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Curso: Engenharia Eléctrica

Disciplina: Medidas Eléctricas II

Grupo VI

Tema: Actuadores

Discentes: Docente:

Aurélio Aleixo Giragieque Nuno V. Nhantumbo

Avelino António Raja

Matolino Franque

Songo, Marco de 2019


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1. Objetivos .............................................................................................................................. 1

1.1.1. Objetivo Geral: ................................................................................................................. 1

1.1.2. Objetivo especifico ........................................................................................................... 1

2. Generalidades .......................................................................................................................... 2

2.1. Definição .............................................................................................................................. 2

2.2. Tipos de actuadores.............................................................................................................. 2

2.3. Actuador Eléctrico ............................................................................................................... 2

2.3.1. Constituição...................................................................................................................... 3

2.3.2. Principio de Funcionamento............................................................................................. 3

2.4. Tipos de actuadores electricos ............................................................................................. 3

2.4.1. Actuador Electrico Linear ................................................................................................ 3

2.4.2. Actuador Electrico Rotativo ............................................................................................. 4

2.4.3. Aplicacao dos Actuadores Eléctricos ............................................................................... 4

2.4.4. Vantagens dos Actuadores Electricos .............................................................................. 4

2.4.5. Desvantagens de atuadores eléctricos .............................................................................. 5

2.5. Actuadores Hidráulico ......................................................................................................... 5

2.5.1. Principio de Funcionamento............................................................................................. 5

2.5.2. Tipos de Actuadores Hidráulicos ..................................................................................... 5

2.5.2.1. Actuador Hidráulico Linear .......................................................................................... 6

2.5.2.1.1. Aplicação do Actuador Hidráulico Linear.................................................................... 6

2.5.2.2. Actuador Hidráulico Rotativo ...................................................................................... 6

2.5.2.2.1. Aplicação do Actuador Hidráulico Rotativo ................................................................ 7

2.5.2.3. Vantagens dos Actuadores Hidráulicos ........................................................................ 7


2.5.2.4. Desvantagens dos Actuadores Hidráulicos................................................................... 7

2.5.3. Actuador Pneumático ....................................................................................................... 7

2.5.3.1. Principio de funcionamento .......................................................................................... 8

2.5.3.2. Movimento dos cilindros .............................................................................................. 8

2.5.3.2.1. Cilindros de movimento linear ..................................................................................... 8

2.5.3.2.1.1. Cilindro de simples ação ........................................................................................... 8

2.5.3.2.1.1.1. Cilindro de simples ação de êmbolo ..................................................................... 8

2.5.3.2.1.2. Cilindro de dupla ação .............................................................................................. 9

2.5.3.2.1.3. Cilindro com amortecimento .................................................................................... 9

2.5.3.2.2. Cilindros de movimento Rotativo............................................................................... 10

2.5.3.2.2.1. Cilindro rotativo com cremalheira .......................................................................... 10

2.5.3.2.2.2. Cilindro Rotativo de Palheta ................................................................................... 11

2.5.3.2.2.3. Cilindros de cabos ................................................................................................... 12

2.5.3.3. Cálculo da força do cilindro ....................................................................................... 12

2.5.3.4. Vantagens dos atuadores pneumáticos ....................................................................... 13

2.5.3.5. Aplicação de Atuadores pneumáticas. ........................................................................ 14

2.5.3.6. Desvantagens de atuadores Pneumaticos ................................................................... 15

3. Conclusão .............................................................................................................................. 16

4. Bibliografia ............................................................................................................................ 17
1. Introdução
O presente trabalho ira debruçar sobre os actuadores com mais enfoque nos eléctricos, hidráulicos
e pneumáticos, apresentando suas definições, constituição básica, principio de funcionamento,
aplicação, vantagens e desvantagens dos mesmos. Como um dispositivo fundamental (actuador)
na área da automação é de extrema importância que o engenheiro eléctricista tenha conhecimentos
sólidos sobre os actuadores de modo que seja capaz de interpretar vários processos e sistemas de
controle presentes na industria moderna.

1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral:


O presente trabalho tem como objectivo estudar os diferentes tipos os actuadores.

1.1.2. Objetivo especifico


 Definir um actuador;

 Enunciar os diferentes tipos de actuadores;

 Descrever o principio de funcionamento e constituição para cada tipo de actuador;

 Apresentar as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de actuadores.

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2. Generalidades

2.1. Definição

O atuador é definido como o elemento capaz de atuar sobre (modificar) grandezas físicas do
sistema no qual está inserido, em reposta a um comando manual ou automático. Esse processo
envolve a conversão entre diferentes tipos de energia. (NIGRO Bruno, pag.2).

Um actuador é um dispositivo inerentemente mecânico cuja função é fornecer forca para mover
ou girar outros dispositivos mecânicos. A forca que causa o actuador vem de três fontes possíveis:
pressão pneumática, pressão hidráulica e forca motriz eléctrica (motor eléctrico ou solenoide).
Dependendo da origem da forca, o actuador é chamado de “pneumático”, “hidráulico”, ou
“eléctrico”.

2.2. Tipos de actuadores

Como foi citado anteriormente existem três tipos de actuadores:

 Eléctrico;

 Hidráulico;

 Pneumático.

2.3. Actuador Eléctrico

Actuador Eléctrico é um dispositivo que converte a energia eléctrica entrante em energia cinética,
ou seja, em movimento mecânico. Pode ser compreendido em modo mais simples como um motor,
ou interruptor, operado à distância permitindo uma vasta gama de movimentos em modo remoto
lá onde o seu accionamento presencial poderia comportar riscos para o operador devido à
insalubridade do ambiente onde este está localizado, ou devido ao fato de estar presente em local
de difícil acesso ou ainda em aplicações que requerem saídas de alto torque.

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2.3.1. Constituição

Os atuadores elétricos possuem uma combinação de motor elétrico/caixa redutora especialmente


concebida para a automatização de válvulas que fornece o binário necessário para o acionamento
de uma válvula de cunha, de uma válvula de borboleta, de uma válvula de macho esférica ou de
uma válvula. A válvula pode ser acionada manualmente através de um volante disponível de série.

2.3.2. Principio de Funcionamento

O atuador regista os dados de binário e de percurso da válvula. Um controlo avalia esses dados e
assume a ativação e desativação do motor do atuador. Esse controlo encontra-se na maioria das
vezes integrado no atuador e dispõe, a par da interface eletrónica para ligação ao sistema de
instrumentação e de controlo, de uma unidade de comando local.

2.4. Tipos de actuadores electricos

Os Atuadores elétricos de acordo com seu movimento podem ser: LINEAR ou ROTATIVO.

2.4.1. Actuador Electrico Linear


Atuador Elétrico Linear converte o movimento rotativo de um motor à baixa voltagem contínua
em movimento de translação também chamado LINEAR. Ou seja, movimento de empurrar e
puxar. Não possui rotação completa. A maior parte dos Atuadores Lineares utiliza uma
combinação de engrenagens para retrair ou estender o braço de acionamento. Estes atuadores são
utilizados com válvulas do tipo gaveta e guilhotina.

Figura 1. Actuador Electrico Linear 1

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2.4.2. Actuador Electrico Rotativo
No Atuador Elétrico ROTATIVO também são utilizadas engrenagens, conexões diretas ou cames
na transferência de movimento, dependendo do torque de aplicação o movimento realizado é de
rotação ou giratório e este tipo de atuador possui rotação completa ou infinita. Os atuadores
rotativos são utilizados com válvula de esfera e borboleta.

Figura 2. Actuador Electrico Rotativo

2.4.3. Aplicacao dos Actuadores Eléctricos


os actuadores electricos são usados em vários sectores da insdustria e tem presença constante nas
varias etapas que possuem os processos industriais e sua automatização. São dispositivos que
participam na operação de maquinas e principalmente na atuação de válvulas. Essas válvulas são
usadas sempre que houver necessidade de interceptar e regular um fluido. Na automação os
actuadores electricos, possuem ampla gama de finalidade como: controladores de portas, aberturas
e comportas, atuação de válvulas.

2.4.4. Vantagens dos Actuadores Electricos


De um modo geral os actuadores eléctricos são mais eficientes em questões de custo-benefício
quando comparados aos pneumáticos e hidráulicos. Se destacam por contarem com uma
transmissão de potencia mais simples, limpa e eficiente do ponto de vista de energia. Alem disso
a integração dos actuadores eléctricos é mais fácil com controles programáveis e a manutenção
pode ser minimizada sem que exista a necessidade de peças de lubrificação.

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2.4.5. Desvantagens de atuadores eléctricos
 Dificuldade em conseguir grandes cursos de atuação;
 Nao é usado para grandes cargas;
 Exigência de proteção mecánica na istalação;
 Durabilidade menor que o pneumatico ou Hidraulico;
 Resposta lenta para os grandes cursos…etc.

2.5. Actuadores Hidráulico


Os Atuadores Hidráulicos são dispositivos projetados para gerar movimentos que podem ser
lineares ou axiais. Os movimentos são provocados pela injeção de um líquido a alta pressão num
recipiente perfeitamente selado onde estão uma haste ou um eixo. O líquido movimenta a haste ou
eixo. A energia mecânica produzida é geralmente utilizada para levantar e transportar objetos,
operação esta, que requer uma grande quantidade de energia. Equipamentos pesados geralmente
se baseiam em vários atuadores hidráulicos para funcionarem. Um trator, por exemplo, é capaz de
levantar várias toneladas de entulho através dos atuadores encontrados em seu braço de elevação.

2.5.1. Principio de Funcionamento

O principio de funcionamento dos atuadores hidráulicos é baseado na Lei de Pascal para


fluídos incompressíveis. Se uma pressão externa é aplicada ao fluído, esta pressão é transferida
para todas as superfícies em contato com este, sem perda de energia, deste modo o fluido multiplica
a pressão e é capaz de convertê-lo para um movimento mecânico. O movimento do atuador pode
ser controlado alterando a quantidade do fluido hidráulico no seu interior.

2.5.2. Tipos de Actuadores Hidráulicos

Os atuadores podem ser classificados, de modo geral, em:

 lineares (cilindro atuador);

 Rotativos (motor hidráulico).

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2.5.2.1. Actuador Hidráulico Linear
Os atuadores hidráulicos lineares são também denominados de motores hidráulicos e são
empregados em máquinas que possuem movimentação circular e necessitam transformar essa
movimentação para o tipo linear. Para que essa transformação ocorra, os atuadores hidráulicos
lineares são empregados através de parafusos e outros utensílios específicos para manter toda a
movimentação do equipamento em segurança.

Figura 3. Actuador Hidráulico Linear

2.5.2.1.1. Aplicação do Actuador Hidráulico Linear


O atuador linear, como um cilindro acionador, é usado para operações de prender e prensar, ou
para movimento de avanço rápido e refinado.

2.5.2.2. Actuador Hidráulico Rotativo


O atuador hidraulico rotativo é utilizado para levantar, baixar, fechar e abrir objetos. A sua função
é gerar energia mecânica sobre máquinas, utilizando fluidos sob pressão. O seu movimento, como
o próprio nome diz, é de rotação, podendo girar num ângulo limitado ou em várias direções. O
atuador hidráulico pode ser aplicado em diversas maneiras nos maquinários industriais.

Figura 4. Actuador Hidráulico Rotativo 1

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2.5.2.2.1. Aplicação do Actuador Hidráulico Rotativo
O atuador hidraulico rotativo pode ser aplicado na robótica, em equipamentos da indústria de
plástico e borracha, na produção de automóveis, na linha de produção de eletrônicos, entre outros.

2.5.2.3. Vantagens dos Actuadores Hidráulicos


As principais vantagens dos actuadores hidráulicos são:

 Poderem entregar uma força (no caso dos pistões) ou um torque (no caso dos motores)
muito maior do que os seus similares eletro-mecânicos com as mesmas dimensões;
 possibilidade de reversão instantânea do eixo do motor;
 poder ficar carregado por períodos muito grandes sem danos;
 permitir controle de torque em toda a sua faixa de velocidade;
 apresentar frenagem dinâmica obtida facilmente;
 e apresentar uma relação peso-potência de 0,22 kg/HP comparada a uma relação peso-
potência de 4,5 kg/HP para motores elétricos.

2.5.2.4. Desvantagens dos Actuadores Hidráulicos


As principais desvantagens da utilização dos atuadores hidráulicos estão relacionadas com a
necessidade de espaço. É necessário alocar os dispositivos, que são maiores as micromáquinas
elétricas; o sistema de geração de energia, basicamente a bomba hidráulica, e o sistema de
transmissão de energia, em especial as mangueiras. Essa limitação impossibilita o uso de
dispositivos hidráulicos em diversas aplicações.

2.5.3. Actuador Pneumático


Actuador Pneumático é um dispositivo que converte a energia armazenada no ar comprimido
(energia pneumática) em movimento mecânico.

Figura 5. Actuador Pneumático

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2.5.3.1. Principio de funcionamento
O ar atmosférico, ou um gás pressurizado ou a mistura de ambos, é contido e deixado expandir
num cilindro ou camara. À medida que o gás se expande, a diferença de pressão entre o interior da
câmara e a pressão atmosférica natural faz com que o gás acumule energia. O gás é então liberado
do interior da câmara de maneira controlada, de modo que seja direcionado para um pistão,
engrenagem ou algum outro dispositivo mecânico. O pistão é então usado para realizar o trabalho
real a ser feito. Dependendo de como o gás é direcionado para o pistão e como o atuador é
projetado, o pistão pode ser conduzido em linha reta (movimento linear) ou em círculo (movimento
rotativo) ou oscilante (movimento limitado por um determinado número de graus).

2.5.3.2. Movimento dos cilindros


O movimento dos cilindros em um actuador pneumático podem ser lineares ou rotativos.

2.5.3.2.1. Cilindros de movimento linear


Os movimentos lineares são produzidos pelos cilindros de simples e dupla ação.

2.5.3.2.1.1. Cilindro de simples ação


Os cilindros de simples ação realizam trabalho recebendo ar comprimido em apenas um de seus
lados. Portanto, são adequados para a realização de trabalho em um só sentido. O movimento de
avanço é, em geral, o mais utilizado. O retorno a sua posição normal é realizado por molas ou
força externa.

2.5.3.2.1.1.1. Cilindro de simples ação de êmbolo


Nesse tipo de cilindro, a força da mola é calculada para que se possa repor o êmbolo à posição
inicial. Em cilindros de simples ação com mola, o curso do êmbolo é limitado pelo comprimento
desta. Por esta razão fabricam-se cilindros de simples ação com comprimento de curso até 100 mm
aproximadamente.

A figura 6 mostra um esquema desse tipo de cilindro, com a representação usual, logo abaixo.
Neste caso, o ar sob pressão é admitido na câmara, deslocando a haste para a direita. Com o alívio
da pressão, a mola restaura a posição inicial da haste. A inversão do sentido do movimento de
atuação também é possível, dependendo das características do projeto. Cilindros como esses são
utilizados principalmente para fixar, expulsar, prensar, elevar, alimentar, etc.

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Figura 6. Cilindros de simples ação de êmbolo

2.5.3.2.1.2. Cilindro de dupla ação


Os cilindros de dupla ação realizam trabalho recebendo ar comprimido em ambos os lados. Desta
forma realizam trabalho nos dois sentidos, tanto no avanço quanto no retorno. Este tipo de atuador
pneumático com cilindro de dupla accão se subdivide em Linear e Rotativo. Os do tipo Rotativo
são indicados para a atuação de válvulas do tipo: borboleta, de esfera, macho, entre outras. Já o
atuador pneumático de tipo linear é indicado para a atuação de válvulas do tipo: globo, guilhotina,
gaveta, entre outras.

Figura 7. Cilindros de dupla ação

Esses cilindros são utilizados onde o trabalho de “empurrar” é tão importante e necessário quanto
o de puxar. O curso do êmbolo é limitado e é muito importante levar em consideração a deformação
por flexão e flambagem na sua utilização em processos que exijam precisão.

2.5.3.2.1.3. Cilindro com amortecimento


Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um cilindro, este deve possuir um
sistema de amortecimento para evitar impactos repentinos, gerando danos. Antes de alcançar a
posição final, um mecanismo de amortecimento interrompe o escape livre do ar, deixando somente
uma pequena passagem, geralmente regulável.

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Por meio da restrição do escape de ar cria-se uma contrapressão que, para ser vencida, absorve
parte da energia e resulta em perda de velocidade do êmbolo até chegarem aos sensores de fim de
curso. Invertendo o movimento do êmbolo, o ar entra sem impedimentos pela válvula de retenção
e o êmbolo pode, com força e velocidade total, retornar ou avançar, dependendo da situação.

Os cilindros podem ter amortecimentos em ambos os lados dos movimentos, isto é, podem
controlar o movimento nos finais de curso de avanço e retorno. A figura 8 mostra um esquema da
exaustão do cilindro com a válvula que permite o amortecimento.

Figura 8. Cilindro com amortecimento

1- Êmbolo de amortecimento;
2- Válvula do estrangulamento;
3- Válvula de retenção.

2.5.3.2.2. Cilindros de movimento Rotativo


Os cilindros rotativos transformam movimento linear de um cilindro comum em movimento
rotativo de rotação limitada.

2.5.3.2.2.1. Cilindro rotativo com cremalheira


Neste tipo de cilindro, a haste do êmbolo tem um perfil dentado (cremalheira), mostrada na figura
9. Esta cremalheira aciona uma engrenagem, transformando o movimento linear num movimento
rotativo à esquerda ou direita, sempre de acordo com o sentido do curso. Os campos de rotação
mais usuais são de 45°, 90°, 180°, 290°, até 720°. Um parafuso de regulagem possibilita a
determinação do campo de rotação parcial, dentro do total. O torque depende da pressão de
trabalho, do diâmetro do êmbolo e da relação de transmissão. Esse cilindro é utilizado para virar

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peças, curvar tubos, regular instalações de ar condicionado, no movimento de válvulas de
fechamento e válvulas borboleta, etc.

Figura 9. Cilindro rotativo com cremalheira

2.5.3.2.2.2. Cilindro Rotativo de Palheta


Como cilindros os rotativos já descritos, nos cilindros de aletas giratória também é possível um
movimento angular limitado. O movimento angular raramente vai além de 180°. Esses elementos
são adequados para robótica e manuseio de material onde houver falta de espaço, na abertura e
fechamento de válvulas de grande porte e na rotação de peças ou dispositivos.

A figura 10 mostra um esquema do elemento. Neste, quando o ar é admitido sob pressão em sua
câmara, aciona a palheta, que funciona com um êmbolo. O ar sob pressão atua sobre a palheta e
esta gira o eixo ao qual está presa, realizando o movimento.

FIgura 10. Cilindro Rotativo de Palheta

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2.5.3.2.2.3. Cilindros de cabos
Trata-se de um cilindro de ação dupla em que cada lado do êmbolo está fixado um cabo, guiado
por rolos (figura 11). Este cilindro trabalha tracionado. É utilizado em abertura e fechamento de
portas, onde são necessários grandes cursos com pequenas dimensões de construção.

Figura 11. Cilindro de cabo

2.5.3.3. Cálculo da força do cilindro


A força realizada pelo cilindro depende da pressão do ar, do diâmetro do êmbolo e da resistência
de atrito dos elementos de vedação. A fórmula básica para cálculo da força é:

𝐹𝑡 = 𝐴. 𝑃 Eq. 1

Onde:

Ft−Força teórica do cilindro

A−Superficie útil do embolo

P−Pressão de trabalho

A resistência de atrito deve ser considerada. Em condições normais de trabalho (faixa de pressão
de 400 a 800 kPa ou 4 a 8 bar), esta resistência pode absorver de 3 a 20% da força calculada.

 Cilindro de acção simples:


𝐹𝑛 = 𝐴. 𝑃 − (𝐹𝑟 − 𝐹𝑎 ) Eq. 2
Onde:
Fn− Força efetiva do êmbolo
A− Superfície útil do êmbolo
Fa− Resistência de atrito
Fa− Força da mola

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 Cilindro de dupla ação:
Avanço:
𝐹𝑛 = 𝐴. 𝑃 − 𝐹𝑟 Eq. 3
Retorno:
𝐹𝑛 = 𝐴1 . 𝑃 − 𝐹𝑟 Eq. 4

2.5.3.4. Vantagens dos atuadores pneumáticos


Pode-se destacar algumas vantagens que derivam: Armazenamento fácil, presença abundante no
ambiente e praticamente infinita, não apresenta risco de faíscas em ambientes explosivos, não polui
pois é limpo e atóxico, não necessita de escape para a atmosfera (linhas de retorno). Abaixo segue
lista detalhada das Vantagens dos Atuadores Pneumáticos.

Componentes – Uma vantagem oferecida pelos atuadores pneumáticos é a simplicidade de seus


componentes e de seu design. Além de ser encontrados com facilidade no mercado eles possuem
um custo relativamente baixo.

Cargas pesadas – Esses atuadores podem facilmente tolerar cargas pesadas e, portanto, são
bastante usados em diversas aplicações.

Alta força e velocidade – Quando usados em aplicações de controle de movimento linear, onde a
alta precisão não é um parâmetro muito essencial, esses atuadores oferecem alta força e velocidade,
o que é difícil de encontrar em qualquer outro atuador, exceto nos hidráulicos.

Fácil acessibilidade da fonte – Para qualquer sistema pneumático funcionar, o ar é uma fonte
importante. A fácil disponibilidade desta fonte faz com que os atuadores pneumáticos sejam a
escolha preferida de muitos.

Canalização fácil – Além de ser abundante no meio ambiente, o ar também pode ser facilmente
canalizado e direcionado de um lugar para outro.

Segurança no uso – Os atuadores pneumáticos são seguros pois não apresentam risco de faíscas
em ambientes explosivos, em contraste com os atuadores elétricos.

Armazenamento fácil – É ótimo entender que, como os atuadores pneumáticos contêm apenas
gases comprimidos, eles podem ser armazenados mesmo na ausência de eletricidade ou energia.

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Tecnologia limpa – Esses tipos de atuadores oferecem uma tecnologia limpa aos usuários, pois
são menos propensos à contaminação. Devido ao uso de ar, que é livre de substâncias químicas
nocivas, os sistemas pneumáticos são bastante utilizados nas indústrias alimentícia e farmacêutica.

Não apresenta problema de superaquecimento – Os atuadores pneumáticos não sobreaquecem


com uso excessivo, portanto, favorecem os usuários em aplicações que exigem longo tempo de
uso.

Substituto econômico – Um atuador pneumático é considerado uma ferramenta econômica para


sistemas. Com sua fácil instalação e manutenção, tornou-se uma ótima opção quando se procura
por atuadores de baixo custo.

Alta durabilidade – Outro benefício de ter atuadores pneumáticos é que eles oferecem alta
durabilidade. É bom notar que atuadores pneumáticos podem suportar facilmente pressões
constantes comparado com os outros tipos de atuadores.

2.5.3.5. Aplicação de Atuadores pneumáticas.


Atuadores pneumáticos são utilizados quando estão envolvidas cargas da ordem de até uma
tonelada) onde se deseja movimentos de duas posições (início e fim) limitadas por batentes
mecânicos, como em máquinas de fixação ou transporte de peças, ou quando se deseja altas
rotações (milhares de r.p.m.), como no caso de fresadoras pneumáticas, broca de dentista, etc...
citando algumas aplicações temos:

 Prensas pneumáticas;
 Dispositivos de fixação de peças em máquinas ferramenta e esteiras;
 Acionamento de portas de um ônibus urbano ou dos trens do metrô;
 Sistemas automatizados para alimentação de peças;
 Robôs industriais para aplicações que não exijam posicionamento preciso;
 Freios de caminhão;
 Parafusadeiras e lixadeiras;
 Broca de dentista;
 Pistola de pintura;
 Correio pneumático.

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2.5.3.6. Desvantagens de atuadores Pneumaticos
 Baixa pressão de trabalho;
 Baixa força de trabalho;
 Compressibilidade do ar;
 Imprecisão de movimentos;
 Ruido (escape de ar).

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3. Conclusão
O trabalho abordou sobre o actuador, sendo um dispositivo ligado de forma inseparável a um
mecanismo mecânico com função de fornecer ou girar dispositivos mecânicos, pode-se encontrar
três tipos de actuadores: eléctricos, hidráulico, pneumáticos. Para cada actuador tem o seu
princípio de funcionamento, características, aplicações, vantagens e desvantagem. O Actuador,
seja ele eléctrico, hidráulico ou pneumático, está ligado directamente à haste que controla o
obturador da válvula liberando, impedindo ou dosando o fluxo de fluido ou gás dentro de uma
tubulação. Pomos encontrar um quarto tipo de actuador que menos é abordado no nosso dia-a-dia
mas que também tem uma vasta gama de aplicação na indústria este actuador e chamado de
actuador de válvula.

Numa visão global de nosso trabalho, vimos que foi muito importante para o nosso conhecimento
na compreensão e aprofundamento do tema, pois atingimos o objectivo principal em descrever
sobre funções e aplicações de actuadores, acreditamos que o conteúdo exposto seja de grande valia.

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4. Bibliografia
ANIBAL, Hermini, Helder. Engenheiro elétrico instrumentação. [S.ed], Rio de Janeiro. 2007
CAMPOS, M. C. M. M. de; TEIXEIRA, H. C. G. Controles típicos de equipamentos e processos
industriais. Rio de Janeiro: Edgard Blucher, 2006.

HASEBRINK, J.P., KOBLER, R. Técnicas de Comandos: Fundamentos de Pneumática e


Electropneumática. São Paulo: Festo - Máquinas e Equipamentos Pneumáticos Ltda, 1975.

PALMIERI, A.C. Sistemas hidráulicos industriais e móveis: Operação, manutenção e projeto.


São Paulo: Editora Nobel, 1989.

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