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Universidade Federal de Juiz de Fora

Campus Governador Valadares

História das Constituições: Constituição de 1891

Ana Carolina Reis Correa, Ana Victória dos Passos Caetano, Fernanda Vieira de
Oliveira, Letícia Adams Mendes Coelho Serra, Letícia Moreira Vasconcellos, Paola
Gomes de Almeida, Suelem Ferreira Martins, Thayná Lanna Cordeiro de Morais

Governador Valadares
2018
Contexto
No período que antecede a Constituição de 1891, o Brasil vivia sobre o regime de
Império, uma monarquia que só foi extinta em 1889 com o movimento político-militar que
decretou a queda do Imperador D. Pedro II juntamente com a Carta Política do Império do
Brasil. Logo, essa constituição representou a transição de um regime monárquico para o
republicano. Em 15 de Novembro de 1890 foi formado o Congresso Constituinte, sendo que,
em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira constituição republicana da chamada:
República Federativa dos Estados Unidos do Brasil, que seguia o sistema de governo
presidencialista (que ampliou o voto para o cargo máximo do Executivo) e que foi, em grande
parte, regida pelos juristas Ruy Barbosa e Prudente de Morais – tal que foi o primeiro presidente
eleito do país.
A nova Constituição foi inspirada na Carta Magna dos Estados Unidos da América,
visando a construção de uma nação plural e livre. A mesma dividia-se em cinco títulos, estes
seriam: “Da Organização Federal", “Dos Estados”, “Do Município", "Dos cidadãos brasileiros"
e “Disposições gerais". Nela foi extinguido o Poder Moderador – instrumento que assegurava
práticas absolutistas ao Imperador -, o Conselho de Estado – que tinha como elementar função
propor e interpretar as leis dos Estado e assegurar seu cumprimento - e a indissolução do
Senado. Ela teve como estrutura a federalização dos Estados e a descentralização do poder, o
que introduziu severas modificações no regime político e no exercício jurídico.

Estrutura do Estado e repartição de competências


A república federativa, com governo central de 20 Estados membros. Estabelecia que
“Cada Estado reger-se-á pela Constituição e pelas leis que adotar respeitados os princípios
constitucionais da União” art. 63, e dessa forma era posta uma limitada autonomia dos Estados,
que precisavam acatar aos princípios constitucionais da União, definidos nos 12 incisos do art.
6º, II:
Art.6º - O Governo federal não poderá intervir em negócios peculiares aos Estados,
salvo:
I - Para repelir invasão estrangeira, ou de um Estado em outro;
II - Para assegurar a integridade nacional e o respeito aos seguintes princípios
constitucionais:
a. a forma republicana;
b. o regime representativo;
c. o governo presidencial;
d. a independência e harmonia dos Poderes;
e. a temporariedade das funções electivas e a responsabilidade dos funcionários;
f. a autonomia dos municípios;
g. a capacidade para ser eleitor ou elegível nos termos da Constituição;
h. um regime eleitoral que permita a representação das minorias;
i. a inamovibilidade e vitaliciedade dos magistrados e a irredutibilidade dos seus
vencimentos;
j. os direitos políticos e individuais assegurados pela Constituição;
k. a não reeleição dos Presidentes e Governadores;
l. a possibilidade de reforma constitucional e a competência do Poder Legislativo para
decretá-la;
A violação desses fundamentos era um dos motivos de intervenção federal nos Estados.
Ademais, os mesmos não podiam refusar a documentação da União ou de outros Estados;
denegar extradição; guerrear entre si; rejeitar a moeda federal.
Em relação aos tributos, a divisão das cobranças ficou definida da seguinte forma:
À União era exclusiva a cobrança dos impostos de exportação, direito de entrada e saída
de navios, selos, taxas de correio e telégrafo. Esses fundamentos estavam redigidos no artigo
7° da constituição.
Ao Estado cabia a cobrança de impostos de acordo com o artigo 9°:
Art. 9º - É da competência exclusiva dos Estados decretar impostos:
1 º) sobre a exportação de mercadorias de sua própria produção;
2 º) sobre Imóveis rurais e urbanos;
3 º) sobre transmissão de propriedade;
4 º) sobre indústrias e profissões.
§ 1º - Também compete exclusivamente aos Estados decretar:
1 º) taxas de selos quanto aos atos emanados de seus respectivos Governos e negócios
de sua economia;
2 º) contribuições concernentes aos seus telégrafos e correios.
§ 2º - É isenta de impostos, no Estado por onde se exportar, a produção dos outros
Estados.
§ 3º - Só é lícito a um Estado tributar a importação de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas ao consumo no seu território, revertendo, porém, o produto do imposto para o
Tesouro federal.
§ 4º - Fica salvo aos Estados o direito de estabelecerem linhas telegráficas entre os
diversos pontos de seus territórios, entre estes e os de outros Estados, que se não acharem
servidos por linhas federais, podendo a União desapropriá-las quando for de interesse geral.
Aos Município era destinado a cobrança dos impostos prediais urbanos – casas e
terrenos -, além da permissão de arrecadarem o de indústrias e profissões. Tais taxas eram
referidas à prestação de seus serviços de água, luz, lixo, entre outros.
Como norma reguladora cabida aos municípios a Constituição trazia:
Art. 68 - Os Estados organizar-se-ão de forma que fique assegurada a autonomia dos
Municípios em tudo quanto respeite ao seu peculiar interesse, o qual se encontrava grande
ambiguidade visto o caráter geral que essa norma possuía.
Entretanto por ser tão simplória a delegação aos municípios, diversas discussões foram
levantadas – como se, por exemplo, o Estado poderia determinar a nomeação dos prefeitos.
Assim, posteriormente, foi estabelecido pela constituição de cada Estado que os
Municípios seriam regulados por uma “lei orgânica", aplicável a todos.

Organização dos poderes


A Constituição de 24 de fevereiro de 1891 era constituída de 91 artigos e oito
Disposições Transitórias, foi inspirada nas disposições constitucionais suíças e argentinas, e,
majoritariamente, na Constituição dos Estados Unidos da América. Essa Constituição brasileira
é considerada como a mais sucinta das sete Constituições da República.
Foi escolhido o regime representativo e a forma de governo escolhida foi a de República
Federativa Liberal. Dessa forma, houve a extinção do Poder Moderador e do Conselho de
Estado, além da substituição do parlamentarismo pelo presidencialismo. Somado a isso,
estabeleceram-se os três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, que são "independentes
e harmônicos entre si".

Poder Legislativo
O Poder Legislativo era considerado bicameral, pois era composto pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal. A legislatura dos deputados era de apenas três anos, diferente
dos Senadores que eram eleitos por nove anos. Dessa forma, os deputados eram eleitos na
proporção um para setenta mil habitantes e os senadores três por Estado, renovando-se um terço
a cada triênio. Em relação aos naturalizados, esses só podiam ser eleitos deputados após quatro
e para senador após seis anos de sua naturalização.
Cabia ao congresso votar o orçamento anual, autorizar empréstimos, regular o comércio
exterior e inferior, a guerra e a paz, resolver sobre tratados com nações estrangeiras, fixar forças
de terra e mar, declarar o estado de sítio, conceder anistia e legislar sobre todas os assuntos de
domínio da União.
Devido a instauração do regime presidencialista semelhante ao norte-americano, o
Poder Executivo não era mais capaz de dissolver a Câmara dos Deputados, nem era obrigado a
escolher Ministro de confiança desta ou exonerá-los se perdessem essa confiança (diferença
fundamental entre as Constituições de 1824 e 1891).

Poder Executivo
O Poder Executivo seria exercido pelo Presidente da República, segundo o artigo 41,
como “chefe eletivo da nação". A substituição do presidente, quando necessária ou por
sucessão, seria pelo vice-presidente, o qual era responsável por presidir o Senado. Entretanto,
se o cargo presidencial ficasse vago por morte ou outra causa do presidente nos dois primeiros
anos do mandato, seria necessário realizar uma nova eleição. Mas, se decorrido os dois anos, o
vice sucederia o então presidente.
Para serem eleitos, presidente e vice deveriam possuir mais de 35 anos, serem brasileiros
natos e estar no exercício dos direitos políticos. Para ambos eram necessárias as eleições diretas
e com maioria absoluta.
Era incumbência do Presidente nomear e demitir livremente os ministros de Estado,
chefiar o exército, como comandante supremo nomeava funcionários, declarava guerra e fazia
a paz, além de prestar contas anualmente. O mesmo não poderia ser destituído, exceto por
impeachment. Do mesmo modo ocorria com seus ministros de Estado, os quais eram
responsáveis exclusivamente para com ele e não para com a Câmara.

Poder Judiciário
A Constituição de 1891 sancionou os decretos do Governo Provisório, de Campos Sales,
estabelecendo a Justiça Federal, ao lado da Estadual e o Supremo Tribunal Federal.
Os Juízes e Tribunais Federais seriam responsáveis por julgar os motivos fundados na
Constituição, os de interesse da União e os contra a União; causas entre um Estado e cidadão
de outro, as de Direito Marítimo, as de um destes contra outro, além das causas de estrangeiros
baseadas em contrato com a União ou em tratados internacionais.
Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgaria originalmente os crimes
comuns do Presidente e de quaisquer dos ministros ou ministros diplomáticos, além disso esse
órgão seria responsável por ajuizar causas entra a União e Estados, ou de um destes contra o
outro, causas das nações estrangeiras e a União ou Estado, conflitos entre juízes federais ou
entre estes e os estaduais.
Segundo os artigos 56, 57 e 58, o Supremo Tribunal Federal deveria ser composto por
quinze juízes, nomeados pelo Presidente da República, esses deveriam ser cidadãos de “notável
saber e reputação, elegíveis para o Senado” (ou seja, maiores de 35 anos).
Por não existir nenhuma proibição em lei da atividade político-partidária por parte dos
juízes, alguns a exerceram. Ademais, os juízes federais eram cargos vitalícios, que só poderiam
ser retirados do cidadão por sentença judicial (julgado pelo Senado).
Cabia aos juízes e tribunais declarar a inconstitucionalidade de leis e decretos, mas
apenas em casos concretos, pois a justiça não podia revogar a lei inconstitucional, nem a
declarar em tese erga omnes. Já aos civis, necessitariam de uma ação judicial para declarar a
inconstitucionalidade de uma lei.

Direitos e garantias fundamentais contemplados


A primeira Constituição republicana (1891) tinha como título IV – Dos Cidadãos
brasileiros, e nela a Seção II – Declaração de direitos, nessa secção havia o art.º 72 que possuía
um rol de direitos e garantias fundamentais, alguns que já haviam na constituição passada e
foram aprimorados e outros que viraram lei a partir daquele momento. Alguns exemplos são a
igualdade legal entre os cidadãos brasileiros, a garantia das liberdades de crença, de associação
e reunião, o direito ao habeas corpus, entre outros. Com destaque também para o art.º 70, mesmo
não estando nessa secção, redigia sobre o direito ao voto e trouxe uma grande mudança.
Igualdade entre os cidadãos brasileiros perante a Lei: A primeira Constituição
republicana inspirou-se nos ideais burgueses relacionados a direitos e garantias individuais,
assumindo assim, os princípios de igualdade dentre os cidadãos perante a Lei. Nesse âmbito,
foi realizado uma extinção de privilégios relacionados ao nascimento ou títulos de nobreza
adquiridos na época da monarquia. Como exposto no Artigo 72, § 2º - “Todos são iguais perante
a lei. A República não admite privilégios de nascimento, desconhece foros de nobreza e
extingue as ordens honoríficas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os
títulos nobiliárquicos e de conselho.”
Liberdade de crença: Diferentemente da Constituição de 1824 que proibia o culto
público das crenças distintas da Igreja católica, a Constituição de 1891 realizou uma grande
evolução no âmbito social relacionado a concessão de maior liberdade religiosa. Previsto no
Artigo 72, § 3º - “Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e
livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as
disposições do direito comum.”. Permitindo, dessa maneira, o livre culto religioso. Além de
que também era garantido constitucionalmente que não houvessem mais relações de
dependência e alianças entre o poder público e as religiões (art.º 72 § 7º). Ademais, o artigo 72
também assegurava no parágrafo 28 que: “Por motivo de crença ou de função religiosa, nenhum
cidadão brasileiro poderá ser privado de seus direitos civis e políticos nem se eximir do
cumprimento de qualquer dever cívico.”. Consequentemente depois de tais mudanças Igreja e
Estado passaram a constituir instituições separadas.
Liberdade de associação e reunião: O artigo 72 parágrafo 8 tem o seguinte
fundamento: “A todos é lícito associarem-se e reunirem-se livremente e sem armas; não
podendo intervir a polícia senão para manter a ordem pública.”
Liberdade de manifestação de pensamento: garantida no artigo 72 § 12: “Em
qualquer assunto é livre a manifestação de pensamento pela imprensa ou pela tribuna, sem
dependência de censura, respondendo cada um pelos abusos que cometer nos casos e pela forma
que a lei determinar. Não é permitido o anonimato.” Assim, nota-se a Garantia de liberdade de
imprensa e expressão de opiniões. Não estabelece censura, porém cada pessoa fica responsável
por abusos cometidos.
Habeas Corpus, abolição da pena de morte, de galés e de banimento judicial: Foi
instaurado esse direito de habeas corpus com o intuito de remediar qualquer violência ou coação
por ilegalidade ou abuso de poder, como previsto no Artigo 72 § 22 - “Dar-se-á o habeas corpus,
sempre que o indivíduo sofrer ou se achar em iminente perigo de sofrer violência ou coação por
ilegalidade ou abuso de poder.”. Sendo seguido também da abolição da pena de morte (art. 72,
§ 21), de gales e a de banimento judicial (art. 72, § 20), reafirmando cada vez mais os direitos
individuais.
Direito à privacidade: Artigo 72 parágrafos 11 e 18 discorrem sobre a questão da
privacidade dos indivíduos. Tem-se como disposições desses artigos a garantia da casa como o
asilo inviolável do indivíduo e o sigilo de correspondências.
Direito ao voto: Na constituição de 1891 extinguiu-se o critério censitário como
condição de elegibilidade (mesmo assim ainda era muito restrito). Essa restrição se deve porque
podiam votar apenas homens alfabetizados com mais de 21 anos, estando excluídos também
mendigos e membros de ordens monásticas, o que restringia o número de eleitores a uma ínfima
parcela da população. Ou seja, não era de fato democrático. Tinha-se como característica o voto
direto, porem aberto (não é secreto) dessa maneira existia um controle do voto resultando em
um processo de corrupção, o coronelismo.
Portanto, a constituição de 1891 focou-se nos direitos fundamentais, trazendo
características liberais e significando um grande passo para a nação brasileira, mesmo que na
prática tais direitos não fossem ainda tão aplicáveis pelo fato de que até aquele momento se
possuía uma sociedade conservadora que se pautava em princípios monárquicos.

Repercussões dessa Constituição na vida social e política no Brasil


Com a queda da monarquia em 15 de novembro de 1889, foi decidido que o Brasil seria
regido por um novo regime, o republicano. Dessa maneira, usando decretos consecutivos, o
grupo liderado por marechal Deodoro da Fonseca, instituiu a República Federativa com
mudanças como, o uso de uma nova bandeira; a extinção das assembleias legislativas
provinciais, as duas casas da Assembleia Geral e o Conselho de Estado; as províncias antigas
passariam a compor os Estados Unidos do Brasil; a diminuição de certos pré-requisitos para ser
eleitor; e foi constituído um governo provisório para reger o país até que fosse estabelecida a
eleição de um Congresso Constituinte. Com a promulgação da segunda Constituição brasileira,
a primeira de caráter republicano, essas mudanças passaram a estar previstas em leis
constitucionais.
Quanto às repercussões do direito ao voto, é necessário destacar que uma maior parcela
da população foi contemplada, visto que anteriormente o voto era censitário e agora ele passa
a ser universal. Entretanto, ainda havia limitações, somente podiam exercer esse direito os
homens maiores de 21 anos, não abrangendo os mendigos, soldados, analfabetos e religiosos.
Além disso, a mulher nem era citada, tendo como pressuposto a cultura patriarcal, as mesmas
não votavam. Por fim, as votações não eram secretas, fazendo surgir várias práticas fraudulentas
por parte das oligarquias brasileiras, como por exemplo, o voto de cabresto, no qual os coronéis
usavam do seu poder e da sua força para obrigar os eleitores do seu “curral eleitoral” a votarem
no candidato que ele apoiava, sendo o voto aberto, os coronéis tinham a possibilidade de
fiscalizar essa votação. Essas práticas elitizavam as eleições, pois somente eram eleitos os
representantes da elite, então as necessidades populares não tinham destaque.
A nova Constituição também previa a extinção do Poder Moderador, este não tinha
limitações e era capaz de controlar os demais poderes; a extinção do Conselho de Estado,
instituição monárquica que tinha a missão de auxiliar o imperador no exercício do Poder
Moderador, e o estabelecimento dos três poderes (legislativo, judiciário e executivo)
independentes e harmônicos entre si. Desse modo, o poder não ficava concentrado nas mãos de
uma só pessoa, sendo assim um pressuposto para a democracia.
Com a separação entre Estado e a Igreja, foi concedida maior liberdade religiosa, pois a
nova Constituição permitia o livre culto público de outras crenças que não fosse o da Igreja
Católica Apostólica Romana, como era proibido na Constituição de 1824, estabelecendo assim
um Estado laico.
Além disso, a Constituição de 1891 manteve alguns direitos previstos na Constituição
de 1824, como direitos a liberdade, a propriedade e a segurança, porém passou a não mais
reconhecer privilégios de nascimento, como títulos de nobreza, entre outros.
O estabelecimento de uma república federativa beneficiou os adeptos aos setores
dominantes como o agroexportador e o cafeicultor, suas necessidades detinham prioridade na
política e na economia. Proporcionou a expansão de seus negócios que antes eram contidos pela
centralização monárquica. Ademais, a Constituição de 1891 permitiu o empréstimo com o
exterior e concedeu a autonomia estatal, que permitia a organização própria de cada estado
desde que não fosse contra os princípios da união. Isso favoreceu a classe dominante, pois com
empréstimos eles poderiam fortalecer os investimentos em seus setores e valorizá-los, e com a
autonomia estatal eles podiam controlar seus estados. Isso fortaleceu a oligarquia e o controle
de coronéis na administração de suas regiões.
Embora a Constituição de 1891 tenha inovado em alguns aspectos, ela fortaleceu o
poder oligárquico e foi caracterizada pela exclusão de grande parte da população. Visto isso,
em 1926, foi aprovada uma Emenda Constitucional que procurava corrigir seus defeitos e
promover a democracia. Assim, foi modificado o art. 6º que aumentou o número de situações
para a intervenção federal nos estados, para assegurar os princípios constitucionais da união,
além de diminuir as pressões advindas das regiões. Isso aumentava o poder do presidente e
dificultava o crescimento do poder oligárquico.

BIBLIOGRAFIA

BALEEIRO, Aliomar. Constituições Brasileiras: 1891. 3. ed. Brasília: Senado Federal, 2012.

103 p. v. 2.

"Constituição de 1891". Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do

Brasil, Rio de Janeiro. Disponível em:


<http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/CrisePolitica/Constituicao1891>.

Data de acesso: 15 de novembro de 2018.

CYSNE, Diogo. (17 de julho de 2016). Constituição de 1891. Acesso em 15 de novembro de

2018, disponível em InfoEscola: https://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1891/

REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. Constituição (1891). Brasília:

Planalto do Governo. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm>. Data de acesso: 15

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REVISTA GUIA DO ESTUDANTE. História: Vestibular + Enem 2018. São Paulo: Editora

Abril, 2017. P. 105 – 117.

SISTEMA DE ENSINO BERNOULLI. República Provisória e da Espada. Coleção Estudo

6v - Vol. 4. Belo Horizonte: Editora DRP Ltda, 2016. P. 87 – 96.

SUGAHARA, H. (2016). Constituição de 1891. Acesso em 15 de novembro de 2018,

disponível em Atlas histórico do Brasil: https://atlas.fgv.br/verbetes/constituicao-de-1891

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