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Itália

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Coordenadas: 43° N 12° E

Nota: Para outros significados, veja Itália (desambiguação).

República Italiana
Repubblica Italiana

Bandeira Emblema

Hino nacional: Il canto degli Italiani (italiano)


Também conhecido como Fratelli d'Italia ou Inno di Mameli.
("O canto dos italianos")

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Gentílico: italiano

Localização da Itália (em vermelho)


No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco)
Capital Roma
41º51' N 12º29' E

Cidade mais populosa Roma

Língua oficial Italiano¹

Governo República parlamentarista


- Presidente Sergio Mattarella
- Primeiro-ministro Giuseppe Conte
Formação
- Unificação 17 de março de 1861(158 anos)
- República 2 de junho de 1946(72 anos)

Entrada na UE 25 de março de 1957(membro co-fundador)

Área
- Total 301 338 km² (69.º)
- Água (%) 2,4
Fronteira  França
 Suíça
 Áustria
 Eslovénia
 San Marino
 Vaticano
População
- Estimativa para 2016 60 665 551[1] hab. (23.º)
- Densidade 201,1 hab./km² (42.º)

PIB (base PPC) Estimativa de 2017


- Total US$ 2,399 trilhões *[2] (12.º)
- Per capita US$ 39 499[2] (36.º)

PIB (nominal) Estimativa de 2017


- Total US$ 2,181 trilhões *[2] (9.º)
- Per capita US$ 35 913[2] (25.º)

IDH (2017) 0,880 (28.º) – muito alto[3]

Gini (2006) 32[4]

Moeda Euro² ( EUR )

Fuso horário CET (UTC+1)


- Verão (DST) CEST (UTC+2)
Clima  mediterrânico
 alpino
 continental

Org. internacionais  ONU


 OMC
 OTAN
 UE
 UEO
 CE
 OCDE
 G8
 G20

Cód. ISO ITA

Cód. Internet .it ³

Cód. telef. +39


Websitegovernamental www.governo.it

¹ alemão e ladino, no Tirol do Sul; esloveno, no Friuli-Venezia Giulia; francês, no Vale de


Aosta.
² Antes de 1999: Lira italiana
³ o domínio .eu também é utilizado juntamente com os outrosEstados membros da União
Europeia.

Itália (em italiano: Italia [iˈtaːlja] ( ouvir)), oficialmente República Italiana (em
italiano: Repubblica Italiana), é uma república parlamentar unitária localizada no centro-
sul da Europa. Ao norte, faz fronteira com França, Suíça, Áustria e Eslovênia ao longo
dos Alpes. A parte sul consiste na totalidade da península Itálica, Sicília, Sardenha, as
duas maiores ilhas no mar Mediterrâneo, e muitas outras ilhas menores ficam no entorno
do território italiano. Os Estados independentes de San Marino e
do Vaticano são enclaves no interior da Itália, enquanto Campione d'Italia é um ex-clave
italiano na Suíça. O território do país abrange cerca de 301 338 km² e a maior parte do seu
território tem um clima temperado sazonal. Com 60,8 milhões de habitantes em 2015, é a
quinta nação mais populosa da Europa e a 23.ª do mundo.
Roma, a capital italiana, foi durante séculos o centro político e religioso da civilização
ocidental como capital do Império Romano e como sede da Santa Sé. Após o declínio dos
romanos, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos estrangeiros, desde tribos
germânicas, como os lombardos e ostrogodos, aos bizantinos e, mais tarde,
os normandos, entre outros. Séculos mais tarde, Itália tornou-se o berço das repúblicas
marítimas e do Renascimento,[5] um movimento intelectual extremamente frutífero que
seria fundamental na formação subsequente do pensamento europeu.
Durante grande parte de sua história pós-romana, a Itália foi fragmentada em vários reinos
(tais como o Reino da Sardenha; o Reino das Duas Sicílias e o Ducado de Milão, etc.)
e cidades-Estado, mas foi unificada em 1861,[6] após um período tumultuado da história
conhecido como "Il Risorgimento" ("O Ressurgimento"). Entre o final do século XIX e o fim
da Segunda Guerra Mundial, a Itália possuiu um império colonial que estendia seu domínio
até à Líbia, Eritreia, Somália, Etiópia, Albânia, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin,
na China.[7]
A Itália moderna é uma república democrática, classificada como o 24.º país mais
desenvolvido do mundo[3] e com índice de qualidade de vida entre os dez primeiros do
planeta.[8] O país goza de um alto padrão de vida e tem um elevado PIB nominal per
capita.[2] É um membro fundador da União Europeia e parte da zona euro, além de ser
membro do G8, G20, OTAN, OCDE, Organização Mundial do Comércio (OMC), Conselho
da Europa, União da Europa Ocidental e das Nações Unidas. A Itália tem a quarta
maior reserva de ouro, o oitavo maior PIB nominal, o décimo maior PIB (PPC)[2] e o sexto
maior orçamento público do mundo.[9] A República Italiana tem o nono maior orçamento de
defesa do mundo, acesso às armas nucleares da OTAN e um papel proeminente nos
assuntos militares, culturais e diplomáticos europeus e mundiais, o que a torna uma das
principais Potências Médias do mundo e uma Potência Regional de destaque na
Europa.[10][11] O país tem um elevado nível de escolaridade pública e é uma nação
altamente globalizada.[12]

Índice

 1Etimologia
 2História
o 2.1Pré-história e Antiguidade
 2.1.1Roma antiga
o 2.2Idade Média
o 2.3Era moderna
o 2.4Unificação
o 2.5Fascismo
o 2.6República
 3Geografia
o 3.1Clima
o 3.2Ambiente
 4Demografia
o 4.1Grupos étnicos
o 4.2Emigração e imigração
o 4.3Idioma
o 4.4Religião
o 4.5Cidades mais populosas
 5Política
o 5.1Forças armadas
o 5.2Crime e aplicação da lei
o 5.3Relações exteriores
 6Divisões administrativas
 7Economia
o 7.1Turismo
 8Infraestrutura
o 8.1Transportes
o 8.2Educação, ciência e tecnologia
o 8.3Saúde
o 8.4Energia
 9Cultura
o 9.1Literatura
o 9.2Arquitetura
o 9.3Artes visuais
o 9.4Música
o 9.5Teatro
o 9.6Moda e design
o 9.7Culinária
o 9.8Cinema
o 9.9Feriados
o 9.10Esportes
 10Referências
o 10.1Bibliografia
 11Ligações externas

Etimologia
Várias hipóteses para o nome da Itália foram formuladas.[13] Umas delas teoriza que o
nome se origina de um empréstimo linguístico. Quando a hegemonia etrusca ia chegando
a seu ocaso com a expansão dos latinos, os povos do Sul, em particular
os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da península Itálica possuíam um
numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu
lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra proveniente de vitulos (bezerro de entre um
e dois anos) e similarmente no úmbrio como vitlo . Estas palavras se derivaram do indo-
europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘ (ano),
também presente nos vocábulos "veterano" e "veterinário".[14][15] O gado era tão importante
para esses povos que adotaram como emblema a imagem de um touro jovem, que
aparece em algumas moedas da época, com o nome de vitalos, que em pouco tempo
converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as tribos do sul.[16]
De acordo com Antíoco de Siracusa, a porção sul da península Bruttium
(moderna Calábria: província de Régio da Calábria, e parte das províncias
de Catanzaro e Vibo Valentia). Mas no seu tempo, Itália e Enótria já haviam se tornado
sinônimos, e o nome também era aplicado também à maior parte
da Lucânia (atual Basilicata). Os gregos gradualmente aplicaram o nome Itália para uma
região maior, mas foi durante o reino do imperador Augusto (fim do século I a.C.) que o
termo foi expandido para cobrir toda a península até os Alpes.[17] e ‘itali – orum’ foi usado
como gentílico para seus habitantes. [16]
O historiador grego Dionísio de Halicarnasso regista essa versão, junto com a lenda de
que a Itália devia o seu nome a Ítalo, um rei lendário dos enótrios,[18] o que também é
mencionado por Aristóteles[19] e Tucídides.[20]

História
Ver artigo principal: História da Itália
A história da Itália influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, tanto
na Europa como no resto do mundo. Foi o berço da civilização etrusca, da Magna Grécia,
da civilização romana, da Igreja Católica, das repúblicas marítimas, do humanismo,
do Renascimento e do fascismo. Foi o lugar de nascimento de muitos artistas, cientistas,
músicos, literatos, exploradores.[14]
Pré-história e Antiguidade
Ver artigos principais: Povos itálicos, Cultura Nuráguica, Etruscos e Magna Grécia

Afresco etrusco na Necrópole de Monterozzi, século V a.C.

As escavações em toda a Itália revelaram uma presença de neandertais que remonta


ao período paleolítico, cerca de 200 mil anos atrás.[21] Os humanos modernos apareceram
há cerca de 40 mil anos na região. Os sítios arqueológicos deste período incluem locais
como Ceprano e Gravina in Puglia.[22]
Civilizações importantes que desapareceram há milhares de anos nasceram na Itália,
como a civilização de Nurago, da Sardenha. Durante a Idade do Ferro existiram várias
culturas que podem ser diferenciadas em três grandes núcleos geográficos, a
do Lácio Antigo, a da Magna Grécia e a da Etrúria. Uma dessas culturas, os lígures, foram
um enigmático povo que habitava o norte da Itália, Suíça e sul de França.[23]
Entre os diversos povos da Antiguidade destacam-se os lígures, os vênetos e os celtas no
norte, os latinos, etruscos e samnitas no centro, enquanto no sul prosperaram colônias
gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o segundo milênio a.C. floresceu a antiga
civilização dos sardos.[24]
Roma antiga

O Coliseu, construído ca. 70-80 d.C.

Império Romano em sua extensão máxima

Ver artigos principais: Fundação de Roma, Roma Antiga, Reino de Roma, República
Romana, Império Romano e Queda do Império Romano do Ocidente
Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a etrusca (a
partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na qual
muitas tradições importantes de origem mediterrânica e eurasiática encontraram a mais
original e duradoura síntese política, econômica e cultural. [24]
Nascida na península Itálica, Roma, um assentamento em um vau no rio Tibre,[25] com
fundação convencional em 753 a.C. Foi regida por um período de 244 anos por
um sistema monárquico, inicialmente com soberanos de origem das tribos latina e sabina,
depois por reis etruscos. A tradição conta sete reis: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio
Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo. Em 509 a.C.,
os romanos expulsam o último rei da sua cidade[26] e estabelecem a República
Romana.Desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a
civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de
outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina —
o berço do cristianismo — Síria,Fenícia e Egito). Graças ao seu império, Roma difundiu
a cultura heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África, que foram os limites de sua
civilização.[24]
O Império Romano estava entre as forças econômicas, culturais, políticas e militares mais
poderosas do mundo de seu tempo. Foi um dos maiores impérios da história mundial. Em
seu auge, sob o governo de Trajano, cobriu 5 milhões de quilômetros
quadrados.[27][28] O legado romano influenciou profundamente a civilização ocidental,
moldando a maior parte do mundo moderno; entre os muitos legados do domínio romano
estão o uso generalizado das línguas românicas derivadas do latim, do sistema numérico,
do alfabeto, do calendário do Ocidente e da transformação do cristianismo em uma religião
mundial importante.[29]
Em um lento declínio desde o século III, o Império dividiu-se em dois no ano de 395.
O Império Ocidental, sob a pressão das invasões bárbaras, entrou em colapso em 476,
quando seu último imperador foi deposto pelo chefe germânico Odoacro, enquanto
o Império Oriental ainda sobreviveria por mais mil anos.[24]
Idade Média
Ver artigos principais: Reino Ostrogótico, Reino Lombardo, Ducado de
Benevento, História do islã no sul da Itália, Conquista normanda do sul da Itália e Reino
Itálico

Bandeiras das repúblicas marítimas. Do topo, em sentido horário: Veneza, Gênova, Pisa e Amalfi

Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em


vários Estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora da
península Itálica). O mais duradouro entre eles foram os Estados Pontifícios, que
resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como
o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano
do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos hérulos e, em seguida, dos ostrogodos.[30] A
reanexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizada por Justiniano no decurso
das Guerras Góticas, na primeira metade do século VI, foi curta, uma vez que entre 568 e
570 os lombardos, povos germânicos provenientes do território da atual Hungria,
ocuparam parte da península, reduzindo os domínios bizantinos na Itália ao Exarcado de
Ravena, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da
prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos. [24]
Depois, a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais, mas
conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se submeter
aos francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do século VIII. Os
francos ajudaram na formação dos Estados Papais e no ano 800, a Itália central tornou-se
parte do Sacro Império Romano-Germânico. Até o século XIII a política italiana foi
dominada pela relação entre os imperadores do Sacro Império e os papas, com a maioria
das cidades italianas se aliando com os primeiros (gibelinos) ou com os últimos (guelfos)
de acordo com a conveniência do momento.[31]

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