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República Italiana
Repubblica Italiana
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Gentílico: italiano
Área
- Total 301 338 km² (69.º)
- Água (%) 2,4
Fronteira França
Suíça
Áustria
Eslovénia
San Marino
Vaticano
População
- Estimativa para 2016 60 665 551[1] hab. (23.º)
- Densidade 201,1 hab./km² (42.º)
Itália (em italiano: Italia [iˈtaːlja] ( ouvir)), oficialmente República Italiana (em
italiano: Repubblica Italiana), é uma república parlamentar unitária localizada no centro-
sul da Europa. Ao norte, faz fronteira com França, Suíça, Áustria e Eslovênia ao longo
dos Alpes. A parte sul consiste na totalidade da península Itálica, Sicília, Sardenha, as
duas maiores ilhas no mar Mediterrâneo, e muitas outras ilhas menores ficam no entorno
do território italiano. Os Estados independentes de San Marino e
do Vaticano são enclaves no interior da Itália, enquanto Campione d'Italia é um ex-clave
italiano na Suíça. O território do país abrange cerca de 301 338 km² e a maior parte do seu
território tem um clima temperado sazonal. Com 60,8 milhões de habitantes em 2015, é a
quinta nação mais populosa da Europa e a 23.ª do mundo.
Roma, a capital italiana, foi durante séculos o centro político e religioso da civilização
ocidental como capital do Império Romano e como sede da Santa Sé. Após o declínio dos
romanos, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos estrangeiros, desde tribos
germânicas, como os lombardos e ostrogodos, aos bizantinos e, mais tarde,
os normandos, entre outros. Séculos mais tarde, Itália tornou-se o berço das repúblicas
marítimas e do Renascimento,[5] um movimento intelectual extremamente frutífero que
seria fundamental na formação subsequente do pensamento europeu.
Durante grande parte de sua história pós-romana, a Itália foi fragmentada em vários reinos
(tais como o Reino da Sardenha; o Reino das Duas Sicílias e o Ducado de Milão, etc.)
e cidades-Estado, mas foi unificada em 1861,[6] após um período tumultuado da história
conhecido como "Il Risorgimento" ("O Ressurgimento"). Entre o final do século XIX e o fim
da Segunda Guerra Mundial, a Itália possuiu um império colonial que estendia seu domínio
até à Líbia, Eritreia, Somália, Etiópia, Albânia, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin,
na China.[7]
A Itália moderna é uma república democrática, classificada como o 24.º país mais
desenvolvido do mundo[3] e com índice de qualidade de vida entre os dez primeiros do
planeta.[8] O país goza de um alto padrão de vida e tem um elevado PIB nominal per
capita.[2] É um membro fundador da União Europeia e parte da zona euro, além de ser
membro do G8, G20, OTAN, OCDE, Organização Mundial do Comércio (OMC), Conselho
da Europa, União da Europa Ocidental e das Nações Unidas. A Itália tem a quarta
maior reserva de ouro, o oitavo maior PIB nominal, o décimo maior PIB (PPC)[2] e o sexto
maior orçamento público do mundo.[9] A República Italiana tem o nono maior orçamento de
defesa do mundo, acesso às armas nucleares da OTAN e um papel proeminente nos
assuntos militares, culturais e diplomáticos europeus e mundiais, o que a torna uma das
principais Potências Médias do mundo e uma Potência Regional de destaque na
Europa.[10][11] O país tem um elevado nível de escolaridade pública e é uma nação
altamente globalizada.[12]
Índice
1Etimologia
2História
o 2.1Pré-história e Antiguidade
2.1.1Roma antiga
o 2.2Idade Média
o 2.3Era moderna
o 2.4Unificação
o 2.5Fascismo
o 2.6República
3Geografia
o 3.1Clima
o 3.2Ambiente
4Demografia
o 4.1Grupos étnicos
o 4.2Emigração e imigração
o 4.3Idioma
o 4.4Religião
o 4.5Cidades mais populosas
5Política
o 5.1Forças armadas
o 5.2Crime e aplicação da lei
o 5.3Relações exteriores
6Divisões administrativas
7Economia
o 7.1Turismo
8Infraestrutura
o 8.1Transportes
o 8.2Educação, ciência e tecnologia
o 8.3Saúde
o 8.4Energia
9Cultura
o 9.1Literatura
o 9.2Arquitetura
o 9.3Artes visuais
o 9.4Música
o 9.5Teatro
o 9.6Moda e design
o 9.7Culinária
o 9.8Cinema
o 9.9Feriados
o 9.10Esportes
10Referências
o 10.1Bibliografia
11Ligações externas
Etimologia
Várias hipóteses para o nome da Itália foram formuladas.[13] Umas delas teoriza que o
nome se origina de um empréstimo linguístico. Quando a hegemonia etrusca ia chegando
a seu ocaso com a expansão dos latinos, os povos do Sul, em particular
os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da península Itálica possuíam um
numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu
lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra proveniente de vitulos (bezerro de entre um
e dois anos) e similarmente no úmbrio como vitlo . Estas palavras se derivaram do indo-
europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘ (ano),
também presente nos vocábulos "veterano" e "veterinário".[14][15] O gado era tão importante
para esses povos que adotaram como emblema a imagem de um touro jovem, que
aparece em algumas moedas da época, com o nome de vitalos, que em pouco tempo
converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as tribos do sul.[16]
De acordo com Antíoco de Siracusa, a porção sul da península Bruttium
(moderna Calábria: província de Régio da Calábria, e parte das províncias
de Catanzaro e Vibo Valentia). Mas no seu tempo, Itália e Enótria já haviam se tornado
sinônimos, e o nome também era aplicado também à maior parte
da Lucânia (atual Basilicata). Os gregos gradualmente aplicaram o nome Itália para uma
região maior, mas foi durante o reino do imperador Augusto (fim do século I a.C.) que o
termo foi expandido para cobrir toda a península até os Alpes.[17] e ‘itali – orum’ foi usado
como gentílico para seus habitantes. [16]
O historiador grego Dionísio de Halicarnasso regista essa versão, junto com a lenda de
que a Itália devia o seu nome a Ítalo, um rei lendário dos enótrios,[18] o que também é
mencionado por Aristóteles[19] e Tucídides.[20]
História
Ver artigo principal: História da Itália
A história da Itália influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, tanto
na Europa como no resto do mundo. Foi o berço da civilização etrusca, da Magna Grécia,
da civilização romana, da Igreja Católica, das repúblicas marítimas, do humanismo,
do Renascimento e do fascismo. Foi o lugar de nascimento de muitos artistas, cientistas,
músicos, literatos, exploradores.[14]
Pré-história e Antiguidade
Ver artigos principais: Povos itálicos, Cultura Nuráguica, Etruscos e Magna Grécia
Ver artigos principais: Fundação de Roma, Roma Antiga, Reino de Roma, República
Romana, Império Romano e Queda do Império Romano do Ocidente
Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a etrusca (a
partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na qual
muitas tradições importantes de origem mediterrânica e eurasiática encontraram a mais
original e duradoura síntese política, econômica e cultural. [24]
Nascida na península Itálica, Roma, um assentamento em um vau no rio Tibre,[25] com
fundação convencional em 753 a.C. Foi regida por um período de 244 anos por
um sistema monárquico, inicialmente com soberanos de origem das tribos latina e sabina,
depois por reis etruscos. A tradição conta sete reis: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio
Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo. Em 509 a.C.,
os romanos expulsam o último rei da sua cidade[26] e estabelecem a República
Romana.Desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a
civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de
outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina —
o berço do cristianismo — Síria,Fenícia e Egito). Graças ao seu império, Roma difundiu
a cultura heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África, que foram os limites de sua
civilização.[24]
O Império Romano estava entre as forças econômicas, culturais, políticas e militares mais
poderosas do mundo de seu tempo. Foi um dos maiores impérios da história mundial. Em
seu auge, sob o governo de Trajano, cobriu 5 milhões de quilômetros
quadrados.[27][28] O legado romano influenciou profundamente a civilização ocidental,
moldando a maior parte do mundo moderno; entre os muitos legados do domínio romano
estão o uso generalizado das línguas românicas derivadas do latim, do sistema numérico,
do alfabeto, do calendário do Ocidente e da transformação do cristianismo em uma religião
mundial importante.[29]
Em um lento declínio desde o século III, o Império dividiu-se em dois no ano de 395.
O Império Ocidental, sob a pressão das invasões bárbaras, entrou em colapso em 476,
quando seu último imperador foi deposto pelo chefe germânico Odoacro, enquanto
o Império Oriental ainda sobreviveria por mais mil anos.[24]
Idade Média
Ver artigos principais: Reino Ostrogótico, Reino Lombardo, Ducado de
Benevento, História do islã no sul da Itália, Conquista normanda do sul da Itália e Reino
Itálico
Bandeiras das repúblicas marítimas. Do topo, em sentido horário: Veneza, Gênova, Pisa e Amalfi