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1. Um exemplo de caso
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Luiz Francisco Reis é aluno do Curso de Psicologia, disciplina Antropologia Filosófica. Professor: Alejandro
Labale. Centro de Ciências da Saúde – Universidade Regional de Blumenau - FURB
Essa idéia logo foi descartada, pois a febre não ocorria em outros lugares da cidade.
Semmelweis nota que mulheres que tinham dado à luz fora do hospital tinham incidência de
febre em menor quantidade.
Na segunda hipótese foi abordada a idéia relacionada ao excesso de gente nos
serviços. No entanto, nota-se que em uma ala do hospital o excesso de gente era maior,
consequentemente a taxa de mulheres com febre era menor. Para tanto, outras explicações
psicológicas foram também descartadas, como o caso do padre que levava o último
sacramento a uma moribunda passando por cinco enfermarias antes de alcançar o quarto da
doente. O aparecimento do padre, precedido pelo soar de uma campanhia produziria um efeito
psicológico nas pacientes. Logo, essa hipótese também não foi aceita.
Uma outra observação foi feita: a maneira como as mulheres davam à luz. No primeiro
serviço as mulheres davam à luz deitadas de costas e no segundo serviço do hospital davam à
luz deitadas de lado. Segundo Hempel, 1974 p. 15, “mesmo achando a idéia inverossímil,
decidiu, como “náufrago se agarra a uma palha”, verificar se a diferença de posição poderia
ser significante. Introduzindo o uso da posição lateral no Primeiro Serviço a mortalidade não
se alterou.”
Em 1847, Kolletschka, um colega de Semmelweis cortou o dedo com o bisturi de um
estudante que realizava uma autópsia e morreu depois de muita agonia com os mesmos
sintomas da febre puerperal. Este acidente foi a chave decisiva para a solução do problema
para Semmelweis. Ele compreendeu que “a matéria cadavérica” (microorganismos)
introduzida na corrente sanguínea de seu colega foi responsável pela doença fatal. Mais tarde
Semmelweis constatou ainda que a febre puerperal pudesse ser causada tanto por material
cadavérico como por matéria pútrida de um organismo vivo.
Para se verificar uma hipótese é necessário passar pelas etapas fundamentais. Às vezes
o processo é direto, mas comumente a verificação não é tão simples e tão direta.
3. Considerações Finais
Referencias
HEMPEL, Carl G. Filosofia da Ciência Natural. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974.