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Antonio Lopes Neto - Direito Administrativo PDF
Antonio Lopes Neto - Direito Administrativo PDF
Antonio Lopes Neto - Direito Administrativo PDF
Bibliografia ...231
Capítulo I
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5. Do pedido de segurança
5.1. Pede-se ainda a concessão da ordem impetrada
para tomar definitivos os termos da medida liminar, conce-
dendo-se a final a ordem postulada, após a notificação da
autoridade para prestar informações (dentro de dez dias) e a
ouvida do órgão do Ministério Público.
5.2. Apelando-se para os suprimentos jurídicos dos
eminentes componentes desse egrégio Colegiado Judicante
e dando a esta, exclusivamente para os efeitos fiscais, o
valor de R$ 1.000,00,
Nestes termos,
Pede deferimento.
& 5 PARECERES
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DOAÇÃO DE IMÓVEL
"O controle jurisdicional se restringe ao exame da legali-
dade do ato administrativo; mas por legalidade ou legiti-
midade se entende não só a conformação do ato com a lei,
como também com a moral administrativa e com o inte-
resse coletivo" (Decisão do Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo, TJSP - RDA 89/134 - Des. Cardoso
Ralim).
E como disse o conceituado professor Hely Lopes
Meirelles, em sua obra Direito Administrativo Brasileiro,
"com esse julgado pioneiro, a moralidade administrativa
ficou consagrada pela justiça, como também necessária a
validade da conduta do administrador público"(p. 81).
Trata-se de ação popular proposta contra o Prefeito
Municipal de Congonhal e outros, antes qualificados. Alega
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PODER DE POLÍCIA
Cuida-se de agravo de instrumento extraído de ação
de manutenção de posse proposta contra o Departamento de
Estradas de Rodagem do nosso Estado.
Na Comarca de Araguari, neste Estado, a referida
Autarquia Estadual, com sede nesta Capitai, inconformada
com a decisão de primeiro grau que determinou a expedição
de mandado, nele constando expressamente a ordem, ao
DER, de imediatos reparos no trecho próximo ao comércio
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SUBSÍDIO-PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
No que tange ao subsídio (verba pecuniária paga a
determinadas categorias), com a promulgação da Emenda
Constitucional n. 19/98 indiscutível que o "princípio da
anterioridade" desapareceu do ordenamento jurídico, data
maxima venia. A interpretação sistemática da Constituição
da República nos oferece a tranqüilidade necessária para
defendermos essa posição jurídica. Sem desconhecer a de-
cisão do Supremo Tribunal Federal, que decretou a
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Capítulo II
CONTRATO ADMINISTRATIVO
& 1 CONCEITO
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mentas, guardados e vigiados, tendo sido utilizados pela
nova empreiteira para o acabamento, ocorrido em vinte
dias, após o Município ter denunciado o contrato' (fls.
108 dos autos da cautelar), `ter trocado as fechaduras das
portas e invadido os canteiros das obras' (fls. 34 e segs.
dos autos da cautelar).
Além do atraso no pagamento, tendo o Município sido
constituído em mora, via judicial, fazia-se necessário um
aditamento ao contrato, pedido pela Empreiteira (fls. 40,
idem) sem êxito, nos moldes do Decreto-Lei de Licitações
n. 2.300/86, em seu art. 47, § 2°, então vigente, tendo sido
a empreitada ajustada no sistema de preço unitário e por
medição, com o valor fixado para o contrato, `já superado
quando da realização da l0ª medição' (Perito, fls. 34v.).
Quanto à multa aplicada à Construtora, também escorreita
está a decisão monocrática (fls. 76), pela paralisação das
obras, incabível em razão do princípio da continuidade do
serviço público, construção de dois postos de saúde, quan-
do se torna inaplicável a exceptio non adimpleti
contractus, denominada cláusula exorbitante, assim esta-
belecido na cláusula 13.4 do Edital de preços n. 003/91,
parte integrante do contrato de empreitada de fls. 34/35,
cláusula 15.
No caso, dado o impasse, deveria, efetivamente, a
Empreiteira ter requerido ao Juízo fosse desobrigada do
cumprimento da obrigação, eis que, consoante Celso An-
tônio Bandeira de Mello, colacionado no Memorial,
`...se a Administração atrasa por período longo os paga-
mentos devidos, não pode pretender que o contratado
persista cumprindo com absoluta regularidade as presta-
ções a que se obrigou. Acresce que se tivesse de fazê-lo
sob pena de expor-se a sanções procedentes haveria
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"Art. 42 ....................................
§ 2° As concessões em caráter precário, as que estiverem
com prazo vencido e as que estiverem em vigor por prazo
indeterminado, inclusive por força de legislação anterior,
permanecerão válidas pelo prazo necessário à realização
dos levantamentos e avaliações indispensáveis à organiza-
ção das licitações que precederão a outorga das conces-
sões que as substituirão, prazo que não será inferior a 24
(vinte e quatro) meses."
25. O Decreto n. 2.521I98, em vigor, garantiu as
situações anteriores conduzidas pela regra da época, isso
em verdadeira homenagem ao princípio do tempus regit
actum.
"Art. 98. Em atendimento ao disposto no art. 42 da Lei n.
8.987, de 1995, ficam mantidas, sem caráter de exclusivida-
de, pelo prazo improrrogável de quinze anos contado pela
data da publicação do Decreto n. 952, de 7 de outubro de
1993, as atuais permissões e autorizações decorrentes de
disposições legais e regulamentares anteriores."
26. Não é demais lembrar que a linha e/ou rota alter-
nartiva não se trata de permissão vencida ou permissão
interrompida por culpa da requerente, porque está em plena
vigência a permissão originária Lavras/MG - São Paulo/SP
e vice-versa, que conserva, sem prejuízo da outra, os mes-
mos pontos de saída e de chegada.
27. Assim, posta a questão na esfera do Direito Admi-
nistrativo e do Direito Constitucional, não se imagina como
não reconhecer, de pronto, o direito da requerente, em operar,
como vem operando, os serviços da rota alternativa, no prazo
e nos moldes da permissão concedida pelo Poder Público.
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1 CONCEITO
Em linhas gerais, podemos conceituar o contrato de
gestão, de caráter oneroso, como um acordo (ato) firmado
entre a Administração Pública e o particular (pessoajurídi-
ca de direito privado) e/ou com o Poder Público, para eficaz
desempenho de atividade eminentemente social, sem obje-
tivo de lucro, com a missão de suprir parcialmente o Estado
na busca do bem-estar e do desenvolvimento ordenado do
corpo social. O contrato de gestão guarda expressiva simili-
tude com os convênios administrativos, considerando-se que
num e noutro os interesses são convergentes e harmônicos.
2 LICITAÇÃO
A Administração Pública, para celebrar contrato de
gestão com as "organizações sociais", precisa, obrigatoria-
mente, valer-se do procedimento licitatório, sob pena de
flagrante violação dos princípios constitucionais atinentes à
matéria. Já as contratações das "organizações sociais", nos
expressos termos da I.ei n. 8.666f93, art. 24, XXI, estão
dispensadas da adoção do procedimento de licitação, embo-
ra estejam sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas e do
Ministério Público, conforme se depreende do contido no
art. 70, parágrafo único, da Carta Magna.
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3 DISPENSA
Considerando-se, ainda, o contido no 8° do art. 37
da Lei Fundamental, não paira dúvida de que o contrato
de gestão aqui tratado está previsto e elevado a patamar
constitucional.
As Leis Federais n. 9.637I98 e 9.648/98 tratam, res-
pectivamente, das organizaçôes sociais e da dispensa de
licitação. Somos veementes críticos a essa modalidade de
contrato administrativo, celebrado com o particular, por
entendermos que este pode constituir uma vereda aberta,
sem fronteiras, para o trânsito livre de gastos desordenados
do dinheiro público, contratação de serviços e servidores
desprovidos de critérios objetivos, sem a observância das
cautelas e dos princípios esculpidos na Carta Magna. Tal
situação não ocorre, data venia, quando a Administração
celebra contrato de gestão com o Poder Público, visto en-
contrar-se este vinculado às normas e princípios inerentes
ao procedimento licitatório, aplicável à Administração Pú-
blica em geral.
Capítulo IV - LICITAÇÃO
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& 4 PREÇOS
NO MÉRITO
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requisitos legitimadores do acolhimento da inicial, pela via
escolhida: ação popular.
Inicialmente, registre-se que o uso indiscriminado do
mandado de segurança e da ação popular têm causado o
acúmulo de feitos no Poder Judiciário, contribuindo, sobre-
maneira, para a efetivação de uma justiça mais lenta, nos
dias atuais.
Data venia, o uso indevido desses instrumentos é
uma constante na atualidade e precisa ser estancado.
Entendemos que os atos aqui impugnados não são
imorais, ilegais e muito menos lesivos ao patrimônio públi-
co. Não demonstraram os autores recorrentes qualquer dano
causado à coletividade. Não vislumbramos qualquer indício
de que as autoridades municipais tenham agido com o intui-
to de beneficiar quem quer que seja e/ou agido em detri-
mento do interesse público e/ou social.
Por esses fundamentos, acolhemos in totum os funda-
mentos da decisão monocrática:
"... Dos pedidos formulados pelos autores deduz-se que
pretendem ver anulados: o instrumento de transação no
qual o Sr. Prefeito transferiu a terceiros (também requeri-
dos) o velho e histórico prédio de estação ferroviária; o
Decreto Municipal n. 201I93, que revogou o Decreto An-
terior de n. 189l92, que declarava de utilidade pública
para fins de desapropriação o mesmo prédio da antiga
estação ferroviária, com o conseqüente prosseguimento
da Ação Desapropriatória n. 456/92; uma Lei Municipal
que dá autorização ao Prefeito Municipal para doar o
imóveis do `Campo do Indaiá' para o Estado de Minas
Gerais.
A ação popular é o meio legal colocado à disposição de
qualquer cidadão para obter a invalidade de atos ou con-
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E da doutrina:
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O Estatuto criou algumas condições para a revogação,
fechando um pouco a porta aberta pela legislação anterior.
E o fez exatamente para evitar abusos por parte de maus
administradores.
Uma dessas condições reside na necessidade de ser a
revogação claramente justificada, com a menção dos mo-
tivos que levaram a tal desfecho. Só assim poderão os
interessados conferir tais motivos e invalidar o ato, se
neles houver vício de legalidade. Realmente, se pudesse
ser imotivada a revogação, vulnerado estaria o princípio
da legalidade e o da igualdade de oportunidades aos inte-
ressados. Entendemos que necessário se torna o mesmo
detalhamento de motivos, quando a Administração vier a
realizar nova licitação com o mesmo objeto. É que só
dessa maneira será possível constatar se foram superados
os motivos que anteriormente levaram à revogação.
Além disso, as razões de interesse público geradoras da
revogação devem originar-se de fato superveniente devi-
damente comprovado, fato esse pertinente e suficiente
para conduzir à revogação (art. 49). Daí emana que se o
fato alegado pela Administração tiver ocorrido antes do
início do processo licitatório, não poderá servir como fun-
damento da revogação. E é fácil explicar: se o fato antecede
à própria licitação, não deveria esta ter sido sequer instaura-
da. Portanto, cabe ao interessado verificar se as razões
ensejadoras da revogação vieram realmente de fato ocorri-
do após a instauração do processo licitatório.
A revogação, situando-se no âmbito dos poderes adminis-
trativos, é conduta lícita da Administração. Sendo
assim, o vencedor da licitação tem expectativa na celebra-
ção do contrato, mas não é titular de direito subjetivo,
como chegamos a ver. Por essa razão é que, revogada a
licitação por motivos válidos, aferidos por critérios
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em que se admite sua postergação, na dúvida, cumprirá ao
administrador realizar o certame, pena de, agindo com
dolo eventual (seja como for, dê no que der), ter sua
conduta subsumida ao tipo incriminador.
CONCLUSÃO
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COMENTÁRIOS
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· "Dados materiais:
- Decisão 4/97 - Plenário - Ata 2/97.
- Processo TC n. 016.758I96-0.
- Interessado: Conselho Fiscal do Instituto de Resse-
guros do Brasil (IRB).
- Entidade: Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
- Relator: Ministro Humberto Guimarães Souto.
- Representante do Ministério Público: não atuou.
- Unidade Técnica: 8ª Secex.
- Especificação do quorum: Ministros presentes:
Homero dos Santos (Presidente), Adhemar Paladini Ghisi,
Carlos Átila Álvares da Silva, Paulo Affonso Martins de
Oliveira, Iram Saraiva, Humberto Guimarães Souto (Rela-
tor), Bento José Bugarin e o Ministro-Substituto José Antô-
nio Barreto de Macedo.
· Assunto: Representação.
· Decisão: O Tribunal Pleno, diante das razões ex-
postas pelo Relator, decide:
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· Relatório:
- Grupo I - Classe VII - Plenário.
- TC O16.758I96-0.
- Natureza: Representação.
- Entidade: Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
- Interessado: Conselho Fiscal do Instituto de Resse-
guros do Brasil (IRB).
`Ementa: Representação formulada pelo Conselho
Fiscal do Instituto de Resseguros do Brasil. Inobservância
de dispositivos da Lei n. 8.666/93 nos contratos de terceiri-
zação de serviços jurídicos e de carteiras de ações - Conhe-
cimento - Determinações - Inexigibilidade de licitação
para contratação de serviços advocatícios tratada em repre-
sentação formulada pela 8ª Secex, em trâmite neste Tribu-
nal - Juntada deste processo ao TC n. 014.703/96-3, corres-
pondente à matéria - Ciência ao interessado'.
O Sr. C.E.T.A., Presidente do Conselho Fiscal do
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), formulou ao Tri-
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geral, à exceção das matérias trabalhistas e
previdenciárias; e, seja juntado o presente processo ao TC
n. 14.703l96-3'.
O Sr. Secretário anuiu à proposta da instrução,
aditando que seja informado ao representante que tão logo
seja apreciada a matéria ser-lhe-á dado conhecimento. É o
relatório.
VOTO
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III
- "Natureza: Denúncia.
- Entidade: Conselho Regional de Engenharia, Ar-
quitetura e Agronomia no Estado de São Paulo (CREAISP).
- Interessado: Sindicato dos Servidores das Autarqui-
as de Fiscalização do Exercício Profissional no Estado de
São Paulo (Sinsexpro).
· `Ementa: Denúncia-Contratação de advogado com
inexigibilidade de licitação por autarquia que possui quadro
próprio de advogados - Serviços com características singu-
lares e complexas não ligados à finalidade da Entidade -
Notória especialização-Conhecimento e improcedência da
denúncia - Determinações à entidade'.
Trata-se de denúncia formulada pelo Sindicato dos
Servidores das Autarquias de Fiscalização do Exercício
Profissional no Estado de São Paulo (Sinsexpro) contra ato
do Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arqui-
tetura e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA/SP -
fls. 01/02).
2. A questão denunciada constitui-se na contratação
pelo CREA/SP de um renomado jurista pelo valor de R$
54.053,36, para defender causa referente à responsabilidade
da autarquia pela morte do office-boy F.A.T., em 8I7/94, em
conseqüência de acidente provocado pela sobrecarga de
materiais que o menor transportava no elevador do prédio-
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CREA/SP que:
a) adote providências no sentido de ser lavrado termo
aditivo ao contrato firmado em 12/8/94 com o Escritório de
Advocacia M.T.B. Advogados S/C, de modo a garantir
explicitamente pelo advogado M.T.B., em cumprimento às
disposições constantes do § 3° do art. 13 da Lei n. 8.666/93,
encaminhando ao Tribunal cópia do referido termo aditivo;
b) na contratação de serviços advocatícios, quando
for verificada a impossibilidade de competição que justifi-
que hipótese de inexigibilidade de licitação, sejam observa-
dos os preceitos da Lei n. 8.666/93 no que se refere à
singularidade dos serviços e à notoriedade do contratado
expressas no inciso II do art. 25, bem como à obrigação
estipulada no § 3° do art. 13;
II - dê ciência ao autor da denúncia da Decisão que
vier a ser proferida, assim como do Relatório e Voto que a
fundamentarem'. É o relatório.
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8.3. ..............................
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& 5 PRESCRIÇÃO
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Capítulo VI
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& 1 CONCEITO
É princípio de hermenêutica que regras excepcionais
se aplicam restritamente. Aqui, mister uma profunda refle-
xão sobre os princípios que iluminam a lei.
Data venia, de entendimento mediano a conclusão de
que o profissional do direito, para enquadrar-se no contexto
da notória especialização, não pode limitar-se a apresentar-
se tão-somente com o diploma de graduação.
A inexigibilidade de licitação de serviços de advoca-
cia especializada foi tratada de modo restrito pelo legisla-
dor; tanto é verdade que o § 1° do art. 25 da Lei n. 8.666/93
(Lei das Licitações) fixa de modo claro as diretrizes do
conceito da notória especialização:
"§ 1° Considera-se de notória especialização o profissio-
nal ou empresa cujo conceito no campo de sua especiali-
dade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experi-
ência, publicações, organização, aparelhamento, equipe
técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado plena satisfação do
objeto do contrato."
Como podemos constatar, o espírito do legislador, ao
estabelecer as linhas gerais da notória especialização, é
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& 2 REQUISITOS
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Capítulo VIII
DECT.ARAÇAO DE NULIDADE DE
LEI MUNICIPAL VIA ATO
ADMINISTRATIVO -
IMPOSSIBILIDADE
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A decisão a seguir transcrita reflete, com segura pre-
cisão, a correta abordagem sobre o tema em estudo:
"Conheço da remessa necessária, regularmente processa-
da e formalizada.
A matéria não oferece maiores dificuldades para ser
equacionada e julgada.
A Lei Municipal n. 620/83, votada e editada pela Câmara
dos Vereadores da Comarca, instituiu ajuda de custo em
favor de ex-Vereadores que hajam exercido o mandato
mínimo correspondente a quatro legislaturas, consecutivas
ou intercaladas, e com idade igual ou superior a 50 anos.
O impetrante preenchia essas condições e, ao longo de dez
anos consecutivos, vinha auferindo regularmente essa re-
muneração, quando, através de mera portaria, o atual titu-
lar da Municipalidade fez cessar o pagamento da ajuda
W anceira, sob a enfâtica alegação de que a lei instituidora
era `nula de pleno direito'.
Evidente que não poderia fazê-lo, tanto mais que uma lei,
constitucional ou não, imoral ou não, só perde sua eficácia
com a superveniência de outra lei, de natureza ab-
rogatória, ou por força de declaração judicial em ação
específica.
O que não é admissível é um ato administrativo e unilate-
ral de um Prefeito Municipal erigir-se em instância
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revogadora de uma lei regularmente editada pelo poder
competente e, pretensiosamente, decretar o fim de sua
vigência.
Maiores comentários são dispensáveis.
Por essas razões, nego provimento à remessa oficial, con-
firmando, por sua fundamentação e conclusão, a sentença
de primeiro grau.
Custas como de lei" (Ap. Cív, n.17.554l7 - Comarca de
Conceição das Alagoas - MG - Apelante: Juiz de Direito
da Comarca de Conceição das Alagoas, pelo Presidente da
Câmara Municipal de Pirajuba - Apelado: A.M.M. - Re-
lator: Des. Cláudio Costa)."
,
E de domínio geral que nenhum Ato Administrativo
tem o condão de ínvalidar qualquer lei. O caminho para
buscar a invalidação de lei é o Poder Judiciário e/ou a sua
revogação, via processo legislativo.
160
Capítulo
COMISSAO PARLAMENTAR DE
,
INQUERITO (CPI)
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,
1 ABORDAGEM JURIDICO-SOCIAL
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não pode
ser instalada, data venia, para apurar fato genérico da Ad-
ministração Pública e nem devassá-la sem antes apontar
fato determinado a ser esclarecido/investigado pela via ex-
cepcional.
Se assim não o fosse, qualquer desentendimento polí-
tico poderia gerar a criação de uma CPI com intuito mera-
mente "politiqueiro", com o único objetivo de expor ao
desgaste público a Administração, gerando, inclusive, ins-
tabilidade e insegurança à sociedade. Não é esse, concessa
venia, o espírito do legislador constituinte.
A nossa discordância a respeitadas manifestações
contrárias a esse entendimento baseia-se, ainda, na posição
de que a fiscalização e o controle dos gastos públicos e da
moralidade administrativa, no dia-a-dia, possuem eficientes
mecanismos próprios e de rotina, sendo certo que a instala-
ção da CPI só poderá ocorrer em situações excepcionais,
ante a isenta constatação de grave irregularidade e/ou ilega-
lidade que justifique a sua criação e o seu funcionamento.
Ela é temporária, com prazo estabelecido para sua duração.
A matéria em pauta encontra-se disciplinada na Cons-
tituição Federal, art. 58, § 3°, bem como na Constituição
Estadual, art. 60, § 3°.
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2 FUNCIONAMENTO DA CPI - PARECER
Perante esta egrégia Corte de Justiça a Câmara Muni-
cipal de São Gotardo, neste Estado, impetrou o presente
mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato
do MM. Juiz de Direito da Comarca.
Esclarece a impetrante que "... encontra-se em
tramitação perante a Câmara Municipal de São Gotardo -
MG, processo político-administrativo visando à apuração
de possíveis infrações político-administrativas praticadas
pelo Sr. Prefeito Municipal..."
Consta da decisão liminar do eminente Desembarga-
dor-Relator, Garcia Leão, acostada aos autos:
"... A Câmara Municipal se São Gotardo, por seu Presi-
dente, impetra o presente mandamus, visando obter efeito
suspensivo no AI, por ela interposto, contra decisão do
MM. Juiz da Comarca, que, liminarmente, suspendeu a
sessão da Comissão Processante que está investigando
possíveis irregularidades cometidas pelo ilustre Prefeito
Municipal. A decisão determina também que a Comissão
ouça testemunha a serem arroladas pelo referido Prefeito.
Pelo que se pode depreender dos autos, outro mandado de
segurançajá foi impetrado, quando se determinou a reali-
zação de perícia grafotécnica, o que foi feito. Naquele
mandado de segurança, deferido em parte, não se determi-
nou a oitiva de testemunhas.
O prazo para encerramento do processo administrativo
estã a se esgotar, o que justifica a concessão da liminar
pleiteada, para dar-se efeito suspensivo ao AI.
De fato, se assim não se proceder o dano causado à Câma-
ra no seu intento de apurar as irregularidades que teriam
sido praticadas pelo Prefeito Municipal restará inócuo.
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Por outro lado, o prosseguimento dos trabalhos da Comis-
são em nada prejudicará o Prefeito Municipal, pois se
irregularidades ou cerceamento de defesa foram posteri-
ormente constatados, é óbvio que haverá ainda muitas
oportunidades para que o denunciado se defenda e anule
os atos praticados com irregularidade.
Por agora, o mais prudente é que se permita à Câmara
Municipal prosseguir com seu trabalho, o que, como já
dito, não implicará maiores prejuízos para o denunciado.
Por essas razões, defiro a liminar pedida, para conferir
efeito suspensivo ao AI interposto, poderdo, assim, a
Câmara Municipal prosseguir, através da Comissão Per-
manente, os trabalhos de apuração das possíveis irregula-
ridades praticadas pelo Prefeito Municipal.
Pela maneira mais rápida possível, seja comunicado ao
douto Juiz, apontado como coator, a concessão da liminar.
A ele também se requeria a prestação das informações que
entender devidas, no prazo legal.
Seja citado o litisconsorte para integrar a presente ação,
querendo ..."
Prestadas as informações pela autoridade apontada
como coatora (fls. 236), os autos foram encaminhados à
Procuradoria-Geral de Justiça para fins de direito.
A Constituição Federal de"1.988,..no'.art...58,..§..2°,.I..a
VI, cria a Comissão Parlamentar de Inquérito, a qual inves-
te os seus integrantes em vários poderes. Apesar de não
possuir poderjurisdicional, "pois não julga, não aplica a lei
ao caso concreto" excetuando-se essas hipóteses, o consti-
,
tuinte de 1988 conferiu às CPIs poderes "próprios e seme-
Ihantes e aos atribuídos às autoridades judiciais".
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Não pode, concessa venia, o Poder Judiciário, em
circunstância alguma, interferir neste procedimento admi-
nistrativo-investigatório, sob pena de invadir, indevida-
mente, a independência do Poder Legislativo, salvo viola-
ção do Regimento Interno da Casa Legislativa, comprovada
de modo incontestável.
"O controle jurisdicional se restringe ao exame da legali-
dade do ato administrativo, mas, por legalidade ou legiti-
midade, se entende não só a conformação do ato com a lei,
como tambérn com a moral administrativa e com o inte-
resse coletivo"(TJSP - RCA 89I134).
A CPI em questão, a nosso aviso, é legal, moral e
resguarda o interesse coletivo, data venia.
Se o Sr. Prefeito se julgar prejudicado pela referida
Comissão, a solução emerge na decisão do Eminente Des.
Relator, Garcia Leão:
"... Por outro lado, o prosseguimento dos trabalhos da
Comissão em nada prejudicará o Prefeito Municipal, pois
se irregularidades ou cerceamento de defesa forem poste-
riormente constatados, é óbvio que haverá ainda muitas
oportunidades para que o denunciado se defenda e anule
os atos praticados com irregularidades..."
Sobre o assunto em pauta, oportuna a lição do sempre
brilhante Hely Lopes Meirelles:
"... Cnmissões de Inquérito - As Comissões Parlamenta-
res de Inquérito (CPIs), como geralmente se denominam
as Comissões Especiais de Investigação Legislativa, po-
dem ser instituídas também pela Câmara Municipal, com
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Vereadores em exercício, para apurar fato determinado e
em prazo certo, de interesse da Administração local.
Essas investigações tanto podem destinar-se a apurar irre-
gularidades do Legislativo como do Executivo, na Admi-
nistração direta ou indireta do Município, e, conforme a
irregularidade apurada, ou será punida pela própria Câma-
ra (cassação de mandato, através do processo do Decreto-
Lei n. 201/67), ou pela Justiça penal (crimes de responsa-
bilidade ou funcionais), ou ainda pela Justiça civil (inde-
nização à Fazenda Municipal). Em qualquer caso, porém,
as conclusões do inquérito terão valor meramente infor-
mativo para o processo político-administrativo que se ins-
taurar em forma legal, perante o órgão ou autoridade
competente para a responsabilização do infrator ..." (Di-
reito municipal brastleiro. 4. ed., p. 542-543).
Data venia, a autoridade apontada como coatora não
tem competência para apreciar a matéria sub judice,
gerando, assim, determinações impróprias, em visível pre-
juízo do regular funcionamento da Comissão do Poder Le-
gislativo Municipal, e porque não dizer do próprio Poder
Legislativo, data máxima venia.
No julgamento do Mandado de Segurança n. 6.408,
de Almenara, em 1 1 de agosto de 1992, assim se posicionou
o eminente Des. Rubens Xavier Ferreira:
"... A investigação administrativa e a função judicial não são
intercambiáveis, razão pela qual os órgãos encarregados dos
respectivos exercícios não podem prestar entre si qualquer
tipo de colaboração quanto à grática de atos processuais..: '
Por essas razões, esta Procuradoria opina pela con-
cessão, em definitivo, da ordem impetrada pela Cãmara
Municipal de São Gotardo, neste Estado.
167
3 VISÃO JURISPRUDENCIA.L
Sob um outro prisma, enfocando o tema da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), assim se posicionou a 5a
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais:
"Trata-se de mandado de seguranpa impetrado por
H.M.G., na qualidade de Presidente da Comissão Especial
de Inquérito, instituída pela Câmara Municipal de São
José do Mantimento, contra ato do Prefeito Municipal que
se recusou a apresentar documentos necossários à fiscali-
zação e controle dos gastos públicos do Executivo.
O MM. Juiz, apreciando o feito, concedeu a segurança, ao
fundamento de que inexiste lesão em norma constitucio-
nal na instituição de Comissões Parlamentares de Inquéri-
to e, outrossim, existe expresso dispositivo legal na Lei
Orgânica do Município que confere a tais comissões a
faculdade de examinar livros e documentos do Executivo,
razão pela qual é ilegal o ato da autoridade que obstou tal
exame não apresentando os documentos mantidos em seu
poder.
Subiram os autos a este egrégio Tribunal apenas por força
da remessa obrigatória, não tendo o impetrado aviado
apelação voluntária.
Com efeito, decidiu com acerto o douto Julgador, não
merecendo sua sentença o mais mínimo reparo, senão
integral confirmação.
Na lição sempre lúcida de José Afonso da Silva, encontra-
se o seguinte excerto, verbis:
`A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, mediante controle externo, é
168
coerente com o Estado Democrático de Direito, como se
infere destas palavras de Alfredo Cecílio Lopes: `Somen-
te quando vigem os princípios democráticos em todas
as suas conseqüências - e entre elas das mais importante é
a consagração da divisão dos poderes - e é o orçamento
votado pelo povo através de seus legítimos representan-
tes, é que as finanças, de formais, se tornam substancial-
mente públicas, e a sua fiscalização passa a constituir uma
irrecusável prerrogativa da soberania'. Tem por objetivo,
nos termos da Constituição, a apreciação das contas do
Chefe do Poder Executivo, o desempenho das funções de
auditoria financeira e orçamentária, a apreciação da lega-
lidade dos atos de admissões de pessoal, bem como 0
julgamento das contas dos administradores e demais res-
ponsáveis por bens e valores públicos. Em suma, verificar
a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos
contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e pa-
trimoniais da administração direta e indireta da União. O
controle externo é função do Poder Legislativo. Por isso,
no âmbito federal, ele é da competência do Congresso
Nacional, que o exerce com auxílio do Tribunal de Contas
da União (arts. 70 e 71 )' (Curso de direito constitucional
positivo. 5. ed., São Paulo: RT, 1989, p. 627. Os grifos
não constam do original).
Ora, existindo prévia e expressa autorização constitucio-
nal para a fiscalização das contas do Poder Executivo pelo
Poder Legislativo, a instituição de Comissôes Parlamenta-
res de Inquérito para essa finalidade, inegavelmente, antes
áe contrariar norma constitucional, atende-as plenamente,
fazendo firme a soberania e satisfazendo o sistema de
freios e contrapesos acolhido na Carta da República em
vigor.
169
Nessa ordem de idéias, é ínsito ao poder de jïscalização
dessas comissões o direito de requerer a exibição de todos
os documentos necessários ao desempenho de seus miste-
res, sendo o ato que obsta essa faculdade inegavelmente
abusivo e ilegal, autorizando o exercício válido e regular
do mandado de segurança, como ocorreu na hipótese de
que cuidam este autos.
Em face do exposto, no reexame necessário, confirmo a r.
sentença.
Custas pelo impetrado.
É o meu voto" (Ap. Cív. n. 21.082I3 - Comarca de
Lajinha - Apelante: Juiz de Direito da Comarca de
Lajinha - MG, pelo Prefeito Municipal de São José do
Mantimento - Apelado: H.M.G. - Relator: Des. Bady
Curi).
170
ANTONIO LOPES NETO
Procurador de Justiça aposentado e Advogado
CDU: 35
35(81)
ISBN 85-87054-14-7
Apresentação
Há bem pouco tempo atrás, as administrações municipais, agindo de modo não muito
recomendável, procediam, com habitualidade, aos registros das despesas realiza-
das após a sua efetivação, com atraso, mediante o uso de uma "montagem", de
molde a possibilitar a aprovação de suas contas. Essa prática viciosa,
obviamente, abriu uma brecha para que um sem-número de pessoas de caráter
duvidoso, quase sempre empresários inescrupulosos, de forma organizada,
passassem a assediar lideranças municipais desprovidas de qualquer formação
moral.
Seus objetivos eram por demais claros, vale dizer, conquistavam os expoentes
líderes políticos locais através da sedutora proposta de realizar um grande
plano de enriquecimento fácil, em detrimento do patrimônio público, não se
medindo esforços para a entabulação de grandes negociatas de contratação de bens
e serviços, com valores superfaturados. Essa fusão de empresários com políticos
desonestos, em franca evolução outrora, encontrou êxito pleno, sem quaisquer
obstáculos, deixando perplexos os poucos interessados na moralização da vida
pública.
Todavia, havia uma consciência cívica que, embora adormecida, aflorou com grande
força para restaurar a dignidade no exercício da função pública.
Com efeito, vindo à tona o desperdício dos recursos públicos, simultaneamente à
crise econômica que assolava o País, o interesse no combate ao déficit público
se tornou comum, para não dizer imperativo. Todos os olhos se voltaram
instantaneamente para as três esferas da administração, na busca contínua de se
coibir gastos excessivos, inúteis e/ou ilegais.
A partir de então constatou-se que as mazelas federais do governo paralelo das
empreiteiras, das operações com empresas fantasmas, também foram transplantadas
para as áreas estaduais e municipais. Assim, embora sem a mesma intensidade, "a
consciência cívica" estava de uma vez por todas formada, através do exercício
pleno da cidadania, da participação intensa do povo nos debates sobre os
problemas que afligem a comunidade, da vigilância da imprensa em relação ao
desempenho dos ocupantes nos respectivos cargos públicos, da procura da
superação das dificuldades para a fiscalização eficiente da administração
pública, a fim de evitar os constantes desvios de recursos públicos para os
bolsos de desonestos gestores e, por conseqüência, da valorização do Tribunal de
Contas e do Ministério Público, um no apoio ao controle externo, modernizando e
aprimorando os métodos de trabalho, e o outro na linha de frente para a exigir o
ressarcimento dos prejuízos e a punição dos malversadores.
Não é sem propósito, pois, que se constata, com justificado júbilo, a chegada de
um trabalho jurídico dos mais importantes para o aprimoramento da administração
pública Comentários sobre Direito Administrativo de autor culto e estudioso que,
certamente, vai ser de muita utilidade para os administradores bem-intencionados
e honestos, que tenham entre suas principais metas de administração, o
ajustamento da máquina administrativa aos padrões de austeridade que os novos
tempos exigem, e para os operadores de direito, advogados, promotores e juízes,
que terão à mão os elementos para o exercício de seu mister.