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RESPOSTA TÉCNICA

Título

Briquetadeira compacta

Resumo

Apresenta informações sobre equipamento de briquetagem compacto.

Palavras-chave

Briquetadeira; briquetagem; briquete; resíduo

Assunto

Fabricação de prensas industriais (máquinas-ferramenta)

Demanda

Existe algum projeto econômico de máquina briqueteira que seja viável para produção a partir
de pequena quantidade de matéria prima?

Solução apresentada

1 Introdução

O briquete é resultado do processo de secagem e prensagem de serragem ou pó dos mais


diversos tipos de madeira. O alto poder calorífico torna o briquete ideal para uso em caldeiras
industriais, fornos de padarias, pizzarias, cerâmicas, lareiras e outros. O briquete é uma lenha
ecológica que substitui como muita eficiência o óleo bpf usado em caldeiras industriais, o gás,
a energia elétrica e outros. As sobras de madeira eram jogadas no lixo, poluindo o meio
ambiente. Agora, com o reaproveitamento dessas sobras como matéria-prima na produção dos
briquetes, isso não ocorre mais, e o que era lixo virou energia, ajudando assim a preservar a
natureza, contribuindo para a economia de energia e também para o controle do
desmatamento florestal.

O briquete substitui a lenha na sua totalidade, sem a necessidade de qualquer modificação no


equipamento, inclusive os novos fornos a lenha compactos, assegurando assim economia,
comodidade, rentabilidade e garantia no fornecimento.

2 O processo de briquetagem

A densificação do resíduo através do processo de briquetagem consiste na compactação a


elevadas pressões, o que provoca a elevação da temperatura do processo da ordem de 100
ºC. O aumento da temperatura provocará a "plastificação” da lignina, substância que atua como
elemento aglomerante das partículas de madeira. Isto justifica a não utilização de produtos
aglomerantes (resinas, ceras, etc.). Para que a aglomeração tenha sucesso, é necessária uma
quantidade de água, compreendida de 8% a 15%, e que o tamanho da partícula esteja entre 5
e 10 mm. O diâmetro ideal dos briquetes para queima em caldeiras, fornos e lareiras é de 70

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mm a 100 mm, com comprimento de 250 a 400 mm. Outras dimensões (diâmetro de 28 a 65
mm) são usadas em estufas, fogões com alimentação automática, grelhas, churrasqueiras etc.

3 Tipos de máquinas briquetadeiras

Existem cinco tipos de equipamentos ou princípios básicos de compactação de resíduos ligno-


celulósicos. São eles:

1. Prensa extrusora de pistão mecânico: tecnologia desenvolvida no princípio do século XX,


bastante conhecida no mundo. Um pistão ligado excentricamente a um grande volante força o
material a ser compactado por meio de um tronco de cone.

2. Prensa extrusora de rosca sem fim: processo muito usado para resíduos, no exterior.
Apresenta excelentes resultados. Seu princípio mecânico é semelhante às marombas da
indústria cerâmica. É um equipamento de fácil manutenção e de investimento favorável se
comparado aos outros tipos também produzidos no exterior.

3. Prensa hidráulica: equipamento que usa um pistão acionado hidraulicamente. O material a


ser compactado é alimentado lateralmente por uma rosca sem fim. Uma peça frontal ao embolo
abre e expulsa o briquete quando se atinge a pressão desejada. Não é um processo extrusivo
e a pressão aplicada geralmente é menor que em outros métodos, produzindo briquetes de
menor densidade. No entanto, é o processo com maior número de fabricantes na Europa.

4. Peletizadora: é um equipamento que opera pelo processo extrusivo. É o princípio dos


equipamentos de produção de ração animal, onde há necessidade de injeção de vapor para
aquecer e corrigir a umidade. Estes equipamentos vêm sendo experimentados para
compactação de resíduos com resultados razoáveis. Operando com bagaço, produzem peletes
de diâmetro igual a 10mmX30 a 40mm de comprimento, densidade relativa de 1,2g/cm3 e
densidade a granel de 550 kg/m3.

5. Enfardadeira: o equipamento comprime e amassa o resíduo, elevando a densidade do


bagaço de cana com 20% de umidade a 500kg/m3. Não exige pré-secagem do material, o que
permite a secagem posterior. No entanto, é aconselhável o enfardamento após a secagem. É
um equipamento já produzido no Brasil, usado para ração e enfardamento de bagaço de cana.

4 Máquina briquetadeira compacta

Há no mercado, exemplos de máquinas briquetadeiras compactas (FIG. 1). Foram encontrados


os seguintes equipamentos, que provavelmente atendem as necessidades do cliente. Trata-se
dos modelos BH 100 e BH 150, da fabricante Lippel, com as seguintes especificações:

• BH 100
• Capacidade de 100 kg/h;
• Diâmetro do briquete de 63 mm;
• Potência total de 7,5 cv.

• BH 150
• Capacidade de 150 kg/h;
• Diâmetro do briquete de 76 mm;
• Potência total de 10 cv.

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FIGURA 1 - Briquetadeira BH 100
Fonte: Lippel.Disponível em: <http://www.lippel.com.br/produtos_briq_hidr.htm>.
Acesso em: 16 ago. 2007.

O CETEC não tem qualquer responsabilidade quanto à idoneidade dos prestadores de serviço,
cabendo ao empreendedor optar por aquele que melhor atender às suas necessidades,
qualidade, preço, prazo de entrega.

Conclusões e recomendações

De acordo com pesquisas realizadas, a construção de briquetadeiras torna-se um projeto de


custo relativamente alto. Existem no mercado vários tipos de briquetadeiras para produção em
baixa escala de briquetes, como as relacionadas acima.

Recomenda-se a leitura da Resposta Técnica, que contém informações sobre o processo de


briquetagem, relevantes para a construção de uma briquetadeira de pistão:

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Construção de briquetadeira de


pistão. CETEC, 2007. Disponível em: <http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt6199.pdf>. Acesso
em: 16 ago. 2007.

Recomenda-se a leitura do seguinte documento, que contém informações detalhadas sobre


diversos equipamentos usados para a fabricação de briquetes, assim como informações
comparativas entre a performance das máquinas:

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QUIRINO, W. F. Briquetagem de resíduos ligno-celulósicos. Disponível em:
<http://www.funtecg.org.br/arquivos/briquetagem.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2007.

Fontes consultadas

LIPPEL EQUIPAMENTOS DE ALTA PERFORMANCE. Disponível em:


<http://www.lippel.com.br/produtos_briq_hidr.htm>. Acesso em: 16 ago. 2007.

QUIRINO, W. F. Briquetagem de resíduos ligno – celulósicos. Disponível em:


<http://www.funtecg.org.br/arquivos/briquetagem.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2007.

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Disponível em:


<http://www.sbrt.ibict.br/>. Acesso em: 16 ago. 2007.

Elaborado por

Giordano Cícero de Oliveira Moraes Cornélio

Nome da Instituição respondente

Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC

Data de finalização

16 ago. 2007

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