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Aula 16
Aula 16
Aula 16 - 30/05/2005
Objetivos:
ou
~2 − B
(B ~ 1 ) · n̂ ∆a = 0 ∴ ~2 − B
(B ~ 1 ) · n̂ = 0
(1)
~
2. Descontinuidade na componente paralela de H.
Considerar o teorema de Stokes aplicado a H~ sobre a superfı́cie (infinitesimal) lim-
itada pelo contorno C, como mostra a figura ao lado. n̂ é normal e t̂ paralelo à
superfı́cie.
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Z I n̂
(t̂ × n̂)
~ × H)
(∇ ~ · t̂ da = ~ · d~l
H
t̂
S c
Z ǫ→0 ǫ→0
J~ · n̂ da ~1 − H
= (H ~ 2 ) · (t̂ × n̂) ∆l
S ǫ→0 Contorno C
~ · t̂ ∆l = (H~1 − H~ 2 ) · (t̂ × n̂) ∆l = µ1 n̂
K
~1 − H
= [n̂ × (H ~ 2 )] · t̂ ∆l b
t̂
ǫ
ou
~ = (H
~2 − H
~ 1 ) × n̂ ∆l
K (2) µ2
Observações importantes:
• Nas expressões acima (1) e (2) o versor n̂ é normal à interface partindo do meio 2
para o meio 1 , ao contrário da escolha do Jackson! Se preferir, para evitar mal
entendidos, use n̂ = n̂12 .
• Em meios lineares: B ~ = µH,~ teremos
~ 2 · n̂ = B
~ 1 · n̂ 1 ~ 1 ~ ~
B e B2 × n̂ = B 1 × n̂ + K (3)
µ2 µ1
→ ~ 2 · n̂ = µ1 H
H ~ 1 · n̂ e ~ 2 × n̂ = H
H ~ 1 × n̂ + K~ (4)
µ2
• Se µ1 ≫ µ2 → ~ 2 |n ≫ |H
|H ~ 1 |n . No limite µ1 /µ2 → ∞, H ~ 2 ≈ perpendicular à
superfı́cie [(H1 )n 6= 0]. Equivalente à condição para o campo elétrico na superfı́cie de
um condutor. Neste caso podemos usar a mesma idealização: as superfı́cies de ma-
teriais com alta permeabilidade comportam-se como “equipotenciais”do potencial
magnético, isto é, as linhas de força de H ~ são normais à superfı́cie.
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Considerar,
~ ·B
∇ ~ =0 → ~ =∇
B ~ ×A
~ (5)
~ = H[
Se H ~ B]
~ é conhecida equação constitutiva
h i
~ ×H
∇ ~ ∇ ~ ×A ~ = J~ (6)
~ ·A
Escolhendo o calibre de Coulomb ∇ ~ = 0 resulta
~ 2A
∇ ~ = −µJ~ → 3 eqs. de Poisson em coordenadas cartesianas (8)
Obs: Condições de continuidade entre meios com diferentes µ devem ser usadas para
compatibilizar as soluções.
J~ = 0 → ~ ×H
∇ ~ =0 → ~ = −∇Φ
H ~ M
~ = B[
Mas, se B ~ H],
~ a equação ∇
~ ·B
~ = 0 resulta em:
h i
~ ~ ~
∇ · B −∇ΦM = 0 (9)
~ = µH
B ~ → ~ · (µ∇Φ
∇ ~ M) = 0 → ~ 2 ΦM = 0
∇ (10)
~ ·B
∇ ~ = 0 → ~ · (H
µ0 ∇ ~ +M
~)=0 → ~ · (−∇Φ
µ0 ∇ ~ M +M
~)=0
ou
~ 2 ΦM = ∇
∇ ~ ·M
~ = −ρM → ~ 2 ΦM = −ρM
∇ Equação de Poisson(11)
L bP
Considerando pontos longe da região de inte-
gração: |~x| ≫ |~x′ | ou (L ≫ l), como mostra a
figura ao lado, podemos simplificar:
~x ′
|
−
m
~
|~x
z
Z }| {
1 ~ 1 ~ (x′ )d3 x′
Φ≃− ∇ · M
4π |~x| ~x
m
~ · ~x
≃ 3
∼ 1/r3 Potencial de dipolo
4πr
Z
l ~x′
~ = M
m ~ (~x)d3 x Momento magnético total b
~
M 0
onde usamos r = |~x|.
~
σM = n̂ · M (13)
~ 2A
∇ ~ = −µ0 J~M (15)
~
que são equações de Poisson para as componentes cartesianas de A.
Na ausência de superfı́cies limitantes
Z ~′ ~ (x′ )
~ x) = µ0
A(~
∇ ×M
d3 x′ (16)
4π v |~
x − ~
x ′|
Lembrar: Z Z
~ × A)d
(∇ ~ 3x = ~
(n̂ × A)da (18)
v S
• O termo (M~ (x′ ) × n̂′ ) expressa o papel da condição de contorno para |H|
~ t em
~ eM
termos de B ~ . Lembrar de n̂ × (H ~2 − H
~ 1 ) = K.
~
~ = constante → ∇
• Se M ~′×M ~ = 0 → apenas a integral de vai contribui!
1 ~ int = − 1 M
~ ~ int = 2 µ0 M
~
ΦM = r cos θ ∴ H e B (22)
3 | {z } 3 3
z
Obs: Lembrar B ~ = µ0 (H
~ +M ~)∴B
~ é paralelo e H,
~ antiparalelo a M
~.
2. Fora da esfera: r< = a e r> = r
1 cos θ
ΦM = M a3 3
3 r
m
~ · ~x 4πa3 ~
→ ΦM = (Potencial de dipolo) onde m
~ = M (23)
4πr3 3
| {z }
volume da esfera
~ H)
Obs: O campo B( ~ de dipolo vale, não apenas no limite assintótico de grandes distâncias,
mas, também, para pequenas distâncias porque não há termo de multipolo, no caso da
~ uniforme.
esfera com M
Linhas de Força de B~ e H:
~
Abaixo reproduzimos a figura 5.11 do Jackson mostrando as linhas de força de B ~ e H~
da esfera uniformemente magnetizada. Observe que no caso de H ~ há descontinuidade
(linhas de força abertas) nas linhas de força decorrentes presença da densidade de carga
magnética efetiva σM . As linhas de força de B~ são fechadas.
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Comentários:
µ0 r<
Aφ = M a2 2 sin θ (26)
3 r>
ou seja
~ 2 2 2 ~
B = µ0 [M cos θ r̂ − M sin θ θ̂] = µ0 M ẑ = µ0 M (27)
dentro 3 3 3
~
2µ0 M a3 µ 0 M a3
B = cos θ r̂ + sin θ θ̂ (campo de dipolo magnético) (28)
fora 3 r3 3 r3
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~ 0 = µ0 H
onde B ~0
Meios Lineares:
Supor que o material é linear e M ~ é induzida pelo campo externo (material paramagneto
ou diamagneto). Logo B ~ dentro = µH~ dentro . Portanto, usando (29) teremos:
2µ0 ~ 1~ 1~
B0 + M = µ B0 − M
3 3 3
~ resulta:
Resolvendo para M
~ = 3
M
µ − µ0 ~0
B (30)
µ0 µ + 2µ0
~ = B
B ~ 0 + 2B
~ − 2µ0 H → ~ + 2µ0 H
B ~ = 3B
~0 (32)
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~ = 3B
B ~ 0 − 2µ0 H
~ (33)
b
P
com a curva de histerese produzirá a relação
B~ = F~ (H) ~ desejada. Por exemplo, se b
~
µ0 H
o campo externo é aumentado até que a
amostra atinja a saturação magnética e de-
pois e retirado lentamente até o valor nulo,
isto é, até chegar no ponto P , o par de valores
~ H)
(B, ~ para o campo externo igual B ~0 = 0
pode ser usado em (29) para obter M ~ em
B~ 0 = 0.
O processo pode ser repetido para cada valor do campo externo.
Obs:
• A equação (29) é válida apenas para a esfera. Amostras em outros formatos terão
outras relações semelhantes.
• A solução para um elipsóide por também ser obtida exatamente. Variando a relação
entre os eixo longitudinal e o diâmetro da seção transversal máxima verifica-se que a
inclinação da reta é quase nula para formatos próximos de um disco, e quase infinita
para formatos próximos de uma agulha.
• Portanto, alta indução magnética pode ser obtida em formatos tipo varetas ao invés
de esferas ou esferóides oblatos.
Exemplo 03: Casca Esférica de material magnético linear em presença de campo de indução
externo: Blindagem Magnética:
~0
B
Considerar uma casca esférica com raio interno a e
externo b preenchida com material magnético lin- P b
(a) Escolher coordenadas esféricas com B ~ 0 = B0 ẑ. A simetria azimutal permite usar o
método da separação de variáveis.
(b) Usar a solução geral:
∞
X l
ΦM (r, θ) = Al r + Bl r−(l+1) Pl (cos θ) (34)
l=0
∞
X Bl
ΦM |fora = −H0 cos θr + P (cos θ)
l+1 l
(35)
l=0
r
∞
X
ΦM |casca = A′l rl + Bl′ r−(l+1) Pl (cos θ) (36)
l=0
∞
X
ΦM (r, θ)|dentro = A′′l rl Pl (cos θ) (37)
l=0
Comparando termo a termo, os coeficientes dos termos em P ′ (cos θ) = dPl /dθ temos:
A′l = 0, Bl′ = Bl = 0 ∀ l 6= 1 ∴
B1 B1′
′
−H0 b + 2 sin θ = A1 b + 2 sin θ −H0 b3 + B1 − A′1 b3 − B1′ = 0 (38)
b b
∂ΦM
∂ΦM
∂θ a+
= ∂θ a−
∞
B′ X d
→ A′1 a + 21 sin θ = −A′′1 a sin θ + A′′l al Pl (cos θ)
a l=2
dθ
′ 1
∂Φ
µ ∂r a+
= µ0 ∂Φ
∂r a−
′
→ µ +A1 − 2B1 3 cos θ = µ0 {A′′1 } cos θ
a
µ
µ/µ0 A′1 a3 − 2B ′ − A′′1 a3 = 0 (41)
µ0 1
B1 − A′1 b3 − B1′ = H 0 b3
A′1 a3 + B1′ − a3 A′′1 = 0
2B1 + µ′ b3 A′1 − 2µ′ B1′ = −H0 b3
µ′ a3 A′1 − 2µ′ B1′ − a3 A′′1 = 0
ou em notação matricial:
3
1 −b −1 0 B1 1
0 a3 1 −a 3
A′ 0
1
= H 0 b3
2 µ′ b3 −2µ′ 0 B ′ −1
1
0 µ′ a3 −2µ′ −a3 A′′1 0
As soluções para fora e dentro da cavidade são dadas pelos coeficientes B1 e A′′1 , ou
seja:
" #
(2µ′ + 1) (µ′ − 1)
B1 = a3
(b3 − a3 )H0 (42)
(2µ + 1) (µ + 2) − 2 b3 (µ − 1)
′ ′ ′ 2
" #
9µ ′
A′′1 = − 3 H0 (43)
(2µ′ + 1) (µ′ + 2) − 2 ab3 (µ′ − 1)2
~
Expressões para o potencial e para campo H:
Fora da esfera:
1
ΦM (r, θ) = −H0 r cos θ + B1 cos θ (44)
r2
∂
Hr = − ∂r ΦM = −H0 cos θ − 2B1 cos θ r−3
(45)
Hθ = − 1r ∂θ
∂
ΦM = −H0 sin θ − B1 sin θ r−3
Obs:
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• Observe que o campo tem uma contribuição do campo externo mais outra na forma
de dipolo magnético. Lembre que não é aproximação de longa distância.
• Quando µ′ = 1 ou a = b → B1 = 0: não há contribuição da casca esférica (trivial)
∂Φ
Hr = − ∂rM = −A′′1 cos θ
(47)
Hθ = − 1r ∂Φ
∂θ
M
= −A′′1 sin θ
Obs: