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Jurevin Mactiapo pa Siva AS TECNOLOGIAS DO IMAGINARIO A pala fo dad ao home par ‘weekends sc pensar Mali |. Génese de um conceito rican tmetto conceit inacetiel. No mininnn hare. UeoaTiso entreimaginiioesimblico. Home quomeney sin saeilleto ds inconcilsveiscomaexmente i inirio simbotico™. Coincidenta oppontonne Joan Mache Sha ‘A verdade € queotermo imaginsrio, até enti restrito 0 universo académico,invadiv 0 espago viral da mia. Em pauco tempo, devorou palaveas, ganhou espagoseimpds-se ‘Como uma sonerdade posicae catgérica, Onde antes se plicavam os rtulos ideologia e cultura, passu a florescer ‘etiquetaimaginirio,criando confusto cdvidas. Por que? ‘Como explicar 0 fascnio exerido por esse conccito ambi suo evaramente definido pelos que 6 usam nas mais diver sas.¢ ambivalentes stuagdes? Fala-s de imaginério politico, amoroso, socal cult sal. Redundineia? Contradig Fala de igor conceitual? ‘Todo imaindrio € uma narativa, Uma trama, Um ponto de vista Vista de um ponto, © imaginério € um mito? Imagini io € © nome que se dé A arrativa mitca contemporines? Tmagindro a narrativamitica dara da mii, da “socieda- de do espeticulo™ (Debord), da 6poca dos “fenémenos ex tuemos” (Baudilara), da complexidade (Morin), do vinew- to socal (Maffesoliy? ‘Os maginérios difundem-se por meio de teenologias préprias, que podem ser chamadas de tecnologias do ima: Bindrio, Rest, eno, defini imagindrio, dar respostas &s perguntas levantadas ¢ formular um estatuto intelectual para a nogio de tecnologias do imaginério, Todo imagi- nario € um desafi, uma narrativainacabada, um proces- fo. uma teia, um hipertexto, uma construcao coletiva, anonima sem intengo, O imaginéro & um rio cus S095 ppassam muitas vezes no mesmo lugar, Sempre iguais © sempre diferentes. Lacan situ o imaginéro na fronteira da filosofia © dda psicandlise,tomando-0 como anterior so imbdtico, uma tespécie de ntrinte primitivo responsive por um reser¥ {rio atcaico de imagens anteriores eultura, Posicionou-0 eect de ogo como espago fundamental do eu territrio da ilusio, da slienagio, do engodl, da vineulagio entre meio e indivi ‘tuo fora da idea ituminista, de resto ilusria, de que a iden- tidade individual seria o resultado de um contrato social [Em Lacan, o simbslico 6 0 lugar da funcio patera; 0 real ‘um excesso que no pode ser simbolizado; 0 imaginiro, © teatro das uses do eu! "Num sentido mais convencional,oimaginsrio opde-se oo ea, na media em que, pela imaginago, representa ese real distrcendo-o,idealizando-, farmatando-o simbolice mente, Num acepgto mais antopoligica,oimagindro € uma inojecuo do real, a acetago inconscent, ou quase, de um modo de er partiiado com outos, com um antes, wm dura ‘ee um depois (no qual se pode interfer em maior ou menoe _rau) O imagnsrio é uma lingua. Oindividuo entra nee pela ‘compreensioe aceitaodas sink regra: participa dele pelos tos de fala imaginal (vivéncas) e altro por ser também um agente imaginal ator social) em situa. “Tao indviduo submete-s a um imagindvio preexs tente, Todo sujeita & umn inseminador de imaginéris. Na ‘era da midia, parece fazer sentido a preferéncia pelo termo imagindrio, Mas este deve sempre ser entendido como algo ‘mais amplo do que um conjunto de imagens. Oimaginério ro € um mero album de fotografias mentais nem wm ma- seu da meméria individual ou socal, Tampouco se restrin. ge ao exereicio atistico da imaginagao sobre 0 mundo. 0 Jmagindrio 6 ums rode etérea e movediga de valores © de sensagies partilhadas concreta ou virtalmente

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