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Caça ao STF 1: Toffoli abre inquérito contra pistolagem que ameaça tribunal
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RReeiinnaallddoo AAzzeevveeddoo
15/03/2019 10h01
Claro, claro! Os profissionais da difamação sairão por aí a gritar "censura!" e "perseguição!". E talvez até ganhem o apoio de Roberto Barroso, o
ex-advogado do terrorista Cesare Battisti. Mas o fato é que fez muito bem o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, ao decidir abrir, nesta
quinta, um inquérito para investigar ataques de diversas naturezas a membros do Supremo, mas claramente coordenados. A esmagadora
maioria está alicerçada em "fake news", em notícias falsas.
O objetivo, nota-se, é intimidar o tribunal. Toffoli sabe que vai ter de enfrentar também a reação de parte considerável da imprensa. Esta, com
correção, reage sempre com prontidão quando a liberdade de expressão é ameaçada. E faz muito bem. Mas nem sempre percebe quando um
Poder da República vira alvo de pistoleiros que se escondem sob o manto da moralidade. A propósito: justiceiros, na origem, dizem querer…
Justiça!
As ações dos procuradores da República Diogo Castor e Deltan Dallagnol também estão no escopo da apuração. Ambos pertencem à Lava
Jato. O segundo é seu coordenador. O primeiro escreveu um artigo acusando ministros de querer dar um "golpe". Para alguém na sua posição,
um funcionário público, membro de um ente do Estado, não se trata de liberdade de expressão. Ele não resolveu discordar desta ou daquela
posições de ministros — e já seria indecoroso fazê-lo fora dos autos. Não!
Ele acusou os membros de um Poder da República de estarem mancomunados, movidos por interesses estranhos às suas funções, com o
propósito de assegurar a impunidade de criminosos. Deltan fez a mesma coisa em reiteradas intervenções nas redes sociais. Conclamou os
brasileiros a se manifestar contra um Poder da República. E se ele convocasse manifestações contra Jair Bolsonaro, como seria? Sei que não vai
fazê-lo porque são aliados políticos. Apenas estou sendo didático.
Serão ainda investigadas ações extralegais de funcionários da Receita contra o ministro Gilmar Mendes, contra a advogada Guiomar Mendes,
sua mulher, e contra Roberta Rangel, também advogada e mulher do próprio Toffoli. Vazamentos e incitamento de atos contra o Supremo estão
coordenados nas redes. Eles têm estimulado os mais exaltados a pregar a hostilização de integrantes da Corte, o que corresponde, obviamente,
a intimidar um juiz.
Dallagnol, por exemplo, chegou a fazer uma contagem regressiva nas redes sociais, sustentando que só havia uma decisão aceitável no
julgamento que o Supremo fez nestas quarta e quinta: votar de acordo com o seu gosto e cassar, ao arrepio da lei, a prerrogativa que têm os
juízes eleitorais de julgar crimes eleitorais e conexos.
Essa investigação já deveria ter sido pedida há muito tempo pela Procuradoria Geral da República, já que a cadeia de ataques ao tribunal não é
recente. Mas nem Rodrigo Janot nem Raquel Dodge tiveram a iniciativa. O primeiro porque era aliado político de algumas das estrelas que
organizam o ataque ao tribunal; a segunda, porque já vive praticamente sitiada pela turma. O pedido da PGR seria o caminho corriqueiro. Mas
não veio. O Regimento Interno autoriza o presidente do tribunal a tomar a decisão.
Tanto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como associações de magistrados apoiaram a iniciativa. Afirma nota da OAB:
""AAççããoo sseem meellhhaannttee ppaarreeccee tteerr ssiiddoo oorrqquueessttrraaddaa ccoonnttrraa aa aaddvvooccaacciiaa nnaacciioonnaall,, qquuee nnooss úúllttiim
mooss m
meesseess ssee vviiuu aallvvoo ddee nnoottíícciiaass ffaallssaass ((ffaakkee
nneew wss)),, ddeennuunncciiaaççõõeess ccaalluunniioossaass ee aam meeaaççaass qquuee bbuussccaam m aattiinnggiirr aa hhoonnrraa ddaass aaddvvooggaaddaass ee ddooss aaddvvooggaaddooss bbrraassiilleeiirrooss.. AA O
Orrddeem m,, iinncclluussiivvee,,
ssoolliicciittaarráá àà PPoollíícciiaa FFeeddeerraall qquuee iinnvveessttiigguuee ssee eesssseess aattaaqquueess ppaarrttiirraam
m ddaass m meessm maass ppeessssooaass qquuee aaggoorraa iinnvveesstteem
m ccoonnttrraa oo SSuupprreem moo". Topo
A Ajufe (Associação dos Juízes Federais), a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados
do Trabalho) emitiram nota conjunta. Lá se lê:
""AA M
Maaggiissttrraattuurraa nnããoo ssee ccuurrvvaarráá ààss aam
meeaaççaass ddaaqquueelleess qquuee aappeennaass pprreetteennddeem
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maanncchhaarr aa iim
maaggeem
m ddaa jjuussttiiççaa,, ssiim
mpplleessm
meennttee ppoorr
ssee sseennttiirreem
m ccoonnttrraarriiaaddooss eem
m ssuuaass tteesseess,, aaççõõeess,, ooppiinniiõõeess oouu ddeennúúnncciiaass.. EEm
m uumm EEssttaaddoo D Deem mooccrrááttiiccoo ddee D
Diirreeiittoo,, ooss lliim
miitteess iinnssttiittuucciioonnaaiiss
ddeevveemm sseerr rreessppeeiittaaddooss ppaarraa qquuee sseejjaa pprreesseerrvvaaddaa aa hhaarrm moonniiaa ee aa iinnddeeppeennddêênncciiaa ddooss PPooddeerreess""..
Na mosca!
A intimidação de juízes, a calúnia e a difamação caminham no sentido oposto ao da liberdade de expressão. E não se confundem.
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Reinaldo Azevedo, jornalista, é colunista da Folha e âncora do programa "O É da Coisa", na BandNews FM. É autor de "Contra o Consenso", "O País dos Petralhas I e II",
"Máximas de um País Mínimo" e "Objeções de um Rotweiler Amoroso".
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O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem
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