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Rock e Conservadorismos.

Esse vídeo tem a intenção de abordar um assunto que está sendo muito discutido e me foi
sugerido por um amigo nas redes sociais, que é:

Pode um conservador/cristão escutar rock?

A pessoa conservadora por ser roqueira ou isso seria uma contradição?

Antes de adentrar no assunto, gostaria de fazer um passeio histórico acerca das origens da
música ocidental.

Se retrocedermos um pouco ao texto bíblico e verificarmos a genealogia ali descrita,


constaremos que de Noé descenderam (Sem, Cam e Jafé), de Jafé (Gomer, Magogue, Madai,
Javã, Tubal, Meseque e Tiras), Javan deu origem aos Jônios que era uma Colônia da Grécia.

Dentre as pessoas que nasceram nessa colônia, temos Pitágoras (570 – c. 495 a.C.) que veio a
sistematizar os primeiros intervalos musicais, utilizando-se de um instrumento chamado
monocórdio, e assim ele começou a descobrir as relações entre os intervalos musicais.

Essa colônia deu origem ao principal modo (ou escala) que utilizamos hoje, que é a escala
maior natural, que podemos dizer ser a “mãe” das demais escalas musicais que usamos no
ocidente até hoje.

Nosso método de notação musical (ocidental), no qual utilizamos as letras do alfabeto para dar
nome às notas foi criado por um monge beneditino, teórico musical e pedagogo chamado
Guido d'Arezzo nascido na Itália.

Ele desenvolveu uma técnica de canto à primeira leitura baseada nas sílabas iniciais de cada
verso de um Hino Litúrgico feito em memória a São João Baptista, as sílabas eram: ut, ré, mi,
fá, sol, lá e si.

Dando um salto grande a fim de resumir o assunto, temos que esse sistema temperado de
escalas tem seu ponto alto na obra de Johann Sebastian Bach – que era protestante, apesar de
ter composto várias missas – com a obra o cravo bem temperado, que é uma coleção de
prelúdios e fugas tendo por base os 24 tons que utilizamos até hoje no sistema musical
ocidental.

Dando outro salto e chegando ao século XX, notaremos que um dos estilos musicais que deu
origem ao rock é o Gospel, por volta dos anos 40/50.

Aquela que era considerado o pai do Rock, Elvis Presley, era cristão, gravou discos cristãos.

Exemplos bem recentes que de pessoas que revolucionaram certos estilos dentro do rock e a
forma de tocar seus instrumentos cito Ritchie Blackmore e Malmsteen, ambos na guitarra, o
primeiro fã de Beethonven, no caso Malmsteen que foi totalmente influenciado por
Blackmore, copia na maioria de suas músicas progressões inteiras de Bach, com seus arpejos e
“pedal points”, ou seja, roqueiros copiando compositores conservadores.
E hoje temos o exemplo de várias bandas de renome internacional dentro do rock que são
manifestamente cristãs conservadoras.

Então, acredito que acabei de demonstrar que toda a sistematização e formas de composição
musical que temos hoje, no ocidente, só existe em razão dos esforços cristãos (conservadores),
que empreenderam força ao longo de séculos na intenção de transformar todo aquele
amálgama de conteúdos na musical ocidental que temos hoje.

Ademais, não se esqueçam da referência que citei acerca da origem da mãe das escalas
ocidentais (Jônia), estar diretamente vinculada a povos bíblicos, que apesar de terem
desviados da fé, possuíam a promessa de Deus.

Assim, alegar que um conservador não pode ouvir rock ou qualquer estilo musical que lhe
apeteça é demonstrar total conhecimento histórico acerca do sistema musical que utilizamos e
sua origem.

Música como parte das artes do belo, que está acima de qualquer ideologia, não obstante todo
o seu desenvolvimento ter sido empreendido por cristãos.

Assim, o rock nada mais é que uma derivação de algo que se utilizava de ferramentas
conservadoras para se expressar.

Não havendo incoerência entre ser cristão conservador e roqueiro, pois este estilo se
fundamenta em ferramentas cristãs de expressão.

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