmark com auxílio do método de Newton-Raphosn. Os resultados
numéricos foram validados em diversas combinações de carga, tipo de mola e rotações.
O trabalho de Pedreira (2013) utilizou o método de Newton-Euler para obter os
efeitos do volante de inércia e do acionador (motor de indução) na dinâmica do virabrequim
de compressores alternativos duplo-efeito e dois-estágios. Os resultados obtidos foram utiliza-
dos para dimensionar o volante de inércia e o motor de indução com o objetivo de diminuir a
25
Este capítulo foi baseado na dissertação de mestrado do Villalva (2014), onde foi
modelado o motor automotivo de combustão interna.
No modelo cinemático, este trabalho considera uma velocidade angular variável na
manivela, no modelo dinâmico, tem-se um carga resistiva no conjunto manivela-biela-pistão.
No trabalho de Villalva (2014) a velocidade da manivela é constante e o conjunto manivela-
biela-pistão geram trabalho. Sendo estas as principais diferenças na modelagem apresentada
neste capítulo.
3.1 Cinemática
a
A
Y y
r x
CG L
y
X B
O
x
cos θ sin θ 0 cos β − sin β 0
Tθ = − sin θ cos θ 0 e Tβ = sin β cos β 0 .
0 0 1 0 0 1
3.1.1 Velocidades
As velocidades angulares das bases móveis dos componentes manivela e biela são
dadas, respectivamente, por
0
0
~
Ω
Bθ θ = 0 e ~
Ω
Bθ β = 0 .
−β̇
θ̇
De modo análogo, a velocidade do ponto A pode ser escrita com o auxílio da base
Bβ como
T d
~
v = ~
v +
I A I B I β
~
Ω × T T
~
r + T B BA ,
~
r (3.4)
β Bβ BA β
dt β
n oT n oT
sendo Bβ~rBA = L 0 0 e I~vB = vB 0 0 a velocidade do pistão, a qual é uma
incógnita a ser determinada. Portanto,
β̇ L sin β + vB
~
v = ~
v +
I A I B I β
~
Ω × T T
~
r = β̇ L cos β .
β Bβ BA
0
29
rθ̇ cos θ
β̇ = , (3.5)
L cos β
vB = −rθ̇ sin θ − Lβ̇ sin β . (3.6)
3.1.2 Acelerações
Para o caso em que a biela e a manivela giram com velocidades angulares variáveis,
as acelerações angulares das bases móveis Bθ e Bβ são dadas, respectivamente, por
0
0
~˙ ~˙
Ω
Bθ θ = 0 e Ω
Bβ β = 0 .
−β̈
θ̈
Como feito nos cálculos da velocidade, a aceleração pode ser escrita com auxílio da
base Bθ obtendo-se
I~
aA = I~
~˙ × T T B ~rOA + I ~Ωθ × (I ~Ωθ × T T B ~rOA )
aO +I Ωθ (3.8)
θ θ θ θ
d d2
+ β I ~Ωθ × TθT (Bθ~rOA ) + TθT 2 (Bθ~rOA ). (3.9)
dt dt
Como os corpos envolvidos são rígidos, os termos de velocidade e aceleração relativas (dois
últimos termos da equação anterior) são nulos. Com esta hipótese, a equação (3.8) pode ser
simplificada para
−r θ̇ 2 cos θ − r θ̈ sin θ
~˙ T ~ ~ T 2
~
a =
I A I θΩ × T ~
r + Ω
θ Bθ OA I θ × ( Ω
I θ × T ~
r
θ Bθ OA ) = −rθ̇ sin θ + rθ̈ cos θ .
0
A aceleração do ponto A é
I~
aA = I~
~˙ × T T B ~rBA + I ~Ωβ × (I ~Ωβ × T T B ~rBA )
aB +I Ωβ β β β β
d d2
+ β I ~Ωβ × TβT (Bβ~rBA ) + TβT 2 (Bβ~rBA ). (3.10)
dt dt
30
Simplificando, obtem-se
˙
I~=I ~aB +I ~Ωβ × TβT Bβ~rBA + I ~Ωβ × (I ~Ωβ × TβT Bβ~rBA ),
aA
n oT
sendo I~aB = aB 0 0 a aceleração do pistão.
Logo,
2
aB + Lβ̈ sin β + Lβ̇ cos β
I~
aA = Lβ̈ cos β − Lβ̇ 2 sin β .
0
(
−rθ̇ 2 cos θ − rθ̈ sin θ = aB + Lβ̈ sin β + Lβ̇ 2 cos β
.
−rθ̇ 2 sin θ + rθ̈ cos θ = Lβ̈ cos β − Lβ̇ 2 sin β
A aceleração do centro de massa da biela pode ser escrita com auxílio da base Bβ
como
I~
aβ = I~
~˙ × Tβ B ~r* + I ~Ωβ × (I ~Ωβ × Tβ B ~r* )
aB +I Ωβ β β β β
d d2
+ β I Ωβ × Tβ (Bβ rβ )Tβ 2 (Bβ~rβ* ),
~ ~* (3.13)
dt dt
n oT
*
sendo Bβ~rβ = −Lcg 0 0 o vetor posição do centro de massa da biela na base Bβ . De
acordo com a Figura 4, tem-se Lcg = L − a.
Lembrando que os dois últimos termos da equação (3.13) são nulos, determina-se a
aceleração do centro de massa da biela como
a + L β̈ sin β + L β̇ 2 cos β
B cg cg
~
a = +L β̈ cos β − L β̇ 2 sin β . (3.14)
I cg cg cg
0
3.2 Dinâmica
3.2.1 Manivela
A Fig. 5, que ilustra o diagrama de corpo livre da manivela, apresenta uma aproxi-
mação do centro de gravidade sendo coincidente com o centro de giro. Esta foi uma aproxima-
ção adotada no modelo descrito nesta seção.
Fy2
Y Fx2
A
m1g r
Fx1 X
O
Fy1
I~ ~1 +I F
P1 +I F ~2 = 0, (3.15)
n oT n oT
sendo I ~P1 = 0 −m1 g 0 ~
o peso da manivela, I F1 = F1x F1y 0 as reações no
n oT
~2 = −F2x −F2y 0
mancal central e I F as reações no olhal maior. Não existe aceleração
de translação no centro de gravidade da manivela.
Substituindo esses vetores na equação de equilíbrio anterior, obtêm-se
0
F1x −F2x 0
−m1 g + F1y + −F2y = 0 . (3.16)
0 0 0 0
3.2.2 Biela
A Figura 6 ilustra o diagrama de corpo livre da biela, neste caso o centro de gravi-
dade não coincide com as extremidades da biela (olhal maior e olhal menor).
F3y
Y
F2y F3x
B
L
a X
F2x CG
A
m2g
I~ ~2 +I F
P2 −I F ~3 = m2I~aCG , (3.17)
n oT n oT
sendo I ~P2 = 0 −m2 g 0 ~3 = −F3x −F3y 0
o peso próprio da biela; I F as reações
no olhal menor da biela; I~aCG é o vetor aceleração do centro de gravidade da biela.
Substituindo esses vetores na expressão anterior vem que
0
F2x −F3x xCG
¨
−m2 g + F2y + −F3y = m2 yCG ¨ . (3.18)
0 0 0 0
sendo I ~β̇ a velocidade angular do corpo 2; I2 é o tensor de inércia do corpo em relação ao centro
de massa da biela; I~ρ2 = ~0 (SANTOS, 2001).
Como o tensor de inércia é calculado e assumindo que a biela é um corpo simétrico,
o tensor de inércia I2 é constante e diagonal, ou seja,
Ixx2 0 0
I2 = 0 Iyy2 0 .
0 0 Izz2
3.2.3 Pistão
A Figura 7 ilustra o diagrama de corpo livre do pistão, o qual foi modelado como
uma partícula.
Aplicando-se a segunda lei de Newton, com os vetores representados na base iner-
cial, tem-se
I~
P3 +I ~N −I F
~3 +I F
~g = m3I~a3 , (3.20)
n oT n oT
sendo I ~P3 = 0 −m3 g 0 o peso do pistão; I ~N = 0 N 0 é a força normal de con-
n oT n oT
~g = −Fg 0 0
tato entre o pistão e o cilindro; I F é a força resistiva; I~a3 = aB 0 0
é a aceleração do pistão.
33
F3y
F3x N
Fg
m3g
πd 2
Fg = P , (3.22)
4
sendo P a pressão no cilindro e d o diâmetro do cilindro. A obtenção da curva de pressão é
discutida na próxima seção.
34
PV k = constante (4.1)
A área de seção transversal (A) do cilindro será igual a área do pistão quando câmara de com-
pressão está ao lado do cabeçote e será igual a diferença da área do pistão com área da haste
quando câmara de compressão está ao lado da manivela. xB é descrito como
esta dedução foi feita utilizando relações trigonométricas que podem ser verificadas na Fig. 4,
porém referência inercial foi deslocada para o PMI do cilindro.
Determina-se a constante para o ponto onde xB iguala xmax , posição onde a pressão
é máxima e que corresponde a pressão projetada do compressor. Após o ponto de início da ex-
pansão ser conhecido, traça-se uma curva que deve terminar no momento que a pressão interna
do cilindro iguale a pressão de admissão do fluido.
35
4.5
Pressão do gás [MPa]
3.5
2.5
1.5
0.65 0.7 0.75 0.8 0.85 0.9
Posição do pistão [m]
Figura 8 – Ciclo termodinâmico do compressor alternativo para gás ideal ao lado do cabeçote.
Fg = Pt At − Ph Ah (4.4)
100
4
0
3.5
−100
3
−200
2.5
−300
2 −400
0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do virabrequim [GRAUS] Ângulo do virabrequim [GRAUS]
A f = 2πrv xv e (4.7)
Av = πrv2 . (4.8)
ṁ2
+ gρh + P = contante, (4.11)
2A2v ρ
despreza-se o termo gravitacional (gρh) por não haver variação significativa de altura do fluido.
A equação pode ser reduzida para
Cd2 ρ 2 ∆P
+ P = contante. (4.12)
ρc2
39
Estator
Fluxo
Magnético
corrente
Rotor
Existe uma diferença mecânica na operação destes dois tipos de motores. O motor
síncrono têm seu nome referenciando o sincronismo de sua rotação, ele entrega á máquina que
aciona uma velocidade angular projetada e aplica um torque necessário de forma a manter esta
velocidade. O motor assíncrono entrega à máquina um torque, quando o motor e a máquina
operada chegam a um equilíbrio, a velocidade angular se estabiliza.
Estas diferenças mecânica muda a forma da solução equação dinâmica do sistema.
Defini-se a equação global do sistema dinâmico como sendo:
n
i i
∑r F2x sin θ − F2y cos θ + Tm = Izz1 θ̈ , (5.1)
i=1
onde n simboliza o número total de cilindros e as forças F2xi e F i representam as forças que
2y
atuam no virabrequim a partir de cada cilindro. Salienta-se que o comprimento da biela, assim
como a posição do centro de massa, a massa e o momento de inércia podem ser diferentes para
41
cada cilindro. Isto também pode ocorrer na força Fg , caso a área ou/e a pressão atuante nos
cilindros sejam distintas.
As forças F2x e F2y são as responsáveis por gerar o torque resistivo no virabrequim.
Quando o compressor alternativo contempla mais de um cilindro, esses torques devem ser so-
madas.
O motor assíncrono, também conhecido como motor de indução, tem como carac-
terística o fato de que a corrente elétrica alternada é fornecida diretamente ao estator, sendo que
o rotor recebe a corrente por indução (FITZGERALD et al., 2006).
Para que ocorra esta indução, o rotor possui duas formas possíveis de construção, ro-
tor bobinado ou rotor de gaiola de esquilo. O primeiro caracteriza-se pelo enrolamento de forma
semelhante ao do estator, com mesmo número de polos. O segundo o enrolamento é substituído
por barras condutoras que são encaixadas em ranhuras no ferro do rotor (FITZGERALD et al.,
2006).
A Fig. 12 apresenta um exemplo de curva de torque estático aplicado por um motor
elétrico assíncrono em função da velocidade angular.
800
700
600
500
τind
400
300
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
nm
Esta curva é fornecida pelo fabricante do motor, seus dados servem de entradas para
a variável Tm da Eq. (5.1). Uma alternativa é aproximá-la para um conjunto de 3 polinômios, de
forma a descrever da melhor forma possível a curva apresentada na Fig. 12.
Outra alternativa é ter acesso aos parâmetros elétricos do motor e calcular o torque
a partir do modelo de motor elétrico assíncrono ilustrado na Fig. 13.
42
n = (1 − s)ns (5.4)
Com estes dados é possível calcular o torque do motor elétrico trifásico assíncrono
da seguinte maneira (FITZGERALD et al., 2006)
3Vth2 R2 /s
Tm = ns π 2 2
. (5.5)
30 ((Rth + R2 /s) + (Xth + X2 ) )
O escorregamento do motor (s) é 1 para rotor parado e seria 0 caso rotor atingisse
velocidade angular síncrona.
43
A partir das equações apresentadas na Seção 3.2, foi possível obter uma equação
diferencial ordinária (EDO) que descreve a posição, a rotação e a aceleração angulares do vira-
brequim.
Para solucionar a Eq. (5.1), escreve-se todas as variáveis de forma a depender so-
mente das informações de massas, inércias, comprimentos e acelerações angulares e lineares.
Para isso, deve-se obter as expressões para as forças F2x e F2y em função de θ e outros parâme-
tros de entrada. Com base nas Eqs. (3.18), (3.19) e (3.21), encontram-se as seguintes expressões
para essas grandezas:
Com as equações anteriores, obtém-se a EDO com uma única variável dependente
θ . As massas, momentos de inércias e aceleração da gravidade são parâmetros de entrada.
As acelerações angulares e lineares são funções dos ângulos θ e β como pode ser visto na
formulação apresentada na Seção 3.1.
As acelerações linear e angular nas Eqs. (5.6) e (5.7) podem ser descritas como a
soma de uma função dependente de θ mais outra função dependente de θ vezes θ̈ . Sendo assim,
com base na Seção 3.1, obtêm-se:
β̈ = f1 (θ , θ̇ ) + g1 (θ , θ̇ )θ̈ (5.8)
x¨B = f2 (θ , θ̇ ) + g2 (θ , θ̇ )θ̈ (5.9)
¨ = f3 (θ , θ̇ ) + g3 (θ , θ̇ )θ̈
xCG (5.10)
¨ = f4 (θ , θ̇ ) + g4 (θ , θ̇ )θ̈
yCG (5.11)
onde
Lβ̈ 2 sin β − rθ̇ 2 sin θ
f1 (θ , θ̇ ) = (5.12)
L cos β
f2 (θ , θ̇ ) = −rθ̇ 2 cos θ − L sin β f1 (θ , θ̇ ) − Lβ̇ 2 cos β (5.13)
f3 (θ , θ̇ ) = −rθ̇ 2 cos θ − a f1 (θ , θ̇ ) sin θ − aβ̇ 2 cos β (5.14)
f4 (θ , θ̇ ) = −rθ̇ 2 sin θ − a f1 (θ , θ̇ ) cos β + aβ̇ 2 sin β (5.15)
r cos θ
g1 (θ , θ̇ ) = (5.16)
L cos β
g2 (θ , θ̇ ) = −r sin θ − L sin β g1 (θ , θ̇ ) (5.17)
g3 (θ , θ̇ ) = −r sin θ − ag1 (θ , θ̇ ) cos β (5.18)
g4 (θ , θ̇ ) = r cos θ − ag1 (θ , θ̇ ) cos β (5.19)
44
com
Para a solução numérica da Eq. (5.26) foi utilizado a função ode23s, já programada
no Software MatLab. A discretização é explicada no trabalho de Shampine e Reichelt (1997).
Que usa o método de Rosenbrock implícito, modificado para sistemas rígidos.
O motor elétrico síncrono possui rotação em torno de sua velocidade angular sín-
crona. Esta velocidade é proporcional a frequência da corrente da rede elétrica, sendo igual a
velocidade do campo magnético girante (FITZGERALD et al., 2006).
Construtivamente o motor síncrono pode possuir pólos salientes (maioria dos mo-
tores) ou pólos lisos. Os polos possuem imã permanente ou enrolamentos que são excitados por
corrente contínua através de escovas conectadas a uma excitatriz ou por um alternador no rotor
e um sistema de retificação (FITZGERALD et al., 2006).
Esta corrente no rotor produz um campo magnético similar ao estator, na mesma
velocidade angular, garantindo o sincronismo de rotação.
Porém, quando existe grandes oscilações da carga a velocidade angular do motor
síncrono podem apresentar oscilações, que deve ser mínima, pois caso a velocidade angular de
operação fosse significantemente diferente da síncrona, o motor elétrico perderia sua caracte-
rística, podendo inclusive reduzir a velocidade até seu desligamento.
45
Alguns artigos, como o escrito por Doherty e Franklin (1920) modelam a oscilação
de velocidade através de uma equação de um grau de liberdade, utilizando parâmetros como
Torque Síncrono (Ts ) e Torque Amortecido (Td ), que em uma equação massa-mola-amortecedor
são similares a rigidez e amortecimento mecânico, respectivamente.
O modelo de oscilação de velocidade angular do motor elétrico síncrono é dado por
θs = ωt, (5.29)
onde
β1 = 1
γ∆t 2
, β2 = 1
γ∆t , β3 = 1−2γ ,
2γ (5.33)
γ2
β4 = γ∆t , β5 = 1 − γγ2 γ2
e β6 = 1 − 2γ ∆t.
46
θ = θs + α, (5.35)
θ̇ = ω + α̇, (5.36)
θ̈ = α̈. (5.37)
6 VIBRAÇÕES TORCIONAIS
Como no Cap. 3, este capítulo foi baseado no trabalho de Villalva (2014), a di-
ferença com este trabalho é a sequência dos GDL, no motor automotivo o volante de inércia
geralmente encontra-se no final do virabrequim (após os cilindros). Outra distinção importante
é na existência do torque do motor elétrico desenvolvido (sendo oposto aos torques dos cilin-
dros).
Os modelos simplificados para a caracterização de vibração torcional estão base-
ados na substituição do virabrequim real por um sistema inércia-mola-amortecedor torcional
equivalente.
A Figura 14 representa o modelo do sistema equivalente a um compressor alterna-
tivo de quatro cilindros em linha.
I(2) Cilindros
Motor Volante
Acoplamento
nhecendo o deslocamento máximo, se obtêm a rigidez torcional ao dividir o torque aplicado pelo
deslocamento angular. As duas rigidez torcional que foram apresentadas anteriores ao volante
independem do virabrequim.
Os coeficientes de amortecimento podem ser estimados experimentalmente. Estes
são os mais difíceis de serem obtidos (WANG; LIM, 2000).
A equação geral de um problema de vibrações torcionais é
I1 0 0 0 0 0 0
0 I2 0 0 0 0 0
0 0 I3 0 0 0 0
[M] = 0 0 0 I4 0 0 0 ,
0 0 0 0 I5 0 0
0 0 0 0 0 I6 0
0 0 0 0 0 0 I7
Cr1 −Cr1 0 0 0 0 0
−Cr1 Cr1 +Cr2 −Cr2 0 0 0 0
0 −Cr2 Cr2 +Cr3 −Cr3 0 0 0
[C] = 0 0 −Cr3 Cr3 +Cr4 −Cr4 0 0 e
0 0 0 −Cr4 Cr4 +Cr5 −Cr5 0
0 0 0 0 −Cr5 Cr5 +Cr6 −Cr6
0 0 0 0 0 −Cr6 Cr6
Kt1 −Kt1 0 0 0 0 0
−Kt1 Kt1 + Kt2 −Kt2 0 0 0 0
0 −Kt2 Kt2 + Kt3 −Kt3 0 0 0
[Kt ] = 0 0 −Kt3 Kt3 + Kt4 −Kt4 0 0 .
0 0 0 −Kt4 Kt4 + Kt5 −Kt5 0
0 0 0 0 −Kt5 Kt5 + Kt6 −Kt6
0 0 0 0 0 −Kt6 Kt6
{T (t)} = {0 Tm (t) 0 Tr1 (t) Tr2 (t) Tr3 (t) Tr4 (t)}T .
Os torques dos cilindros possuem sinais opostos ao torque aplicado pelo motor elétrico.
Nota-se que o sistema possui torques apenas nas inércias relativas aos cilindros i
com i = 1, . . . , 4 e ao motor elétrico.
Devido a natureza periódica dos torques, torna-se interessante representar através
de componentes harmônicos, discretizando em série de Fourier, ou seja,
A0 12
Tri (t) = + ∑ [Ain cos nθ̇t + Bin sin nθ̇t], (6.2)
2 n=1
sendo n o número do harmônico. Os cálculos dos termos A0 , Ain e Bin são definidos em Ewins
(1995). A expansão da série é truncada na 12a ordem, pois o somatório das 12 primeiras harmô-
nicas representou de forma satisfatória as curvas dos torques dos cilindros e do motor elétrico.
A partir das relações de Euler, tem-se que
A0 12
Tri (t) = + ∑ [Cin einθ̇t +Cin einθ̇t ], (6.3)
2 n=1
Tendo como base que a equação de estado pode ser escrita por
com base na Eq. (6.1), a matriz de transição ([A]) e o vetor de torques ({b(t)}) são definidos
como " # ( )
0 I 0
[A] = e b(t) = .
−M −1 Kt −M −1C M −1 T (t)
A matriz [A] é quadrada de ordem igual à duas vezes o número de GDL, para o sistema da Fig.
14, a ordem é de 14. O vetor {b} possui dimensão de, também, duas vezes o número de GDL,
sendo 14 × 1 para o sistema citado.
50
ou ainda, n oT
1 b(t) = 0 0 0 0 0 0 0 ;
n oT
−1 Tm (t) Mt1 (t) Mt2 (t) Mt3 (t) Mt4 (t)
2 b(t) = M T (t) = 0 I2 0 I3 I4 I5 I6
.
b0 12
b(t) = + ∑ [bn einθ̇t + bn e−inθ̇t ], (6.5)
2 n=1
com oT
.
n
A 0m A01 A 02 A 03 A04
b0 = {0} .. 0 I2 0 I3 I4 I5 I6
;
oT
.
n
Cnm Cn1 Cn2 Cn3 Cn4
bn = {0} .. 0 I2 0 I3 I4 I5 I6
;
oT
.
n
C nm C n1 C n2 C n3 Cn4
bn = {0} .. 0 I2 0 I3 I4 I5 I6
,
A resposta do sistema x(t) pode ser obtida, de acordo com Muller e Schiehlen
(1985), através da integral de convolução para Φ(t) = eAt . Assim,
Z t
x(t) = Φ(t)x(0) + Φ(t − τ)b(τ)dτ
0
Z t
1
= Φ(t)x(0) + Φ(t − τ)b0 dτ
2 0
12 Z t
+ ∑ Φ(t − τ)(bn einθ̇ τ + bn e−inθ̇ τ )dτ. (6.6)
n=1 0
12 Z t
x(t) = ∑ Φ(t − τ)(bn einθ̇ τ + bn e−inθ̇ τ )dτ. (6.7)
n=1 0
51
gn = Fn bn e gn = F n bn . (6.9)
A partir daí, a resposta para uma ordem n pode ser calculada por (MENDES, 2005)
Para um tempo (t) muito grande, a parte transiente pode ser desprezado, reduzindo
a Eq. (6.10) para
A solução da Eq. 6.11 se dá por um vetor de duas vezes o número de GDL, onde a
primeira metade é referente a posição angular e a segunda metade à velocidade angular. Neste
trabalho somente são necessárias as posições angulares.
Com a relação de Euler, reescreve-se a Eq. (6.11) para
q
θn j = 2 [Re(gn j )]2 + [Im(gn j )]2 cos nθ̇t − φn j . (6.12)
q
Θn j = 2 [Re(gn j )]2 + [Im(gn j )]2 = 2|gn j |, (6.14)
θn j (t) = Θn j cos nθ̇t − φn j , (6.15)
O trabalho do Villalva (2014) optou pela utilização da Eq. (6.14) como parâmetro
principal para análise de vibração. Em seu trabalho foi verificado a amplitude de vibração du-
rante aceleração do virabrequim. Neste trabalho, optou-se pela mesma análise, porém no tempo.
Foi analisado também a Eq. (6.15) pois no regime de operação do compressor alternativo a ve-
locidade é quase constante.
Somando as harmônicas, tem-se como equação final a seguinte expressão
12 12
θ j (t) = ∑ θn j = ∑ Θn j cos nθ̇t − φn j . (6.16)
n=1 n=1
Diagrama de Campbell
100
1.0
80 2.0
80 Hz
3.0
Frequência [Hz]
4.0
60 5.0
6.0
7.0
40 8.0
9.0
30 Hz
10.0
20 11.0
12.0
0
0 100 200 300 400 500
Rotação [RPM]
Para analisar as tensões é necessário conhecer os esforços que agem sobre o vira-
brequim. Todos os capítulos anteriores contribuíram para esta análise. A tensão de cisalhamento
é gerada principalmente por conta dos torques do motor elétrico, cilindros e de vibrações. As
tensões normais são proveniente das forças radiais que atuam nas manivelas/virabrequim.
Para o calculo destas tensões, tendo em vista que o virabrequim possui uma geome-
tria complexa, aproximou-se sua geometria para um cilindro se seção circular constante. Após
isso, foi estimado os coeficientes de segurança para determinada operação utilizando alguns
critérios de fadiga.
Os esforços são aplicados sobre uma viga de seção circular constante. A partir de
um modelo hiperestático foi calculado as reações e desenvolvido gráficos de forças cortantes,
momentos fletores e momento torsor. Utilizando notação de singularidade foi escrito o modelo
de viga, sendo possível integrar as EDOs de flexão e torção.
Nesta seção é apresentado um modelo de um compressor alternativo composto por
motor elétrico, acoplamento, volante de inércia e dois cilindros, na ordem citada. Foram con-
sideradas as existências de dois mancais nas extremidades e um no acoplamento. Todos os
mancais desta máquina são radiais, não exercendo influência sobre cargas torcionais.
Como característica geométrica, o comprimento L da viga equivalente é formado
pela união de cinco segmentos, sendo três munhões e dois moentes.
Aplicam-se sobre o modelo as forças radiais verticais e horizontais e os torques na
direção longitudinal.
Para este calculo foi assumida uma nova coordenada inercial (I(x, y, z)), desta vez
tri-dimensional onde o ponto (0,0,0) está localizado no motor elétrico. O eixo x direciona lon-
gitudinalmente a viga, o y está na direção radial-vertical, direção oposta aos pesos e o eixo z na
direção radial-horizontal.
L2
L1
Fy1 F y2
x
Tm Tc1 T c2
La 1 m vg
La 2
La3
La4
d 4 vy (x)
EIzz = qy (x), (7.1)
dx4
onde E simboliza o módulo de elasticidade longitudinal, Izz o momento de inércia da viga na
seção calculada, vy (x) o deslocamento vertical e qy (x) representa a função de singularidade da
carga, que pode ser escrita como
d 3 vy (x)
Vy (x) = EIzz , (7.3)
dx3
56
Vy (x) representa a integral da Eq. (7.2). Porém para fazer esta integração, deve-se definir a
integral de singularidade como sendo:
<x−a>n+1
(
n≥0
Z
n n+1
< x − a > dx = n+1
, (7.4)
< x−a > n<0
a variável x, a posição a e o expoente n foram escolhidos para esta equação de forma genérica,
visando definir a integral de singularidade.
Aplicando a integral definida na Eq. (7.4) na Eq. (7.2) o resultado é
Integrando-se a equação (7.1) uma segunda vez, a equação do momento fletor Mz (x)
é definida, ou seja,
d 2 vy (x)
Mz (x) = EIzz , (7.6)
dx2
onde
Ao integrar a Eq. (7.1) uma vez mais, é obtido a equação de deslocamento angular,
dvy (x)
pois θz = dx .
dvy (x)
EIzz = EIzz θz (x), (7.8)
dx
e a integração de Mz (x) resulta em
dvy (x) Fy1 Fy
EIzz = < x − L1 >2 + 2 < x − L2 >2
dx 2 2
Ry1 R y2
+ < x − La1 >2 < x − La2 >2 (7.9)
2 2
mv g Ry3
− < x − La3 >2 + < x − La4 >2
2 2
C1 2
+ x +C2 x +C3 .
2
Fy1 Fy
EIzz vy (x) = < x − L1 >3 + 2 < x − L2 >3
6 6
Ry1 Ry2
+ < x − La1 >3 + < x − La2 >3 (7.10)
6 6
mv g Ry3
− < x − La3 >3 + < x − La4 >3
6 6
C1 x3 C2 2
+ + x +C3 x +C4 .
6 2
∙ Vy (x = 0) = Ry1 ;
∙ Vy (x = La3 ) = −Ry3 ;
∙ Mz (x = 0) = 0;
∙ Mz (x = La3 ) = 0.
Existem ainda três condições que são referentes ao mancais e acoplamento. Elas
restringem o deslocamento vertical
∙ vy (x = La1 )=0;
∙ vy (x = La2 )=0;
∙ vy (x = La4 )=0.
Utilizando as sete condições citadas é possível escrever sete equações, para sete
58
Para o problema de flexão no plano xz, o diagrama de forças é ilustrado na Fig. 17.
L2
L1
Fz1 F z2
x
La 1
La2
La 4
onde Fz1 a Fz2 as forças radiais-horizontais e Rz1 a Rz3 correspondem às reações de apoio nos
mancais.
A força cortante Vz (x) é obtida ao integrar a Eq. (7.12), conforme equação a seguir,
d 3 vz (x)
Vz (x) = EIyy . (7.14)
dx3
Aplicando a integral definida na Eq. (7.4) na Eq. (7.13) o resultado é
Integrando-se a Eq. (7.12) uma segunda vez, a equação do momento fletor My (x) é
definida, ou seja,
d 2 vz (x)
My (x) = EIyy . (7.16)
dx2
onde
Ao integrar a Eq. (7.12) uma vez mais, é obtido a equação de deslocamento angular,
z (x)
pois θy (x) = dvdx .
dvz (x)
EIyy = EIyy θy (x), (7.18)
dx
60
∙ Vz (x = 0) = Rz1 ;
∙ Vz (x = La4 ) = −Rz3 ;
∙ My (x = 0) = 0;
∙ My (x = La4 ) = 0.
∙ vz (x = La1 )=0;
∙ vz (x = La2 )=0;
∙ vz (x = La4 )=0;
Os valores das quatro constantes de integrações, assim como das reações nos apoios
61
7.1.3 Torção
mz (x) = Tm < x − La1 >−1 +T1 < x − L1 >−1 +T2 < x − L2 >−1 ,
(7.23)
Mx (x) = −Tm < x − La1 >0 −T1 < x − L1 >0 −T2 < x − L2 >0 .
62
Integrando a Eq. (7.22) pela segunda vez, obtém-se a equação do ângulo de torção
θx (x), ou seja,
GI p θx (x) = −Tm < x − La1 >1 −T1 < x − L1 >1 −T2 < x − L2 >1 .
∙ Mx (x = 0) = Tm ;
∙ Mx (x = La4 ) = 0,
Mx (x) = −Tm < x − L1 >0 −T1 < x − L1 >0 −T2 < x − L2 >0 .
sendo que My(max) e Mz(max) já foram definidos como funções, deve-se usar valores máximos.
Como a viga possui seção circular constante, os módulos de resistência à flexão em
y e z para uma seção circular de diâmetro d são iguais, escrito por
2Izz
WR = , (7.26)
d
πd 4
onde Izz = 64 .
σmax − σmin
σa = , (7.32)
2
τmax + τmin
τm = , (7.33)
2
τmax − τmin
τa = . (7.34)
2
Para o cálculo do fator de concentração definido por AVL LIST GmbH (2004) é
necessário conhecer bem a geometria do virabrequim estudado, as medidas que se fazem ne-
cessárias são ilustradas na Fig. 18.
DH DC
RO
A
S
R
SG
L W Dj L2
S = (Dc + D j )/2 − E,
Nestas duas equações, o parâmetro r para cálculo da concentração de tensão no moente é dife-
rente do apresentado na Tab. 1, sendo
Rj
r= . (7.41)
Dj
Todas as funções necessárias para estes fatores de concentração de tensões são des-
critas detalhadamente em AVL LIST GmbH (2004).
Tendo os fatores de concentração de tensões definidos, é possível calcular as tensões
de Von Mises normais e de cisalhamento média e alternada para o moente (c) e munhão (j), ou
seja, (SHIGLEY et al., 2004)
q
σm(c) = (αB σm )2 + 3(αT τm )2 , (7.42)
q
σa(c) = (αB σa )2 + 3(αT τa )2 , (7.43)
q
σm( j) = (βB σm )2 + 3(βT τm )2 , (7.44)
q
σa( j) = (βB σa )2 + 3(βT τa )2 . (7.45)
Se
σa
Tensao alter
Linha de carga r = Sa /Sm
Sa
Sm Sut
Tensao media σm
Sa Sm
+ = 1. (7.46)
Se Sut
Considerando que Sa = nσa e Sm = nσm , sendo n o fator de segurança, a equação
(7.46) pode ser reescrita como
1
n= σa . (7.47)
Se + σSutm
Outras teorias de fadiga podem ser usadas tais como a de Soderberg, Gerber, ASME-
elíptico e Langer cujas fórmulas básicas são dadas, respectivamente, por
nσa nσm
+ = 1, (7.48)
Se Sy
nσa nσm
+ = 1, (7.49)
Se Sut
2 2
nσa nσm
+ = 1, (7.50)
Se Sy
n
(σa + σm ) = 1. (7.51)
Sy
67
8 MÉTODOS DE CONTROLE
Este é um método muito usado pela industria, por conta de sua fácil aplicação. Ele
atua nas válvulas de sucção, mantendo-as permanentemente aberta durante operação.
Em compressores alternativos duplo-efeito com um ou múltiplo estágios, este con-
trole permite operar em 50% ou à vazio (HOROWITZ et al., 2006).
Na operação de 50%, se mantem a válvula de um dos lados do cilindro aberta, em
todos os cilindros. Se procura abrir válvulas de forma que as cargas estejam balanceadas no
virabrequim, ou seja, em um compressor de 2 cilindros em fase, as válvulas abertas poderiam
ser do lado do cabeçote no primeiro cilindro e do lado do virabrequim no segundo cilindro.
Caso o mesmo compressor estivesse defasado em 180o , poderia ser mantida abertas as válvulas
ao lado do virabrequim de ambos os cilindros.
A operação à vazio consiste na abertura completa de todas as válvulas, este método
é muito aplicado na partida da máquina, pois reduz significativamente a corrente elétrica e o
tempo necessários deste regime.
Seguindo em um caso de dois cilindros (dois estágios), deve-se atentar que não é
possível, por exemplo, operar a máquina em 75% ou 25% de sua potência nominal. Caso o
primeiro cilindro esteja atuando como duplo-efeito, o segundo tem que estar atuando como
duplo-efeito. Caso o segundo cilindro estivesse operando com efeito simples, metade do gás
entregue ao mesmo, seria desperdiçado nas válvulas reguladoras de pressão, pois capacidade
volumétrica do segundo cilindro seria metade do primeiro.
68
O ciclo termodinâmico deste método resulta em uma linha horizontal, pressão cons-
tante no valor de sucção com volume variável. O grande problema desta aplicação é o aque-
cimento do gás na câmara de sucção. O compressor está operando em sua rotação nominal,
gerando trabalho, porém ao invés de aumentar pressão, estará aumentando a temperatura.
No caso em que o lado do cabeçote esteja descarregado (com válvula de sucção
aberta), a força resultante do gás no pistão será
Fg = Ps At − Ph Ah , (8.1)
onde Ps é a pressão de sucção. Por se uma constante, ocorre apenas um deslocamento da curva
de força.
xB = f xmax , (8.2)
onde f varia de 0 até 1, representando a porcentagem do volume de gás nominal que se deseja
comprimir. Lembando que a posição inercial para medida de xB está localizado no PMI do
cilindro. O ângulo da manivela correspondente ao xB é
f xmax − L cos β
θ = arccos . (8.3)
r
69
VMV
Válvula de
Descarga
Cilindro 1 Cilindro 2
Diâmetro do pistão [mm] 305 220
Soma de massa da biela e do pistão [kg] 303 268
Massa da biela [kg] 68 68
Raio da manivela [mm] 90 90
Comprimento da biela [mm] 0,16 562,5
Espaço morto [%] 11 15
Pressão de sucção [bar g] 20,5 39,4
Pressão de descarga [bar g] 39,5 70,1
Expoente adiabático do gás 1,35
Momento de inércia do Volante de inércia [kg m2 ] 310
Número de polos do motor elétrico 12
Potência do motor elétrico [kW] 800
Este compressor alternativo duplo-efeito com dois estágios possui cilindros disposto
em fase geometricamente e cinemática, ou seja, ambos os pistões avança para o PMS ou PMI
simultaneamente e possuem esforços de flexão nas mesmas direções.
A seguir são apresentadas as diferenças dos motores elétricos utilizado, sendo um
deles síncrono e o outro assíncrono. Também está apresentado a curva termodinâmica do com-
pressor alternativo, a força do gás que atua nos pistões e o somatório de torques resistivo no
virabrequim.
71
∙ Motor Síncrono
∙ Motor Assíncrono
A curva de torque do motor, ilustrada na Fig. 21, foi gerada através da combinação
de três polinômios, resultando na seguinte expressão (PEDREIRA, 2013):
66θ̇ + 12756 0 ≤ θ̇ < 44
Tm = 36θ̇ 2 − 3008θ̇ + 77962 44 ≤ θ̇ < 58, 7 (9.2)
−2022θ̇ 2 + 239425θ̇ − 7062091 58, 7 ≤ θ̇ < 62, 8
30
25
Torque aplicado [kNm]
20
15
10
0
0 100 200 300 400 500 600
Roração do rotor [RPM]
Atentar que na Eq. 9.2 as velocidades angulares são calculadas utilizando a unidade
de rad/s, enquanto na Fig. 21 o eixo das abcissas é apresentado em RPM. O motor elétrico assín-
crono tem como característica apresentar um torque nulo quando rotação se iguala à velocidade
do campo magnético, como acontece na Fig. 21.
72
4
7
Lado da Haste Lado da Haste
3.8
Lado do Cabeçote Lado do Cabeçote
3.6 6.5
Pressão do gás [MPa]
3 5.5
2.8
5
2.6
2.4 4.5
2.2
4
2
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18
Posição do pistão (x B ) [m] Posição do pistão (x B ) [m]
150
Cilindro 1
Cilindro 2
100
Força sobre o pistão [kN]
50
-50
-100
-150
0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
A força que atua sobre o pistão oscila em valores positivos e negativos, conforme
Fig. 23. Isto ocorre pois se trata de compressor duplo-efeito, havendo pressão em ambos os
lados do pistão. Compressores de efeito simples não possuem este comportamento.
Tendo como entrada os parâmetros apresentados na Tab. 2 e a força apresentada na
Fig. 23 foi possível calcular, para uma velocidade constante, o torque resultante (Fig. 24).
73
30
Cilindro 1
Cilindro 2
25 Resultante
15
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
Figura 24 – Torques resistivos de cada cilindro e resultante, para uma velocidade constante.
Na Fig. 24 é possível observar a existência de duas ondas por ciclo, que é uma
característica de compressores alternativos duplo-efeito. Por os cilindros estarem em fase ci-
nematicamente, os torques dos mesmos apresentam comportamento em fase. Na posição de 0o
e 180o os pistões estão no PMS e PMI, as forças que atuam no pistão são mínima e máxima
respectivamente (Fig. 23) e suas acelerações lineares são máximas em módulo. Isto resultou no
torque quase nulo nestes instantes.
600 600
Velocidade angular do virabrequim [RPM]
500 500
400 400
300 300
200 200
100 100
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s] Tempo [s]
30 30
Torque aplicado pelo motor [kNm]
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s] Tempo [s]
atua fora da velocidade síncrona, por este motivo não faz a partida. Uma opção para partir
esta máquina, seria a utilização do motor assíncrono neste regime, o desligando quando sua
velocidade angular atinja valor próximo à rotação síncrono.
Na Fig. 26a se identifica um pico de torque, ultrapassando os 25 kNm, este pico
é visível na Fig. 26, ocorrendo um pouco antes de atingir o regime de operação. Como con-
sequência, no regime transiente (partida) o motor elétrico possui uma corrente elevada, sendo
prejudicial ao mesmo.
Para facilitar a comparação dos resultados, a Fig. 27 apresenta uma ampliação das
Figs. 25 e 26.
604 18
Síncrono Assíncrono
Velocidade angular do virabrequim [RPM]
14
600
12
598
10
596
8
594
6
592
4
590 2
588 0
0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS] Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
Na Fig. 27a se observa que a velocidade angular média do motor síncrono está
na sua velocidade síncrona, apresentando uma amplitude de oscilação menor do que o motor
assíncrono, que possui sua velocidade angular média um pouco abaixo da síncrona. Este é um
resultado esperado por conta das características de funcionamento de ambas as máquinas.
75
Os torques ilustrados na Fig. 27b também são condizentes, apresentando uma am-
plitude de oscilação maior no motor síncrono. O comportamento é esperado pois para reduzir
a oscilação de rotação é necessário aumentar a oscilação de torque, conforme segunda lei de
Newton.
Para verificar a influência dos torques resistivos e inerciais no torque do motor, foi
desenvolvido os gráficos da Fig. 28.
20 20
15 15
10 10
Torques [kNm]
Torques [kNm]
5 5
0 0
-5 -5
-10 -10
Cilindro 1 Cilindro 1
Cilindro 2 Cilindro 2
-15 Motor -15 Motor
Inerciais Inerciais
-20 -20
0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS] Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
O torque do motor elétrico é a soma dos torques resistivos mais o torque inercial do
volante. O volante de inercia apresentou torque com sinal contrário ao dos cilindros, reduzindo
a amplitude de oscilação. Para ambos os tipos de acionamento, os comportamentos dos torques
foram semelhantes, conforme Fig. 28.
0.8
0.6
0.4
Modo de vibrar
0.2
-0.2
-0.4
1º modo
-0.6
2º modo
3º modo
-0.8
4º modo
-1
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Grau de liberdade
0.18 0.16
1.0 1.0
2.0 2.0
0.16 3.0 3.0
4.0 0.14 4.0
5.0 5.0
Amplitude do ângulo de torção [graus]
0.06
0.06
0.04
0.04
0.02 0.02
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s] Tempo [s]
0.08 0.15
0.06
0.1
0.04
0.05
0.02
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s] Tempo [s]
0.35 6.0
7.0
8.0
0.3 9.0
10.0
11.0
12.0
0.25
Soma
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s]
(e) Cilindro 2.
×10 -3 ×10 -4
9
1.5 1.0 1.0
2.0 2.0
3.0 8 3.0
4.0 4.0
5.0 5.0
Amplitude do ângulo de torção [graus]
0.5 3
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s] Tempo [s]
6.0 6.0
0.8 7.0 7.0
8.0 8.0
9.0 9.0
0.7 10.0 1 10.0
11.0 11.0
0.6 12.0 12.0
Soma Soma
0.5
0.4
0.5
0.3
0.2
0.1
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s] Tempo [s]
1.8 1.0
2.0
3.0
1.6 4.0
5.0
Amplitude do ângulo de torção [graus]
6.0
1.4 7.0
8.0
9.0
1.2 10.0
11.0
12.0
1 Soma
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo [s]
0.1
1.0
0.08 2.0
3.0
0.06 4.0
Oscilação angular [GRAUS]
5.0
0.04 6.0
7.0
0.02 8.0
9.0
0 10.0
11.0
-0.02 12.0
-0.04
-0.06
-0.08
-0.1
0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
0.18
1.0
0.04
0.02
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
Rotação [RPM]
140
1.0
2.0
120
3.0
4.0
5.0 107.4411 Hz
100
Frequência [Hz]
6.0
7.0
80 8.0
9.0
10.0
60 11.0
12.0
40 42.583 Hz
20
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Rotação [RPM]
do campo magnético.
O problema da 11a harmônica somente não se mostrou crítico pois o torque de-
senvolvido pelo motor e os resistidos pelos cilindros possuem amplitudes muito baixa nesta
harmônica. Na Fig. 35 é apresentado o espectro de torque desenvolvido pelo motor elétrico.
2.5
2
Torque [kN.m]
1.5
0.5
0
600 1200 1800 2400 3000 3600 4200 4800 5400 6000 6600
Frequência [RPM]
A 11a harmônica para uma rotação próxima a 592 RPM no regime de operação,
conforme Fig. 27a, representa o valor de 6512 RPM. Na Fig. 35 na frequência deste valor o
torque de excitação é quase nulo, o que justifica a inexistência de grandes amplitudes angulares
da 11a harmônica.
Ainda na Fig. 35 é possível observar quais harmônicas o motor poderia excitar,
neste caso, as três harmônicas mais críticas seriam, em ordem, a 2a , 1a e 3a , correspondente as
frequências de 1184 RPM, 592 RPM e 1776 RPM respectivamente.
As oscilações angulares geram torques de vibrações. Os torques de vibrações são
ilustrados na Fig. 36.
×104
4 12000
Motor-Acoplamento Motor-Acoplamento
Acoplamento-Volante Acoplamento-Volante
3 10000
Volante-Cilindro 1 Volante-Cilindro 1
Cilindro 1-Cilindro 2 Cilindro 1-Cilindro 2
Torque atuante [N.m]
2 8000
1 6000
0 4000
-1 2000
-2 0
-3 -2000
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Termpo [s] Termpo [s]
Com base nos resultados dos esforços dinâmicos e das vibrações obtidas, empregou-
se a formulação apresentada na seção 7 para calcular as tensões máximas e mínimas no vira-
brequim, o qual foi modelado como um eixo de seção circular constante submetido a esforços
de torção e flexão. Para obter as tensões, utilizam-se os valores indicados na Tab. 5 no modelo
considerado.
mancais são posicionados nas duas extremidades do eixo e acoplamento é tratado como mancal.
Com isto tem-se a representação do modelo de viga equivalente apresentada na Fig. 37.
F1x F2x
0.29 m
0.92 m
1.51 m
1.93 m
Momento Fletor em z
5000
2000
1000
Mz [N.m]
Mz [N.m]
0 0
-1000
-2000
-5000
×104 ×104
5
3
1
My [N.m]
My [N.m]
0 0
-1
-2
-3
-5
×104
6000 0.5
0
4000
-0.5
2000
-1
Mx [N.m]
Mx [N.m]
0 -1.5
-2000 -2
-2.5
-4000
-3
-6000
-3.5
-8000 -4
0 500 1000 1500 2000 0 500 1000 1500 2000
x [mm] x [mm]
(e) Momento torsor máximo. (f) Momento torsor mínimo.
Figura 38 – Esforços máximos atuantes no virabrequim para o caso de velocidade angular mí-
nima em regime permanente.
Tabela 6 – Tensões calculadas com base na condição de máxima torque de excitação no com-
pressor alternativo acionado por motor assíncrono.
Tabela 7 – Tensões calculadas com base na condição de máxima torque de excitação no com-
pressor alternativo acionado por motor síncrono.
Foi analisado o compressor alternativo acionado por motor síncrono em uma si-
tuação onde o segundo cilindro estivesse em fase cinematicamente porém defasado em 180o
geometricamente. Neste caso as forças de flexão do segundo cilindro ficam em sentido contrá-
rio as do primeiro. Como resultado foi obtido um fator de segurança de Goodman de 1,17 para
o moente e 1,24 para o munhão. Se tornando uma máquina mais segura de operar. Não se alte-
rou nada as tensões de cisalhamento, porém as tensões normais máximas e mínimas reduziram
em quase 100 MPa cada. As tensões alternadas de Von Mises também apresentaram reduções
significativas.
7.5 200
Lado da Haste Cilindro 1
7 Lado do Cabeçote 150 Cilindro 2
6.5 100
Força sobre o pistão [kN]
Pressão do gás [MPa]
6 50
5.5 0
5 -50
4.5 -100
4 -150
3.5 -200
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0 50 100 150 200 250 300 350
Posição do pistão [m] Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
Figura 39 – Ciclo termodinâmico e forças dos gases considerando não idealidade das válvulas.
87
25 8
7
20
6
Torque [kN.m]
Torque [kN.m]
5
15
10
3
2
5
1
0 0
0 180 360 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Ângulo do Virabrequim [GRAUS] Frequência [RPM]
Figura 40 – Torque e seu espectro desenvolvido pelo motor síncrono considerando vazamento
de gás.
Tabela 9 – Tensões calculadas com base na condição de máxima torque de excitação no com-
pressor alternativo acionado por motor síncrono com vazamento de gás.
Como o controle Step opera apenas para 0%, 50% e 100%, nesta seção foi escolhido
aplicar os três métodos explicados no Cap. 8 com 50% no regime de operação, facilitando as
comparações dos resultados. No regime de partida foi aplicado controle Step de 0%.
Foi desconsiderado o comportamento das válvulas. O ciclo termodinâmico resultou
conforme Fig. 41.
7 7 7
Lado da Haste Lado da Haste Lado da Haste
Lado do Cabeçote Lado do Cabeçote Lado do Cabeçote
6.5 6.5 6.5
Pressão do gás [MPa]
6 6 6
5 5 5
4 4 4
(a) Controle Step. (b) Controle Contínuo. (c) Controle do Volume Morto
Na Fig. 41a é possível identificar que a válvula de sucção do lado do cabeçote foi
mantida aberta durante toda operação no segundo cilindro, a válvula de sução do lado da haste
foi mantida aberta no primeiro cilindro. A área do ciclo, da mesma figura, referente ao lado da
haste possui tamanho nominal.
No controle contínuo os dois lados do pistão sofreram influências. Se percebe que
existe uma parcela de devolução de gás para a câmara de sucção na Fig. 41b. A área do ciclo ao
lado da haste desta figura possui metade do tamanho da ilustrada na Fig. 41a.
89
Quando o volume morto recebe 50% de incremente nãoo significa que a área do
ciclo termodinâmico será reduzida pela metade, como ocorreu no controle contínuo. A Fig. 41c
mostra que as áreas sofreram achatamento, prolongando a expansão e compressão do ciclo.
Na partida à vazio, com aplicação de 0% do controle step, o resultado obtido é
mostrado na Fig. 42.
28
26
24
22
Torque [kN.m]
20
18
16
14
12
10
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Tempo [s]
Conforme Fig. 42 foram necessários um pouco mais que 1,2 s para partir o compres-
sor. Este valor representa uma redução de mais de aproximadamente 65% do tempo necessário
para partir em plena carga. Isto reduz as correntes e consequentemente o sobre aquecimento
do motor elétrico. A velocidade angular do virabrequim acelera mais suavemente, sem tantas
oscilações como se observa na partida da Fig. 25a.
Os torques desenvolvido pelo motor para os três controles aplicados são ilustrados
na Fig. 43.
10 9 14
9
8
12
8
7
7 10
Torque [kN.m]
Torque [kN.m]
Torque [kN.m]
6 6
8
5 5
4 6
4
3
4
3
2
1 2 2
0 180 360 0 180 360 0 180 360
Ângulo do Virabrequim [GRAUS] Ângulo do Virabrequim [GRAUS] Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
(a) Controle Step. (b) Controle Contínuo. (c) Controle do Volume Morto
Figura 43 – Torques desenvolvido pelo motor assíncrono no regime de operação com aplicação
de 50% de controle.
Os torques médios da Fig. 43 foram de 5,19 kNm no controle Step, 4,7 kNm no
controle contínuo e 6,91 kNm no controle de volume morto. Isto mostra que a melhor redução
ocorre no controle contínuo, o problema dele é a forma do espectro de torque, compressor
90
alternativo que utiliza deste controle deve ser projetado previamente para isso. Fig. 44 mostram
os espectro para os três casos.
2.5 1
1.5
2 0.8
Torque [kN.m]
Torque [kN.m]
Torque [kN.m]
1.5 0.6 1
1 0.4
0.5
0.5 0.2
0 0 0
1000 2000 3000 4000 5000 6000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Frequência [RPM] Frequência [RPM] Frequência [RPM]
(a) Controle Step. (b) Controle Contínuo. (c) Controle do Volume Morto
Figura 44 – Espectro dos torques desenvolvido pelo motor assíncrono no regime de operação
com aplicação de 50% de controle.
Na análise que a Fig. 44 permite fazer, o controle Step apresentou melhor compor-
tamento, enquanto o controle contínuo resultou na excitação de diversas frequências.
As amplitudes de oscilações angulares são ilustradas na Fig. 45.
0.05
0 0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Tempo [s] Tempo [s] Tempo [s]
(a) Controle Step. (b) Controle Contínuo. (c) Controle do Volume Morto
60 120
55
Frequência natural [Hz]
115
50
45
110
40
35 105
0 500 1000 1500 2000 2500 0 500 1000 1500 2000 2500
Inércia do Volante [kg.m2] Inércia do Volante [kg.m2]
277 375
276.8
370
276.6
Frequência natural [Hz]
276.4 365
276.2
360
276
275.8 355
275.6
350
275.4
275.2 345
0 500 1000 1500 2000 2500 0 500 1000 1500 2000 2500
Inércia do Volante [kg.m2] Inércia do Volante [kg.m2]
A oscilação de velocidade angular para diferentes inércias são ilustradas na Fig. 47.
92
600
598 50 kgm 2
150 kgm 2
596 500 kgm 2
594
592
Torque [kN.m]
590
588
586
584
582
580
578
0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
25
50 kgm 2
150 kgm 2
20
500 kgm 2
15
Torque [kN.m]
10
-5
0 50 100 150 200 250 300 350
Ângulo do Virabrequim [GRAUS]
Figura 48 – Torques desenvolvidos pelo motor assíncrono para diferentes volantes de inércias.
0.35
1.0 1.0 0.3 1.0
Amplitude do ângulo de torção [graus]
0 0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10
Tempo [s] Tempo [s] Tempo [s]
Como consequência, o fator de segurança de Goodman resultou em 0,79 e 0,82 para o moente
e munhão.
Nesta análise de tensões não foi considerado que a mudança do volante de inércia
mudaria a massa do mesmo. Caso esta consideração fosse feita, o esperado seria piores resulta-
dos de fator de segurança e acréscimos das tensões normais.
95
10 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
AM, D.; DOUGLAS, S. Why does turning out a cylinder variable volume clearance
pocket (VVCP) reduce capacity? 2012. Acessado em: 12/06/2017. Disponível em:
<http://news.compasscompression.com>.
AVL LIST GMBH. AVL Excite Designer, Theory. Áustria, 2004.
BECERRA, J. et al. Failure analysis of reciprocating compressor crankshafts. Engineering
Failure Analysis, Elsevier, v. 18, n. 2, p. 735–746, 2011.
BERTOT, P. P. Cálculo y selección de compresores en instalaciones industriales. Santiago
de Cuba: Ediciones ISPJAM, 1989.
BLOCH, H. P.; HOEFNER, J. J. Reciprocating Compressors:: Operation and Maintenance.
Texas: Gulf Professional Publishing, 1996.
CASTRO, A. C. de. Motor de Indução Trifásico (MIT). 2017. [Online; acessado em 31-
maior-2017]. Disponível em: <http://www.ifba.edu.br/PROFESSORES/castro/apostilas.htm>.
CAVALLINI, A. et al. Thermal analysis of a hermetic reciprocating compressor. 1996.
CHIARELLI, L. et al. Comparison of high order finite element and discontinuous galerkin
methods for phase field equations: Application to structural damage. Computers &
mathematics with applications, Elsevier, 2017.
CORBO, M. A.; COOK, C. P.; CIMUSZ, J. Torsional vibration analysis of synchronous
motor-driven turbomachinery. In: Proceedings of Turbomachinery Symposium. Texas:
Tibkat, 2000.
CORBO, M. A.; MALANOSKI, S. B. Practical design against torsional vibration. In:
Proceedings of the Twenty-Fifth Turbomachinery Symposium. Texas: Tibkat, 1996. p.
189–222.
COSTA, E. C. da. Compressores. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.
DOHERTY, R.; FRANKLIN, R. Design of flywheels for reciprocating machinery connected to
synchronous generators or motors. In: Annual meeting of the ASME. EUA: ASME, 1920.
ELHAJ, M. et al. Numerical simulation and experimental study of a two-stage reciprocating
compressor for condition monitoring. Mechanical Systems and Signal Processing, Elsevier,
v. 22, n. 2, p. 374–389, 2008.
EWINS, D. J. Modal Testing: Theory and Practice. Tauton: RSP, 1995.
FEESE, T.; HILL, C. Prevention of torsional vibration problems in reciprocating machine.
In: Proceedings of the thirty-eight turbomachinery symposium. College Station, Texas:
Anais... College Station, Texas: Turbomachinery Laboratory, Texas A&M University, 2009. p.
13–238.
FITZGERALD, A. E.; Kingsley Jr., C.; UMANS, S. D. Máquinas Elétricas. 6. ed. Porto
Alegre: Editora Bookman, 2006.
97
HAI-YANG, Z. et al. A parameter optimization method for planar joint clearance model and
its application for dynamics simulation of reciprocating compressor. Journal of Sound and
Vibration, v. 344, p. p. 416–433, 2015.
HOROWITZ, F.; GUPTA, B.; LIPTÁK, B. Compressor control and optimization. In: LIPTÁK,
B. (Ed.). Process control and optimization. EUA: ISA CRC, 2006. cap. 8, p. 1763–1793.
MORAES, E. A. B. de et al. A semi-implicit scheme for time integration of damage and fatigue
phase field equations. In: . Joinville, Brazil: Proceedings of VI International Symposium on
Solid Mechanics, 2017.
NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Circuitos Elétricos. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2008.
PEDREIRA, J. A. Flywheel and induction motor sizing for torque fluctuation optimization
in reciprocating compressor. Journal of Mechanics Engineering and Automation, David
Publishing Company, Inc., v. 3, n. 9, 2013.
SHAMPINE, L. F.; REICHELT, M. W. The matlab ode suite. SIAM journal on scientific
computing, SIAM, v. 18, n. 1, p. 1–22, 1997.
TUHOVCAK, J.; HEJČÍK, J.; JÍCHA, M. Modelling fluid flow in a reciprocating compressor.
In: EDP SCIENCES. EPJ Web of Conferences. República Checa, 2015. v. 92.
WACHEL, J.; TISON, J. Vibrations in reciprocating machinery and piping systems. Texas:
Engineering Dynamics Incorporated, 1993.
WENZHI, G.; ZHIYONG, H. Active control and simulation test study on torsional vibration of
large turbo-generator rotor shaft. Mechanism and Machine Theory, v. 45, p. p. 1326–1336,
2010.
WILCOX, M.; BRUN, K. Guideline for field testing of reciprocating compressor performance.
Gas Machinery Research Council, 2009.
ZHAO, J.; WANG, S. Analysis for fatigue failure causes on a large-scale reciprocating
compressor vibration by torsional vibration. Procedia Engineering, v. 74, p. p. 170–174,
2014.