Você está na página 1de 8

Name : Lourenço Julião Munguambe

Integração de programas da segurança alimentar e do HIV e SIDA

Lições de experiências dos parceiros da Oxfam em Moçambique e na Africa do Sul

Porquê é que a segurança alimentar e a nutrição são importantes para dar resposta ao

HIV ?

O HIV e SIDA é mais do que um problema – é um grande obstáculo para a luta mundial contra

a pobreza, especialmente nos países em via de desenvolvimento.

No mundo inteiro, cerca de 65 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV. As doenças

relacionadas com o SIDA já mataram mais de 25 milhões de pessoas quando foram

reconhecidas pela primeira vez em 1981. Na grande maioria dos 38.6 milhões de pessoas que

viviam com o HIV, em 2005, não tinham conhecimento do seu estado. O SIDA encontra – se

entre um dos maiores problemas de segurança e desenvolvimento que o país hoje enfrenta. A

área Subhariana permanece como a mais afectada no mundo, onde cerca de 22 milhões de

pessoas viviam com HIV em 2008.1

A segurança alimentar e a nutrição são críticas para pessoas que vivem com HIV. A falta da

segurança alimentar e a desnutrição pode acelerar a progressão de doenças relacionadas com o

SIDA e reduzir a eficácia do tratamento.2 A infecção pelo HIV por si mesma reduz a segurança
alimentar e a nutrição, afectando a capacidade de trabalhar das e pôr em risco a sua

sobrevivência.

Em contraste, uma boa alimentação e uma boa nutrição podem reduzir a progressão do

HIV, reduzir os custos de tratamento, e melhorar a vida das pessoas vivendo com HIV

e SIDA ou afectadas por ela.

Integrando os nossos programas de segurança alimentar e do HIV e SIDA, a Oxfam procura

romper este ciclo de causa/efeito que liga o HIV e o SIDA, a desnutrição e a pobreza.

33 milhões - o número total de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo.

1 bilhão – o númeo de pessoas que passaram fome no mundo inteiro em 2008

1 UNAIDS, Relatório sobre a Epidemia Global se SIDA 2008, Agosto de 2008

2 Gillespie s, Kadiyala S ( 2005 ). HIV/SIDA e segurança alimentar e nutricional: da evidência á

acção. Washington, DC, International Food Policy Research Institute .

3 Organização Mundial de Saúde, o acompanhamento das acções realizadas nos Objectivos de

Desenvolvimento no Milénio ( ODM ) relacionadas com a saúde.

4. Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação ( FAO ) 2009


Os membros da comunidade participam de um grupo da organização da consciencialização

organizada pela centro comunitário Bela-Bela, na localidade de Vingerkraal na Província

do Limpopo, África do Sul.

A foto foi tirada por Matthew William/OxfamAus.

Participação das comunidades

Em primeiro lugar, as organizações devem criar um ambiente que apoia tanto os programas,

assim como as comunidades a responder com eficácia a insegurança alimentar e o HIV e SIDA.

As organizações podem fazer isso envolvendo- se com as comunidades de várias maneiras:

• manter uma boa comunicação e relações de trabalho com participantes do governo e os

membros da comunidade;

• incluir os membros da comunidade em todas fases do programa;

• desenvolver as capacidades dos membros da comunidade;

• trabalhar em colaboração através de redes e parcerias; e

• desafiar o pensamento social e cultural e as normas na comunidade.

Estratégias
Os parceiros da Oxfam na África do Sul usam uma série de estratégias para responder a

insegurança alimentar e o HIV e SIDA nas suas comunidades. Essas estratégias refletem os seus

pontos fortes, bem como as necessidades particulares das comunidades com as quais trabalham.

Esas estratégias tem sido muito eficazes quando são acompanhadas da política de apoio por parte

do governo; o compromisso da liderança tradicional e política; comunidades que se auto

lideram; treinamento, informação e apoio técnico; e um feedback regular e apoio dos doadores.

O apoio as casas e horta das comunidades, actividades geradoras de renda e acções para

aumentar a produção agrícola

O aumento da consciencialização de como a comida decente e anutrição podem reduzir a

vulnerabilidade da infecção pelo HIV e aumentar a resiliência contra o SIDA.

Melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, através do apoio psico-social e do aconselhamento

nutricional

Estabelecer parcerias com organizações com conhecimento especializado para o HIV e SIDA

ou segurança alimentar

Recrutar voluntários e membros dedicados para apoiar os programas

O que é segurança alimentar ?

Disponibilidade- quantidades e variedades suficientes de alimentos nutritivos são

consistentimente disponivéis através da produção interna, importações ou doadores.


Acesso – as pessoas tem recursos adequados para trocar ou comprar alimentos nutritivos para

manter uma dieta equilibrada.

Consumo – os alimentos são consumidos de forma adequada, processados e armazenados. Os

pais têm o conhecimento de como prover alimentos nutritivos para os seus filhos, e todos

podem ter acesso adequado dos serviços de saúde e saneamento.

“ Queremos ver as pessoas vivendo livres do HIV, e não tendo medo do HIV. A ter uma

vida longa, para que vejam seus filhos...

As pessoas vivendo com HIV e SIDA devem ter uma vida longa.”

_Lydia Pole, presidente, Agrupamento Preventivo Bela Bela .

Desafios

A implementação dos programas da segurança alimentar e do HIV e SIDA no Sul da África não

foi sem desafios. Algumas organizações caressem de conhecimento especializado no que diz

respeito aos problemas da segurança alimentar, ou têm uma capacidade limitada de documentar

seu conhecimrnto e experiências.

Algumas comunidades tem como base conflictos políticos, dificultando dessa maneira a

apresentação de programas e e membros da comunidade – principalmente os homens – podem

ser relutantes a participar do programa das actividades.


Os factores ambientais também afectam os resultados dos programas: em algumas zonas há falta

de terrenos para a produção de alimentos e as secas e as cheias já destruiram as plantações.

“ Já assisti os programas de apoio dos cuidados domiciliários nos bairros de Moçambique e

zonas rurais da África do Sul . As pessoas doentes e as que são mantidas nas casas dados um

sustento e apoio básico. Mas talvez o que seja mais importante, é que os seus cuidadores

proporcionam contactos sociais e atenua o sentimento de isolamento.”

-- Andrew Hewett, Director Executivo da Oxfam Austrália

Lições e oportunidades

Estabelecer relações fortes

A participação da comunidade é um processo contínuo e exige que se trabalhe em

parceria com o governo, lideres tradicionais, organizações da comunidade e membros da

comunidade individual, tanto homens assim como mulheres. As partes interessadas da

comunidade podem fornecer recursos e trazer paixão, experiência e competências para os

programas.

Desenvolver competências

As organizações devem comprometer-se no desenvolvimento das competências ao longo

do tempo assim como as pessoas entram e saem dos programas, e precisam de ser alteradas. Por
exemplo, para obter uma segurança alimentar sustentável numa determinada comunidade, as

pessoas podem exigir uma formação para poderem negociar a propriedade da terra, acesso a

recursos hídricos, e obter uma distribuição equitativa dos produtos.

Comunicação eficaz

Uma comunicação eficaz é crítica entre todas as partes interessadas incluindo os

parceiros , membros da comunidade, as partes interessadas da comunidade e os doadores. Os

programas que criam oportunidades para as comunidades partilhar experiências com outras

,trazer criatividade e inovacao na resposta dos desafios que elas enfretam.

Trabalhar juntos

As organizacoes precisam de compartilhar experiências e informação entre si, para

reforçar os seus programas. Uma cultura sustentável de aprendizagem compartilhada devia

continuar a ser fomentada.

“ Gostarias de fazer muito mais, mas não queremaos distribuir pacotes de comida.

Temos, no entanto, constrangimentos com pessoal capacitado e isso acontece muitas vezes

… algumas necessidades cada vez mais prementes no seio das famílias por serem

endereçadas.”—ESCOLHAS

Através do projecto descobri como usar um caju para reproduzir os outros. Também fui treinado

a cuidar das vacas. Nunca antes tivemos laranjeiras, mas agora temos essas arvores e temos

também as papaias, bem como os caules da mandioqueira. Mesmo se o projecto terminar ,


podemos sobreviver porque o projecto nos deu um começo, e nos mostrou como viver e lidar

com a vida,dessa maneira podemos sobreviver por nós mesmos.

-- Salomão Mazive

Oxfam Australia

ESCRITORIO NACIONAL

132 Leicester Street

Cartton Victoria Austral 305

Contacto: + 61392899444

www.oxfam.org au

Você também pode gostar