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RESUMO
Fortaleza – Ceará
2018
PARTE 1 - TRANSACTION COSTS, INSTITUTIONS AND ECONOMIC
PERFORMANCE – DOUGLASS C. NORTH
1. INTRODUÇÃO
Trata-se artigo para desenvolver uma estrutura para analisar a mudança institucional,
aplicando-o aos problemas de desenvolvimento econômico.
2. ARCABOUÇO ANALÍTICO
3. O ARCABOUÇO APLICADO
1. INTRODUÇÃO
Uma das mais importantes questões nas ciências sociais diz respeito às causas das
diferenças de desenvolvimento e crescimento econômico entre os países. Busca-se no
trabalho analisar as instituições, verificando se elas são a causa fundamental do crescimento
e desenvolvimento econômico de um país e se é possível desenvolver uma estrutura coerente
para compreender por quê e como as instituições diferem entre os países e como evoluem.
Existe uma imensa diferença entre países na maneira em que a vida econômica e
política é organizada. Grande parte da literatura analisa a relação das instituições e a
performance econômica, no entanto, não há conclusões sobre se os países com piores
instituições são mais pobres por conta delas.
Para haver um avanço, é necessário isolar a fonte das diferenças exógenas entre
instituições, de forma a aproximar a situação em que em que um número de sociedades
supostamente idênticas terminariam com diferentes arcabouços institucionais.
Um exemplo verificado é o da colonização europeia no mundo. Esta se deu de forma
de povoamento ou extrativa. Entre estas, há uma grande diferença no desenvolvimento
institucional. Nas primeiras, verifica-se uma busca de benefícios futuros para os colonos,
uma menor taxa de mortalidade, propiciando a adaptação, e uma menor fonte de mão de obra
nativa. Nas colônias de exploração, verificou-se um aparato altamente centralizado,
oprimindo a população nativa e facilitando a retirada de recursos a curto prazo.
Dessa forma, para entender o por quê de um país ser pobre, deve-se buscar
compreender por que suas instituições são disfuncionais. Se as instituições possuem grande
efeito nas riquezas econômicas, por que algumas sociedades escolhem em manter tais
disfunções? Um problema a ser enfrentado é a diferente distribuição de ganhos entre
diferentes indivíduos e grupos sociais.
6. ARMADILHAS DA REFORMA
Não se deve tentar entender ou manipular instituições econômicas sem pensar sobre
as forças políticas que as criaram ou as sustentam. Uma reforma institucional direta em si
mesma é improvável de ser efetiva, devendo os esforços serem voltados para entender e
reformar as forças que mantém as instituições ruins em seu lugar. É difícil conceber uma
mudança institucional enquanto existem poderosas forças reafirmando o status quo. Tais
reformas podem não funcionar sem alterar o equilíbrio político.
Poder-se-ia pensar que uma reforma bem sucedida precisaria de mudanças tanto de
direito quanto de fato. No entanto, é demonstrado que, mesmo com ambas alteradas, pode-
se não se obter uma reforma real, eis que o equilíbrio político pode ser dependente da
trajetória.
Uma das primeiras armadilhas é reformar diretamente específicas instituições
econômicas, sem analisar outros meios, ou mesmo outros instrumentos para obter o mesmo
objetivo. Retirando um instrumento sem alterar a balança de poder na sociedade ou o
equilíbrio político básico pode simplesmente levar à reposição de um instrumento por outro.
Isto se verificou no novo clientelismo na América Latina, em que os políticos verificaram
que poderiam manipular as políticas de neoliberalismo para obter fins clientelistas, obtendo,
inclusive, fórmulas populistas.
A persistência do poder de fato também é uma armadilha, já que mudanças
unicamente nos poderes de direito podem não ser suficientes para desencadear uma mudança
no equilíbrio político e no sistema econômico. Como exemplo, há a persistência do poder
nas mãos da elite anteriormente escravocrata, mesmo após sua derrota na Guerra Civil
americana. Após o término da guerra, as mesmas elites controlaram as terras e se utilizaram
de diversos instrumentos para manter o controle sobre a força laboral.
A terceira armadilha é a lei de ferro da oligarquia. A mera substituição de uma elite
por outra provocará pouca alteração na performance econômica. Essa hipótese determina
que nunca é possível haver uma verdadeira mudança na sociedade, eis que os novos grupos
que são criados simplesmente substituem a elite pré-existente, portando-se de maneira
similar à anterior. Como exemplo está o MNR – Movimiento Nacionalista Revolucionario
– que provocou fortes mudanças na política de terras da Bolívia e introduziram o sufrágio
universal, para depois exercer uma política de partido único e clientelista. Portanto, pode
haver grande dependência de trajetória no equilíbrio político, ainda que os poderes de fato e
de direito sejam alterados.
8. CONCLUSÕES