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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CÓDIGO TÍTULO VERSÃO

EDP-UFV-COM-E-ET-01.99 COMISSIONAMENTO E STARTUP DE UFV R0A

EMITIDO POR EMISSÃO

FABIANO RIBEIRO 01/08/2023


TÍTULO CÓDIGO VERSÃO

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TÉCNICA 01/08/2023

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ........................................................................................................................................................................................ 4
2. ANEXOS ........................................................................................................................................................................................... 5
3. NORMAS DE REFERÊNCIA ..................................................................................................................................................... 6
3.1. Normas técnicas ...................................................................................................................................................................... 6
3.2. Normas regulamentadoras ................................................................................................................................................ 6
3.3. Normas EDP .............................................................................................................................................................................. 7
4. PREPARAÇÃO PARA O COMISSIONAMENTO ............................................................................................................. 8
5. DESENVOLVIMENTO .............................................................................................................................................................. 10
5.1. Inspeção visual...................................................................................................................................................................... 10
5.2. Ensaios e testes .................................................................................................................................................................... 11
5.2.1. Ensaios de categoria I.............................................................................................................................................. 12
5.2.1.1. Ensaio de polaridade ............................................................................................................................................... 12
5.2.1.2. Série fotovoltaica – Ensaio de curto-circuito ................................................................................................. 12
5.2.1.3. Série fotovoltaica – Medição da tensão de circuito aberto ..................................................................... 12
5.2.1.4. Ensaio de resistência de isolamento do arranjo fotovoltaico ................................................................ 13
5.2.2. Ensaios de categoria II ............................................................................................................................................ 14
5.2.2.1. Medição da curva IV do arranjo fotovoltaico ................................................................................................ 14
5.2.2.2. Inspeção do arranjo fotovoltaico com câmera IR........................................................................................ 15
5.2.2.3. Performance Ratio .................................................................................................................................................... 15
5.2.3. Ensaios no sistema elétrico da usina ................................................................................................................ 16
5.2.3.1. Cabines de proteção e medição ......................................................................................................................... 16
5.2.3.2. Condutores dos circuitos de média tensão .................................................................................................... 19
5.2.3.3. Condutores dos circuitos de baixa tensão CA ............................................................................................. 20
5.2.3.4. Condutores dos circuitos de baixa tensão CC.............................................................................................. 21
5.2.3.5. Quadros de baixa tensão ....................................................................................................................................... 22
5.2.3.6. Malha de aterramento e SPDA ........................................................................................................................... 24
5.2.3.7. Continuidade de massas e condutores de proteção com a malha de aterramento ................... 24
5.2.3.8. Inversores ...................................................................................................................................................................... 25
5.2.3.9. Transformadores ....................................................................................................................................................... 26
5.2.3.10. Teste do sistema CFTV ...................................................................................................................................... 28
5.2.3.11. Teste do sistema de telemetria da usina ................................................................................................... 29

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5.3. Relatório ................................................................................................................................................................................... 29


5.4. Relação de instrumentos .................................................................................................................................................. 30
5.4.1. Inspeção visual ........................................................................................................................................................... 30
5.4.2. Inspeção termográfica............................................................................................................................................. 30
5.4.3. Testes de módulos individuais e string’s ........................................................................................................ 30
5.4.4. Testes de continuidade proteção e resistência de aterramento .......................................................... 30
5.4.5. Testes em transformadores .................................................................................................................................. 30
5.4.6. Testes em cabines ..................................................................................................................................................... 31
5.4.7. Testes em quadros de baixa tensão ................................................................................................................. 31
5.4.8. Testes em condutores CA e CC .......................................................................................................................... 31
6. PROCESSO DE ENERGIZAÇÃO ......................................................................................................................................... 32
6.1. Preparação para energização ....................................................................................................................................... 32
6.1.1. Sistema de corrente alternada em média tensão ....................................................................................... 32
6.1.2. Sistema de corrente alternada em baixa tensão ........................................................................................ 33
6.1.3. Sistema de corrente contínua .............................................................................................................................. 33
6.2. Energização ............................................................................................................................................................................ 33
6.3. Resolvendo um problema ................................................................................................................................................ 34

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1. OBJETIVO

Este documento tem como objetivo especificar todas as atividades que deverão ser executadas durante
a etapa de comissionamento de usinas solares fotovoltaicas da EDP SMART na modalidade geração distribuída
(GD) ou autoconsumo local, apresentar as premissas básicas que devem ser seguidas em relação à segurança e
procedimentos para realização das inspeções testes e ensaios, bem como apresentar as premissas básicas que
devem ser seguidas para a energização e startup da usina.

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2. ANEXOS
Fazem parte do fornecimento desta especificação técnica os seguintes anexos:

a) ANEXO I – Checklist CFTV

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3. NORMAS DE REFERÊNCIA

3.1. Normas técnicas

• ABNT NBR 15572 – Ensaios não destrutivos – Termografia por infravermelha – Guia para inspeção de
equipamentos elétricos e mecânicos;
• ABNT NBR 15866 – Ensaio não destrutivo – Termografia – Metodologia de avaliação de temperatura de
trabalho de equipamentos em sistemas elétricos;
• ABNT NBR 16274 – Sistemas fotovoltaicos conectados à rede – Requisitos mínimos para documentação,
ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho;
• ABNT NBR 15718 – Ensaio não destrutivo – Termografia – Guia para verificação de termovisores;
• ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;
• ABNT NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;
• ABNT NBR 16690 – Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos – Requisitos de projeto;
• ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas;
• ABNT NBR 15751 – Sistemas de aterramento de subestações;
• ABNT NBR 15749 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em
sistemas de aterramento;
• ABNT NBR 7287 – Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para
tensões de 1kV a 35 kV - requisitos de desempenho;
• ABNT NBR 6251 Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para tensões
de 1kV a 35 kV – requisitos construtivos;
• ABNT NBR 9511 – Raios mínimos de curvatura para instalação e diâmetros mínimos de núcleos de
carretéis para acondicionamento;
• ABNT NBR 16149:2013 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a
rede elétrica de distribuição;
• ABNT NBR 16150:2013 - Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface desconexão com a
rede elétrica de distribuição – Procedimento de ensaio de conformidade;
• ABNT NBR IEC 62116:2012 - Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de sistemas
fotovoltaicos conectados à rede elétrica;
• ABNT NBR 7117 – Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo.

3.2. Normas regulamentadoras

• NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI;


• NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE;

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• NR 17 – ERGONOMIA;
• NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO;
• NR23 – Proteção Contra Incêndio.

3.3. Normas EDP

• PR.FT.DRC.04.00.039 – Requisitos Gerais De Segurança E Saúde Ocupacional;


• PR.FT.DRC.04.00.040 – Gestão De Segurança E Saúde Ocupacional Das Empresas Contratadas;
• PR.FT.DRC.04.00.043 – Bloqueio de Energias;
• PR.FT.DRC.04.00.044 – Comissionamento;
• PR.FT.DRC.04.00.048 – Ferramentas Portáteis e Manuais;
• PR.FT.DRC.04.00.054 – Isolamento de Área;
• PR.FT.DRC.04.00.059 – Trabalho em Altura;
• PR.FT.DRC.04.00.060 – Trabalho a Quente;
• PR.FT.DRC.04.00.061 – Serviços em Eletricidade;
• ES.DT.IPG.01.03.005 – Trabalhos com Andaimes;
• ES.DT.PDN.02.01.004 - MANUAL DE SEGURANÇA DE FORNECEDORES DE SERVIÇOS;
• PR EDPSE - MEN 001 Plano de Segurança para Sites Fixos e Multisites;
• Controle Prestadores EDP SE;
• ES.DT.PDN.02.01.004 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL PARA FORNECEDORES DE SERVIÇOS;
• IT.GE.IPG.01.03.020 - Padronização de placas de sinalização
• ES.DT.PDN.02.01.035 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO – EPI’S E EPC’S

Além de atender a todas as normas de construção de cabine e rede de conexão vigentes, solicitadas pela
Distribuidora de energia local.

OBS: O comissionador não deve se limitar as normas citadas acima pois é de sua total responsabilidade o
cumprimento de todas as normas vigentes no País e da Distribuidora local.

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4. PREPARAÇÃO PARA O COMISSIONAMENTO

Antes de qualquer intervenção no sistema elétrico da usina, alguns procedimentos de segurança devem
ser aplicados para que se reduza a possibilidade de acidentes com eletricidade, minimizando risco aos ativos e à
vida. As atividades de comissionamento somente poderão ser iniciadas com todos os dispositivos de manobra de
corrente alternada abertos, identificados, aterrados e bloqueados onde possível, sendo:

• Chave(s) faca de média tensão do(s) poste(s) do consumidor;


• Chave(s) faca de média tensão da(s) cabine(s) primária(s);
• Disjuntor(es) de média tensão;
• Disjuntor geral do(s) QGBT(s);
• Disjuntores/fusíveis parciais do(s) QGBT(s);
• Disjuntores de comando do(s) QGBT(s);
• Dispositivo(s) de proteção dos DPS do(s) QGBT(s).

O procedimento indicado acima visa garantir a desenergização do sistema de corrente alternada da


planta para execução dos ensaios e testes de comissionamento, e para uma instalação ser considerada
desenergizada o item 10.5 da NR-10 deve ser atendido na sua totalidade, sendo:

• Seccionamento;
• Impedimento de reenergização;
• Constatação da ausência de tensão;
• Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
• Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
• Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

Adicionalmente a isto, toda a atividade de comissionamento deve ser embasada nas devidas Análises
Preliminares de Risco (APRs), elaboradas pelo comissionador e validadas pela área de Segurança da EDP. O
comissionamento deverá ser realizado por uma equipe especializada, e estes procedimentos jamais devem ser
realizados pela mesma equipe ou empresa que efetuou a instalação (EPCista).

Antes do início das atividades, os requisitos básicos de segurança necessários à execução dos testes de
campo devem ser cumpridos, observando, principalmente os itens abaixo relacionados:

• Delimitação e sinalização de todos os equipamentos e áreas envolvidas nos ensaios;


• Etiquetação dos equipamentos envolvidos nos testes de acordo com as normas em vigor;
• Localização e disposição de extintores de incêndio próximos às áreas de ensaios;
• Preencher análise de risco com assinaturas de todos os envolvidos no ensaio;

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• Providenciar os equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de proteção coletiva (EPC)


necessários aos participantes das equipes de ensaios;
• Antes do início do ensaio o executante deverá estar de posse da permissão de trabalho (PT) emitida pela
área de Segurança da EDP;
• Formalização da permissão de execução dos ensaios, emitida pelo Coordenador de Obras EDP e/ou
Equipe de Segurança.

A realização e consequente aprovação dos ensaios de comissionamento da planta devem garantir, na


íntegra, que os respectivos sistemas estejam operando corretamente conforme previsto em projeto executivo e
conforme regem as boas práticas de engenharia. Todo o serviço de comissionamento deverá contemplar o
recolhimento de ART, contendo todos os serviços desempenhados, emitido pelo CREA e assinado pelo
responsável técnico pelo comissionamento.

Todos os testes deverão contar com os devidos registros, os quais deverão compor o relatório de
comissionamento a ser enviado para avaliação da EDP, sendo que estes devem ser minimamente os seguintes:

• Registro fotográfico de todos os testes e verificações realizados, evidenciando as medições, leituras e


inspeções realizadas;
• Certificado de calibração de todos os instrumentos utilizados para a realização dos testes, devidamente
válidos;
• Assinatura do engenheiro responsável pelos testes.

O não envio dos registros acima acarretará a reprovação do comissionamento realizado.

Para a realização dos testes desta especificação, fazem-se necessários os equipamentos listados em 5.4.
Estes devem estar devidamente calibrados, com certificados de calibração válidos a, no mínimo, 3 meses após a
realização dos testes de comissionamento.

Por fim, quaisquer pendências críticas, ou seja, aquelas que coloquem em risco a segurança tanto de
pessoas quanto equipamentos, devem causar a parada segura imediata das atividades.

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5. DESENVOLVIMENTO

5.1. Inspeção visual

O início dos trabalhos de comissionamento se dá através das inspeções visuais em cada um dos sistemas,
o intuito desta inspeção é garantir que o atendimento ao projeto foi integral. Para isso o comissionador deve estar
em posse da última versão emitida e liberada para execução do projeto e dos datasheets dos equipamentos.
Pontos de conferência que devem ser considerados são:

• Módulos fotovoltaicos;
• Inversores;
• Condutores elétricos;
• Transformadores elétricos;
• Quadros de baixa tensão;
• Conjuntos de média tensão;
• Terminais dos condutores, atentar quando condutores de alumínio forem utilizados, pois nestes casos os
terminais precisam ser bimetálicos.

A inspeção visual poderá ser considerada satisfatória desde que todas as características de projeto
estejam implantadas nos sistemas que compõem a usina.

Outro ponto a se observar e que é motivo de reprova da instalação é o emprego de boas práticas de
engenharia na execução, tais como:

• A fixação dos condutores de corrente contínua nas estruturas fixas ou trackers estar de forma correta e
sem sobras de cabos formando “barrigas” ao longo do percurso;
• A fixação das extremidades dos eletrodutos do sistema de corrente contínua junto aos suportes das
estruturas estar de forma que não se soltem;
• As terminações dos eletrodutos de todos os sistemas estarem vedadas;
• As caixas de passagem estarem corretamente acabadas e tampadas;
• Não haver orifícios passíveis de entrada de pequenos animais ou que desqualifiquem o grau de proteção
de transformadores, inversores e quadros de distribuição elétrica ou de comando/automação/CFTV;
• Não haver eletrodutos das infraestruturas enterradas à mostra, sendo que deveriam estar em valas
finalizadas;
• Não haver condutores do sistema de aterramento da parte enterrada à mostra;
• Não haver vazamento de óleo nos tanques dos transformadores;
• Todas as partes da instalação que serão energizadas devem possuir barreira contra contato acidental;

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• Todos os circuitos e dispositivos de proteção devem estar identificados e etiquetados devidamente


através de etiqueta indelével;
• Sinalização de segurança e etiquetas de advertência devem estar fixadas no ponto de conexão com a
rede;
• O esquema unifilar geral da UFV deve ser exibido na cabine de entrada se esta for em alvenaria ou na
sala de controles se a cabine for blindada;
• Os procedimentos de desligamento de emergência da UFV devem ser exibidos na cabine de entrada se
esta for em alvenaria ou na sala de controles se a cabine for blindada.

5.2. Ensaios e testes

Aqui serão apresentados os ensaios e testes que deverão ser realizados para garantir a qualidade,
segurança e operacionalidade da usina solar fotovoltaica. Esses ensaios e testes devem ser realizados através
de medições feitas na instalação elétrica do empreendimento fotovoltaico.

A norma NBR 16274 prescreve a divisão dos ensaios em três categorias, sendo:

1º. Ensaios de categoria I;


2º. Ensaios de categoria II;
3º. Ensaio adicionais.

Adicionalmente a estes, solicita-se também a realização de inspeções visuais, conforme segue:

a) Inspeção de sujidade: aferir que os módulos estão devidamente limpos (para a realização dos testes a
quente);
b) Inspeção de fissuras/trincas: aferir que não há nenhuma evidência de quebra ou trinca nos módulos;
c) Inspeção das ligações: aferir que a quantidade de módulos por string está de acordo com o projeto
aprovado;
d) Inspeção das ligações: aferir que a conexão em série dos módulos está corretamente executada (leapfrog
ou série simples);
e) Aterramento dos módulos: aferir que todos os módulos estão equipotencializados e conectados à malha
de aterramento da usina;
f) Isolação dos cabos: aferir que os cabos intrínsecos dos módulos não possuem nenhuma evidência de
perda de isolação;
g) Fixação dos módulos: aferir que os módulos estão devidamente fixados nas estruturas dos trackers;
h) Aperto dos conectores: aferir que os conectores dos módulos estão devidamente conectados.

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5.2.1. Ensaios de categoria I

Os ensaios descritos a seguir devem ser realizados na totalidade a usina, e não devem ser realizados por
amostragem, independente do porte da usina.

5.2.1.1. Ensaio de polaridade

O ensaio de polaridade de strings fotovoltaicas tem como finalidade garantir que as ligações de todos os
módulos que compõem a determinada string foram feitas de forma correta e também visa identificar possíveis
inversões no trajeto entre os módulos e o inversor e também conectores invertidos, este deve ser sempre o primeiro
ensaio à se realizar no comissionamento.
Este ensaio pode ser realizado com a utilização de um voltímetro digital de corrente contínua capaz de
medir a amplitude máxima de tensão de projeto, valores próximos à 1500Vdc.

5.2.1.2. Série fotovoltaica – Ensaio de curto-circuito

O ensaio de curto circuito de uma série fotovoltaica visa garantir que não haja falhas nos módulos que
compõe a string sob teste, este ensaio não é considerado um teste de performance do sistema, porém, os
resultados obtidos no ensaio devem estar dentro de uma faixa esperada para determinada irradiância e a
comparação entre resultados de strings de mesma formatação devem ser realizados, pois as medições em
diferentes strings sendo realizadas sob mesmas condições de irradiância podem servir para indicar desvios, os
valores entre strings de mesma formatação não podem superar 5%.
Devido a questões de segurança este ensaio somente é permitido pela EDP com a utilização de
instrumento de ensaio com função de medição de corrente de curto-circuito. Importante atentar para que o
instrumento tenha a capacidade de medição de corrente e tensão superior à máxima corrente de curto-circuito e
à máxima tensão de circuito aberto possíveis.

Realizando a medição da curva IV (Ensaios categoria 2) o ensaio de curto-circuito separado não precisa ser
realizado.

5.2.1.3. Série fotovoltaica – Medição da tensão de circuito aberto

A medição da tensão de circuito aberto da string visa garantir a correta conexão dos módulos que
formam a série fotovoltaica assim como validar a correta quantidade de módulos conforme poderá ser visto em
projeto, este ensaio deve ser executado em todas as strings da usina, pois errar a conexão é algo muito comum.
A medição da tensão de circuito aberto deve ser feita utilizando-se de instrumento de ensaio apropriado,
evitando o uso de voltímetros. As séries fotovoltaicas estarão aprovadas se nenhuma delas apresentar
discrepância com as outras num valor superior à 5%.
O uso do datasheet dos módulos e a medição de um módulo em separado para validação dos valores
medidos da série deve ser considerado a fim de se evitar interpretações errôneas.

Realizando a medição da curva IV (Ensaios categoria 2) a medição da tensão de circuito aberto separada não
precisa ser realizada.

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5.2.1.4. Ensaio de resistência de isolamento do arranjo fotovoltaico

O ensaio de resistência de isolamento do arranjo fotovoltaico visa garantir a integridade da isolação dos
condutores elétricos das strings, este ensaio deve ser realizado após todos os ensaios indicados anteriormente
terem sido realizados e aprovados.
Realizar este ensaio apresenta um risco de choque elétrico em potencial. É importante compreender
completamente o procedimento antes de iniciar qualquer trabalho. Recomenda-se que as seguintes medidas
básicas de segurança sejam seguidas:

• Limitar o acesso à área de trabalho;


• Não tocar e tomar medidas para evitar que quaisquer outras pessoas toquem em qualquer superfície
metálica, na parte de trás dos módulos ou nos terminais do módulo com qualquer parte do corpo ao
realizar o ensaio de isolamento;
• Sempre que o dispositivo de ensaio de isolamento é energizado, há tensão na área de ensaio. O
equipamento deve ter capacidade de autodescarga automática;
• Roupas/equipamentos de proteção pessoal apropriadas devem ser utilizadas durante a realização do
ensaio.

O ensaio deve ser repetido para cada arranjo fotovoltaico, no mínimo. A ABNT NBR 16274 indica dois
métodos de ensaio, porém, neste documento indicaremos apenas o método de ensaio 1.

Método de ensaio 1 – Ensaio entre o negativo do arranjo fotovoltaico e a terra, seguindo de um ensaio
entre positivo e a terra.

Como a estrutura de suporte já estará ligada à terra, a ligação à terra para os ensaios poderá ser em
qualquer ponto de terra adequado ou na estrutura do arranjo fotovoltaico (quando esta é utilizada, assegurar um
bom contato e que haja continuidade ao longo de toda a estrutura metálica).

Para esse ensaio deve-se utilizar um megômetro de no mínimo 1000V selecionando a tensão conforme
pode ser visto na Tabela 1 extraída da ABNT NBR 16274 e procedendo conforme indicado acima, os valores
mínimos de resistência de isolamento também são apresentados na referida tabela.

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5.2.2. Ensaios de categoria II

5.2.2.1. Medição da curva IV do arranjo fotovoltaico

O ensaio de curva IV do arranjo fotovoltaico deve ser realizado em 100% das dos arranjos da UFV e tem
por finalidade fornecer:

• A tensão de circuito aberto (Voc) e a corrente de curto-circuito (Isc) do arranjo fotovoltaico;


• A potência do arranjo fotovoltaico;
• Indicar defeitos nos módulos/arranjos fotovoltaicos ou problemas de sombreamento.

As características dos módulos (Voc e Isc) devem ser conhecidas antes da mobilização da equipe de
comissionamento, pois o instrumento a se utilizar deve ser compatível com essas características. Neste
instrumento devem ser imputados todos os dados dos módulos e dos arranjos fotovoltaicos.

A séria fotovoltaica sob ensaio deve ser isolada e conectada diretamente ao instrumento, a medição da
irradiância e temperatura durante os ensaios deve ser realizada.
O ensaio de curva IV fornece um meio para medição da potência nominal do arranjo fotovoltaico, esta
medição servirá para verificar se estão coincidindo com os dados de placa.
Para uma correta medição da potência de séries e arranjos fotovoltaicos, o ensaio deve ser realizado em
condições de irradiância de no mínimo 700W/m² medida no plano dos módulos, bem como com os módulos
devidamente limpos.

As curvas de séries fotovoltaicos devem ser comparadas entre si (sobrepostas). As curvas devem ser as
mesmas (tipicamente dentro de 5% para condições de irradiância estáveis).

A medição da curva IV do arranjo fotovoltaico visa identificar se existem os seguintes defeitos:

• Células/módulos danificados;

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• Diodos de by-pass curto circuitados;


• Sombreamento localizado;
• Descasamento de parâmetros (mismatch) entre módulos;
• Presença de resistência paralela excessiva em células/módulos/arranjos fotovoltaicos;
• Resistência série excessiva.

5.2.2.2. Inspeção do arranjo fotovoltaico com câmera IR

A inspeção feita através de câmera IR tem por finalidade detectar anomalias em módulos em operação
através de variações de temperatura, estas variações podem indicar problemas internos aos módulos e/ou
arranjos, como células reversamente polarizadas, falha do diodo de by-pass, falha de conexões com solda e
conexões ruins.
Para a realização da inspeção em módulos fotovoltaicos, é necessário que a irradiância no plano do
arranjo esteja acima de 600W/m² e sem presença de nuvens que possam reduzir abruptamente o nível de
irradiância.
Esta inspeção deve ser realizada com câmera termográfica e drone provido de câmera termográfica.
Caso pontos quentes (hotspots) sejam identificados, uma investigação mais profunda deve ser realizada,
sendo que pontos mais quentes próximos à caixa de conexão é algo normal. Pontos quentes próximos aos diodos
de by-pass podem indicar sombreamento ou detritos sobre o módulo.
Além dos módulos em si, deve-se avaliar possíveis pontos quentes nos conectores ao início/final das
strings, realizando-se termografia destes.

5.2.2.3. Performance Ratio

O teste de performance ratio da usina visa validar se a geração da usina está ao menos à 97% da
geração de projeto, desconsiderando as perdas de indisponibilidade e soiling losses, e é dado pela seguinte
equação:

𝐸
𝑃𝑅 = 𝑃𝑜𝐴 𝛽×(𝑇𝑐𝑒𝑙−𝑇𝑟𝑒𝑓)
× 𝑘𝑊𝑝 × [1 − ( )]
𝐺𝑠𝑡𝑐 100

Onde:
• E – Energia Gerada [kWh];
• PoA – Irradiação [kWh/m²];
• Gstc – 1000W/m²;
• ß – 0,36;
• Tcel – temperatura medida;
• Tref – 25°C.

Antes da realização dos ensaios de performance ratio, os painéis deverão ser devidamente limpos para evitar
desvios de geração por sujidade.

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Para o teste, será necessário um total de 6 dias válidos dentro de uma janela de 10 dias de testes. Destes 6
dias, pelo menos 3 dias deverão ser consecutivos. Os critérios para que os dias sejam considerados válidos são:

• O dia de teste deverá ter irradiância medida superior a 600 W/m² por 3 horas consecutivas.
• Irradiação diária total de pelo menos 3,0 kWh/m².
• 100% de dados medidos válidos durante o período de teste.
• Planta com 100% de disponibilidade. Caso a planta não esteja disponível, o dia do teste deverá ser
descartado;
• Totalidade dos trackers instalados e configurados, aptos a exercerem a função de seguimento do sol
durante todo o dia, atingindo as posições extremas da varredura conforme projeto (geralmente ± 55º);
• Totalidade dos módulos limpos, eletricamente conectados e produzindo energia;
• Totalidade dos piranômetros limpos, calibrados e em operação. Os piranômetros devem ser limpos
diariamente durante a duração dos testes;
• Condições meteorológicas atendendo aos critérios de irradiação mínima há pelo menos 7 dias
consecutivos anteriores ao início do teste e sem previsão de chuvas durante o período dos testes;
• Sem previsão de interrupção da exportação de energia devido a manutenções ou paradas programadas
de outros componentes do sistema ao qual a planta se conecta durante o período dos testes;
• Sistema de distribuição apto ao escoamento de energia sem restrições;
• Sistema SCADA e instrumentação da planta PV instalado e testado pala operação e em plena condição
de registro dos dados meteorológicos e de produção de energia.
• Garantir que nenhum equipamento de medição, como piranômetros, sensores de temperatura e de vento
estejam mal posicionados, com inclinação, azimute e altura em acordo com o especificado.
• Tracker com um piranômetro: a posição angular do tracker e a posição teórica do tracker devem estar com
uma diferença inferior ao limite de histerese definido pelo fabricante (geralmente 2º), para cada intervalo
de cálculo.
• Todos os trackers devem ter conseguido realizar o seguimento do sol ao longo dos dias de medição (ex.:
não houve entradas em stow-position por conta de rajadas de vento).

O relatório dos testes deverá ser entregue em formato Word, com as tabelas de dados coletados e calculados
enviados em planilhas Excel.

5.2.3. Ensaios no sistema elétrico da usina

5.2.3.1. Cabines de proteção e medição

A seguir são listados todos os ensaios e verificações que devem ser realizadas nas cabines de proteção e
medição, independentemente de serem em alvenaria ou blindadas:

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1) Fotografar a sinalização de segurança, verificando se todas as placas e avisos de segurança foram


instalados no local correto e de acordo com o projeto;
2) Fotografar a presença de acessórios de segurança, conforme solicitado em projeto;
3) Fotografar presença de equipamentos de combate a incêndio, checando se os extintores e demais
equipamentos previstos em projeto estão disponíveis no local correto e estão devidamente sinalizados
(pinturas, placas etc.);
4) Fotografar e conferir o invólucro em relação à possíveis amassados, riscos na pintura e sinais de corrosão;
5) Conferir o alinhamento de portas e se elas estão fechando e abrindo de forma adequada;
6) Fotografar as placas de dados dos TCs e TPs e incluir no relatório;
7) Validar se os dados indicados em placa nos TCs e TPs estão aderentes aos vistos no projeto e estudo de
proteção;
8) Fotografar e verificar se TCs e TPs foram instalados na fase correta;
9) Fotografar e verificar se TCs e TPs estão devidamente aterrados;
10) Fotografar e verificar se os para-raios instalados estão conforme especificados em projeto, não há
quebras ou trincas nos equipamentos nem pontos de oxidação, se estão limpos, devidamente
identificados e estão devidamente fixados no local;
11) Fotografar e inspecionar se as seccionadoras instaladas estão conforme especificadas em projeto, não
há quebras ou trincas nos equipamentos, nem sinais de oxidação, se estão limpas e devidamente
identificadas;
12) Testar e fotografar o mecanismo de seccionamento movimentando este para as duas posições sem
apresentar defeitos;
13) Fotografar e inspecionar os relés de proteção, verificando se os equipamentos instalados estão conforme
especificados em projeto, os equipamentos estão ligando corretamente e há comunicação com o
computador, se não há quebras ou trincas nos equipamentos nem pontos de oxidação, se estão limpos e
devidamente identificados.
14) Fotografar os isoladores e buchas de passagem instalados, e inspecionar se estão conforme
especificados em projeto, se não há quebras ou trincas nos equipamentos nem pontos de oxidação, e se
estão limpos e devidamente identificados;
15) Fotografar e verificar se o cabeamento está devidamente disposto no interior do painel, e verificar
conexões dos fios e cabos externos aos blocos terminais;
16) Fotografar e conferir as características dos condutores (seção, classe de isolação, material) e terminais
utilizados, e validar com as informações indicadas nos projetos;
17) Fotografar e conferir a conexão da blindagem do cabo à malha de aterramento nos pontos adequados;

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18) Fotografar e conferir (medindo) os raios de curvatura dos cabos de potência nas caixas de passagem e
nas entradas/saídas da CMP garantindo aderência à ABNT NBR 9511, que estejam ao menos com 12
vezes o diâmetro externo do condutor;
19) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa;
20) Fotografar e verificar se todos os cabeamentos e circuitos estão devidamente identificados;
21) Verificar conexões elétricas de alimentação do relé e nos contatos lógicos do relé;
22) Medição da resistência de isolamento da parte de potência da CMP. Todos os ensaios dos equipamentos
nos lados de AT para BT e AT para massa devem ser aplicando tensão de 10kV;
23) Caso transformadores de aterramento componham a cabine eles devem ser ensaiados também
(resistência de isolamento, enrolamento e relação de transformação) e durante a etapa de
comissionamento à frio considerar análise do óleo;
24) Atualizar o firmware dos relés de proteção para a versão mais atual fornecida pela fabricante;
25) Parametrizar os relés com os ajustes indicados no estudo de proteção e enviar à EDP SMART os arquivos
de ajustes;
26) Medição da resistência de contato de disjuntores e chaves faca, inclusive lâmina terra;
27) Ensaiar a relação de transformação dos TCs e do TPs;
28) Loop test para garantir a performance do circuito de proteção de corrente (TC, cabos, ligações e relés),
aplicar um determinado valor de corrente e conferir no display do relé (evidenciar por foto);
29) Verificar se os relés de proteção estão medindo os dados de tensão e corrente corretamente;
30) Trip test deve ser feito ao menos em dois pontos de atuação das funções 67/67N, 50/51 e 50/51N;
31) Todos os ensaios das proteções devem ser realizados, evidenciados no relatório e comparados com o
solicitado no estudo de proteção. Atentar a direcionalidade das funções 67 e 32, mesmo estando igual ao
estudo alguma inversão de secundário de TC pode fazer com que essas funções atuem de forma invertida.
32) Realizar o teste funcional de todos os dispositivos de proteção e comando da cabine com foco nos
intertravamentos indicados no projeto executivo da CMP ou de fabricação no caso de CMP blindada;
33) Realizar os testes/ensaios do sistema de aterramento com medição da resistência de aterramento e
validar a equipotencialização de todas as massas à malha;
34) Testar a operação das chaves seccionadoras de acordo com o manual do fabricante e se os contatos
auxiliares estão atuando conforme previsto em projeto;
35) Verificar se os contatos auxiliares dos disjuntores estão atuando conforme previsto em projeto;
36) Executar comandos de abertura/fechamento do disjuntor e verificar o carregamento da mola (se
aplicável).

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5.2.3.2. Condutores dos circuitos de média tensão

Antes da execução dos ensaios nos condutores de média tensão, deve-se realizar a inspeção visual
destes conforme segue:

1) Fotografar e verificar estado de conservação dos cabos;


2) Fotografar e verificar estado de conservação das muflas e conectores;
3) Fotografar e verificar fixação dos condutores por presilhas/abraçadeiras (checar se os cabos não estão
presos em locais com vibração, a exemplo de transformadores);
4) Fotografar e conferir as características dos condutores (seção, classe de isolação, material), e validar com
as informações indicadas nos projetos;
5) Fotografar e conferir as características das muflas e conectores utilizados, e validar com as informações
indicadas nos projetos;
6) Fotografar e conferir a conexão da blindagem do cabo à malha de aterramento nos pontos adequados;
7) Fotografar e conferir (medindo) os raios de curvatura dos cabos de potência nas caixas de passagem e
nas entradas/saídas de painéis, garantindo aderência à ABNT NBR 9511, que estejam ao menos com 12
vezes o diâmetro externo do condutor;
8) Fotografar e verificar sequência de fase dos condutores;
9) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa;
10) Fotografar e verificar se todos os cabeamentos e circuitos estão devidamente identificados.

Após a inspeção visual, deve-se realizar a medição de continuidade da blindagem do cabo à malha de
aterramento com um miliohmímetro.
Para iniciar os testes de resistência de isolamento e tensão aplicada, deve-se medir a umidade relativa
do ar através de um termo-higrômetro, sendo que a UR deve ser inferior a 65%. Este valor deve ser fotografado e
registrado em relatório.
Posteriormente a isto, os cabos dos circuitos de MT devem ser ensaiados considerando a seguinte
sequência: Megger (5kV) - Hipot - Megger (5kV), nesta ordem, e todos os valores devem constar no relatório, ou
seja, o teste de resistência de isolamento deverá ser feito duas vezes: uma antes do ensaio de tensão aplicada,
com o Hipot, e uma depois deste ensaio, a fim de aferir a integridade do cabo após ser submetido às altas tensões
do ensaio. Os valores de resistência de isolamento medidos durante os ensaios de Megger devem ser
fotografados, anotados e registrados em relatório, tanto antes quanto depois do ensaio de tensão aplicada
(Hipot).
Para a medição da resistência de isolamento dos condutores deve-se considerar medição entre fases e
fases para blindagem. Para o ensaio de tensão aplicada considera-se apenas entre condutor e blindagem. O valor
da tensão aplicada nos cabos com tensões de isolação superiores à 3,6/6kV deve ser de 2,4 a 2,5xU0.

O ensaio de tensão aplicada deve seguir o seguinte roteiro:

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• Partindo de zero eleva-se a tensão gradativamente de 5kV em 5kV num tempo igual a 30 segundos para
cada elevação;
• Aguarda-se, no mínimo 1 minuto para a estabilização da corrente, efetuando-se, em seguida, a leitura da
corrente de fuga. Plota-se o primeiro ponto no gráfico e registra-se em foto a medição realizada e a tensão
aplicada;
• Repete-se a sequência acima até atingir o valor de tensão limite de ensaio estabelecido;
• Imediatamente após ser atingida a tensão de ensaio, sem aguardar a estabilização da corrente, efetuar
a leitura desta última e plota-se o valor encontrado e registra-se em foto a medição realizada e a tensão
aplicada;
• Mantendo-se fixa a tensão, efetuar leitura de corrente de 1 em 1 minuto até 10 minutos. Plota-se cada
valor no gráfico “corrente de fuga x tempo” e registra-se em foto a medição realizada e a tensão aplicada;
• Após 10 minutos, reduz-se a tensão até zero. Aguarda-se alguns minutos para que seja descarregada a
energia contida no cabo;
• Por medida de segurança, aterra-se o cabo para a eliminação de eventuais cargas residuais após o
ensaio.

5.2.3.3. Condutores dos circuitos de baixa tensão CA

Antes da execução dos ensaios nos condutores de baixa tensão CA, deve-se realizar a inspeção visual
destes conforme segue:

1) Fotografar e verificar estado de conservação dos cabos;


2) Fotografar e verificar estado de conservação dos conectores;
3) Fotografar e verificar fixação dos condutores por presilhas/abraçadeiras (checar se os cabos não estão
presos em locais com vibração, a exemplo de transformadores);
4) Fotografar e conferir as características dos condutores (seção, classe de isolação, material), e validar com
as informações indicadas nos projetos;
5) Fotografar e conferir as características dos conectores utilizados, e validar com as informações indicadas
nos projetos;
6) Fotografar e conferir (medindo) os raios de curvatura dos cabos de potência nas caixas de passagem e
nas entradas/saídas de painéis, garantindo aderência à ABNT NBR 9511, que estejam ao menos com 12
vezes o diâmetro externo do condutor;
7) Fotografar e verificar sequência de fase dos condutores;
8) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa;
9) Fotografar e verificar se todos os cabeamentos e circuitos estão devidamente identificados;

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10) Fotografar e verificar presença de espuma expansiva em todos os eletrodutos dentro das caixas de
passagem.

Para os condutores dos circuitos de baixa tensão CA deve-se considerar o uso de megger de 1000V e
com as medições das seguintes formas:

• R x S (sem guardar a referência à terra);


• R x T (sem guardar a referência à terra);
• S x T (sem guardar a referência à terra);
• R x PE (sem guardar a referência à fase);
• S x PE (sem guardar a referência à fase);
• T x PE (sem guardar a referência à fase);
• R x N (sem guardar a referência à terra e às outras fases);
• S x N (sem guardar a referência à terra e às outras fases);
• T x N (sem guardar a referência à terra e às outras fases);
• N x PE (sem guardar a referência à terra e às fases).

Conforme 7.3.3 na tabela 60 da NBR 5410, aplicando-se 1kV por um minuto a resistência de isolamento
mínima esperada é de 1MΩ.

Para a realização deste ensaio é mandatória a desconexão dos condutores junto aos terminais dos
inversores e transformadores, inclusive os condutores PE, podendo-se manter conectados ao QGBT, porém, com
as chaves de proteção dos circuitos abertas.

Após a realização dos ensaios e sendo os resultados satisfatórios pode-se conectar os cabos aos
inversores e transformadores e o torque deve ser aferido.

5.2.3.4. Condutores dos circuitos de baixa tensão CC

Antes da execução dos ensaios nos condutores de baixa tensão CC, deve-se realizar a inspeção visual
destes conforme segue:

1) Fotografar e verificar estado de conservação dos cabos;


2) Fotografar e verificar estado de conservação dos conectores;
3) Fotografar e verificar fixação dos condutores por presilhas/abraçadeiras (checar se os cabos não estão
presos em locais com vibração, a exemplo de transformadores), chicoteamento e acabamento dos cabos;
4) Fotografar e conferir as características dos condutores (seção, classe de isolação, material), e validar com
as informações indicadas nos projetos;

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5) Fotografar e conferir as características dos conectores utilizados, e validar com as informações indicadas
nos projetos;
6) Fotografar e conferir (medindo) os raios de curvatura dos cabos de potência nas caixas de passagem e
nas entradas/saídas de painéis, garantindo aderência à ABNT NBR 9511, que estejam ao menos com 12
vezes o diâmetro externo do condutor;
7) Fotografar e verificar polaridade dos condutores;
8) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa;
9) Fotografar e verificar se todos os cabeamentos e circuitos estão devidamente identificados;
10) Fotografar e verificar presença de espuma expansiva em todos os eletrodutos dentro das caixas de
passagem.

Para os condutores dos circuitos de baixa tensão CC deve-se considerar o uso de megger de 1000V e
com as medições das seguintes formas:

• Positivo x Negativo;
• Positivo x Massa;
• Negativo x Massa.

Conforme 6.7.3 na tabela 1 da NBR 16274, aplicando-se 1kV por um minuto a resistência de isolamento
mínima esperada é de 1MΩ.

Para a realização deste ensaio é mandatória a desconexão dos módulos que compõem o arranjo
fotovoltaico.

5.2.3.5. Quadros de baixa tensão

Antes da execução dos ensaios nos quadros de baixa tensão, deve-se realizar a inspeção visual destes
conforme segue:

1) Fotografar a sinalização de segurança, verificando se todas as placas e avisos de segurança foram


instalados no local correto e de acordo com o projeto (tanto no painel quanto no cercamento deste, se
aplicável);
2) Fotografar a identificação do painel (placa de identificação) e validar conforme projeto;
3) Fotografar e conferir o invólucro em relação à possíveis amassados, riscos na pintura, sinais de infiltração
de água e sinais de corrosão;
4) Conferir o alinhamento de portas e se elas estão fechando e abrindo de forma adequada;
5) Fotografar e verificar estado de conservação dos componentes do painel;

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6) Verificar se os componentes instalados no painel estão em concordância com o projeto;


7) Fotografar e verificar estado dos DPS do painel;
8) Fotografar e verificar estado dos fusíveis do painel;
9) Fotografar e verificar equipotencialização dos quadros elétricos à malha de terra;
10) Fotografar e verificar a correta identificação das fases;
11) Fotografar e verificar a conexão dos pontos de aterramento, conforme projeto;
12) Fotografar e verificar a vedação do painel, exaustores, conjuntos de grelhas e demais partes do painel,
garantindo a proteção IP conforme projeto;
13) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas (cabos e barramentos) de acordo com
recomendações do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização
desta etapa;
14) Fotografar e verificar se todos os cabeamentos e circuitos estão devidamente identificados;
15) Fotografar e verificar organização dos cabos dentro das canaletas do painel;
16) Fotografar e verificar presença de espuma expansiva das saídas e chegadas de cabos;
17) Fotografar e verificar a parametrização dos disjuntores de proteção do painel.

Após a inspeção visual, para os barramentos dos quadros de baixa tensão deve-se considerar o uso de
megger de 1000V. Os testes serão considerados bem-sucedidos se a resistência de isolamento for superior a
1MΩ.
A resistência de isolamento dos barramentos deve ser medida considerando chaves de proteção dos
circuitos dos inversores abertas, dispositivos de proteção dos circuitos de comando/medição e DPS abertos,
disjuntor geral do QGBT fechado e condutores ligados ao transformador também desconectados. Após a
realização dos ensaios e sendo os resultados satisfatórios pode-se conectar os cabos ao transformador e o torque
deve ser aferido.
Devem-se também realizar os testes funcionais dos quadros, considerando atuação do disjuntor geral,
elétrico, mecânico e por meio da proteção térmica do transformador, medição de tensão principal e de comando
e status dos DPS.
Por fim, devem-se realizar os testes a quente, conforme segue:

1) Realizar a inspeção termográfica em cabos e barramentos, fotografando os resultados medidos;


2) Verificar presença de ruídos ou vibrações anormais;
3) Testar parametrização dos resistores de aquecimento e exaustores;
4) Verificar tensão fase-fase entre barramentos e corrente nos cabos entre trafo e QGBT com amperímetro
adequado;
5) Verificar funcionamento e medições do medidor de grandezas elétricas;
6) Testar trip dos disjuntores do QGBT;
7) Verificar funcionamento das botoeiras de comando;
8) Verificar funcionamento dos alarmes e sinaleiros;

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9) Verificar funcionamento de resistências de aquecimento e ventiladores (se aplicável);


10) Verificar funcionamento das bobinas de abertura e fechamento dos disjuntores.

5.2.3.6. Malha de aterramento e SPDA

Antes da execução dos ensaios na malha de aterramento, deve-se realizar a inspeção visual conforme segue:

1) Fotografar e verificar a especificação do condutor de aterramento, conforme projeto;


2) Verificar e registrar em relatório a distância dos eletrodos instalados;
3) Fotografar e verificar se todas as partes vivas do SPDA estão isoladas;
4) Fotografar e verificar as características técnicas dos cabos, captores, caixas de inspeção, isoladores e
demais itens que compõem o SPDA estão em conformidade com o projetado;
5) Fotografar e verificar a conexão de todas as estruturas metálicas do SPDA à malha de aterramento;
6) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa.

Para realizar a medição de resistência de aterramento é necessário utilizar o método de queda de


potencial, conforme descrito na ABNT NBR 15749, considerando a medição da resistência através de um
terrômetro a três fios.

Deve-se fazer o levantamento das curvas típicas de resistência de aterramento com apresentação
através de um gráfico da resistência medida em função da distância do eletrodo de potencial em relação ao
sistema de aterramento sob ensaio.

Os valores dos potenciais de passo e toque calculados em projeto devem ser medidos também a fim de
garantir seu atendimento, a medição deve ser feita entre as partes metálicas ligadas ao sistema de aterramento
sob ensaio e o eletrodo de potencial cravado no solo.
No caso das tensões de passo, a tensão deve ser medida entre dois eletrodos de potencial cravados no
solo e afastados em 1 metro.

5.2.3.7. Continuidade de massas e condutores de proteção com a malha de aterramento

Antes da execução dos ensaios de continuidade, deve-se realizar a inspeção visual desta conforme segue:

1) Fotografar e verificar estado dos pontos de aterramento em todos os equipamentos metálicos e


construções:
a) Trackers (estacas e mesas);
b) Inversores;
c) Abrigos dos inversores;
d) QGBTs;

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e) Transformadores de potência;
f) Transformadores auxiliares;
g) Transformadores de aterramento (se o caso);
h) Demais painéis elétricos;
i) Cabines de medição e proteção ou subestação de alvenaria;
j) Casa de comando (BEP);
k) Postes;
l) Equipamentos de CFTV;
m) Dataloggers;
n) Racks e demais equipamentos de telecom;
o) SPDA, conforme projetado;
p) Cercamentos e portões.
2) Fotografar e verificar a especificação do condutor de aterramento e equipotencialização, conforme
projeto;
3) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa.

A verificação de continuidade dos condutores de proteção e aterramento de massas deve ser realizada
com um mili ou microohmímetro (método Kelvin) calibrado para tal atividade, em conformidade com a NBR 5419,
capaz de fornecer corrente em torno de 10A. Não se admite o uso de multímetro para esta atividade. O valor
máximo de resistência medida aceita é de 1 Ohm, e valores acima deste valor constituem falha nos testes e
requerem análises imediatas das instalações. O teste de continuidade deverá ser feito em 100% das conexões.
A verificação de continuidade dos condutores de aterramento e equipotencialização devem ser verificados
conforme item 7.3.2 da NBR 5410, através de um ensaio de continuidade. Recomenda-se que a fonte de tensão
tenha uma tensão em vazio entre 4 V e 24 V, em corrente contínua ou alternada, e que a corrente de ensaio seja
de no mínimo 0,2 A.
Para o teste de continuidade dos trackers, as mesas deverão ter sua continuidade testada e medida em
ao menos 5 pontos ao longo do comprimento destas (e todas as mesas devem ser medidas), e para o cercamento,
uma medição a cada 15m de perímetro e imediatamente após uma porta/portão/seccionamento. Todos os
captores devem também ter sua continuidade testada e aferida.

5.2.3.8. Inversores

Antes da execução dos ensaios nos inversores, deve-se realizar a inspeção visual destes conforme segue:

1) Fotografar a identificação do inversor (placa de identificação) e validar conforme projeto;


2) Fotografar e conferir o invólucro em relação à possíveis amassados, riscos na pintura, sinais de infiltração
de água e sinais de corrosão;
3) Conferir o alinhamento de portas e se elas estão fechando e abrindo de forma adequada;

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4) Fotografar e verificar estado de conservação dos inversores;


5) Fotografar e medir as distâncias mínimas recomendadas pelo fabricante dos inversores (ex.:
espaçamentos para ventilação);
6) Fotografar e conferir o aterramento da carcaça e da estrutura de fixação do inversor;
7) Fotografar e verificar polaridade dos cabos CC;
8) Verificar presença de oxidação na estrutura de fixação dos inversores da usina;
9) Fotografar e conferir a vedação da entrada de cabos CA e de comunicação do inversor com massa de
calafetar apropriada para elevadas temperaturas, e vedação dos eletrodutos que chegam ao inversor
com espuma expansiva apropriada para exposição UV, elevadas temperaturas e uso elétrico;
10) Verificar sequência de conexão dos cabos de comunicação;
11) Verificar correta conexão dos cabos CC aos inversores;
12) Verificar sequência de fases e se o conector PE está devidamente conectado;
13) Verificar aperto dos prensa cabos;
14) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas de acordo com NT15 ou recomendações do
fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa;
15) Verificar se todos os requisitos de instalação exigidos no manual do fabricante foram satisfeitos;
16) Fotografar e verificar a construção do abrigo dos inversores conforme projeto.

Após estes testes realizados e terem resultados satisfatórios, pode-se proceder aos ensaios que seguem:

1) Realizar parametrização do inversor e disponibilizar parâmetros configurados à EDP;


2) Verificar a atualização do firmware do inversor e confirmar com o fabricante se a versão instalada é a
mais recente;
3) Verificar leitura da tensão e corrente CC das strings, CA, MPPTs e grandezas de potência por meio do
software do fabricante dos inversores;
4) Realizar a termografia dos conectores do inversor, registrando em fotos as medições realizadas;
5) Verificar a presença de alarmes nos inversores;
6) Verificar a correta transmissão de dados para o datalogger dos inversores.

5.2.3.9. Transformadores

Antes da execução dos ensaios nos transformadores, deve-se realizar a inspeção visual destes conforme
segue, em todos os transformadores da usina (de potência, de aterramento ou auxiliar). Antes de realizar as
atividades a seguir, deve-se garantir que o transformador esteja desenergizado, descarregado e com os cabos
externos desconectados.

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1) Fotografar e verificar se as características da placa de identificação dos transformadores estão de acordo


com o projeto;
2) Inspecionar e limpar as buchas dos transformadores;
3) Fotografar e verificar a inexistência de fissuras ou lascas nos transformadores e em seus isoladores;
4) Fotografar e verificar a inexistência de fissuras ou trincas nos para-raios dos transformadores;
5) Fotografar e verificar se a vedação do transformador está correta, suficiente para evitar infiltração de
água e entrada de insetos;
6) Fotografar e verificar se a especificação e quantidade de conectores e acessórios dos transformadores
estão de acordo com o projeto;
7) Fotografar e verificar a parametrização e funcionamento de todos os ventiladores do transformador;
8) Fotografar e verificar a presença e conexão dos sensores do transformador;
9) Fotografar e verificar a parametrização e funcionamento do relé de temperatura do transformador;
10) Fotografar e verificar fixação das tampas principais e auxiliares do transformador;
11) Fotografar e verificar posicionamento do transformador na sua base, e se não há trincas/fissuras nesta;
12) Fotografar e verificar fixação dos para-raios e dos isoladores do transformador;
13) Fotografar e certificar que todos os pontos de aterramento do projeto estejam devidamente conectados
conforme projeto, incluindo o tanque do transformador;
14) Fotografar e verificar se a porta da caixa de acessórios está devidamente equipontencializada.

Os transformadores deverão ser comissionados conforme atividades abaixo:

• Medição da resistência de enrolamento para o TAP de maior tensão;


• Medição da resistência de isolamento, sendo:
o 5kV entre ATxM;
o 5kV entre ATxBT;
o 1kV entre BTxM.
• Relação de transformação para todos os TAPs;
• Teste de energização;
• Teste do relé térmico;
• Teste de funcionamento do sistema de ventilação (se aplicável);
• Coleta de óleo para análise;
• Teste das proteções térmicas, inclusive validando a atuação no disjuntor geral do QGBT.

Os ensaios de resistência de isolamento devem ser executados com todos os cabos do transformador
desconectados das buchas, inclusive o cabo da bucha de neutro. Curto-circuitar os terminais das buchas de um
mesmo enrolamento para obter uma melhor distribuição do potencial.

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Após a realização dos ensaios, e estes terem resultados satisfatórios, deve-se realizar a reconexão dos
cabos externos e as seguintes verificações:

1) Fotografar e verificar esquema de ligação do transformador conforme projeto;


2) Fotografar e verificar tap de ligação do transformador, conforme projeto;
3) Fotografar e verificar se os terminais estão identificados de forma correta, verificando se os cabos não
estão forçando as buchas de alta e de baixa do transformador;
4) Fotografar e verificar o correto atracamento dos cabos no corpo do transformador ou suporte designado
para este fim, de modo que não seja aplicado tensionamento mecânico aos terminais do transformador
devido ao peso dos cabos quando em temperatura de funcionamento;
5) Fotografar e verificar conexão dos cabos de comunicação do relé de temperatura do transformador ao
sistema de monitoramento da usina;
6) Realizar torqueamento das conexões elétricas aparafusadas em campo de acordo com recomendações
do fabricante, e realizar marcação com tinta lacre. Fotografar para evidenciar realização desta etapa.

Após a energização da usina, com a planta a plena carga, deve-se realizar os seguintes testes:

1) Fotografar e realizar a inspeção termográfica dos barramentos e conexões elétricas do transformador;


2) Fotografar a medição do nível de ruído dos transformadores, validar conforme manual do fabricante.

5.2.3.10. Teste do sistema CFTV

Antes da execução dos testes no sistema de CFTV, deve-se realizar a inspeção visual destes conforme segue:

1) Fotografar e verificar especificação dos equipamentos de CFTV;


2) Fotografar e conferir as características dos cabos (seção, classe de isolação, material, fabricante, número
de condutores/pares, blindagem), e validar com as informações indicadas nos projetos;
3) Fotografar e conferir as características dos conectores dos cabos, e validar com as informações indicadas
nos projetos;
4) Fotografar e conferir a conexão da blindagem dos cabos conforme projeto;
5) Fotografar e verificar identificação/tagueamento de cabos e equipamentos;
6) Fotografar e verificar a correta instalação de câmeras e sensores, conforme projeto;
7) Fotografar e verificar o estado de conservação infraestrutura de CFTV;
8) Fotografar e verificar posição, centralização e nivelamento das câmeras e demais sensores;
9) Fotografar e verificar espalhamento das britas entre sensores em todo o perímetro da usina.

Após isto, o sistema do CFTV deve ser testado considerando ao menos:

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• Verificação de alimentação das câmeras e demais componentes do sistema de CFTV;


• Medição de autonomia do nobreak.
• Checklist de funcionamento e enquadro das câmeras;
• Verificação de ausência de sombras causadas pelos postes das câmeras nos módulos fotovoltaicos
(dependendo do local de instalação destes postes a sombra pode ocorrer em diferentes períodos do dia,
verificar);
• Realização de simulação de intrusão, durante o dia e à noite;
• Checagem de armazenamento de vídeo;
• Teste de sinalização sonora;
• Verificação de atuação dos sensores em cada zona;
• Verificação da inexistência de disparos em falso;
• Verificação de monitoramento (em funcionamento e integrado com a planta);
• Verificação da integração junto ao CIS.

O checklist anexo à esta ET deve ser devidamente preenchido e compartilhado com a EDP.

5.2.3.11. Teste do sistema de telemetria da usina

Baseado na lista de IPs, realizar o teste de ping com os equipamentos endereçados na rede interna.
Informar os equipamentos e seus respectivos endereços IP e se o teste de comunicação (ping) foi efetivo.
Caso o equipamento possua software de monitoramento (plataforma web ou local), fornecer credenciais de
acesso (login e senha), bem como o software em questão.

A indicação dos resultados do teste de ping deve ser feita na lista de IP gerada na fase de elaboração do
projeto executivo.

5.3. Relatório

Após as inspeções e medições registradas um relatório deve ser fornecido. Este relatório deve incluir as
seguintes informações:

• Informações resumidas, descrevendo o sistema (nome, endereço, coordenadas geográficas etc.);


• Uma lista dos equipamentos e sistemas que foram inspecionados e ensaiados;
• Protocolos com os resultados das medições;
• Registro das inspeções (incluindo registro fotográfico);
• Intervalo recomendado até a próxima verificação (manutenção preventiva);
• Conclusões para cada equipamento e sistema (aprovado/reprovado) e as pendências identificadas;
• Certificados de calibração dos instrumentos usados;
• ART dos serviços prestados, devidamente assinada pelo responsável técnico;

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• Assinatura da(s) pessoa(s) que realizou(aram) a verificação.

5.4. Relação de instrumentos

Todos os instrumentos utilizados deverão estar com conformidade com as normas seguidas para testes
e devem apresentar certificado de calibração dentro da validade.

5.4.1. Inspeção visual

• Câmera fotográfica digital ou câmera de celular com, no mínimo, 10 Mpixels;


• Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e individuais (EPIs).

5.4.2. Inspeção termográfica

• Câmera termográfica portátil, -20 até 1200ºC, detetor FPA 320 x 240 pixels, IFOV, 1,35mRad, com as
seguintes características óticas:
o Display LCD 3,5” (retrato) tipo touch screen capacitivo de 640x 480 pixels ou superior;
o Câmara visual de luz visível com 3,1 megapixels ou superior.
• Drone com câmera termográfica.

5.4.3. Testes de módulos individuais e string’s

• Traçador de Curvas I-V;


• Multímetro tipo alicate;
• Alicate Amperímetro Digital True RMS;
o Capacidade Corrente AC/DC 40 a 400A Tensão AC/DC;
• Multímetro true RMS com capacidade de até 1500Vdc.

5.4.4. Testes de continuidade proteção e resistência de aterramento

• Terrometro;
• Milliohmimetro.

5.4.5. Testes em transformadores

• TTR;
• Microhmimetro;
• Megômetro 5kV.

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5.4.6. Testes em cabines

• Microhmimetro;
• Terrometro;
• Megômetro 10kV;
• Caixa de calibração e relés;
• Multímetro true RMS com capacidade de até 1500Vdc;
• Laptop.

5.4.7. Testes em quadros de baixa tensão

• Multímetro true RMS com capacidade de até 1500Vdc;


• Megômetro 5kV.

5.4.8. Testes em condutores CA e CC

• Multímetro true RMS com capacidade de até 1500Vdc;


• Megômetro 5kV;
• Hipot.

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6. PROCESSO DE ENERGIZAÇÃO

A energização de qualquer sistema elétrico é o momento mais crítico no que diz respeito à segurança dos
trabalhadores envolvidos numa instalação elétrica, por isso seguir à risca um roteiro pré-determinado pode fazer
a diferença entre ocorrer um acidente ou não, a seguir serão apresentadas atividades para cada um dos três
sistemas que contemplam uma UFV que devem ser seguidas durante esta etapa.

6.1. Preparação para energização

Para a etapa de preparação para a energização é considerado que o religador do poste do ponto de
entrega já foi fechado pela distribuidora em outro momento. É necessário também garantir que o
comissionamento relativo ao ramal de entrada e à cabine primária, bem como do sistema de aterramento, SPDA
e equipotencialização foram realizados e os resultados satisfatórios.
Via de regra, todos os sistemas que forem ser energizados e comissionados à quente já devem ter sido
comissionados à frio com resultados satisfatórios.

6.1.1. Sistema de corrente alternada em média tensão

1. Certificar que a chave seccionadora do poste do consumidor, chave seccionadora e disjuntor


da cabine estejam abertos (estes dispositivos devem estar abertos desde antes do momento
de fechamento do religador por parte da distribuidora);
2. Certificar que os dispositivos de proteção (Relé, TCs, TPs e disjuntor) da cabine primária
foram ensaiados e os resultados foram satisfatórios;
3. Certificar que os barramentos da cabine primária foram ensaiados e os resultados foram
satisfatórios;
4. Certificar que os condutores do circuito de média tensão entre o ponto de entrega (ramal de
entrada) e a cabine primária foram ensaiados e os resultados foram satisfatórios;
5. Certificar que os condutores do circuito de média tensão entre o transformador e a cabine
primária foram ensaiados e os resultados foram satisfatórios;
6. Certificar que as conexões dos condutores do circuito de média tensão entre ponto de
entrega (ramal de entrada) e a cabine primária foram feitas de forma correta e estão com o
devido nível de torque;
7. Certificar que as conexões dos condutores do circuito de média tensão entre o
transformador e a cabine primária foram feitas de forma correta e estão com o devido nível
de torque;
8. Certificar que não há nenhuma ferramenta dentro dos cubículos de média tensão;
9. Certificar que não haja nenhuma pessoa dentro da cabine primária.

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6.1.2. Sistema de corrente alternada em baixa tensão

1. Certificar que todos os disjuntores e chaves do QGBT incluindo o geral estão abertos;
2. Certificar que os condutores dos circuitos dos inversores foram ensaiados e os resultados
foram satisfatórios;
3. Certificar que as conexões dos condutores dos circuitos dos inversores nos inversores e no
QGBT foram feitas de forma correta e estão com o devido nível de torque;
4. Certificar que o QGBT foi ensaiado e o resultado foi satisfatório;
5. Certificação de que os dispositivos de proteção estão com os ajustes adequados;
6. Certificar que os condutores do circuito de alimentação do QGBT foram ensaiados e os
resultados foram satisfatórios;
7. Certificar que o transformador foi ensaiado e os resultados foram satisfatórios;
8. Certificar que as conexões dos condutores do circuito de alimentação do QGBT foram feitas
de forma correta no QGBT e no transformador e estão com o devido nível de torque;
9. Certificar que não exista nenhuma ferramenta dentro do QGBT, principalmente sobre os
barramentos;
10. Certificar que o QGBT esteja fechado.

6.1.3. Sistema de corrente contínua

1. Certificar que todos os inversores estão com suas respectivas chaves abertas;
2. Certificar que os condutores dos circuitos das strings foram ensaiados e os resultados foram
satisfatórios;
3. Certificar que as conexões dos condutores nos módulos foram feitas de forma correta;
4. Certificar que as conexões dos condutores dos circuitos das strings aos inversores foram
feitas de forma correta e estão com o devido nível de torque.

6.2. Energização

Esta etapa somente poderá ser iniciada após a conclusão e confirmação de todos os itens da etapa 6.1
Preparação para energização.

As atividades de energização deverão ser realizadas sempre por ao menos dois profissionais capacitados
e autorizados de acordo com 10.8 da norma regulamentadora 10 (NR-10). Estes profissionais deverão estar
usando os devidos EPIs definidos previamente pelo time de Segurança Corporativa da EDP.

A seguir será apresentado o passo-a-passo para a energização da UFV:

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1. Fechar a chave faca de média tensão do poste do consumidor;


2. Fechar a chave faca de média tensão da cabine primária;
3. Certificar que a indicação de tensão na tela do relé de proteção está correta;
4. Fechar de modo elétrico o disjuntor geral de média tensão da cabine primária;
5. Certificar que o transformador está energizado através do ruído;
6. Certificar que o nível de tensão no QGBT está adequado através de medição no barramento
de entrada;
7. Fechar de modo elétrico o disjuntor geral do QGBT;
8. Fechar o disjuntor ou chave de alimentação de um inversor e certificar seu correto
funcionamento;
9. Repetir o passo 8 para os outros inversores.

6.3. Resolvendo um problema

A seguir será apresentada uma tabela com possíveis problemas que poderão ocorrer durante a
energização, sua provável causa e resolução.

Problema Causa Resolução


Falta tensão de comando Conferir no painel
Disjuntor de MT não fecha Certificar o nível de tensão de
Sub tensão (27) atuada
entrada

Atuação do relé devido a Conferir ajuste, se estiver certo


Ao ligar o disjuntor de MT
magnetização do transformador fechar novamente, caso a atuação
desarmou
(50 ou 67) persista, contatar o calculista

Disjuntor geral de BT não


Falta tensão de comando Conferir no painel
fecha

Disjuntor Parcial de BT Conferir ajuste, se estiver certo


Atuação do elemento magnético
desarmou contatar o responsável EDP

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