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GERÊNCIA EDITORIAL

Copyright 2013 por Editora Central Gospel


E DE PRODUÇÃO
Gilmar Vieira Chaves
Dados Internacionais de Catalogação
GERENCIA na Publicação (CIP)

DE MARKETING
Marcos Henrique Barboza
MALAFAIA, Silas
COORDENAÇÃO Vitória é uma questão de atitude
EDITORIAL Rio de Janeiro: 2013
Michelle Cândida Caetano 64 páginas

PESQUISA, ESTRUTURAÇÃO ISBN: 978-85-7689-311-0


E COPIDESQUE 1. Bíblia - Vida cristã I. Título II.
Marcus Braga

REVISÃO Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução


Juliana Ramos total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios
(mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc),
CAPA
a não ser em citações breves, com indicação da fonte
Eduardo Souza
bibliográfica.

DIAGRAMAÇÃO As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas


Sanderson Santos da Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo
indicação específica, e visam incentivar a leitura das
IMPRESSÃO E Sagradas Escrituras.
ACABAMENTO Este livro está de acordo com as mudanças propostas
Esdeva pelo novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor a
partir de janeiro de 2009.

a
1 edição: Maio/2013

Editora Central Gospel Ltda


Estradado Guerenguê, 1851 - Taquara
Cep: 22.713-001
Rio de Janeiro - RJ
TEL: (21)2187-7000
www.editoracentralgospel.com
S ILAS MALAFAIA

V ITÓRIA É UMA
QUESTÃO DE ATITUDE

CENTRAL
GOSPEL
Digitalizado
por

Esdras Digital

Semeadores da Palavra

Compre o livro no site:

www.editoracentralgospel.com
índice

APRESENTAÇÃO ................................................................ 7

CAPÍTULO 1 - Não reclame daquilo que você permite.......13


Adão reclamou do que havia permitido.................................. 13
Não reclame; tome uma atitude........................................ 19

CAPÍTULO 2 - Seja um cooperador .................................... 25


Cooperação ........................................................................... 25
O que nos une ....................................................................... 28
Favoreça a causa comum que nos une ................................... 37

CAPÍTULO 3 - Tenha uma visão......................................... 39


Visão ..................................................................................... 40
A visão de Paulo .................................................................... 43
A ação de Paulo ..................................................................... 44
O hábito de Paulo ........................................... ..................... 47
O caráter de Paulo ................................................................ 49
O destino de Paulo................................................................ 50
O seu destino ....................................................................... 51

Conclusão ..................................................................... ..55


Apresentação

Um homem investe tudo o que tem em uma


pequena oficina. Trabalha dia e noite, dormindo
apenas quatro horas por dia. Ele dorme ali mesmo,
entre um pequeno torno e algumas ferramentas es-
palhadas. Para dar continuidade aos seus negócios,
empenha a sua casa e as jóias da esposa. Quando,
finalmente, apresenta o resultado de seu trabalho a
uma grande empresa, recebe a resposta de que seu
produto não atende ao padrão de qualidade exigido.
O homem desiste? Não! Ele, a fim de se capacitar,
volta a estudar por mais dois anos, sendo vítima da
chacota de seus colegas e de alguns professores, que
o chamam de "louco".
O homem fica ofendido? Não! Dois anos depois
de haver concluído o Curso de Qualidade, a empresa
que o recusara, finalmente, fecha contrato com ele.
Porém, seis meses depois, é deflagrada a Segunda
Guerra Mundial. E sua fábrica é bombardeada duas
vezes. O homem se desespera e desiste? Não!
Reconstrói sua fábrica. Mas um terremoto novamente
a arrasa por completo.
Você conclui, então: "Bem, agora sim ele desiste!"
No entanto, mais uma vez, não!
Imediatamente após a guerra, há uma escassez
de gasolina em todo o país, e este homem não pode
sair de automóvel sequer para comprar alimentos para
sua família. Ele entra em pânico e decide não mais
continuar seus propósitos? Não!
Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua
bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados
e todos querem as chamadas "bicicletas motorizadas".
A demanda por motores aumenta e logo ele não
conseguiria atender a todos os pedidos! Decide, então,
montar uma fábrica para a novíssima invenção. Mas,
como não possuía capital algum, resolveu pedir ajuda
às mais de 15 mil lojas espalhadas pelo país. Como a
ideia pareceu excelente, conseguiu ajuda de 3.500
dessas lojas, as quais lhe adiantaram uma pequena
quantia de dinheiro.
Hoje, a Honda Corporation é um dos maiores
impérios da indústria automobilística! Esta conquista
só foi possível porque o Sr. Soichiro Honda, o homem
de nossa história, não se deixou abater pelos terríveis
obstáculos que encontrou pela frente e adotou uma
permanente atitude de perseverança, fé e ação.
E na nossa vida? Quantos de nós desistimos por
muito menos? Quantas vezes o fazemos antes mesmo
de enfrentarmos minúsculos problemas?
Todas as coisas são possíveis quando sustentamos
uma atitude de perseverança naquilo que acreditamos,
de fé depositada no Deus todo-poderoso e de ação.
A história de Soishiro Honda nos mostra que
vitória é uma questão de atitude. Quantas vezes
desejamos ser vitoriosos na vida espiritual, mas não
nos dedicamos à oração ou ao estudo e aplicação da
Palavra de Deus? Queremos experimentar
prosperidade e abundância material, mas não nos
dedicamos a seguir e obedecer aos princípios bíblicos
que nos conduzem à fartura e ao sucesso. Ansiamos
por levar uma vida plena de estabilidade e êxito
emocional, mas não seguimos integralmente os
padrões que Cristo nos deixou.
A vitória, em todos os âmbitos e desdobra-
mentos, é uma questão de atitude. Mas o que vem a
ser "atitude"? Por definição, atitude é um com-
portamento ditado por uma disposição interior que
nos leva a agir em uma determinada direção ou
propósito. Ou seja, atitude é igual a ação. Mental-
mente, atitude envolve a forma dos pensamentos, as
tendências dos mesmos e os seus impulsos; enfim, a
atitude mental.
O apóstolo Paulo nos mostra, em Filipenses 4.8,
como conquistar uma verdadeira atitude cristã, que
nos conduz à vitória:
[...] tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há
algum louvor, nisso pensai.

E para que possamos discernir se a atitude que


porventura tenhamos tomado é adequada e eficaz para
que alcancemos a vitória, basta que a coloquemos em
confronto com a Palavra, como nos orienta Hebreus
4.12:

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais


penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e pe-
netra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração.

Neste livro, analisaremos três aspectos a respeito


de "atitude" que são imprescindíveis para que o leitor
possa experimentar vitória em sua vida. Existem
diversos outros tópicos que se complementam e
desdobram-se para que atinjamos o sucesso e o êxito
em nossos propósitos. Mas não se engane; os que
apresento aqui são fundamentais e necessários para
que a estrada da vitória seja pavimentada e torne-se
viável a obtenção do sucesso.
SÍLA S A FAÍA FAÍA

Tenha em mente que, para experimentar o


sucesso, você deve dominar a atitude de vencedor.
Dedique especial atenção a estes três pontos: não
reclamar daquilo que você permite, ser um cooperador
e ter uma visão. Eles serão a chave mestra que abrirá
as portas do bom resultado e das bênçãos em seu
viver!
Boa leitura!
Capítulo I
NÃO RECLAME DAQUILO
QUE VOCÊ PERMITE

E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde


estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi,
porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te
mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te
ordenei que não comesses? Então, disse Adão: A mulher que
me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
Gênesis 3.9-12

O primeiro ponto que devemos considerar ao


buscar uma atitude vitoriosa é não reclamar daquilo
que temos permitido em nossa vida; antes, busquemos
corrigir tais erros.

Adão reclamou do que havia permitido

Para ilustrar eficazmente tal afirmação, vejamos a


situação encontrada no texto acima: Deus
busca Adão após ele e sua mulher, Eva, comerem do
fruto proibido.
No capítulo dois de Gênesis, Deus determina
expressamente uma ordem a Adão:

E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De


toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da
ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia
em que dela comeres, certamente morrerás.
Gênesis 2.16,1 7

Quando emitiu esta ordem, Deus deixou clara


sua relação soberana com Adão e a relação
subordinada de Adão com Ele. Deus possuía este
direito, porque Ele é o Criador, e o homem é Sua
criatura.
Para expressar proibição, aqui é empregada a
maneira mais forte possível em hebraico para colocar a
árvore da ciência do bem e do mal fora do alcance de
Adão. Visto que o discurso direto é inerentemente
pessoal, a ordem "Não comerás" é pessoal, e a
qualidade do negativo hebraico coloca a negação
permanente. E a importância da ordem é aumentada
pela severidade do castigo. Isso é muito forte na
sintaxe hebraica, sendo mantida tal força, tanto
quanto possível, com o uso da palavra "certamente".
S I LA S À FA LA FA I A

No entanto, o que ocorre a seguir? Lemos o


seguinte no capítulo três de Gênesis:

Ora, a serpente era mais astuta que todas as ali-


márias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta
disse à mulher: E assim que Deus disse: Não comereis de
toda árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto
das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore
que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele,
nem nele tocareis, para que não morrais. Então, a serpente
disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus
sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos
olhos, e sereis como Deus, sabendo
o bem e o mal.
Gênesis 3.1 -5

A serpente começou a conversa com uma


expressão de surpresa: "Não comereis de toda a árvore
do jardim?" e passou a citar erroneamente a ordem
original de Deus, tornando-a absurda. A proibição
original estava relacionada a apenas uma árvore, mas a
serpente disse "de toda a árvore", frase que em
Gênesis 2.1 6 é encontrada na ordem permissiva, e
não na ordem negativa. Assim, a serpente pôs em
dúvida a bondade de Deus, dando a entender que Ele
foi muito restritivo, retendo desnecessariamente
benefícios de grande valor.
Essa primeira pergunta da serpente era aparen-
temente inocente, mas enganou Eva, fazendo com que
ela também citasse erroneamente a ordem. Ela tornou
a proibição mais forte do que realmente era. Deus não
dissera: "Nem no fruto tocarás" (veja Gênesis 3.3). Mas
Ele fizera a ameaça de castigo muito mais forte do que
"para que não morrais". Ela tornou, sem perceber, a
ordem irracional e o castigo mera possibilidade, em
vez de ser um resultado inevitável. Eva perdeu a
oportunidade de ouro de derrotar a sugestão da
serpente. Tivesse ela citado a ordem corretamente e se
apegado a ela, o inimigo não teria conseguido
prosseguir em seu intento.
A serpente percebeu a vantagem e passou a
negar categoricamente a verdade da declaração
punitiva de Deus, declarando positivamente:
"Certamente não morrereis". Ela concentrou seu ataque
incitando ressentimento contra a restrição e
suscitando desejo de poder.
Deus não estava usando a conseqüência de morte
para negar ao ser humano a descoberta de algo - "se
abrirão os vossos olhos"? Ele não estava impedindo o
homem de possuir um bem que tinha o direito de ter?
A serpente estava acusando Deus de motivo
impróprio, de egoisticamente manter o homem em
nível de existência inferior. O verdadeiro destino do
homem, a serpente indicou,
era ser "como Deus". A característica principal do ser
divino era o poder de saber o "o bem e o mal". Este
saber não era conhecimento abstrato, mas a habilidade
prática de saber todas as coisas, inclusive a
inteligência de inventar e estabelecer padrões éticos. E,
segundo a serpente, o homem poderia ter isso.
Na verdade, há muito que a mulher fora
derrotada, e sua contemplação às orientações da
serpente logo resultou em ação. A ordem de Deus foi
desobedecida e, incrivelmente, seu marido a seguiu na
desobediência. Depois de terem comido, "foram
abertos os olhos de ambos".

E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde


estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi,
porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te
mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te
ordenei que não comesses? Então, disse Adão: A mulher que
me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
Gênesis 3.9-12

A pergunta: "Onde estás?" não foi feita por Deus


por não saber o paradeiro deles, mas porque Ele
queria provocar uma resposta e fazer o homem e a
mulher saírem do esconderijo pela própria confissão.
A resposta de Adão: "Temi", esclarece o motivo
de terem se escondido. Participar do fruto da árvore
não o fez semelhante a Deus, como sugeriu a
serpente, mas comprometeu sua verdadeira essência
de ser homem diante de Deus.
O Senhor conhece o bem e o mal da perspectiva
da bondade divina e soberana. Mas o homem, sendo
ser humano e dependente de Deus, só pode conhecer
o bem e o mal da perspectiva da obediência ou
desobediência à vontade do Altíssimo, que é a rejeição
da vontade expressa de Deus. Alcançar o estado divino
apenas lançaria o homem no papel da desobediência;
por conseguinte, seu conhecimento do bem e do mal
estava misturado com culpa e medo.
A primeira pergunta foi feita diretamente ao
homem: "Comeste tu?" Adão não tinha desculpa,
porque ele sabia qual era a ordem, e esta se tratava de
uma proibição simples e clara. Mas Adão não
enfrentou sua responsabilidade; ele passou a culpa
para a esposa — "ela me deu". E Deus não a deu para
ele? Certamente, ela era digna de confiança.
Adão falhou em transmitir à Eva a ordem de
Deus, e errou também ao aceitar o fruto proibido. A
psicologia tem muito a esclarecer a respeito disso,
demonstrando que Adão não transmitiu nem explicou
adequadamente, à Eva,
SILAS MALAFAIA

a proibição. É sabido que, didaticamente, uma pessoa


precisa ouvir várias vezes uma orientação, uma regra,
para internalizá-la e colocá-la em prática. Mas, pelo
visto, Adão falou com Eva a respeito da ordem divina
apenas uma vez. Ao responder à serpente, Eva alterou
a ordem recebida de Deus por intermédio de Adão.
Quando alguém acrescenta um dado novo a
determinada informação recebida é porque,
provavelmente, tal informação foi passada de forma
incompleta ou insuficiente.
A impressão que temos é de que Adão foi
omisso. Recebeu a ordem de Deus e transmitiu-a de
forma errada ou incompleta a Eva, e acabou com-
pactuando com o erro da desobediência. Então,
quando Deus o chama e pergunta-lhe se comeu do
fruto da árvore proibida, o que Adão faz? Coloca a
culpa na mulher! Ele reclama de Eva, porém, não
cometeu sob pressão o erro da desobediência. Ele
consentiu, aceitou, permitiu... Ou seja, Adão está
reclamando daquilo que permitiu!

Não reclame; tome uma atitude

E nós? Agimos da mesma maneira que Adão.


Reclamamos das coisas com as quais possuímos
estreita responsabilidade por estarem acontecendo.
Adão poderia ter obtido imensa vitória sobre o
inimigo, primeiro se tivesse transmitido para Eva, de
forma eficaz, a orientação divina, e, depois, se
houvesse assumido uma atitude de confissão, no lugar
de jogar a culpa exclusivamente sobre a mulher.
Reclamamos de nossos filhos que não se sub-
metem à nossa autoridade ou controle, que ques-
tionam as orientações e limites que lhes impomos.
Mas, se refletirmos, veremos que permitimos isso.
Vejamos o que a Bíblia nos diz a respeito:

Não retires a disciplina da criança, porque,


fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a
fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.
Provérbios 23.13,14

Se deixar de corrigir biblicamente suas crianças;


mais tarde, lamentará pela desobediência e desonra.
No entanto, foi você que não tomou a atitude correta
no tempo adequado, e hoje se queixa. Não reclame
daquilo que você permitiu! Para experimentar vitória, é
preciso corrigir falhas em nossa vida. É necessário
tomar uma atitude de autoridade e liderança, e não
reclamar daquilo que temos tolerado, permitido que
aconteça.
Você tem reclamado do seu estilo de vida? Das
dificuldades econômicas que tem enfrentado?
S I LA S M A LA FA I A .

Mas por que se permitiu gastar além das suas


possibilidades? Por que assumiu dívidas superiores ao
seu rendimento? Paulo nos adverte:

Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas


altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em
vós mesmos.
Romanos 12.16

E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios


negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já
vo-lo temos mandado.
1 Tessalonicenses 4.11

Paulo não diz que somos destinados a viver com


coisas pequenas; ele declara que não devemos confiar
em nossa própria "sabedoria" ao ambicionarmos aquilo
que está além das nossas possibilidades. E instrui-nos
a moldar-nos aos nossos rendimentos, ao nosso
salário, para que não nos vejamos em dificuldades
financeiras. Então, se você está todo "enrolado" com
dívidas porque gastou além do que ganha, não se
queixe. Você consentiu com isso. Não reclame daquilo
que você permite!
Ah! E se você reclama da sua vida espiritual?
Porventura você está experimentando frieza em
sua espiritualidade? Ou será que está notando certa
"mornidão" em seu dia a dia?
Talvez, isso signifique que você não está de-
dicando-se suficientemente à oração; ou que não
venha aplicando-se à leitura e ao estudo da Palavra de
Deus; ou ainda, que não esteja consagrando-se no
serviço ao Senhor. Então, por que você está recla-
mando? A origem da frieza espiritual está em você
mesmo. Você tem falhado em dedicar-se a certas
práticas e orientações colocadas pelas Escrituras!

Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o


enquanto está perto.
lsaías 55.6

Buscai ao SENHOR e a sua força; buscai a sua face


continuamente.
Salmo 105.4

Porque assim diz o SENHOR à casa de Israel: Buscai-


me e vivei.
Amós 5.4

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as


coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra
de Deus.
Colossenses 3.1
Você não busca ao Senhor como deveria, não tem
se aplicado a buscar a Sua face, nem a meditar nas
coisas que são de cima. Então, não reclame daquilo
que você permite!

Mortificai, pois, os nossos membros que estão sobre


a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a
vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais
coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
Colossenses 3.5,6

Se você não mortifica seus próprios desejos, sua


própria vontade, seus caprichos pessoais em prol da
soberana vontade de Deus, não reclame daquilo que
você permite!
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). Você não segue
a paz de Cristo, nem busca a santificação e, ainda
assim, reclama de sua vida espiritual? Não reclame
daquilo que você permite!
Como você poderá experimentar uma vida
espiritual "aquecida" se não busca ao Senhor, mortifica
sua vontade ou segue a paz e a consagração que há
naqueles que estão em Cristo Jesus?
Uma coisa é necessária para que obtenhamos
uma vida repleta de bênçãos e coroada pela vitória
que Cristo reservou para nós: parar de reclamar de
tudo e de todos, passando para a ação — uma ação
que promova mudanças, que proporcione uma vida
diferenciada pela evidente influência do evangelho.
Tome uma atitude vitoriosa. Mude a maneira
como você governa a sua casa e relaciona-se com o
seu cônjuge e os seus filhos. Mude a forma como você
tem vivido a sua fé, transforme o seu relacionamento
com Deus. Ou seja, mude a sua forma de viver. Saiba
que tal percepção será de fundamental importância
para que você possa vislumbrar coisas maiores e
melhores em sua vida.
Lembre-se: vitória é uma questão de atitude.
Tome esta atitude em sua vida; existe vitória para
você!
Capítulo 2
SEJA UM COOPERADOR

Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois


lavoura de Deus e edifício de Deus.
1 Coríntios3.9

Outra característica fundamental para que


alcancemos a vitória que o Senhor Deus tem dis-
ponibilizado para nós é adotarmos uma atitude de
cooperadores.

Cooperação

E você sabe o que é cooperar? Segundo o Di-


cionário Houaiss da Língua Portuguesa, cooperar é
"atuar, juntamente com outros, para um mesmo fim".
Podemos, assim, afirmar que cooperar é favorecer a
causa comum que nos une.
O texto bíblico de 1 Coríntios 3.9, que destacamos
acima, qualifica exemplarmente a ação de
cada um de nós como "cooperadores" de Deus, que é
uma das missões para a qual todos nós, cristãos,
fomos chamados.
O verbo grego empregado por Paulo nesta
passagem é sunergo, que significa "trabalhar com";
"auxiliar". O próprio apóstolo era um cooperador es-
pecial, comissionado no ministério da reconciliação e,
por isso, possuía elevada autoridade nessa questão,
como representante de Cristo. E ao afirmar que somos
cooperadores de Deus, Paulo nos comunica cinco
pontos importantes para compreender isso:

1. Somos cooperadores de Deus, o que denota o seguinte:


a) Deus é a causa e a fonte da habilidade que possuímos de
identificarmo-nos dessa maneira com Ele. Apenas pela
graça de Deus somos o que somos, e fazemos o que
fazemos; b) a ideia de possessão também se faz presente:
"pertencemos a Deus" (somos de Deus); c) tudo o que
fizermos será em cooperação com o poder divino.
2. Alguns veem a Deus como o objeto do
trabalho efetuado: nosso objetivo seria servir o Senhor.
Aquilo que fazemos é realizado para cumprir a missão que
nos foi dada por Ele, a fim de glorificá-lo, cumprindo os
Seus desígnios.

3. A expressão dá a entender uma íntima


associação com o Espírito Santo, na missão conferida a cada
um de nós.
4.O resultado prático disso é que ninguém pode gloriar-se
em si mesmo por ser um cooperador, pois, se lhe foi dada
uma missão espiritual qualquer,
Deus é a origem e o alvo da mesma. Ele inspira em nós o
bem e efetua-o em nós; Ele inspira os nossos esforços e
confere-nos bom êxito. A Ele seja toda a glória!
5. Essa expressão é uma censura contra o espírito de
partidarismo que havia em Corinto; contra a adoração a
ídolos humanos; e contra as divisões da fé.
Ora, se devemos estar tão intimamente asso-
ciados com Deus, a ponto de podermos ser chamados
de Seus "cooperadores", então dificilmente é próprio
que sejam estabelecidas distinções entre nós, com o
aparecimento de "heróis" deste ou daquele partido, o
que só serve para destruir a harmonia que deve haver
na igreja.
Assim, fica fácil compreender eficazmente o
sentido de "cooperador" segundo a visão de Deus para
nossa vida. A própria palavra "cooperar" explica, em
sua origem, o papel que deve desempenhar aquele
que se propõe a colocá-la em prática. Ela vem do latim
cooperari e significava "trabalhar junto"; união de: cum,
"junto, com" e operari, "trabalhar". Portanto, "trabalhar
com Deus" vem a ser o papel fundamental para
o qual fomos chamados.
O que nos une

Mas o termo também significa "favorecer a causa


comum que nos une". Ora, se trabalhamos em prol de
uma causa comum que nos une, ou atuamos,
juntamente com outros, para um mesmo fim,
podemos perguntar-nos: O que nos une?

I- Jesus Cristo nos une

E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas


são minhas; e nisso sou glorificado. E eu já não estou mais
no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai
santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que
sejam um, assim como nós.
João 17.10,11

Nós estamos aqui para cooperar, como Paulo,


muitas vezes, declara. Em Colossenses 4.11, podemos
ler: São estes unicamente os meus cooperadores no Reino
de Deus e para mim têm sido consolação. E em 1
Tessalonicenses 3.2, ele declara: E enviamos Timóteo,
nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no
evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar
acerca da vossa fé.
Jesus Cristo é o ponto primordial de nossa união.
Somos, a priori, cooperadores uns dos
S I LA S M A LA FA I A

outros por amor e consagração a Jesus Cristo, razão de


tudo o que somos. Somente este ponto Já seria
suficiente para justificar nossa união, nossa
cooperação. Jesus é tudo em nós, e sem Ele nada
somos. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim,
e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada
podereis fazer (João 1 5.5). A nossa união em Cristo faz,
ainda, que a cooperação que nos une seja identificada
pelo amor: O meu mandamento é este: Que vos ameis
uns aos outros, assim como eu vos amei (João 15.12).
E não devemos negligenciar as responsabilidades que
temos quanto a cooperar com os outros: E não vos
esqueçais da beneficência e comunicação [isto é, da
cooperação] (Hebreus 13.16).
Filipenses 1.5 fala de nossa cooperação no
evangelho; as bases de nossa cooperação são,
portanto, as doutrinas que compreendem o verdadeiro
evangelho de Jesus. Por tal razão, a cooperação de que
desfrutam os verdadeiros cristãos é muito maior do
que qualquer outra organização. Por causa dessa
cooperação, viajamos grandes distâncias para
estarmos uns com os outros e para consolarmos
irmãos isolados.
Paulo fala da comunhão no Espírito (Filipenses
2.1), ou seja, da cooperação que é baseada em torno
de seguir igualmente o Espírito de Deus,
como revelado em Sua Palavra. Então, o que nos une?
Jesus Cristo é a nossa união!

2- A Igreja nos une

Porque, assim como o corpo é um e tem muitos


membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só
corpo, assim é Cristo também.
1 Coríntios 12.12

Se estivermos unidos em Cristo, se somos


cooperadores com Ele, consequentemente somos
membros de Seu corpo vivo, a Igreja. Assim, somos
chamados a cooperar uns com os outros para a saúde
deste corpo. A cooperação é um ensinamento das
Escrituras:

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor


paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta
o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo,
não haverá outro que o levante.
Eclesiastes 4-9,10

A cooperação estimula a comunhão na Igreja: E


perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e
no partir do pão, e nas orações (Atos 2.42).
S I LA S M A LA FA I A

Outra característica da cooperação na Igreja é o


fortalecimento dos laços de amizade:

Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a


Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural
do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua
mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus
saíssem de Roma), se ajuntou com eles, e, como era do
mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por
ofício fazer tendas.
Atos 18.1 -3

Saudai a Priscila e a Aquila, meus cooperadores em


Cristo Jesus.
Romanos 16.3

Assim, unidos na Igreja, pelo amor e o serviço a


Jesus, experimentamos a verdadeira essência da
cooperação cristã, essência esta que é determinante na
obtenção da completa vitória que há em Cristo.

3- A família nos une

Jesus [...] disse-lhes: Todo reino dividido contra si


mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si
mesma não subsistirá.
Mateus 12.25
V ITÓ R IA É UM A QUES TÃO DE AT ITUDE

O terceiro ponto que nos une em torno de uma


causa comum é a família. Se somos cooperadores em
Cristo e membros do Seu Corpo vivo — a Igreja —, é
na família que demonstraremos, com mais visibilidade,
o verdadeiro cooperador que somos. E uma atitude
que se faz necessária para que experimentemos uma
vida vitoriosa é que promovamos a união em nossa
casa.
A Igreja é a extensão da família. Se tal afirmação
soar como uma pergunta, chegou a hora de
refletirmos se conseguimos entender que a Igreja
também é uma família. Ela não é uma família para
competir com a nossa casa e também não é uma
opção alternativa para aqueles que vivem mal em
família; a Igreja é uma família para a nossa família, um
prolongamento daquilo que vivemos em casa.
É importante destacar que não existe Igreja se
não existe família. Ela não funciona como quem vai a
um bar beber para "esquecer" os problemas de casa,
não é um "entorpecente" para ajudar a suportar uma
suposta monotonia no lar; é um lugar de celebração
pela família, de ensino para nós e nossos filhos, e de
fortalecer o irmão mais fraco, assim como ensinamos
em casa aos nossos filhos — o filho mais velho ajuda o
mais novo, sem autoritarismo, com amor. Há algo pior
do que ver nossos filhos brigarem? Há coisa pior do
que um
irmão viver a fazer "queixas" do outro? Na Igreja, os
princípios são os mesmos,
Se uma família não tem uma casa, ainda assim será uma
família. Entretanto, toda família quer uma casa. Se a
igreja não tiver um templo, ela não deixará de ser igreja,
mas toda igreja necessita de um templo. Isso é legítimo.
O templo não é mais importante do que a Igreja; ele
existe para celebrarmos que somos Igreja.
O sucesso da família é o sucesso da Igreja, e o
sucesso da Igreja é o sucesso da família. Não há
confronto; há encontro. Não há confusão; mas
solução. Criamos nossos filhos em casa, e, na Igreja,
isso é reforçado. Na igreja, é ensinada a sã doutrina no
templo, e nós a reforçamos em casa. Toda família tem
problemas, e não há igreja que seja perfeita. Mas toda
família precisa da igreja, e apenas seremos Igreja se
antes formos família.
E é necessária uma postura, uma atitude, para
que experimentemos a união em nossa família. Como
alerta, Jesus, no texto que destacamos, afirma que, se
a nossa casa for dividida, ela não subsistirá.
Precisamos colocar um ponto final na "partidariza-
ção" tão comum nos lares de hoje. O que vemos são
maridos querendo uma coisa enquanto as esposas
desejam outra. E encontramos filhos que ficam
desorientados em meio a essa disputa, sem saber a
quem apoiar ou a quem seguir. Qual é o filho que
torce pelo pai, e qual é o filho que torce pela mãe? São
lares onde os filhos são "loteados", ora aquele é o
protegido do pai, ora aquela é a protegida da mãe. E
quando tais filhos cometem erros, são acobertados por
seus "protetores" pessoais...
Tal casa é dividida, está "partidarizada", e, por
isso, não se sustentará, e experimentará grande ruína!
O evangelho deve ser, sempre, a régua aferidora da
saúde e do equilíbrio familiar. Como declarou Josué,
devemos escolher a quem serviremos em nosso
âmbito doméstico:

Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sin-


ceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais
serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao
SENHOR. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir
ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a
quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os
deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu ea
minha casa serviremos ao SENHOR.
Josué 24.14,15

É devido a esta falta de atitude que muitos filhos


de cristãos estão desviados hoje, cometendo torpezas,
renunciando ao evangelho e causando grande dano à
igreja e à sociedade. A

.34
falta de atitude de seus pais em casa, permitindo a
maledicência e a fofoca, especialmente quanto a
assuntos relacionados à fé e à igreja, semearam a
divisão no caráter de seus lares. Este é um assunto
muito sério, e, por desprezá-lo, muitos deixam de ser
cooperadores em Cristo, e jamais conseguem conhecer
a vitória em sua vida. Cooperar é submeter-se à
autoridade, somar em união, servir, com a sua casa, ao
Senhor!

4- A visão nos une

[...] esta graça de anunciar entre os gentios, por meio


do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo e
demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério,
que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo
criou; para que, agora, pela igreja, a multifor- me sabedoria
de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos
céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus,
nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com
confiança, pela nossa fé nele.
Efésios 3.8-12

Esta é a visão de Deus que nos une, como


cooperadores, em torno de um objetivo comum. O
trabalho de anunciar o evangelho de Cristo, de
propagar os mistérios revelados por Deus nele, com
ousadia e confiança, por meio da fé que em nós
habita, é a suprema visão que alimenta a Igreja e que
nos move rumo à vitória.
E você sabe por que está lendo este livro? Você
sabe por que busca ser um cooperador em Cristo, por
meio de sua igreja, governando e unindo a sua família?
Porque você acredita nessa visão!
A visão e a unidade da Igreja giram em torno do
propósito da vinda de Cristo a este mundo. Sobre tal
unidade e propósito, Paulo nos fala o seguinte:

Rogo-vos, porém, irmãos, peto nome de nosso Se-


nhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que
não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um
mesmo sentido e em um mesmo parecer. Porque a respeito
de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de
Cloe que há contendas entre vós. Quero dizer, com isso, que
cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apoio, e eu, de
Cefas, e eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo
crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de
Paulo? [...] Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós
foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e
redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria,
glorie-se no Senhor.
1 Coríntios 1.10-13,30,31

Nós, como Igreja de Cristo, somos unidos por


uma única visão, uma única teologia, uma única
fé, um único propósito e um único pastor. Estamos
aqui neste mundo para fazer diferença, alcançar
almas, abrir igrejas e conquistar o território hoje
ocupado pelo inimigo de nossa alma, e, assim, levar
todo o Brasil a reconhecer que só o Senhor é Deus!

Favoreça a causa comum que nos une

Mas, para isso, é necessário que compartilhemos


a mesma visão, que deixemos de lado as intrigas em
nossa vida, as divisões e as confusões, e
repreendamos o espírito de contenda, que tem por
objetivo dividir a Igreja. Vocês se lembram do
comportamento assumido por Pedro diante do
propósito redentor de Jesus? Lemos em Mateus 16.21-
23 o que aconteceu:

Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus


discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos
anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escri- bas, e
ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. E Pedro, tomando-o
de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem
compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. Ele,
porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim,
Satanás, que me serves de escândalo; porque não
compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são
dos homens.
V ITÓ R IA É UM A QUES TÃO DE AT ITUDE

Pedro se aproximou de Jesus com a intenção de


dividir a Sua visão e interromper Seu propósito de
salvação dos homens. Perceba que precisamos manter
a nossa visão na unidade da Igreja, em torno do
propósito de cooperar na obra redentora de Cristo.
Como vimos, cooperar é favorecer a causa
comum que nos une. E unidos estamos por Cristo, pela
igreja, pela família e pela mesma visão. Pessoas
cooperativas estão sempre dispostas a auxiliar, e
nunca a dificultar ou impedir decisões e atitudes.
Veja como é extensa a lista de cooperadores
citados por Paulo em Romanos 16, 2 Coríntios 8.23 e
Filipenses 2.25. São, ao todo, 27 cooperadores que
tiveram seus nomes gravados no cânone
— para sempre eles serão lembrados. E nenhum
desses homens e mulheres teve a pretensão de ganhar
evidência, de ocupar um lugar de destaque. Não!
Quem coopera não possui a intenção de ser o
primeiro, mas sim de ver o nome de Jesus ser honrado
e glorificado no mundo!
Tome uma atitude. Seja um cooperador em torno
do mesmo ideal, unido aos demais por Cristo, pela
igreja, pela família e pela visão unificada; e Deus
proporcionará vitórias para você!
Capítulo 3
T ENHA UMA VISÃO

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma
coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e
avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Filipenses 3.13,14

Por fim, tratamos de uma atitude que fará toda a


diferença para que a vitória seja alcançada: construir
uma visão pessoal para a sua vida. Comece por
internalizar que a visão determina a ação, que cria o
hábito, que molda o caráter; e estas coisas, juntas,
levam-nos ao destino. Essa é uma atitude saudável e
que fará diferença em sua vida.
Você nunca será lembrado, ou mesmo
recompensado, por suas semelhanças com os outros,
mas por causa da sua diferença. E o que torna você
diferente? A sua atitude diante das circunstâncias, das
situações que se colocam dia a
dia diante de você, e do planejamento que você tenha
feito para a sua vida — ou seja, a sua visão. Essa visão
poderá levá-lo ao sucesso pessoal, ou ao completo
fracasso. Tudo dependerá, apenas, da sua postura
diante daquilo que você planejou. Thomas Jefferson, o
terceiro presidente dos Estados Unidos e o principal
autor da Declaração de Independência desse país,
afirmou: "Nada pode impedir o homem que tem a
atitude mental correta de atingir seus objetivos; nada
na terra pode ajudar o homem que tem a atitude
mental errada". E no texto de Filipenses 3.13,14,
anteriormente reproduzido, Paulo nos mostra como
sustentar uma atitude de excelência.

Visão

É preciso, antes, que compreendamos o que vem a ser


"visão". Eu tenho, já por repetidas vezes, exposto a
diferença existente entre "ver" e "enxergar". Ver e não
enxergar é algo comum; ver e enxergar é uma
habilidade; enxergar o que se vê é sinal de
inteligência; mas, enxergar o que não se vê é um
privilégio dos bem-sucedidos. Algumas pessoas têm
olhos, mas não veem.

Nós piscamos 25 vezes por minuto. Cada piscada


leva aproximadamente 0,2 segundos. Portanto, se
você faz uma viagem de automóvel que dure
dez horas, a uma velocidade de 65 quilômetros por
hora, você dirige aproximadamente 54 quilômetros de
olhos fechados. Porém, um fato ainda mais
surpreendente que este é que algumas pessoas
passam a vida de olhos fechados. Elas olham, mas não
enxergam realmente, não questionam. A visão está
presente, mas a percepção é ausente. Se a vida fosse
uma pintura, veriam as cores, mas não a genialidade
das pinceladas. Se fosse uma viagem, notariam a
estrada, mas não a majestosa e tremenda paisagem.
Se fosse um poema, leriam o que está escrito na
página, mas perderiam a paixão do poeta.
As pessoas mais inteligentes podem, às vezes,
estar cegas para uma visão maior, especialmente se
isso significa uma grande mudança no status quo. Até o
grande escritor e pai da literatura norte-americana
Mark Twain teve dificuldade em discernir entre boas e
más visões. Apesar de sua inteligência, certa vez ele foi
surpreendido por sua falta de visão.
Em uma tarde, Twain recebia a visita de mais um
homem em busca de investidores; era um inventor
carregando debaixo do braço uma engenhoca de
aparência estranha. Ansioso, mas com bastante
convicção, o homem explicou o seu invento ao
escritor, que ouviu polidamente, mas, no final, disse
que teria que recusar; já havia se desgastado muitas
vezes.
V ITÓ R IA Ê UM A Q UESTÀ O DE A T ITU DE

— Mas não estou pedindo que o senhor invista


uma fortuna — o visitante alegou. — Pode ter a
participação que desejar por 500 dólares.
Ainda assim, Mark Twain sacudiu a cabeça
negando. Ele não estava disposto a arriscar-se em uma
invenção que não fazia qualquer sentido para ele.
Porém, quando o inventor resolveu ir embora com sua
máquina, o escritor o chamou:
— Como é mesmo o seu nome?
— Bell — respondeu o homem, com um traço de
melancolia na voz. — Alexander Graham Bell.
As pessoas sem visão habitam, principalmente,
no reino do óbvio, do esperado, do essencial. As
dimensões que as interessam são compridas e largas,
mas não são profundas. Portanto, o desafio proposto
é: Tenha uma visão! Existe uma imensa diferença entre
uma piscada necessária e a cegueira desnecessária.
Analisemos, então, a visão de Paulo em Filipenses
3.13,14. Vejamos como se aplicam os conceitos
relacionados à visão estudados neste capítulo.
Como já vimos, a construção de uma atitude de
vitória se dá modelando uma visão eficaz para nossa
vida. E, assim, podemos afirmar que: A visão
S I LA S M A LA FA I A

determina a ação, que cria o hábito, que molda o


caráter, e tais coisas nos levam ao nosso destino.

A visão de Paulo

Nesta passagem, qual é a visão de Paulo?


Encontramos a resposta no versículo 14: o prêmio
da soberana vocação. Aqui está a visão de Paulo, o alvo
a ser atingido, a meta pela qual, a fim de ser
alcançada, ele empreenderá todo o trabalho
necessário. Vale ressaltar que, nesse texto de
Filipenses, o apóstolo utiliza uma expressão muito
empregada pelos desportistas de sua época. Paulo faz
uma analogia entre a perseverança em atingir a linha
de chegada e a atitude adotada pelos corredores que
buscavam a vitória nos estádios de corrida de então.
Aquele que corre não fixa os olhos nos es-
pectadores, e, sim, no prêmio. Sem importar se os
espectadores são ricos ou pobres, se dele zombam, se
o aplaudem ou insultam, se lançam pedras contra ele,
ou se lhe assaltam a casa; e, mesmo que vejam seus
filhos e sua esposa, ou qualquer outra coisa, o
corredor não se desvia de seu alvo, porquanto se
preocupa tão somente com correr e conquistar o
prêmio. Aquele que corre não para em parte alguma,
pois, caso se mostre negligente, mesmo que por
pouco tempo, tudo estará perdido.
Aquele que corre não afrouxa a corrida sob hipótese
alguma antes de chegado o fim, porém, mais do que
nunca, estica-se para vencer a pista.
A soberana vocação a que Paulo se refere aqui
significa, literalmente, uma "chamada para o alto". Se
preferirmos, em uma tradução mais técnica, baseada
no texto original grego, veremos que o chamado
cristão nos convoca não apenas a avançar, mas
também a subir sempre para novas alturas. O
chamamento de Deus, Sua vontade em nós, sempre
nos convoca a subir mais e mais.
E nós? Qual é a nossa visão? Qual é o alvo que
buscamos atingir? Seja qual for a sua visão, lembre-se
de que a consistência da sua atitude é fator
determinante para um futuro próspero.

A ação de Paulo

Qual foi a ação determinada pela visão de Paulo?

Esquecendo-me das coisas que atrás ficam e


avançando para as que estão diante de mim. Ou seja,
tudo quanto ficava no passado, em sua experiência
cristã, ou em qualquer outra área de sua vida,
incluindo o período quando ainda estava no
farisaísmo. Paulo experimenta sucessos e fracassos,
alegrias e desapontamentos, tristezas e consolos; mas,
agora, tudo isso era passado. Na qualidade
de "maratonista" de Cristo, ele não permanecia
olhando para trás, pois isso só serviria para tornar
mais lento o seu progresso espiritual. Antes, ele olhava
constantemente para frente, focando o alvo e o
prêmio.
Ele não considerava a velocidade e a facilidade
com que chegara até aquele ponto, como se isso fosse
algo significativo. Somente ao atingir o alvo e o
sucesso final um homem pode considerar- -se bem-
sucedido. Ter começado bem não é o bastante
também; aquele que chega em primeiro lugar é que
recebe o prêmio. Não que Paulo se envergonhasse ou
se orgulhasse de suas realizações passadas; ele não
desejava ter qualquer sentimento de auto-satisfação
que pudesse enfraquecer a sua determinação de
atingir o alvo final.
A palavra "avançando", utilizada nesta passagem,
não consegue traduzir a força da metáfora do texto
original grego. Neste, é dito, literalmente: "esticando-
me", o que cria a imagem de um violento esforço para
a frente. A posição de todos os corredores, com o
corpo inclinado para a frente, é posta em foco. E com
essa metáfora, Paulo nos transmite a dimensão de seu
violento e tremendo esforço.
E o que significa este violento esforço para
frente? A determinação em atingir o seu objetivo.
O Dr. Norman Vincent Peale explicou este esforço do
seguinte modo: "O corpo do corredor se inclina para a
frente, sua mão se estende na direção do alvo, e seus
olhos se fixam no mesmo. O olhar vai adiante e puxa a
mão, e a mão atrai o pé". O corredor, em busca do
alvo, dispende energia, inteligência e determinação —
eis uma atitude de vencedor!
E nós? Qual ação a nossa visão tem determinado?
Seja qual for a visão, a ação deve caracterizar-se pela
determinação. Devemos manter diante dos olhos o
alvo que desejamos atingir. O mesmo esforço e
determinação relatado por Paulo deve fazer parte de
nossa corrida rumo ao nosso objetivo. E não devemos
medir esforços para isso. Não devemos temer o que,
porventura, aguarde-nos em nosso trajeto. Antes,
devemos demonstrar coragem e uma atitude de
vencedores, pois somente assim conseguiremos
receber o prêmio.
Outro detalhe importante é a disciplina que
devemos manter para atingir a vitória. É sabido que
um corredor, para vencer uma maratona de 42
quilômetros, deve, primeiro, vencer os primeiros
centímetros da prova. Temos sempre a ideia de que
precisamos conquistar grandes vitórias imediatamente,
esquecendo que o determinante para um grande
sucesso são os pequenos passos
que o antecedem. Pode parecer que esse método leva
muito tempo, porém posso garantir que é uma
maneira mais eficaz de alcançar com sucesso seus
objetivos. O presidente norte-americano Abraham
Lincoln afirmou a sabedoria dessa abordagem quando
disse: "Eu caminho lentamente, mas nunca ando para
trás".
Precisamos, primeiro, realizar pequenas con-
quistas todos os dias. Isso é ação!

O hábito de Paulo

Qual foi o hábito criado por Paulo?


Prossigo. Paulo declara que, em momento algum,
ele interrompe sua corrida. Ele não para. Isso também
é uma questão de disciplina.
O apóstolo já esqueceu o passado e já avançou
para as coisas que estavam diante dele, mas disse que
deveria prosseguir. Prosseguir é perseverar. A vida não
é fácil; seus projetos poderão ser bem-sucedidos, mas
você terá provas ao longo do caminho. Neste
momento, estamos avançando com todo o ânimo para
alcançar algo, e deparamo-nos com uma barreira, uma
decepção. Talvez, isso tenha acontecido com o
apóstolo, mas ele disse: "Prossigo".
Paulo não desiste, e não fica lamuriando a sua
queda. Ele continua seguindo em frente, pois
tem um alvo. Aliás, só alcança um alvo quem tem um.
Se você não tem um alvo, não tem como alcançá-lo.
Como você irá atingir uma meta sem decidir qual será
essa meta, qual será o objetivo de sua corrida? Tendo
um alvo certo, um objetivo específico, você andará em
linha reta, e, quando menos esperar, o terá atingido.
Para muitos cristãos, ser salvo do inferno parece
ser o único objetivo da vida cristã. Uma vez que a
pessoa tenha declarado "aceito Cristo", tenha sido
batizada em uma igreja e tenha adquirido o hábito de
freqüentar os cultos, o assunto estará resolvido. Isto é,
ela estará "vivendo" a vida cristã. Porém, o cristianismo
que se resume em freqüentar igreja nunca foi o
ensinado pelo apóstolo. Para Paulo, vida cristã é algo
dinâmico; é vida! E é vida que extrapola templos e
enfrenta as oposições do mundo; é vida bíblica, que
começa no domingo de manhã, prossegue durante a
semana inteira e volta no domingo seguinte com os
frutos do testemunho diário.
A vida cristã só faz sentido quando "prossegue
para o alvo". E esse alvo é Cristo Jesus; é ser pre-
enchido pelo Espírito Santo, na plenitude daquela
personalidade que o Senhor programou para cada um
de nós. Mas, se o alvo é para ser perseguido, viver
como cristão não pode ser algo que se reduza
a meia dúzia de "hábitos" religiosos. Cristão que, de
fato, é cristão não fica parado, usufruindo dos bonitos
cultos; ele tem um alvo maior a conquistar. E ele
prossegue todos os dias rumo a este alvo!

O caráter de Paulo

Qual foi o caráter moldado em Paulo?


Lemos em Hebreus 12.1,2: [...] deixemos todo
embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e
corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
olhando para Jesus, autor e consumador da fé.
Da mesma forma, em 2 Timóteo 4.7, lemos a
vitoriosa declaração de Paulo: Combati o bom combate,
acabei a carreira, guardei a fé.
O caráter que Paulo possuía e que é testificado ao
longo de todos os seus escritos é realçado aqui. Tanto
no texto de Filipenses como na estupenda sentença de
2 Timóteo, fica claro o estilo de vida do apóstolo,
marcado por um profundo e firme caráter, pautado
pela honestidade e, como dito em Hebreus, longe de
todo embaraço e pecado que de tão perto o rodeava.
Em momento algum fica implícito que Paulo
tenha empregado, ou mesmo recomendado,
estratagemas ou astúcias para que a vitória fosse
alcançada. Não precisamos "derrubar" ninguém
na corrida que nos foi proposta e não necessitamos
torcer pela derrota de algum candidato que se
proponha a correr conosco. A maneira como nos
dedicamos à corrida será o diferencial para a nossa
vitória. A forma como construímos a nossa vida,
guardando a fé, será o ponto decisivo para a obtenção
do prêmio. Portanto, assim como Paulo, você não
precisa querer tomar o lugar de alguém. Apenas corra
a sua corrida!

O destino de Paulo

Qual foi o destino alcançado por Paulo? O prêmio


da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus!
Após se entregar a uma corrida em que dedicou
seus maiores esforços com a implacável determinação
de um desportista, Paulo atinge o seu objetivo,
alcançando seu destino: a vitória.
O prêmio obtido por Paulo consiste naquilo que
um homem ganha ao vencer a corrida da vida: a vida
eterna, a salvação. O intenso esforço de Paulo, aqui
refletido, está relacionado à sua mensagem em
Filipenses 2.12: Operai a vossa salvação com temor e
tremor. Ele se referia ao lado humano da questão; daí a
luta no tocante ao resultado final.
Quando ele, finalmente, pôde dizer: Combati o
bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada (2
Timóteo 4.7,8), então não restavam mais dúvidas. Por
isso, tendo em vista essa atitude de Paulo, nós
também devemos buscar, diariamente, a coroa da
justiça, o nosso prêmio.

O seu destino

Dentro da contextualização que temos feito até


aqui, cabe questionar: Qual é o seu destino? O que
você almeja para a sua vida? Qual é o seu ideal na
vida? As pessoas apresentam inúmeras razões a fim de
explicar a razão de estarem competindo, participando
da corrida rumo ao alvo que determinaram em sua
visão. Alguns desejam tornar-se "alguém" na vida;
outros necessitam ganhar status aos olhos dos outros;
e a maioria gostaria de comprar uma casa nova ou
adquirir um carro novo, desfrutar de um padrão de
vida melhor, ou oferecer aos seus filhos uma vida
melhor do que eles tiveram.
Seu propósito na vida, sua visão, dita significa-
tivamente, é sua realização. A maneira como você se
porta rumo ao destino escolhido será decisiva. Não
deixe que os obstáculos falem mais alto do que a sua
caminhada de integridade e perseverança. Não importa
o que é jogado contra você.
V ITÓ RIA É UM A QUESTÃ O DE A T ITUDE

sempre persevere até o fim. Tome a atitude de ser o


tipo de pessoa a quem Thomas Paine, um dos pais
fundadores dos Estados Unidos da América, referiu-se
quando escreveu as seguintes palavras:

Admiro o homem que pode sorrir com os pro-


blemas, reunir forças na aflição e ficar mais corajoso
pela reflexão. Isso é o que faz as mentes pequenas
encolherem; mas aquele cujo coração é firme, e cuja
consciência aprova sua conduta, perseguirá seus prin-
cípios até a morte.

Uma das atitudes negativas mais comuns em que


as pessoas se abrigam, impedindo um avanço em sua
corrida rumo aos objetivos almejados, é a infelicidade
quanto às circunstâncias atuais. Tenha cuidado para
não olhar demais para o futuro se você detesta o seu
presente. Por que se incomodar com onde você está
hoje se isso faz parte de onde você estará amanhã?
Assim, há uma busca incessante por satisfação.
Porém, a verdadeira realização é alcançada quando
você enxerga o seu presente pela perspectiva da
gratidão e da esperança. Você tem de estar pronto
quando for a hora de seguir em frente.
O famoso psicólogo William James, um dos
fundadores da Psicologia moderna e filósofo liga
S Í LA S M A LA FA I A .

do ao Pragmatismo, escreveu no final do século 19: "A


maior descoberta da minha geração é que as pessoas
podem alterar sua vida alterando suas atitudes
mentais". Assim, ao mudar sua atitude, você pode
alterar algo em seu íntimo que precise ser
transformado.
O apóstolo Paulo afirma o mesmo princípio
quando diz:

£ não vos conformeis com este mundo, mas


transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.
Romanos 12.2

A vitória é uma questão de atitude, e a renovação


do nosso entendimento (da nossa mente) é um dos
sinais de uma atitude vencedora, que leva ao sucesso.
Você foi criado para o sucesso. E a fórmula para a
vitória e o sucesso sempre começa com uma atitude
de vencedor. Mantenha em mente essa fórmula e não
se esqueça dos valores contidos no prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus.
Acredite na soberana vontade de Deus para a sua
vida. Creia que em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por aquele que nos amou
(Romanos 8.37). Tenha certeza de que o Senhor tem
vitórias reservadas para a sua vida. E tome uma atitude
de vencedor - não reclame daquilo que você permite,
mas corrija as áreas erradas da sua vida; seja um
cooperador em Cristo; e tenha uma visão que
determine a sua ação, crie o hábito, molde o caráter e
conduza-o ao destino tão desejado!
Conclusão

Conta-se a história de um homem que vivia nos


países frios do hemisfério norte e que, no inverno, ao
chegar à beira de um rio congelado que precisava ser
atravessado, não tinha maneira de saber qual era a
espessura do gelo. Ele temia que, caso começasse a
atravessá-lo, o gelo se partisse e ele fosse engolido
pelas águas geladas do rio.
Então, para distribuir melhor o seu peso, deitou-
se de bruços sobre o gelo e foi arrastando-se
lentamente na direção do centro do rio. Porém,
repentinamente, por detrás, ouviu um barulho terrível,
e, levantando os olhos, viu aproximar-se um homem
idoso e com dois cavalos, que puxavam uma carroça
carregada de mercadorias. E o homem, com os cavalos
e a carroça sobrecarregada, atravessou o rio congelado
e sem a menor hesitação. Ao ver isso, lentamente e
ressabiado, o
homem se levantou e completou sua travessia, em
passadas firmes.
Paulo se assemelha ao homem que chegou à
beira do rio congelado com os cavalos e a carroça
sobrecarregada e então o cruzou sem a menor
hesitação, deixando-nos o exemplo. Ele nos mostrou
total dedicação, e não uma atitude tímida,
encorajando-nos, com o seu exemplo, a fazermos o
mesmo.
A maioria das pessoas se dedica parcialmente ao
Senhor, por causa de seus outros objetivos, como o
dinheiro, a ambição, a rivalidade e o senso de
segurança material, que são as únicas coisas que as
atraem. Mas que segurança há na vida presente se
apenas temos como metas essas coisas, e deixamos
de lado a dedicação a Deus? Esse é um alvo
elevadíssimo: conhecer a Cristo e obter o alvo para o
qual fomos conquistados por Ele. Se o conhecemos em
nossa experiência pessoal, então a nossa grande meta
deve ser o objetivo que Ele tem para nós, não servindo
aos nossos próprios objetivos por nós mesmos.
Lembremos a advertência de Jesus:

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos


ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque
todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto,
vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas
coisas; Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça,
e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
Mateus 6.31-33

Deus tem reservado, para nós, vitória sobre


vitória. Fomos criados por Ele para experimentarmos o
sucesso e servirmos de testemunhas do Seu grande
poder e soberania neste mundo. Vimos que o exemplo
que Paulo nos deixou ressoa por toda a Bíblia, na vida
de todos os grandes homens e mulheres que serviram
ao Senhor de todo o seu coração. Porém, uma coisa é
primordial: que busquemos, antes, o Reino de Deus e a
Sua justiça.
É necessário que nos dediquemos ao Senhor com
integridade, fazendo por Ele um trabalho de excelência
em todas as áreas de nossa vida. E este nosso trabalho
em prol do Reino não pode permanecer apenas na
mente, no desejo, nos planos; precisa ser algo efetivo,
que resulte em ações concretas para o Senhor e em
nome dele. As abundantes bênçãos de Deus estão ao
alcance de qualquer um que se proponha a buscá-lo e
servi-lo com pureza de espírito e intenção.
Qual é a sua visão? Qual é o seu alvo para a sua
vida? Faça essas perguntas a si mesmo. Mas também
procure responder às questões que estão
no coração de Deus: Quais são as pessoas que você
deseja conduzir a Jesus? Qual será a sua cooperação
junto ao Corpo de Cristo, a Igreja? Quais são os seus
alvos no Reino de Deus?
Tenha uma visão. Mas lembre que visão é algo
construído na mente e que, por si mesma, é algo
abstrato. Você constrói sua visão em torno de algo que
será realidade no futuro. A partir daí, é realidade
concreta, é trabalho em torno de sua realização.
A ação necessária para construir essa visão é
concreta; o hábito é algo concreto; o caráter é algo
concreto. Para atingir um objetivo real, para chegar à
vitória verdadeira, ao lugar da bênção, ao destino que
Deus reservou para cada um de nós, é preciso uma
atitude concreta em nossa vida!
A vitória, assim como a vida, é uma questão de
atitude. O destino que lhe aguarda é determinado por
suas atitudes!
Não esqueça que você não nasceu para ser mais
um neste mundo. Assim como eu, você nasceu para
fazer diferença. Para isso, estamos aqui, para
influenciar a sociedade, transformar as pessoas,
inspirar o mundo e levar todos a crer que o nosso
Deus é o Senhor de todas as coisas e que do pó [Ele]
levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado,

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S Í LA . S M A LA FA I A

para o fazer assentar com os príncipes, sim, com os


príncipes do seu povo (Salmos 113.7,8).
Só com atitudes será possível ao homem obter a
vitória. Não será com discursos belos e inflamados,
com emotividades ou sentimentalismos, nem mesmo
com teologias vãs ou falsas doutrinas. A vitória só é
possível com atitudes que o levem a uma visão que
determine a ação que crie os hábitos que moldem o
caráter e o conduza ao seu destino, de vitórias,
bênçãos e sucesso!
Tome essas atitudes na vida; Deus tem vitória
para você!

Ore comigo:

Senhor, que eu possa assimilar, com a minha


alma e o meu coração, a Tua Palavra que estudei neste
livro, pois ela é a expressão da Tua vontade. E que a
Tua vontade transforme o meu dia a dia. Eu declaro
que sou capaz de tomar uma atitude, para que eu
possa, com a Tua ajuda, corrigir as áreas da minha
vida que não têm agradado a Ti, tornar-me um
cooperador na Tua causa e construir uma visão
produtiva para a minha vida. Eu te peço, Senhor, que
eu possa correr a carreira que me foi proposta,
buscando o prêmio que está reservado para mim,
experimentando, assim, o sucesso e a
vitória. Declaro que só Tu és o Senhor da minha vida e
que as minhas atitudes serão todas voltadas para que
o Teu nome seja louvado e glorificado por meio de
meu viver. Ó Altíssimo Deus, prepara-me, para que eu
possa atingir patamares mais altos em minha vida,
testemunhar a vitória que há somente em Ti e
produzir frutos que levem outros a também tomarem
atitudes que os conduzam à vitória. Peço que me
abençoes, que me guardes e que me proporciones
uma vida nova, assim como fizeste com Teu servo
Paulo. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu
Senhor e Salvador, amém!

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