A CRISE BALCÂNICA
A expansão territorial empreendida forma de garantir que os aliados teriam
pelo Império Austro-Húngaro fez surgir,
dentre os povos eslavos, alguns grupos
nacionalistas. Um dos grupos mais famosos
era conhecido como a “Mão Negra”. Em 28
de junho de 1914, Gravillo Princip, um
jovem militante da Mão Negra, assassinou
o herdeiro do trono austríaco, Francisco
Ferdinando, enquanto ele saia do palácio de
Saravejo, na capital da Bósnia-
Herzegovina.
O Império Austro-Húngaro acusou o
governo sérvio de ter planejado o ataque.
Exigiu uma investigação rigorosa, mas logo
depois, em 28 de julho de 1914, declarou
guerra contra a Sérvia. Os Russos, aliados
dos sérvios, declararam guerra à Áustria-
Hungria. O Império Alemão, aliado dos
austro-húngaros, declarou guerra à Rússia e
depois à França.
A DINÂMICA DA GUERRA
O primeiro ano do conflito
corresponde a uma fase descrita como A
guerra de movimento (1914 - 1915),
quando as tropas alemãs ocuparam
territórios belgas e franceses. Depois, veio a
fase das guerras de trincheiras (1915 –
1918) quando os exércitos ficaram quase
imóveis na frente ocidental, escondidos
dentro de buracos no solo.
Em maio de 1915, a Itália, antes
neutra, entrou na guerra ao lado da Tríplice
Entente. Os ingleses haviam prometido aos
italianos, em troca de sua ajuda, uma série
de territórios. Em 1917, um submarino
alemão afundou o navio Lusitânia. Dentro
dele estavam muitos norte-americanos.
Logo houve uma pressão popular para que
os Estados Unidos entrassem na guerra.
Depois disso, outros navios americanos
foram afundados por alemães, fazendo com
que o governo americano entrasse na guerra
ao lado da Tríplice Entente. Fora os navios
afundados, os Estados Unidos tinham outro
motivo para entrar na guerra: acontece que
os aliados pegaram, ao longo do conflito,
muitos empréstimos e suprimentos com o
governo americano. Caso perdessem, não
teriam como arcar com sua dívida. Entrar
na guerra foi, para os Estados Unidos, uma
condições de honrar com seus
compromissos.
Em março de 1918, a Rússia, por
conta da Revolução ocorrida no país,
negociou a paz diretamente com o Império
Alemão. Assinou o pacto Brest-Litovsky e
saiu da guerra.
No final de 1918 uma república foi
instaurada na Alemanha. Uma das primeiras
ações do novo governo foi assinar um
armistício, em 11 de novembro daquele
ano. A Tríplice Entente saiu vitoriosa da
guerra.
TRATADO DE PAZ
Ao final da guerra, o governo
americano ofereceu um tratado de paz “sem
vencedores”, conhecido como Os 14 pontos
de Wilson (Woodrow Wilson, presidente
americano à época). Entretanto, outro
tratado acabou prevalecendo O Tratado de
Versalhes (28 de junho de 1919). Nesse
tratado, Inglaterra e França impuseram à
Alemanha punições tidas como
humilhantes. Exigiram, por exemplo, o
pagamento de uma grande quantia de
dinheiro em indenizações aos países
vencedores; a devolução da Alsácia-Lorena
para a França; a redução do exército alemão
para um máximo de cem mil homens e a
proibição de produzir armas pesadas. Os
termos desse tratado feriu o orgulho dos
alemães, contribuindo para a emergência do
nacionalismo.
Na Itália o nacionalismo também
emergiu. Os italianos se sentiram traída
pelos ingleses, que não entregaram todo o
prometido para sua entrada na guerra em
1915. A Itália havia tido um grande custo
com a guerra, mas recebeu apenas uma
pequena indenização e anexou poucos os
territórios, dentre os quais estava Istria e
Trentino.
Ao final da guerra, os Estados
Unidos emergiram como potência
econômica, sobretudo por conta dos
empréstimos e acordos comerciais que
haviam feito com os países da Tríplice
Entente.