Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

MARINNA B. DIAS SOUZA CHAVES

RELATÓRIO PRÁTICA I
Peneiramento – 18/08/2014

Trabalho acadêmico apresentado


para a disciplina de
Caracterização Mineralógica e
Tecnológica de Minérios do curso,
ministrada no 7º período do curso
de Engenharia de Minas, como
requisito parcial para aprovação.

Prof. Michael Juno Pereira

JOÃO MONLEVADE
SETEMBRO/2014

1
Sumário

Conteúdo
1. RESUMO ................................................................................... 3
2. INTRODUÇÃO ........................................................................... 4
3. OBJETIVO ................................................................................. 5
4. METODOLOGIA .......................................................................... 6
4.1 Amostra .................................................................................. 6
4.2. Equipamentos e Materiais ..................................................... 6
4.3 Procedimentos ........................................................................ 6
4.4 Esquema ................................................................................ 7
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................. 8
6. CONCLUSÃO .............................................................................. 9
7. REFERÊNCIAS ......................................................................... 10

2
1. Resumo

O processo de peneiramento, que nesse caso foi à úmido, bem como o ensaio
de granulometria foi realizado com uma amostra de Minério de Ferro Itabirítico;
utilizou-se uma sequência de peneiras nas Séries Tyler e Richard, que foram
‘acopladas’ no Peneirador Vibratório Suspenso. A utilização da água no
processo foi de grande importância, pois facilitou a passagem de partículas
finas, que ficaram aderidas ou não na superfície das partículas maiores.
Através dos resultados obtidos é possível construir a curva de distribuição
granulométrica, para se definir o tamanho de partícula necessário para
liberação do mineral-minério do mineral de ganga (CETEM – Classificação e
Peneiramento, Capítulo 5).

Palavras Chaves: Granulometria, Peneiramento;

3
2. Introdução

O peneiramento é um método que realiza a separação de materiais em duas


ou mais frações, que são limitadas a uma faixa superior e inferior. Quando é
feito à úmido, adiciona-se água no momento do peneiramento para facilitar a
passagem dos finos através da tela da peneira. O método utilizado nessa
prática consiste na separação das partículas, considerando apenas o tamanho
(variando entre 5,6mm até -0,053mm). As partículas menores (finas) passam
através das aberturas das peneiras e as partículas maiores não; objetivando o
processo a separar, dividir, o sólido granular em frações homogêneas e dessa
forma obter frações com partículas de mesmo tamanho. Conhecer a faixa
granulométrica, obtida através da sequencia de peneiras (Séries Tyler ou
Richard), nos ajudam a definir o tamanho de partícula necessário para
liberação do(s) mineral (is) de interesse dos minerais de ganga, e também
identifica diversas propriedades físicas e químicas destes minerais, mas para
isso é necessário que a amostra passe por um processo posterior ao
peneiramento. Dessa forma é possível gerar informações potencialmente úteis
na definição das rotas de processamento (CETEM - Caracterização
Tecnológica de Minérios; Capítulo 3).

4
3. Objetivo

O objetivo desta prática foi o ensaio de granulometria através do peneiramento


para obter a massa retida de cada peneira e a curva granulométrica da amostra
heterogênia analisada (Minério Itabirítico).

5
4. Metodologia

4.1 Amostra

Itabirito Minério de Ferro do Quadrilátero Ferrífero.

4.2. Equipamentos e Materiais

 Quarteador Jones
 Peneiras
 Pisseta
 Tabuleiros
 Estufa
 Balança de precisão
 Pincel
 Escova
 Filtro de pressão
 Balde
 Água
 Peneirador Vibratório Suspenso

4.3 Procedimentos

 Pesagem da Amostra inicial / global


 Homogeneização da amostra utilizando o Quarteador Jones;
 Montagem da sequência de peneiras, usando a Série Tyler e Richard;
 Método de Peneiramento à Úmido, com as Peneiras (mm): 5,6 ; 5,0 ;
2,4 ; 1,4 ; 0,5 ; 0,3 ; 0,25 ; 0,21 ; 0,18 ; 0,15 ; 0,053.
 Separação das partículas em diferentes faixas granulométricas,
utilizando o Peneirador Vibratório e com o auxilio de água;
 Coleta do material retido nas peneiras e o passante no balde;

6
 Secagem das amostras retidas nas peneiras, colocando-as na Estufa;
 O passante foi secado no Filtro de Pressão, por possuir partículas muito
finas;
 Retirada das amostras sem umidade (secas);
 Pesagem das amostras que foram retidas nas diferentes faixas
granulométricas.

4.4 Esquema

Amostra
111g

Homogeinização – Quarteador Jones

Peneiramento

Filtro de Pressão Secagem - Estufa

Pesagem de cada
amostra

Total= 108,88g

Figura 1 – Esquema da Operação realizada

7
5. Resultados e Discussões

Os resultados obtidos no peneiramento indicam que aproximadamente 40% da


amostra inicial é composta por partículas finas. A Tabela 1, representada
abaixo, apresenta os resultados obtidos no ensaio, indicando a massa, o retido
simples, o retido acumulado e o passante acumulado, para as diferentes faixas
granulométricas analisadas. Os resultados mostram que aproximadamente
50% da amostra ficou retida até a peneira de 0,21mm, e foi observado que
23,31% da amostra retida, foi na malha de 0,053mm e o passante representa
17,56% da amostra.
A figura 2 indica o desempenho comparativo entre o Retido Acumulado (RA) e
o Passante Acumulado (PA) em função da faixa granulométrica (aberturas);

Faixa Granulométrica mi=111g


Retido Passante
Retido
mm Massa (g) Acumulado Acumulado
Simples (%)
(%) (%)
5,60 0 0 0 0
5,00 0 0 0 0
2,40 3,44 3,159 3,159 96,841
1,40 15,67 14,392 17,551 82,449
0,50 21,95 20,160 37,711 62,289
0,30 8,28 7,605 45,316 54,684
0,25 2,82 2,590 47,906 52,094
0,21 3,33 3,058 50,964 49,036
0,18 4,49 4,124 55,088 44,912
0,15 4,37 4,014 59,101 40,899
0,05 25,38 23,310 82,411 17,589
-0,05 19,15 17,588 100,000 0,000
Alimentação Rec. 108,88
Perda(g) 2,12
Erro(%) 1,910

Tabela 1 – Distribuição Granulométrica

8
Curva Granulométrica
100
90
80
70
60
Massa (%)

50
Retido Acumulado (%)
40
Passante Acumulado (%)
30
20
10
0
0,10 1,00 10,00
Abertura (mm)

Figura 2 – Gráfico do RA (%) e PA (%) em relação a Abertura (mm)

6. Conclusão

Com base nos estudos e nos resultados obtidos, concluímos que o


peneiramento foi eficiente, apresentando resultados satisfatórios, como uma
perda de 2,12g correspondendo a 1,91% de erro, menor que 2%, o que
caracteriza a eficiência. Foi observado que grande parte da amostra foi retida
nas peneiras com menor faixa granulométrica, abaixo da peneira de 0,21mm
indicando que a amostra era composta, em sua maioria por partículas finas. Os
resultados obtidos no processo, deve ser preciso, pois será de grande
importância nos processos seguintes ao peneiramento.

9
7. Referências

http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004-182-00.pdf;
pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_de_peneiramento;
www.ebah.com.br/content/ABAAAfkNkAC/peneiramento.

10

Você também pode gostar