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Análise de Demonstrações Contábeis: Um estudo de caso da


Petrobras S/A

1. Introdução
A Petrobras Petróleo Brasileiro S/A, foi criada no dia 3 de outubro de 1953, através da
Lei nº 2004, sancionada por Getúlio Vargas, atendendo às demandas populares da
campanha “O petróleo é nosso”, inicialmente como empresa monopolista estatal da
extração de petróleo no brasil, se envolvendo em pesquisa e desenvolvimento,
extração e refino de hidrocarbonetos de forma geral.
Em 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi aprovada a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 6/1995, que altera o Art. 177 da Constituição
Federal, transformada na Emenda Constitucional 9/1995. Esta Emenda permite à
União contratar empresas privadas para lavra, transporte, importação e exportação
de petróleo, gás natural e derivados, extinguindo o monopólio da Petrobras.
Em 1997, através da Lei 9.478, que abre o mercado de petróleo, gás natural e
hidrocarbonetos fluidos, para competição à Petrobras através de concessões da
união, ou com partilha da produção. Desde então, de fato a Petrobras deixou de ser a
monopolista da produção petrolífera nacional.
Em março de 1994, o Ministério Público Federal (MPF), perante a Justiça Federal em
Curitiba, inicia investigação de movimentação de recursos ilícitos pertencente à
organizações criminosas através da utilização de redes de postos de gasolina e lava
a jatos de automóveis. Através das diversas fases desta operação, denominada “lava
jato”, chegou-se à elucidação de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, na
casa de bilhões de reais, através da negociação de propinas no favorecimento e na
licitação fraudulenta de contratos, favorecendo grandes empreiteiras, operadores
financeiros e agentes políticos.
Por se tratar, a Petrobras, de empresa de capital aberto, sob o regime da Lei nº
6.404/76, que estabelece as necessidade de apresentação das demonstrações fiscais
ao findar-se o exercício social, e considerando, ainda, a obrigatoriedade da
responsabilidade do conselho fiscal em relação à auditoria dos demonstrativos fiscais,
na presença de fato relevante, no ano de 2014 foram realizadas auditorias externas
com a finalidade de corrigir distorções relacionadas aos fatos revelados pela
investigação do MPF.
Diante do contexto explícito, visamos apresentar os impactos da corrupção nos
resultados de uma empresa com participação estatal e compará-los a empresas do
mesmo setor, com vistas a explicitar os impactos da corrupção.
Como metodologia, utilizaremos a análise dos demonstrativos contábeis
apresentados pelas empresas Petrobras Petróleo Brasileiro S/A, disponibilizados
através do site de relações com investidores da própria empresa, .
2. Referencial Teórico
2.1 Demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis representam o conjunto de informações contábeis,
organizadas de forma padronizada, úteis na tomada de decisão e avaliação, tanto
para usuários internos quanto externos. Podem ser utilizadas para os mais diversos
tipos de tomadas de decisões econômicas, dentre as quais:

a- Tomada de decisão sobre investimentos em ações;


b- Determinação de políticas tributárias;
c- Avaliar o desempenho da administração;
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d- Avaliar e nortear políticas de subsídios, tributação, etc.


Segundo a NBC TG 26 (2013), “As demonstrações contábeis são uma representação
estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade.” E
objetivam fornecer informações à usuários externos e internos que não possuem
acesso facilitado às mesmas, tais como investidores, empregados, fornecedores,
credores, governos e público em geral. Portanto, as demonstrações contábeis são
representadas pelo balanço patrimonial, o relatório de demonstração de resultado e
as mutações financeiras (que refletem tanto no balanço quanto no relatório de
demonstração de resultado).
De forma geral, de acordo com o Item 12 da NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL
(2011):
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a
posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição
financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em
suas avaliações e tomadas de decisão econômica (CFC, 2011, p.7).
As demonstrações contábeis, elaboradas conforme preceitua a NBC TG (2011)
devem preencher os seguintes pressupostos básicos:
a- Regime de competência – todos os eventos devem reconhecidos no momento da
ocorrência, sendo lançados nos registros contábeis e reportados nas
demonstrações dos períodos aos quais pertencem;
b- Continuidade – Supõe-se que a entidade se manterá em um futuro próximo e, caso
isto não seja verdade, as bases das demonstrações contábeis devem ser
adaptadas a este caso e a mesma deverá ser divulgada;
c- Características qualitativas – São ao atributos que garantem a usabilidade e a
utilidade das informações das demonstrações e tem como quatro características
principais a compreensibilidade, a relevância, a confiabilidade e a comparabilidade.
Cabe aqui uma ligeira explicação acerca das características qualitativas citadas
acima. As mesmas são extensamente explicitadas nas NBC TG (2011) de onde se
pode extrair suas principais características:
a- Compreensibilidade – característica que visa permitir ao usuário o entendimento
das informações prestadas, bastando que o mesmo possua “conhecimento
razoável dos negócios, das atividades econômicas e contabilidade e aa disposição
de estudar as informações com razoável diligência.”. No entanto, desde que seja
de comprovada relevância, informações complexas não podem deixar de ser
apresentadas sob o pretexto de sua complexidade de entendimento.
b- Relevância – São consideradas relevantes as informações que permitem e
influenciam as tomadas de decisão, “ajudando-os a avaliar os impactos de eventos
passados , presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as avaliações
anteriores.”.
c- Confiabilidade – a informação deve representar adequadamente aquilo que se
propõe a apresentar, estando livre de erros e tendenciosidades. Devem garantir a
representação adequada, a primazia da essência sobre a forma (garantia da
essencialidade dos atos, sua substância e realidade econômica), a neutralidade, a
prudência e a integridade.
d- Comparabilidade – Deve ser possível ao usuário a comparação entre
demonstrações de uma entidade com anos anteriores, assim como a comparação
entre entidades de objeto e mercado similar.
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2.2 Elementos das demonstrações contábeis


Segundo a NBC TG (CFC, 2011), “As demonstrações contábeis retratam os efeitos
patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, agrupando-os em classes
de acordo com suas características econômicas.”, ou seja, as demonstrações são o
conjunto das variações patrimoniais e financeiras, agrupadas pelos chamados
elementos de demonstração contábil, sendo eles o ativo, o passivo e o patrimônio
líquido, representando as variações patrimoniais, e receitas e despesas,
representando as variações financeiras, em conjunto com as mutações na posição
financeira, que não refletem exclusivamente nem no balanço nem nas variações
financeiras.
A principal finalidade das demonstrações contábeis é fornecer a matéria bruta para o
estudo da situação financeira e econômica de determinada entidade.
Em acordo com a NBC TG 26 (R5) - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS (CFC, 2017), Item 17, temos a definição da representação apropriada
das demonstrações contábeis:
Em praticamente todas as circunstâncias, a representação apropriada é
obtida pela conformidade com as normas, interpretações e comunicados
técnicos aplicáveis. A representação apropriada também exige que a
entidade:
(a) selecione e aplique políticas contábeis de acordo com a NBC TG 23 –
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Essa
Norma estabelece uma hierarquia na orientação que a administração deve
considerar na ausência de norma, interpretação e comunicado técnico que se
aplique especificamente a um item;
(b) apresente informação, incluindo suas políticas contábeis, de forma que
proporcione informação relevante, confiável, comparável e compreensível;
(c) proporcione divulgações adicionais quando o cumprimento dos requisitos
específicos contidos nas normas, interpretações e comunicados técnicos é
insuficiente para permitir que os usuários compreendam o impacto de
determinadas transações, outros eventos e condições sobre a posição
financeira e patrimonial e o desempenho da entidade (CFC, 2017, p. 9).
Da legislação temos que, de acordo com a Lei 6.404/76:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos do exercício;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
(...) § 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (BRASIL,
1976).
A norma complementa, ainda:
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
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Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar


métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência (BRASIL, 1976).
Podemos, então, observar que, a apresentação das demonstrações contábeis é
fundamental, além de requisito legal, para se conhecer a situação financeira,
patrimonial e a rentabilidade de uma instituição.
Para efeitos didáticos, manteremos o foco sobre o balanço patrimonial (BP) e a
demonstração de resultados do exercício (DRE), os quais acreditamos serem os
demonstrativos mais impactados pelo processo de corrupção, relacionado à má
avaliação de ativos e superavaliação de contratos de serviços.
2.2.1 Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é a representação do estado patrimonial de uma entidade em
um determinado momento. Nele são apresentados os bens, diretos, e obrigações da
entidade, assim como o patrimônio líquido, que representa a responsabilidade da
entidade com seus sócios.
São elementos do balanço patrimonial:
O ativo, que representa o conjunto de bens que a entidade possui e de direitos
exigíveis de terceiros;
O passivo, que representa o conjunto de obrigações que a entidade assumiu, ao longo
de sua trajetória temporal e ainda não foram honradas, com terceiros, sejam eles
credores ou fornecedores; e
O patrimônio líquido, que representa o conjunto de obrigações que a entidade possui
com seus sócios.
Os atributos destes elementos devem ser tanto qualitativos, quanto quantitativos.
Tabela 1 – Exemplo de balanço patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOS PASSIVO
CAIXA ----------------------------- R$ 115.000,00 TÍTULOS À PAGAR (C) --------------- R$ 325.000,00
BCM -------------------------------- R$ 60.325,11 PROMISSÓRIAS À PAGAR (NC) ----- R$ 60.000,00
ESTOQUES ---------------------- R$ 3.225.415,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL INTEGRALIZADO ---- R$ 3.015.740,11
TOTAL --------------------------- R$3.400.740,11 TOTAL --------------------- R$3.400.740,11
Fonte: Dos autores
Com vistas a padronizar as apresentações do balanço, e facilitar sua análise, o
ordenamento jurídico obriga a classificação segundo elementos do patrimônio que se
registra, e agrupadas de forma a facilitar o entendimento e a análise financeira da
entidade.
Tanto o ativo quanto o passivo devem ser, ainda, classificados quanto ào seu prazo,
sendo considerados:
Circulante, quando realizáveis ou exigíveis no curso do exercício social subsequente
Não Circulante, quando excederem o prazo do final do exercício social subsequente.
2.2.2 Demonstração de resultados do exercício
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Conforme o próprio nome sugere, a demonstração de resultados do exercício é um


relatório que tem por finalidade demonstrar a formação do lucro ou prejuízo, dentro do
limite do exercício social, consideradas através das receitas e despesas reconhecidas
e mensuradas.
Segundo a NBC TG:
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o
resultado por ação. Os elementos diretamente relacionados com a
mensuração do resultado são as receitas e as despesas. O reconhecimento
e a mensuração das receitas e despesas e, consequentemente, do resultado,
dependem em parte dos conceitos de capital e de manutenção de capital
adotados pela entidade na elaboração de suas demonstrações contábeis
(CFC, 2011, p.23) .

A legislação, pela Lei 6.404/76, estabelece os itens obrigatórios da demonstração do


resultado:
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os
abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas;
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições
ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se
caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da
sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos. (BRASIL, 1976)
Podemos observar pela quantidade de informações prestadas na demonstração de
resultados do exercício, a compreensibilidade da posição financeira da entidade. A
característica principal da demonstração de resultados do exercício é que ela é
dedutiva, ou seja, consolida-se a apuração à partida da receita principal, e dela
deduzem-se fatos contábeis, como impostos, custos, gastos operacionais, etc.
2.3 Análise de demonstrações contábeis
A análise de demonstrativos contábeis permite a compreensão da situação financeira
e patrimonial da entidade. Segundo Matarazzo (2203, p.148) :
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O importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um


conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa, segundo o
grau de profundidade desejada da análise. [...] O fornecedor pode apenas
querer rápidas informações sobre a empresa, a respeito de sua rentabilidade,
de seu índice de liquidez. [...] Portanto, a quantidade de índices que se deve
ser utilizados na análise depende exclusivamente da profundidade que se
deseja da análise (apud CARVALHO et al, 2014, p.3)

A análise de demonstrações financeiras é imprescindível para a contabilidade


gerencial, uma vez que é através de indicadores apurados que gerentes e investidores
tomam decisões. A utilização de índices permite a comparabilidade e a verificação da
eficácia de decisões gerenciais. Entretanto não podem ser tomados de forma isolada.
Deve-se considerar parâmetros externos, como conjuntura mercadológica,
relacionamento com o mercado, com o governo, entre outros.
Dentr as técnicas de análise praticadas, temos a análise vertical, horizontal e por
quocientes, ou índices.
2.3.1 Análise vertical
A análise vertical é a análise da estrutura da demonstração de resultados do exercício
e do balanço patrimonial, que evidencia as participações dos elementos dentro do
total, ou dentro de determinado grupo de contas, ou seja, pode-se relacionar a
representatividade de empréstimos circulantes em relação ao total do passivo
circulante.
Assim, atribui-se o valor de 100% ao valor total do ativo e do passivo, no caso do
balanço patrimonial e .ao valor total das receitas líquidas, na demonstração de
resultados do exercício.
2.3.2 Análise horizontal
A análise horizontal relaciona um período ao outro das demonstrações financeiras, ou
seja, demonstra a evolução de cada elemento, evidenciando seu crescimento ou
decrescimento. Desta forma podemos confrontar os dados e efetuar correlações.
Desta forma, se convenciona um valor de 100% para todos os itens do exercício social
anterior se calcula a percentual representativo, demonstrando a variação item a item.
2.3.3 Análise por indicadores
A análise por indicadores permite uma visão mais apurada das estrutura financeira da
entidade, através da correlação entre elementos das demonstrações financeiras. As
classes de índices mais comuns são os indicadores de liquidez, de estrutura e
endividamento e de rentabilidade.
Os índices de liquidez indicam a capacidade da entidade em honrar seus
compromissos com credores, são, essencialmente, três:
Liquidez corrente (LC), que define, basicamente, a capacidade de pagamento de curto
prazo da entidade, considerado positivos quando maior que 1,0.
Ativo Circulante
LC =
Passivo Circulante
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Liquidez seca (LS), que define a capacidade de pagamento do passivo circulante pela
entidade, desconsiderado seu estoque.
(Ativo Circulante − Estoques)
LS =
Passivo Circulante
Liquidez geral (LG), define a capacidade de pagamento da entidade, considerando o
ativo circulante e o realizável a longo prazo.
(𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜)
𝐿𝐺 =
(𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜)
Os índices de endividamento, conforme se pode prever, indicam o nível de
endividamento da entidade, informando se a empresa utiliza mais recursos próprios
ou de terceiros, são essencialmente dois:
Endividamento total (ET), mede a relação entre compromissos com credores e o
ativo total da entidade.
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙
𝐸𝑇 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Garantia de Capital de Terceiros (GT), relaciona o capital próprio à dívida de
terceiros, quanto maior, maior a segurança para os credores em garantia de
empréstimos, por exemplo.
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐺𝑇 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙
Os índices de rentabilidade relacionam o investimento e o capital investido na
empresa. São essencialmente quatro:
Margem líquida sobre as vendas (ML), indica o lucro líquido por unidade vendida.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑀𝐿 = 𝑥 100
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎
Rentabilidade sobre capital próprio (RCP), indica o retorno sobre o investimento
realizado.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑅𝐶𝑃 = 𝑥 100
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
Rentabilidade sobre o ativo total (RAT), indica o retorno em relação ao investimento
total.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑅𝐴𝑇 = 𝑥 100
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Pay-back, indica o tempo de retorno do investimento realizado.
100
𝑃𝑎𝑦 − 𝑏𝑎𝑐𝑘 =
𝑅𝐴𝑇

3. Metodologia
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Com vistas à atender os objetivos deste trabalho utiliza-se o estudo inicial, através
de pesquisa exploratória realizada junto à legislação vigente, artigos científicos
relacionados ao objeto de estudo e reunião de livros didáticos, com vistas à propiciar
um referencial teórico robusto.
Em uma segunda etapa, foi elaborada uma análise dos demonstrativos financeiros
padronizados , fornecidos pela empresa Petrobras Petróleo Brasileiro S/A, através
de seu canal de relacionamento com investidores, disponível na internet, dos anos
de 2013 a 2018, com vistas à evidenciar os impactos da corrupção

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