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Lição 12

16 a 22 de março

Juízo sobre Babilônia

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jz 6–8
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ouvi outra voz do Céu, dizendo: Retirai-
vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e
para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se
acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela
praticou” (Ap 18:4, 5).

L EI T UR AS D A SEM AN A: Ap 17; Jr 51:13; Êx 28:36-38; Ap


13:1-8; 13:18; 16:2-12

A sexta praga provocará o secamento simbólico do rio Eufrates, à


medida que o mundo desiludido retirar seu apoio popular à Babilônia
do tempo do fim. A destruição de seu poder será precedida por
extensivas ações demoníacas que falsificarão a obra de Deus (Ap
16:13, 14). A atuação demoníaca será bem-sucedida em unir os
ímpios na preparação para a batalha do Armagedom.

No início da batalha final, ocorrerá um grande terremoto como parte


da sétima praga. O terremoto destruirá a unidade de Babilônia e a
dividirá em três partes (Ap 16:18, 19). A Babilônia do tempo do fim foi
descrita como uma cidade, significando a breve união dos poderes
políticos e religiosos do mundo em oposição ao povo de Deus. Essa
unidade será destruída, causando a ruína da Babilônia do tempo do
fim.

Em Apocalipse 16:19, anuncia-se apenas o colapso político da


Babilônia do tempo do fim. Os capítulos 17 e 18 revelam como essa
queda ocorrerá. Antes de descrever a ruína da Babilônia do tempo do
fim e os motivos de sua queda (Ap 17:12–18:24), em Apocalipse 17,
descreve-se esse sistema religioso, dessa vez em termos de uma
prostituta montada em uma besta escarlate. Em associação com suas
filhas, a meretriz Babilônia seduz o mundo contra Deus (Ap 17:1-11).
Domingo, 17 de março
Ano Bíblico: Jz 9, 10

Babilônia, a prostituta
1. Leia Apocalipse 17:1. Jeremias 51:13 revelou que as “muitas
águas” sobre as quais Babilônia está sentada são o rio Eufrates.
De acordo com Apocalipse 17:15, o que as “muitas águas”
simbolizam? Complete as lacunas:
“As águas que viste, onde a meretriz está assentada,
são ____________, multidões, ________________ e
_________________” (Ap 17:15).
Na Bíblia, “mulher” é um símbolo para o povo de Deus. Em
Apocalipse, a verdadeira igreja de Deus é retratada como uma mulher
pura
(Ap 12:1; 22:17). Portanto, uma “prostituta” representa uma igreja
falsa e apóstata. Em Apocalipse 17:5, essa prostituta é identificada
como Babilônia, a Grande. Assim como a Babilônia antiga dependia
do rio Eufrates para sua subsistência, a Babilônia do tempo do fim
dependerá do apoio das massas para impor seus planos.

2. Leia Apocalipse 14:8; 17:2; 18:2, 3. Quais são os dois grupos


envolvidos em uma relação ilícita com a Babilônia do tempo do
fim, sendo seduzidos por ela? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Os reis e habitantes da Terra.
B. ( ) Os salvos e ímpios ressuscitados.
O primeiro grupo são os reis da Terra, os poderes políticos
governantes. Eles são retratados em uma relação adúltera com a
prostituta Babilônia. No Antigo Testamento, a expressão “prostituição”
é usada frequentemente para descrever como o Israel apóstata se
afastou de Deus e se voltou para as falsas religiões (Is 1:21; Jr 3:1-
10). A relação adúltera entre os reis da Terra e a prostituta simboliza
uma união ilícita entre a Babilônia do tempo do fim e os poderes
políticos governantes, uma união entre Igreja e Estado.
O segundo grupo em uma relação ilícita com a prostituta Babilônia
são os habitantes da Terra, o povo governado. Eles se embebedam
com o vinho da prostituição de Babilônia. Em contraste com os
poderes políticos governantes, a população em geral é intoxicada
pelas práticas e ensinamentos falsos de Babilônia, sendo enganada
a pensar que ela pode protegê-los. Quando as pessoas estão
embriagadas, elas não pensam com clareza e são facilmente
controladas (veja Is 28:7). O mundo inteiro será desviado por
Babilônia, com exceção de um remanescente fiel.

Assim como no passado e no presente, o povo será enganado no fim dos tempos.
Quais são os perigos de seguir a opinião popular, não importando a popularidade
dessa opinião?
Segunda-feira, 18 de março
Ano Bíblico: Jz 11, 12

A prostituta montada na besta escarlate


3. Leia Apocalipse 17:1, 3. Por que os símbolos “água” e “besta”
descrevem adequadamente os apoiadores de Babilônia?

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Ao ser levado em visão para o deserto, João viu uma mulher montada
em uma besta escarlate. Enquanto a prostituta representa uma
entidade religiosa, a besta simboliza um poder político. A imagem da
religião dominando os poderes seculares e políticos indica duas
entidades separadas, algo que não era o caso no passado, quando a
religião e a política estavam integradas. Contudo, a profecia revela
que essas duas entidades se unirão no tempo do fim. O conceito de
montar em uma besta indica domínio; como aquela que está montada
na besta, esse sistema religioso do tempo do fim dominará os poderes
seculares e políticos.
4. Quais características da prostituta apontam para o dragão,
para a besta do mar e para a besta que emerge da Terra, em
Apocalipse 12 e 13?

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A prostituta foi retratada de maneira extravagante, vestida de púrpura
e escarlate, e adornada com ornamentos de ouro, pedras preciosas e
pérolas. O ato de se adornar era uma prática das prostitutas na
Antiguidade para aumentar seu poder de sedução (Jr 4:30). Como a
cor do sangue, a escarlate corresponde ao caráter opressor desse
sistema religioso.
O vestido da prostituta falsifica as vestes do sumo sacerdote no Antigo
Testamento, que incluíam as cores púrpura, escarlate e ouro (Êx 28:5,
6). A inscrição blasfema na testa da prostituta substitui a inscrição
“SANTIDADE AO SENHOR” na mitra do sumo sacerdote (Êx 28:36-
38). O cálice em sua mão nos lembra os utensílios do santuário, nos
quais o rei Belsazar e seus convidados beberam vinho (Dn 5:2-4). O
cálice na mão da prostituta utiliza a aparência da verdade para
esconder o vinho, as falsidades do sistema religioso de Satanás no
fim dos tempos, a fim de seduzir o mundo para longe de Deus.
Além disso, a prostituta Babilônia foi descrita como embriagada com
o sangue dos santos e dos mártires que morreram como resultado de
seu testemunho. Esses crimes de sangue ligam a Babilônia do tempo
do fim ao cristianismo apóstata medieval, liderado pelo papado e
responsável pela morte de milhões de cristãos fiéis ao evangelho.

A descrição da prostituta Babilônia reflete a imagem de Jezabel na igreja de Tiatira


(Ap 2:20-23). Como os paralelos entre essas mulheres elucidam o caráter da
Babilônia do tempo do fim?
Terça-feira, 19 de março
Ano Bíblico: Jz 13–16

A identificação da besta escarlate


Em Apocalipse 17:3, a besta escarlate é descrita em termos
semelhantes aos da besta do mar do capítulo 13, que fez guerra
contra o povo de Deus e o venceu (Ap 13:5-7). Esse período de
perseguição levou a mulher pura a fugir para o deserto durante o
tempo profético dos 1.260 dias/anos, de 538 d.C. a 1798 d.C. (Ap
12:13, 14). Embora vivam em uma era de ecumenismo, os
protestantes ainda fariam bem em lembrar a terrível perseguição do
passado, pois, de acordo com a profecia, algo semelhante, porém
pior, acontecerá novamente.
5. Leia Apocalipse 17:8. Compare o estilo de palavras desse
versículo com o de Apocalipse 13:8. Como Apocalipse 13:3
esclarece as três fases da existência e atuação da besta?

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A besta escarlate é identificada como a que “era e não é”, mas que
“está para emergir do abismo e caminha para a destruição” (Ap 17:8).
Essa frase constituída de três partes é, antes de tudo, uma
contrafação do nome divino, Yahweh: Aquele “que é, que era e que
há de vir” (Ap 1:4; 4:8). Além disso, ela indica as três fases de
existência da besta:
(1) A besta “era”. Ela existiu no passado. Suas atividades anteriores
continuaram durante o período profético de 42 meses, também
conhecidos como 1.260 dias/anos (veja Ap 13:5 e o estudo do
domingo na lição 9).
(2) “Não é”. Com sua ferida mortal (veja Ap 13:3), a besta deixou de
existir, pelo menos como perseguidora, em 1798. Ela desapareceu
por algum tempo da cena mundial; no entanto, sobreviveu […].
(3) Finalmente, com a cura da ferida mortal, a besta ressurgirá
recuperando seu poder e exercendo-o com toda a fúria satânica.
Em Apocalipse 17, descreve-se a besta de Apocalipse 13:1 a 8 no
período da cura de sua ferida mortal. A prostituta, Babilônia, se
assenta sobre essa besta que ressurgiu. Mais uma vez, haverá uma
breve união da religião com a política, assim como existiu na Idade
Média, e a perseguição ocorrerá novamente.

“Levante-se a oposição, de novo exerçam domínio o fanatismo a intolerância,


acenda-se a perseguição, e os não sinceros e hipócritas vacilarão, renunciando a
fé; mas o verdadeiro cristão permanecerá firme como uma rocha, tornando-se
mais forte a sua fé, e sua esperança mais viva do que nos dias da prosperidade”
(Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 602). Qual deve ser nossa experiência cristã
antes que os eventos finais ocorram?

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Quarta-feira, 20 de março
Ano Bíblico: Jz 17–19

As sete cabeças da besta


6. Leia Apocalipse 17:9-11 e 13:18. A condição para compreender
as sete cabeças é ter uma mente sábia (NVI). Que tipo de
sabedoria está em questão aqui? Como se obtém essa sabedoria
comunicada por Deus (veja Tg 1:5)?

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O anjo explicou que as sete cabeças eram sete montes. Alguns
tradutores consideram que essas sete montanhas fazem alusão às
sete colinas sobre as quais a cidade de Roma está situada e, por essa
razão, eles traduziram a palavra grega oroi (“montes”) como “colinas”
(NVI). Porém, há também sete reis, que são simbolizados pelos sete
montes. Além disso, esses montes são sucessivos, não simultâneos.
Esses montes não simbolizam reis de maneira individual, pois o
Apocalipse não lida com indivíduos, mas com sistemas. Na Bíblia, os
montes muitas vezes simbolizam poderes ou impérios do mundo (Jr
51:25; Ez 35:2, 3). Na profecia bíblica, os “reis” representam reinos
(veja Dn 2:37-39; 7:17). Portanto, os sete montes simbolizam sete
grandes impérios sucessivos que dominaram o mundo ao longo da
história, mediante os quais Satanás se opôs a Deus e feriu Seu povo.
Da perspectiva de tempo de João, cinco desses impérios já haviam
caído, um deles existia e o outro ainda não havia chegado ao poder.
Embora os intérpretes adventistas não concordem em uma única
opinião, muitos defendem que os cinco que haviam caído foram os
grandes reinos que dominaram e, por vezes, feriram o povo de Deus
nos tempos do Antigo Testamento. São estes: Egito, Assíria,
Babilônia, Média-Pérsia e Grécia. O reino que existia era o Império
Romano dos dias de João.
O sétimo reino que ainda não havia chegado era a besta do mar de
Apocalipse 13, o papado romano, que dominou e feriu o povo de
Deus, e que viria após os dias de João e após a queda do Império
Romano pagão. A história tem atestado poderosamente a verdade
dessa profecia, escrita muitos séculos antes que os acontecimentos
se desenrolassem.
João foi ainda informado de que a besta escarlate é um oitavo poder
mundial, embora seja uma das sete cabeças (poderes mundiais).
Qual das sete? Visto que as cabeças estão em uma sequência de
tempo, a oitava deve ser a sétima cabeça que recebeu a ferida mortal.
Nos dias desse oitavo poder mundial, a besta escarlate aparece,
levando a prostituta, Babilônia, e promovendo seus objetivos. Hoje,
vivemos no momento da cura da ferida mortal. O oitavo poder mundial
aparecerá em cena pouco antes do fim e caminhará para a perdição.
Quinta-feira, 21 de março
Ano Bíblico: Jz 20, 21

O juízo de Babilônia
7. Leia Apocalipse 16:14-16 e 17:12-15. O que esses textos
declaram sobre os “dez reis”? Assinale “V” para verdadeiro ou
“F” para falso:
A. ( ) Eles ainda não haviam recebido o reino, mas receberiam
autoridade como reis, com a besta, por uma hora.
B. ( ) Eles haviam se humilhado perante Deus.
Diferentes interpretações têm sido oferecidas em relação à identidade
dos dez reis. No entanto, o Apocalipse não revela quem eles são.
Tudo o que podemos extrair do texto é que eles são uma
confederação política efêmera que surgirá pouco antes do fim e que
apoiará a prostituta. O número deles significa que os poderes
mundiais renderão total e resoluta fidelidade à besta.
Em Apocalipse 17:13, 14, reitera-se, em poucas palavras, a batalha
do Armagedom, introduzida em Apocalipse 16:12 a 16. Induzida pelos
poderes demoníacos operadores de milagres juntamente com o
dragão, a besta do mar e o falso profeta, a confederação política
mundial guerreará contra o Cordeiro. Em outras palavras, a batalha
do Armagedom não será um conflito bélico no Oriente Médio, mas o
conflito final da segunda vinda de Cristo, no qual Satanás e sua
confederação lutarão contra Cristo e Sua hoste angélica.
8. Leia Apocalipse 17:16-18. Pelo que vimos em Apocalipse 16:2-
12, o que está por trás da mudança de atitude dos dez reis em
relação a Babilônia? Quem é responsável pelo que acontecerá
com Babilônia?

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Os dez chifres, que sãos os poderes que sucedem as nações
divididas da Europa, cheios de ódio, de repente se voltarão contra a
prostituta, Babilônia (a manifestação do papado no tempo do fim),
fazendo-a desolada e despojada. Simbolicamente, eles comerão sua
carne e a destruirão com fogo. Ao escrever sobre o que ocorrerá com
a prostituta Babilônia, João empregou uma linguagem semelhante ao
que Deus disse que ocorreria com a adúltera Jerusalém (Jr 4:30).
Queimar no fogo era o castigo da filha do sacerdote que estivesse
envolvida com imoralidade sexual (Lv 21:9). Os poderes políticos
enganados ficarão desiludidos por causa da incapacidade de
Babilônia para protegê-los das pragas. Eles se sentirão enganados e,
em hostilidade, a atacarão. Esse sistema religioso apóstata do tempo
do fim sofrerá a plenitude do juízo divino, juntamente com todos
aqueles que escolheram se identificar com ele.

Muitas perguntas sobre os eventos finais ainda permanecem sem resposta e,


portanto, podem parecer confusas para nós. Qual promessa específica foi dada
em Apocalipse 17:14, e o que essa promessa significa para nós?
Sexta-feira, 22 de março
Ano Bíblico: Rute

Estudo adicional
Antes do pleno colapso moral de Babilônia, uma voz do Céu apela ao
povo de Deus que ainda está em Babilônia: “Retirai-vos dela, povo
Meu” (Ap 18:4). Muitos adoradores de Deus ainda estão em Babilônia
por várias razões. Deus usa Sua igreja para apelar a essas pessoas
que saiam desse sistema religioso apóstata e não participem de seus
pecados. Elas devem se retirar para escapar do destino de Babilônia.
Deus não deseja que ninguém pereça (2Pe 3:9). Em Apocalipse 19:1
a 10, revela-se que muitas pessoas que temem a Deus em Babilônia
responderão ao chamado. Pense na tremenda responsabilidade que
recai sobre nós como igreja remanescente de Deus. O que isso revela
sobre nossa necessidade da verdade divina em nosso coração e do
derramamento do Espírito Santo em nossa vida?
Perguntas para discussão
1. Como Apocalipse 18:4 revela, há muitas pessoas tementes a Deus
em Babilônia a quem o Senhor chama de “Meu povo”. “Não devemos
sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos.
Entre eles existem muitos que são cristãos muito conscienciosos, que
andam em toda a luz que brilha sobre eles, e Deus agirá em favor
deles. Os que têm tido grandes privilégios e oportunidades, e que não
têm aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais […] estão
em maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os
que se acham em erro a respeito de pontos doutrinários, mas que,
não obstante, procuram viver para fazer o bem aos outros” (Ellen G.
White, Evangelismo, p. 575). Como devemos tratar os outros?
2. Em Apocalipse 17, é descrita uma prostituta montada em uma
besta escarlate. Enquanto a mulher do capítulo 12 simboliza a igreja
de Deus, a do capítulo 17 se refere a uma igreja apóstata que engana
o mundo. Quais são as semelhanças e diferenças entre elas?
3. Por que é tão importante que hoje permaneçamos fiéis,
verdadeiros e puros à mensagem que Deus nos concedeu? Leia
Apocalipse 16:15, um apelo à fidelidade em meio à descrição da
apostasia mundial. Como podemos aplicar essa advertência a
nós hoje?

Respostas e atividades da semana:

1. Povos – nações – línguas. 2. A. 3. As águas simbolizam as nações e povos que apoiam Babilônia; a
besta representa um poder político também apoiador de Babilônia. 4. A prostituta e o dragão vestem a
cor escarlate; assim como a besta na qual a prostituta estava sentada tinha nomes de blasfêmia,
a besta do mar blasfemava contra Deus; assim como a prostituta tinha em sua testa um nome escrito, a
besta da Terra obrigou os seus habitantes a receber sua marca. 5. A besta que “era” atuou ativamente
no passado, perseguindo o povo de Deus na Idade Média; a besta que “não é” refere-se à fase de sua
ferida mortal, quando o papa Pio VI foi preso pelo general Berthier em 1798; a besta que “aparecerá”
refere-se à recuperação do poder papal. 6. A sabedoria é concedida por Deus; devemos pedi-la ao
Senhor e Ele nos concederá. 7. V; F. 8. A desilusão dos grandes e poderosos com Babilônia e sua
impotência para protegê-los das pragas. O Senhor está no controle de toda a situação.
Resumo da Lição 12

Juízo sobre Babilônia


RESUMO DA LIÇÃO 12 – Juízo sobre Babilônia

PARTE I: ESBOÇO

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 17:14

FOCO DO ESTUDO: Apocalipse 17 e 18 enfatizam a queda da Babilônia do


tempo do fim nos últimos dias da história da Terra.

INTRODUÇÃO: Apocalipse 17 descreve a ascensão e a queda da Babilônia


do tempo do fim simbolizada por uma mulher, a grande meretriz (Ap 17:18).
Apocalipse 18 também descreve a queda da Babilônia, mas dessa vez ela
é simbolizada por uma grande cidade (Ap 18:10, 16, 18, 19).

TEMAS DA LIÇÃO: A lição e a passagem em foco introduzem os seguintes


temas:

I. Três alianças mundiais no tempo do fim

Os múltiplos símbolos do tempo do fim no Apocalipse se unem em três


grandes alianças mundiais que ocorrem nas seguintes esferas: (1) religião,
(2) governo ou poder secular/político, e (3) o corpo coletivo dos “santos”.

II. A diferença entre as visões e suas explicações

Em uma visão, o profeta pode ser tomado a qualquer momento e em


qualquer lugar, mas as explicações da visão são dadas para o profeta a
partir da perspectiva da época e do lugar em que ele se encontra.

III. A identidade dos sete reis de Apocalipse 17:10

A fim de compreender a identidade dos sete reis de Apocalipse 17:10, deve-


se determinar a época do sexto rei.

IV. A narrativa de Apocalipse 17

Resumo dos eventos do fim dos tempos à luz do tema 1

APLICAÇÃO PARA A VIDA: Nesta seção veremos como devemos tratar


os cristãos de outras religiões, considerando que Deus tem muitos
seguidores fiéis que ainda não ouviram a mensagem para sair da Babilônia.
Examinaremos também as semelhanças e diferenças substanciais entre as
mulheres de Apocalipse 12 e 17, e a preparação do povo de Deus para a
segunda vinda de Cristo.

PARTE II: COMENTÁRIO

Em Apocalipse 17 e 18, Babilônia ganha o apoio dos poderes


seculares/políticos mundiais para guerrear contra os santos (Ap 17:6), mas
ao final eles se voltam contra a Babilônia e a destroem (Ap 17:16).
Apocalipse 18 expressa o lamento triplo dos poderes seculares por terem
feito isso (Ap 18:9-19). Enquanto a queda de Babilônia é lamentada pelo
mundo, traz alegria aos santos (Ap 18:20).
EXPLICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS DA LIÇÃO:

I. Três alianças mundiais no tempo do fim

Apocalipse 16–18 contêm grande variedade de simbolismos que descrevem


os poderes do tempo do fim. Mas após uma análise cuidadosa, torna-se
evidente que muitos desses símbolos são diferentes maneiras de descrever
a mesma coisa. Por exemplo, as sete cabeças da besta também são
descritas como sete montes e sete reis (Ap 17:9, 10). Da mesma forma, a
grande meretriz (Ap 17:1) corresponde claramente à mulher montada sobre
a besta (Ap 17:3), e a Babilônia, a grande (Ap 17:5). Observamos
anteriormente, na lição 11 (tema 1), que o povo de Deus também é
denominado com diferentes nomes no livro do Apocalipse.

A variedade de simbolismos nesses capítulos pode estar ligada a três


grandes alianças mundiais que se desenvolvem no período final da história
da Terra.

1. Há uma grande aliança mundial de instituições religiosas que se unem em


oposição a Deus e Seu povo fiel. Essa aliança é chamada de diversas
formas: Babilônia, a grande meretriz, a grande cidade, e a mulher montada
sobre a besta.

2. Há uma grande aliança mundial de poder secular, político e militar. Essa


aliança também é chamada de muitas formas em Apocalipse: os reis de todo
o mundo habitado (Ap 16:14), as cidades das nações (Ap 16:19), os reis da
terra, os que habitam na Terra (Ap 17:2), a besta (Ap 17:3), as sete cabeças,
os sete montes, os sete reis (Ap 17:9, 10), e os dez chifres (Ap 17:12, 13).
Esses poderes seculares também são representados pelos reis (Ap 18:9),
mercadores (Ap 18:11) e marinheiros (Ap 18:17) no capítulo 18.

3. Há também uma aliança mundial dos santos no tempo do fim, que têm os
seguintes nomes: os selados (Ap 7:1-3); os 144.000 (Ap 7:4-8); o
remanescente (Ap 12:17); os santos (Ap 14:12); aqueles que guardam as
suas vestes (Ap 16:15); e os chamados, escolhidos e fiéis seguidores do
Cordeiro (Ap 17:14). No tema IV, será explorada brevemente a narrativa
dessas três alianças nos últimos dias da história da Terra.

II. A diferença entre as visões e suas explicações

Na profecia apocalíptica, há uma distinção importante entre visões e


explicações. Em uma visão, o profeta pode viajar a qualquer lugar do
Universo e a qualquer ponto do tempo. Os eventos da visão não estão
necessariamente localizados na época e no local em que se encontra o
profeta. Mas quando a visão é explicada posteriormente, a explicação
sempre vem no tempo, no lugar e nas circunstâncias do profeta.

Por exemplo, em Daniel 2, Nabucodonosor é levado para o tempo do fim em


sua visão da grande imagem e da pedra que se tornou uma grande
montanha que encheu toda a Terra (Dn 2:31-36). A explicação da visão de
Daniel, no entanto, está firmemente fundamentada no tempo e lugar de
Nabucodonosor. Começa com uma afirmação simples e inequívoca: “Tu és
a cabeça de ouro” (Dn 2:38).
Diz-se então a Nabucodonosor que a série de reinos que se seguem são
“depois” dele (Dn 2:39) no tempo.

Como foi o caso com Daniel 2, a profecia apocalíptica de Daniel 7 também


é dividida em duas partes: a visão (Dn 7:2-14, 21, 22), e explicações da visão
(Dn 7:15-20, 23-27). Apesar de Daniel ter experimentado todos os
elementos da visão, incluindo os eventos finais, a explicação esclarece que
a visão é essencialmente sobre a experiência futura do povo de Daniel (Dn
7:17, 18, 23-27). O mesmo padrão pode ser visto em Daniel 8 e Zacarias 4.

Os profetas em geral não parecem entender uma revelação somente a partir


das visões. Uma explicação é necessária para que a revelação seja
compreendida. Pelo fato de que esse esclarecimento é dado para benefício
do profeta, ele se baseia no tempo, lugar e circunstâncias em que o profeta
vive. Esse princípio tem implicações profundas para a interpretação de
textos apocalípticos difíceis, como Apocalipse 17:7-11, como veremos no
tema III.

III. A identidade dos sete reis de Apocalipse 17:10

O tema II nos ajuda a resolver um dos problemas mais inquietantes do livro


do Apocalipse. Quem são os sete reis de Apocalipse 17:10? Eles são
claramente sequenciais, mas onde começam e qual é o que “existe” na
descrição do anjo? É um poder da época de João, do fim dos tempos ou de
algum outro momento no curso da história?

Uma opção popular é considerar os sete reis como sete papas consecutivos.
A sequência geralmente começa com o ano de 1929, quando Mussolini
restaurou a cidade do Vaticano para a soberania da Igreja, e termina com o
último papa da história da Terra. Essa visão sugere com frequência que o
papa atual ou o seguinte seja o último, e, portanto, leva à marcação de datas.

Um segundo ponto de vista é bastante popular entre os estudiosos


adventistas do sétimo dia. Ele sugere que o tempo do sexto rei (o que
“existe”, de Apocalipse 17:10) é de 1798 a 1929, quando o papado não tinha
poder temporal. Os cinco reis destituídos seriam então Babilônia, Pérsia,
Grécia, Roma, e o papado medieval. O que “existe” seria o tempo em que a
Igreja não tem poder temporal. O sétimo rei seria o poder restaurado do
Vaticano.

Mas o princípio apresentado no tema II acima descartaria essas duas


opções, se fosse aplicado aqui. A passagem sobre os sete reis não está na
visão (Ap 17:3-6), mas na explicação da visão (Ap 17:7-18). Então, o rei ou
reino que “existe” teria que estar presente no momento em que João
recebeu a visão para que ela fizesse sentido. Se o reino que “existe” é o
Império Romano pagão da época de João (isto é, o sexto reino), então, os
cinco que “caíram” são as superpotências do mundo do Antigo Testamento:
Egito, Assíria, Babilônia, Média-Pérsia e Grécia.
O sétimo reino é o papado romano medieval, e o “oitavo” reino (Ap 17:11),
que é um dos sete, seria o papado romano ressurgido – a Babilônia de
Apocalipse 17, que inclui os outros dois membros da tríade satânica (o
“dragão” do paganismo/espiritualismo e o “falso profeta” do protestantismo
apostatado). Essa forma globalizada da Babilônia montada na besta
escarlate do poder político secular ainda está no futuro.
IV. A narrativa de Apocalipse 17
Como vimos no tema I, existem três alianças mundiais que se desenvolvem
no fim dos tempos: uma aliança dos santos, composta por uma igreja
remanescente expandida que inclui os que saíram de Babilônia para se unir
a eles, uma aliança de instituições religiosas e uma aliança de poderes
políticos seculares. As duas últimas alianças são desencadeadas pela
proclamação final e global do evangelho pelo remanescente (Ap 14:6, 7;
18:1–4). Mediante o falso evangelho “inspirado” pelos anjos demoníacos (Ap
16:13, 14), Babilônia (a tríade satânica [Ap16:19]) reúne os poderes
seculares/políticos mundiais para seu lado (Ap 16:14, 16). Ela “monta” a
besta (Ap 17:2-7). Por um curto período de tempo, as instituições religiosas
unidas dominam os governos mundiais, arrojando sua fúria contra os santos
(Ap 17:6; 13:15-17). Mas o secamento do rio Eufrates (Ap 16:12) descreve
simbolicamente o tempo em que os poderes seculares/políticos que
apoiaram a meretriz Babilônia voltam-se contra ela e a destroem (Ap 17:16).
Deus salva da destruição Seu remanescente do tempo do fim (Ap 17:14).
Após a queda de Babilônia, os poderes seculares mundiais encontram seu
fim na segunda vinda de Jesus Cristo (Ap 19:17-21).
PARTE III: APLICAÇÃO PARA A VIDA

Em uma passagem completamente concentrada nos eventos do tempo do


fim, pode ser difícil encontrar aplicações para a vida. As sugestões a seguir
podem ser úteis.
1. Quais são as implicações para nós hoje, uma vez que sabemos que, como
remanescente fiel de Deus, devemos chamar outro povo fiel para que saia
da Babilônia (Ap 18:4)? A percepção de que a Babilônia do tempo do fim
tem uma face cristã superficial não deve nos enganar sobre sua verdadeira
natureza como o principal inimigo de Deus nos últimos dias. No entanto,
embora os líderes religiosos e fanáticos Zelotes tenham se oposto à missão
de Jesus, Ele sempre tratou com graça os representantes individuais desses
grupos (Lc 6:15; Mc 12:28-34).
2. O que podemos aprender com as descrições das mulheres de Apocalipse
12 e 17? Há algumas semelhanças entre elas. Ambas são religiosas por
natureza (a meretriz de Babilônia simboliza uma falsa forma de cristianismo).
Mas a mulher do capítulo 12 é a Igreja fiel de Deus ao longo da história,
incluindo o período da história cristã durante os 1.260 dias/anos e,
posteriormente, no tempo do fim, quando ela aparece como o remanescente
da semente da mulher. O que causa o espanto de João (Ap 17:6) é que o
adversário de Deus e Seu povo no tempo do fim é também uma mulher com
um semblante cristão! Individualmente, esse fato deve chamar a atenção de
todos os que seguem Jesus. O orgulho e a rebeldia podem levar qualquer
um de nós à destruição, mesmo quando pensamos que estamos seguindo
a Deus (Jo 16:2).
Informativo Mundial das Missões

Salvando Angola
Paulo deixou a mãe extremamente zangada, quando abandonou o
emprego e decidiu evangelizar os presos na Angola. Criado em uma
família adventista do sétimo dia, lecionava para alunos do primeiro e
segundo anos em uma escola pública. Era com o salário que recebia
nesse emprego que ele pagava as mensalidades da universidade,
sustentava a mãe e dez irmãos. Como filho mais velho, era
responsável pela família depois que o pai morreu de febre tifoide sete
anos antes.

Mas, no segundo ano de estudos, ele foi hospitalizado com febre


tifoide em Benguela, cidade de 130 mil habitantes na costa do
Atlântico. Por dois meses, ficou no hospital, com febre alta devastando
seu corpo. Os membros da igreja adventista local oraram em favor
dele e pagaram as contas médicas. “Ao receber alta, decidi mudar
de vida”, Paulo conta. Assim, ao deixar o hospital em 2013, ele saiu
do emprego na escola e da universidade.

“Eu não queria voltar porque temia que retornasse a minha antiga
vida”, diz. Ele queria estudar teologia na Universidade Solusi em
Zimbábue. Mas, precisava de dinheiro para as mensalidades e devia
esperar o início do ano escolar em janeiro. Por isso, nos sete meses
seguintes, Paulo ficou pregando aos presidiários. Com ajuda de
parentes que trabalhavam na força policial, conseguiu autorização
para entrar nas prisões, com o ancião da igreja local responsável pelo
ministério das prisões. Vinte pessoas foram batizadas em uma das
prisões de Benguela.

Mas, a família não conseguia entender a nova vida de Paulo. Ele não
tinha mais emprego para sustentá-los e, na visão deles, abandonara
empregos promissores ao deixar a universidade. Sua mãe o
deserdou. Paulo chegou à Universidade Solusi em janeiro com pouco
dinheiro para a alimentação e aulas de inglês. Só falava português e
tinha que aprender inglês para estudar na universidade. Então, orou:
“Se o Senhor permitir que eu termine, trabalharei no ministério em
tempo integral. Mostrarei a quem precisa de Cristo porque vim a
Solusi.”

No campus, ele logo descobriu que tinha muito a aprender sobre


Deus. Apesar de sua família ser adventista, ele havia sido criado em
um país devastado por uma guerra civil de 27 anos, onde o
conhecimento de Deus era deficiente. “Não tínhamos muita
informação sobre Deus e a Bíblia”, disse Paulo. “Minha primeira vez
em interagir com a Bíblia em tempo integral foi na Solusi.”
Ele também aprendeu que Deus ama os estrangeiros, e diz que os
alunos estrangeiros recebem tratamento especial em Solusi. “Alguns
professores visitam os quartos e oram conosco. Algumas pessoas
que não conhecemos nos doam alimentos.”

Paulo comprovou que a Universidade Adventista de Solusi segue as


instruções de Deus em Levítico 23:22: “Quando fizerem a colheita da
sua terra, não colham até às extremidades da sua lavoura, nem
ajuntem as espigas caídas da sua colheita. Deixem-nas para o
necessitado e para o estrangeiro. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.”
Depois do seu primeiro semestre em Solusi, um primo mais velho em
Angola concordou em pagar as mensalidades. Quando o primo
morreu, um membro da igreja angolana o patrocinou por um semestre.
Agora, uma mulher angolana cujo neto se formou em Solusi está
pagando suas mensalidades.

Na Solusi, Paulo entrou em contato com outros estudantes angolanos


de Zâmbia, Uganda e Filipinas, e eles pretendem coordenar seus
esforços evangelísticos em Angola após a graduação. Também quer
compartilhar com a família seu novo conhecimento sobre Deus. Paulo
pede orações por Angola, um país de 29 milhões de pessoas,
incluindo quase 176 mil adventistas.

“Não temos a intenção de converter todos”, disse ele. “Mateus 24:14


diz: ‘E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como
testemunho a todas as nações e então virá o fim.’ Então, precisamos
pregar o evangelho como um testemunho para que todos O
conheçam. Então, Jesus virá.

Parte de oferta missionária de 2015 foi destinada a Universidade de


Solusi para ampliação do refeitório para mil assentos. Agradecemos
suas ofertas missionárias que permitem que escolas adventistas
como Solusi preparem pessoas para proclamar a vinda de Jesus.

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